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“BRAZIL BREXIT WATCH”“PRESS RELEASE” – 08-04-2019Diante da perspectiva do Brexit, a Embaixada do Brasil em Londres, em a??o coordenada com a Apex-Brasil e a C?mara de Comércio do Brasil na Gr?-Bretanha, está lan?ando hoje plataforma para apoiar os exportadores brasileiros. Parte do projeto “Brazil Brexit Watch”, a plataforma visa a monitorar mudan?as possivelmente decorrentes do Brexit em aspectos tarifários, logísticos, exigências alfandegárias e regulamentos.De natureza din?mica, com atualiza??es constantes, a ferramenta busca oferecer informa??es de interesse, como novo regime tarifário a ser adotado pelo Governo brit?nico em caso de saída da Uni?o Europeia sem um acordo (“no-deal”). Informa??es de setores específicos também fazem parte da plataforma, com foco naqueles com maior volume exportado pelo Brasil para o Reino Unido, como frutas frescas, produtos de origem animal, madeira, móveis, cal?ados, motores, metais e minérios. As informa??es disponíveis baseiam-se em decis?es e publica??es do Governo brit?nico relativas ao Brexit. Também se recorre a estudos feitos pelo setor comercial da Embaixada e pela Apex-Brasil.O objetivo do exercício é duplo. Por um lado, busca contribuir para minimizar os impactos do Brexit sobre os fluxos de comércio existentes; por outro, busca apontar potenciais oportunidades para o exportador brasileiro. Entre os principais riscos, est?o possíveis atrasos nos portos, que podem gerar aumento de custos e comprometer certos tipos de carga. Estudo da LSE Consulting, por exemplo, indica que as opera??es em portos primariamente voltados para o comércio com a UE, como é o caso de Dover e Holyheard, poder?o sofrer atrasos significativos com o aumento de exigências administrativas no comércio com a UE em um cenário de "no-deal". Exporta??es brasileiras entram no mercado brit?nico n?o raro por meio de países da UE. Um pequeno aumento no tempo de conferência nos portos pode gerar filas significativas de veículos. O estudo aponta, ainda, estimativa da Associa??o Brit?nica Veterinária de que o volume de bens que necessitar?o de inspe??es veterinárias poderá aumentar em 325%.Modelagem realizada por pesquisadores do Imperial College London estima que cada minuto extra de conferência de veículo deverá adicionar cerca de 10 milhas extras de congestionamento em horários de pico em rodovias próximas a alguns pontos de entrada no Reino Unido (Han, K., D. Graham and W. Ochieng (2017): “M20/A20 Congestion Prediction with Post-Brexit Border Delays”, Centre for Transport Studies). Conquanto se trate apenas de previs?es, é importante que o exportador brasileiro tenha presente a possibilidade de atrasos e aumentos de custos com transporte em cenário de “no-deal”.A depender do seu formato final, o Brexit também poderá representar oportunidades para determinados exportadores. O Reino Unido é a quinta maior economia mundial e um dos principais mercados importadores globais, com importa??es equivalentes a 32% de seu PIB (? 658 bilh?es ao ano, em 2018). No setor de alimentos e bebidas, por exemplo, importa 50% do que consome, sendo que 60% do total importado advém, atualmente, da Uni?o Europeia. Com o Brexit, empresas brasileiras do setor poderiam disputar novas fatias desse mercado. Estudo realizado pela consultoria Bertelmann Stiftung calculou o impacto do Brexit para determinados países. No caso do Brasil, o País poderia obter ganhos comerciais de até 1,7 bilh?o de euros ao ano em cenário de maior afastamento brit?nico do mercado comum e da uni?o aduaneira europeia (“hard Brexit”) e 940 milh?es de euros ao ano em cenário de maior proximidade do bloco europeu (“soft Brexit”). O estudo pode ser obtido aqui.Dada a natureza do exercício, a plataforma será atualizada e aprimorada continuamente a partir de agora. Como parte do projeto, a Embaixada do Brasil em Londres e a Apex-Brasil est?o realizando pesquisa com empresários brasileiros para testar seu “apetite” pelo mercado brit?nico. Questionário foi enviado a mais de 2 mil empresas no Brasil.A pesquisa ainda está em andamento e as empresas podem participar por meio do “link” parciais revelam que aproximadamente 76% das empresas respondentes acreditam que o Brexit poderá impactar suas exporta??es para o Reino Unido. Destas, 70% acreditam que o impacto poderá ser negativo, 10%, positivo, e 20% afirmam que depende ou n?o sabem.Entre os principais impactos negativos citados est?o a possibilidade de aumento de custos logísticos e alfandegários, entraves relacionados às exporta??es via Europa, maiores impostos de importa??o, exigências de novos cerificados distintos dos da UE, imposi??o de barreiras tarifárias e n?o tarifárias. Entre os potenciais impactos positivos citados destaca-se a possibilidade de melhoria das condi??es de competitividade dos produtos brasileiros, seja por imposi??o de impostos de importa??o aos produtos europeus, seja por redu??o de tarifas para produtos brasileiros. Hoje, entre os principais mercados competidores das empresas brasileiras nas exporta??es para o Reino Unido, cerca de 50% das empresas que participaram da pesquisa até o momento apontam países da Uni?o Europeia, seguidos de China, outros países asiáticos, países da América Latina e Estados Unidos.Cerca de 45% das empresas afirmam que adotaram ou têm a inten??o de adotar medidas para o caso de o Reino Unido sair da UE sem um acordo. Entre as possíveis medidas citadas est?o a adequa??o à nova legisla??o brit?nica e depósito de marcas. A maioria das empresas estaria avaliando o tema e, principalmente, aguardando maior defini??o quanto aos requisitos de comércio com o Reino Unido para poder tomar as decis?es e medidas de adequa??o necessárias. Todas as empresas que responderam ao questionário até o momento indicaram desconhecer os novos sistemas de importa??o sendo implementados no Reino Unido. Detalhes desses novos sistemas est?o contidos na plataforma sobre o Brexit, podendo contribuir para a atualiza??o do exportador nesse quesito.Em 2018, 1.700 empresas exportaram para o Reino Unido o equivalente a mais de 11 bilh?es de reais (US$ 3 bilh?es).“No-deal”Em princípio, o cenário de “no-deal” resultaria em uma série de mudan?as significativas em curto período de tempo. Por exemplo, o sistema da UE para importa??o de produtos de origem animal, TRACES, n?o será mais válido para notifica??es de importa??es às autoridades brit?nicas. Em seu lugar, será utilizado o sistema IPAFFS, exclusivamente brit?nico.No que diz respeito a tarifas, o Governo brit?nico anunciou que algumas tarifas hoje aplicadas pelo Reino Unido para produtos exportados pelo Brasil seriam reduzidas a zero. S?o exemplos: lim?o (12,8%), melancias e mel?es (8,8%), sucos de laranja (15,2% + EUR 20/100Kg), laranja (16%), café solúvel (9%) e tabaco (18,4%), madeiras compensadas (6-7%), outras madeiras tropicais (2,5%), cal?ados com parte superior de couro natural (8%) , cal?ados de borracha ou plástico (17%), motores elétricos de corrente alternada polifásicos - SH 850152 – (2,7%), outras partes de motores diese (2,7%).Mesmo em caso de “no-deal”, ser?o mantidas as tarifas atualmente aplicadas no setor de carnes, bem como as quotas que est?o sendo negociadas ao abrigo do artigo XXVIII do GATT. Ainda assim, o Governo brit?nico optou por abrir quotas aut?nomas com tarifa zero. Dentre elas, vale destacar as quotas para: prepara??es de carne bovina (160250), com volume de 40.100 toneladas; frango salgado (0210) e prepara??es de carne de aves (160232), com volume de aproximadamente 142 mil toneladas; frango congelado (020714), com cerca de 80 mil toneladas; carne bovina fresca (0201), com volume de 124.400 mil toneladas; carne bovina congelada, com volume de 56.200 toneladas. A plataforma do “Brazil Brexit Watch” traz também informa??es que podem ser úteis ao exportador brasileiro em qualquer tempo, como lista de importadores brit?nicos.O Departamento de Comércio Exterior do Reino Unido disponibilizou um canal de contato para dúvidas específicas de empresas. Para enviar sua pergunta, basta preencher o formulário a seguir (em inglês) ou enviar um e-mail para euexit@.uk.Caso necessite de informa??es adicionais sobre como exportar para o Reino Unido, ou caso tenha comentários sobre o teor desta plataforma, escreva para secom.london@.br. Visite também a página da Embaixada do Brasil no Reino Unido: plataforma do “Brazil Brexit Watch” está abrigada na página do “Invest & Export Brasil” e pode ser acessada pelo link a seguir: . Notícia institucional sobre o projeto “Brazil Brexit Watch” pode ser encontrada no site da Apex-Brasil: ................
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