3 – O Querigma de Jesus



3 – O Querigma de Jesus

Jesus iniciou o seu ministério com uma proclamação bem definida, com um conteúdo específico e uma metodologia especial, Jesus era Evangelho e Evangelizador. Ele era a Mensagem e Mensageiro ao mesmo tempo. Vivia o que pregava e pregava o que vivia. Seu estilo de vida não contradizia as suas palavras, e estas, por sua vez, davam sentido as suas ações.

3.1 - CONTEÚDO

A. - MENSAGEM CENTRAL - O REINO

Se de alguma maneira quisermos sintetizar a mensagem da Boa Nova trazida por Jesus, seria com esta única palavra : O Reino.

Segundo os três primeiros evangelistas, temos a seguinte conclusão:

Marcos: “Pregava o Evangelho de Deus e dizia: Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo”( 1,14 ).

Mateus: “Percorria toda a Galiléia ensinando nas suas sinagogas, e pregando o Evangelho do Reino”(4,23)

Lucas: “ Tenho que anunciar a Boa notícia do Reino de Deus...” (4,43).

Desta forma resume a pregação central de Jesus, que encontramos tanto em suas parábolas como em outras formas literárias, e ações simbólicas. O Reino não se reduzia a Israel nem a lugar determinado, mais sim à ação salvífica de Deus no mundo. Por outro lado, é também a resposta de fé, conversão e obediência a esse Deus cheio de amor, acompanhada de uma nova forma de relacionar com os demais, e valorizar-se a si mesmo.

B- C ARACTERÍSTICAS DO REINO

Em variadas ocasiões e com parábolas, Jesus foi descobrindo os elementos que caracterizam o Reino de Deus:

1- Mistério do Reino

Antes de tudo, o Reino é um mistério que não se deve entender como uma verdade inalcançável, mas como um mar profundo, no qual cada ida se pode aprofundar mais e mais, e que é revelado aos pequenos e simples de coração.

Para entender este mistério, Jesus apresentou o Reino com variedades de imagens e comparações, nas quais ressaltavam os diferentes elementos e características:

Comparou-o ao fermento, que fermenta a massa ( Mt 13,33) a semente lançada na terra ( Mt 13,4 ) que começa humildemente como o grão de mostarda ( Mt 13,31) , mas que tem poder para crescer por si mesmo ( Mc 4 26-29) até fazer-se árvore e acolher as aves do céu em seus ramos ( Mt 13,32 ).

2- Salvação é gratuita

Deus ama tanto o homem, que Jesus vem dar o Dom da salvação. Portanto não se compra nem se ganha com méritos, nem depende do número de horas que se trabalha e sim basicamente da generosidade de Deus. Por isso, a convocação ao Banquete do Reino se apregoa no cruzamento dos caminhos, para que possam participar, de maneira especial, os mais pobres. Junto a cruz de Jesus foi crucificado um assaltante e um assassino, que simplesmente pediu uma lembrança do mestre. No entanto, jesus lhe presenteou com o Paraíso. O Ladrão não era capaz de comprar, roubar, nem merecer a salvação, mas Jesus outorgou-lhe gratuitamente.

3- Deus é Pai amoroso

Jesus rompeu os esquemas que Israel havia pré-fabricado de Deus. Não aceitou que ao Deus doador se lhe convertera em Deus cobrador, a quem tem que se pagar pelos méritos das boas obras ( jejum, dízimos, orações, etc...) Os Judeus tinham tanto respeito a Deus que quase se adentravam as fronteiras do temor. Jesus vem revelar que esse Deus Santo e transcendente é basicamente Pai, que ama a todos os seus filhos e faz brilhar o sol e chover sobre os bons e os maus. O mais assombroso, ama particularmente ao mais necessitado. Por isso enviou o seu filho, não aos justos, e, sim aos pecadores, pois quem tem necessidade de médico não é aquele que é são, mas aquele que é enfermo. Deus é como Pai amoroso, capaz de acolher a seu Filho, que volta a casa depois de haver profanado a reputação familiar. Acolhe-o e, antes de lhe por uma veste nova, o abraça e o beija com ternura, para depois organizar uma festa, sem recriminar o pecado. Sua misericórdia é sempre maior que qualquer pecado.

4 - Está no meio de nós e em nós.

O amor de Deus já está entre nós. Está no meio de nós. Centrado na história, faz-se presente onde menos se espera - em uma prostituta ou em um ladrão condenado à morte. Cresce de dia e de noite, como uma semente, e como o fermento que transforma toda a massa. Encontra-se como um tesouro escondido que aparece quando menos se espera, e vale tanto, que se vendem todas as pérolas necessárias para comprar a pérola preciosa Manifesta-se no interior de cada pessoa e cada comunidade. Não e exclusivo de Israel, e sim de todo aquele que tem fé e atua com amor a seus irmãos. Os Judeus acreditavam ser os herdeiros exclusivos das prerrogativas divinas, no entanto, um centurião romano e uma mulher sírio-fenícia avantajou-se em relação a todos, pela fé.

5- Valor da Pessoa

Para Jesus a pessoa vale por si mesma independentemente de sua condição social ou religiosa. O sábado, como toda lei ou instituição está a serviço do homem, e não este a serviço daqueles.

Quando Jesus curou o homem da mão paralisada, o pôs no centro da sinagoga, como significando que o ser humano deve estar no centro das estruturas; mesmo as religiosas, as quais estão a serviço do homem. ( Mc 3,1-6 ). Não vale pelo que tem, Mas pelo que é. Por isso, é absurdo inverter a vida acumulando riquezas ou depender delas. E mais, a abundância de bens é a origem de todos os males, e cria um grande abismo de insensibilidade frente ao necessitado ( parábola do rico que confia em sua riqueza, e Lázaro cujo nome significa - o que confia em Deus ( Lc 16, 19-31 ).

A mulher surpreendida em adultério, que segundo seus acusadores merecia a pena de morte, é o exemplo de como se valoriza a pessoa no Reino. Para os Escribas e Fariseus era impossível que ela mudasse, e por isso a condenaram à morte. Jesus, por sua parte, não recebe uma pecadora, mas sim a uma mulher, e assim a chama, reabilitando-a com o seu perdão e confiança para não voltar a pecar, porque isso vai em detrimento de seu valor como pessoa ( Jo 8, 1-11).

Restabelece a sogra de Pedro, que congregava todos os agravantes de uma marginalizado; era mulher, estava enferma, era sogra de Pedro e não servia a ninguém, mas Jesus capacita para o serviço, fazendo-a sentir valiosa e necessária para os demais ( Lc 4, 38 ).

As crianças que não eram consideras pessoas, antes de chegar aos 13 anos , foram objetos de sua predileção e atenção ( Mt 18,10 ), inclusive são modelos para entrar no Reino.( Mt 18,3 ).

6. A pureza de intenção

A grande revelação evangélica é que não basta realizar o que consideramos bom, mas sim a pureza de intenção com qual se atua: o que concede valor ao que fazemos a motivação com a qual realizamos. Os fariseus jejuavam, oravam e davam esmolas para serem vistos, saudados e para que as pessoas falassem bem deles. Isto não tem nenhum mérito no Reino.

Jesus reagiu permanentemente contra os sepulcros caiados, ou quem quisesse aproveitar-se de Deus, convertendo o templo em um covil de ladrões. Aceitou os pecadores e até se sentou em sua mesa, mas nunca consentiu a hipocrisia dos fariseus que se consideravam melhores que os demais, e depreciavam os outros para cumprir as minúcias do Jejum e dos dízimos; não atendiam o mais importante: a justiça, a misericórdia e a fé. O essencial não é o que faz, mas sim a intenção com que se realiza a dita ação.

As vezes se deve dizer “sim”, e até ir mais longe do que se solicita Mt 6.41, mas que negar-se decididamente quando nos pedem para renunciar a luz ( Mt 25,1-13 . As virgens ).

A viúva que oferece tudo quanto tem como oferenda, dá muito mais que os ricos deste mundo, porque Deus não considera a quantidade do que damos, mas sim com quanto nós ficamos.

7- O estilo de vida

No Reino de Deus não existe uma Lei que deva ser cumprida, mas sim, uma pessoa que é protótipo de quem foi indentificado com os valores do Reino - JESUS. Ele é a Boa Notícia. Sua mensagem não era teoria, mas sim, um estilo de vida. Mais do que falar de perdão, perdoou sempre: a maria madalena, a Pedro, e de maneira singular, a seus verdugos. Amou a todos, especialmente a seus doze apóstolos, aos pobres e aos pecadores. Quando seus dicípulos lhes pediram que os ensinassem a orar não lhes deu uma formula, mas sim abriu o seu coração a Deus para ensinar que a oração deve brotar espontaneamente. Não veio para ser servido, mas para servir.

Tudo fez bem e nunca houve duplicidade em seu coração. Falou sempre a verdade e levantou a bandeira de justiça e de paz. Seu estilo de vida mostra as pistas que iluminam o caminho.

Vejamos algumas de suas atitudes que romperam os modelos pré-estabelecidos.

Não aceitou o caminho fácil do triunfalismo messiânico. Renunciou a ser rei, para fazer-se servidor de todos, porque há mais alegria em dar que receber. Não vendeu sua liberdade interior para comprazer aos que ostentavam o poder civil e religioso. Nunca se sentiu menor que os ricos e poderosos deste mundo, mas tão pouco mais que os pobres e pecadores.

Sabe relacionar perfeitamente, com Deus, com o Pai, pois tem a experiência de ser o filho amado em quem Deus pôs a sua complacência. É livre de todo apego às coisas materiais. Sendo rico se faz pobre: tão pobre que não tem onde reclinar a cabeça. Jamais teve ambição ou cobiça. Não aceitou todos os reinos da terra quando satanás lhe propôs, ou o trono que os Judeus quiseram dar-lhe depois da multiplicação dos pães. Harmoniza sempre com a natureza e toda a criação. Convive com as feras do campo, e respeita o equilíbrio ecológico deixando crescer juntos, o trigo e a cizânia. Até concede uma nova oportunidade à figueira estéril. Em resumo podemos dizer que Jesus mesmo, com seu estilo de vida, é a mensagem.

Precisamente por isso nos disse: Apredam de mim”, porque a sua vida é o maior ensinamento

( Mt 11,29 )

A forma com que Jesus viveu a vida humana, resolveu os conflitos, abordou as circunstâncias adversas, sua postura frente aos poderosos, suas atitudes diante das tentações, sua resposta à dor, a maneira de afrontar a morte, a maneira como relacionava com as pessoas e as instituições; enfim, cada aspecto e critério da vida é a Boa Notícia, porque nos ensina como viver a liberdade e a solidariedade que realizam a pessoa e constrói o Reino de Deus.

8- Tem que nascer de novo.

Mesmo que o convite para participar do Reino seja gratuito, sua aceitação exige correspondência: manter-se alerta e vigilantes, com a lâmpada acesa, e trabalhar os talentos que lhes foram entregues. Quem não tiver o vestido da Boda, ou seja, as atitudes de quem participa de uma festa, as Bodas do Cordeiro, será lançado fora. O essencial não radica no exterior, mas sim em uma mudança radical de atitude de vida, que se define como “nascer de novo, que exige a transformação dos critérios e valores, assim como romper os esquemas do materialismo, consumismo e hedonismo, para depender como uma criança que é capaz de dizer: Abbá, Pai, a Deus.

Havia um sábio mestre de Israel a quem aparentemente nada faltava, mas Jesus o surpreende quando lhe esclarece que toda a sabedoria, e seus títulos’tulos, são insuficientes para entrar no Reino, a não ser que nasça de novo.

9- Acima de tudo o amor.

Jesus balançou a coluna da religiosidade judia quando proclamou que acima de tudo está o amor, está acima da lei e da religião. Para abrir os olhos dos cegos fariseus, às vezes comia sem lavar as mãos, arrancava espigas e curava no sábado, porque o essencial da lei está no amor ao próximo e não ao cumprimento material, vazio de sentido. O primeiro mandamento, amar a Deus, vai indissoluvelmente unido ao segundo: amar o próximo. O novo mandamento consiste em amarmos uns aos outros como ele nos amou, e é o distintivo que caracteriza os seus discípulos ( Jo 13,34 ) daí que não se pode levar uma oferenda ao altar de Deus, se profanou o santuário da presença divina, que é o coração do irmão. Incluso, o perdão divino está condicionado ao perdão das oferendas recebidas. ( Mt 5,23-24 ).

10- Aliança com o povo.

Jesus veio para selar uma nova Aliança que jamais podia romper-se. Com seu sangue foram canceladas as culpas e já nenhuma condenação pesa sobre os pecadores. Em sua morte vence o egoísmo e com sua ressurreição dá nova vida a todos os que crêem em seu nome.

A plenitude do Reino não se pode viver na intimidade ou individualismo, e sim nas novas relações dos homens entre si. Trata-se de formar um povo, uma comunidade onde se vivem os valores e critérios evangélicos. Por isso, desde o princípio, Jesus elegeu 12 discípulos, dos quais nunca se separou ( evangelho de Marcos) e que seriam germe do novo Israel ( evangelho de Mateus ); com Ele, Deus selaria a nova e eterna aliança. A Pedro lhe entregou precisamente as chaves do Reino ( Mt 16,19 ). para abrir-se as portas da fé e a missão, tanto aos judeus ( At 2,14-36 ), como aos gentios ( At 10 ).

Ao nome de Reino nos dá a idéia de um povo unido por distintos vínculos. A vida social, política, econômica e cultural deve estar impregnada de valores evangélicos.

11- Obstáculos para pertencer ao Reino.

Jesus declara três grandes obstáculos que contrapõe aos valores e características do Reino.

•       - considerar-se justo e melhor que os demais. O fariseu que ora, presumindo suas boas obras, não é justificado. As prostitutas e os pecadores precederam aos escribas ( Lc 18, 9-14 ).

4. O OBJETIVO DO QUERÍGMA DE JESUS:

A SALVAÇÃO

Se com uma só frase atrevêssemos sintetizar a missão central de Jesus, seria: ser portador e autor da salvação do homem todo e de todos os homens. Seu nome Yeshuah, resume sua missão: Deus salva. Por outro lado, Ele mesmo o confirma quando afirma: A salvação vem dos Judeus: Jo 4,22.

OBJETIVO DE JESUS : A SALVAÇÃO

4.1 - Programa de trabalho

A passagem que resume que maravilhosamente sua missão neste Mundo, se encontra em sua carta de apresentação na sinagoga de Nazaré, quando Ele mesmo, partindo de uma premissa, definiu seu objetivo em cinco pontos:

O espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu e me enviou:

•       a anunciar a Boa nova aos pobres,

•       a proclamar a libertação dos cativos,

•       a dar a vista aos cegos,

•       a proclamar o ano de graça do senhor ( Lc 4,18-19 )

a) Evangelho aos pobres: abrir-se à salvação.

Jesus é o alegre mensageiro que anuncia que o tempo de escravidão já terminou, porque o Kairós da salvação chegou. Deus teve, compaixão de seu povo oprimido e enviou um salvador que não somente anuncia, mas que realiza a salvação integral da pessoa e da sociedade.

Unicamente, quem reconhecer e viver sua pobreza frente a Deus pode ser beneficiado da salvação. Isso não deve ser interpretado como se o Evangelho se tornasse exclusivo apenas para uma classe de pessoas e muito menos a uma classe social, mas é um convite universal para ser pobre, e ser, assim, destinatário da Boa Nova. Quem não for pobre não poderá receber as riquezas do reino. Como o Reino não compra nem merece, somente os pobres o herdarão.

b) Libertação aos cativos: Libertação interior.

Jesus é o libertador que desata as cadeias interiores: medo, ódios, ressentimentos, amarguras, desconfianças, egoísmo e todo tipo de invejas e divisões. O homem por si mesmonão pode libertar-se dessas ataduras, mas graças à verdade revelada por Jesus, é possível ser livre de todos esses laços que oprimem seu coração.

c) Vistas aos cegos: revelar o sentido da vida

Essa frase não se refere somente, nem principalmente, a cura da cegueira física, mas de toda enfermidade, produto do pecado que mantém o homem na escuridão da ignorância. Vive-se nas trevas, enquanto não se tem a luz do conhecimento da verdade sobre Deus, o homem e a criação. A origem dos mais graves problemas da humanidade se apóia em que o homem não sabe de onde veio, para que está neste mundo e para onde vai. Jesus revela o sentido da vida e da existência humana. Conhecer a verdade e vivê-la é o que nos faz livres. Graças a verdade, podemos ser livres e agentes de libertação.

d) Liberdade aos oprimidos: libertação interior

Não basta a libertação interior. Existem sistemas de injustiças que produzem ambientes de pecado, onde a pessoa está limitada no exercício de sua liberdade ( sistemas totalitários ), ou paralisada em sua responsabilidade ( sistemas capitalistas ). Jesus, para instaurar o Reino de Deus, possibilita a mudança de estrutura injustas, os centros de interesses, os critérios e valores que regem nossa sociedade consumista e materialista.

e) Ano da Graça do Senhor: perdão das dívidas

No ano Jubilar que se celebrava, a cada sete anos sabáticos (cinqüenta anos ) se redimiam todas as dívidas. Os campos e propriedades que por alguma necessidade haviam sido vendidos, regressavam aos seus donos originais. Toda dívida era esquecida e se perdoava toda ofensa. A plenitude dos tempos é um ano jubilar, quando Deus perdoa nossas ofensas para que nós perdoemos todas as dívidas de nossos irmãos

|Salvação de todo o homem e de |

|todos os homens |

Deus quer tanto a salvação de todos os homens, como a salvação integral de todo o homem, que inclui outros dois aspectos que são complementares.

4.2 - Libertação do Pecado

O pecado, ruptura com deus, divisão entre os homens e desarmonia no interior de cada um, é a causa de todos os males deste mundo; por isso, a salvação oferecida por Deus, através de Jesus, vai diretamente na raiz do problema: nos libera do pecado.

a) reconciliação: fazer a paz com Deus.

O principal efeito da morte e ressurreição de Jesus é reconciliar: fazer as pazes, depois da guerra do homem com Deus, e trazê-lo à intimidade com o Criador. Estando mortos por nossos delitos e pecados, longe, sem esperança, sem Deus ( Ef 2,12 ), fomos reconciliados no Filho e já em paz com Deus ( Ef 2,14-18 ;Rm 5,1 ). Se por desobediência do primeiro Adão, nos separamos de Deus, pela obediência do novo Adão, voltamos à união e comunhão com Ele ( Rom 5,12-21 ). Já fomos reconciliados em Cristo Jesus, que, sendo uma só pessoa, é verdadeiro deus e verdadeiro homem. Nele está unidade para sempre a humanidade com a divindade.

b) Expiação dos pecados: pagas as dívidas

Quando Paulo disse em !° Cor 15,3 que Cristo morreu por nossos pecados, declara que n’Ele foram apagados nossos pecados. Isso não deve interpretar-se como se Deus, querendo cobrar nossos pecados, decreta a cruenta morte de seu filho. Não mais que o cumprimento da missão redentora custou a Jesus a vida, saldando assim, nossa conta pendente - causa de nosso pecado.

c) Libertação do Pecado: propriedade divina

Jesus não só apaga e tira os nossos pecados, mas nos liberta da escravidão de todo o pecado. Capacita-nos para vencer o pecado em nós, para que a maldade não domine as nossas vidas e já não sirvamos a carne e seus maus desejos que nos levam à morte, mas que obedeçamos a deus pela lei do Espírito, que foi gravada no interior do nosso coração. “Para ser livres, nos libertou Cristo ( Gl 5,1). Assim como os Hebreus, sendo libertados do jugo de Faraó, foram adquirido como possessão divina, assim também o novo Israel livre do pecado, é propriedade de Deus, graças ao alto preço do sangue de cristo ( 1Cor 6, 20;7,23 ).

d) Justificação: fidelidade a Deus

O homem sendo pecador, não se pode justificar nem por boas obras nem por justiça própria ( Ef 2,8-9 ). Somente deus justo é capaz de justificar. a Justiça de Deus não é uma justiça vingativa que castiga, mas uma justiça salvífica, através da qual Deus mostra sua fidelidade e Seu Amor. Quando deus fez a promessa de salvação, ficou comprometido com o homem. Se não cumprisse, Deus seria injusto com o homem e consigo mesmo. Portanto, a justiça de Deus é a fidelidade divina a si mesmo e aos homens.

“todos são justificados pelo dom da sua graça para mostrar sua justiça... em ordem a mostrar a sua justiça no tempo presente, para ser o justo e justificador de quem crê em Jesus”(Rm 3,24-26).

•       Libertação do pecado:

- Reconciliação

- Expiação

- Libertação

- Justificação

Mas Jesus não só liberta do pecado. Também venceu a causa e tirou as conseqüências:

Causa: - A causa última do pecado não é o homem, feito imagem e semelhança de se criador, mas Satanás, que enganou nossos primeiros pais. Jesus o novo Adão, é o descendente da mulher que esmaga a Satanás. O príncipe deste mundo é jogado abaixo por Ele; por isso, uma prova contundente do messianismo de Jesus eram as expulsões dos demônios ( Mt 12,28).

Conseqüências: - A separação de Deus, fonte de vida, trouxe como efeito imediato a morte ( Rm 6,23 ) Ao morrer desnudo, Jesus na cruz não só tira o pecado. Está também carregando as conseqüências do pecado ( Mt 8,17 ). Portanto já nenhuma condenação pesa para os que estão em cristo Jesus, sendo a pior de todas a morte.

Para Cristo, como para o cristão, já não há morte ( 1Cor 15,54-57). Enfermidade e tristeza, angústia, avareza, desejos desordenados, afã de riquezas, inseguranças e ignorância foram vencidos na cruz de Cristo jesus. Portanto, a morte de Cristo Jesus é também libertação de opressores, injustiça, guerras, sistemas antievangélicos e estruturas anti-humanas que violam a dignidade da pessoa.

4.3 - Ter vida divina

“ Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”( Jo10,10).

“Eu sou a Vida”( Jo 14,6 ).

Quem tem o filho de Deus tem a vida ( 1 Jo 5,12 ) e não lhe falta nada. Ele é o único realmente necessário nesta vida, porque quem o vê ou encontra com Ele, encontra com Deus ( Jo 14,8-10).

A nova vida não é saber muitas coisas, como Nicodemos, mas sim ter havido um novo nascer que vem de cima e que consiste em começar a viver as primícias do reino desde agora. Esta vida manifesta-se em todos os âmbitos da realidade humana: dimensão política, econômica, cultural e religiosa. E na implantação do reino de Deus neste mundo através da justiça, a liberdade e a paz, em um desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.

A SALVAÇÃO É LIBERTAÇÃO DO PECADO E COMUNHÃO COM DEUS E COM OS IRMÃOS

5 - MÉTODO DO QUERÍGMA DE JESUS

Jesus usou uma metodologia eficaz para proclamar o Reino.

Esta pedagogia é a base para todo o trabalho pastoral de seus seguidores, pois Deus não mudou seu método de Proclamação da Boa Nova de Salvação.

“O verbo se fez carne e pôs sua tenda no meio de nós” (Jo 1,14)

O marco da metodologia divina radica na Encarnação do Filho de Deus, que sendo Deus, une em si mesmo a natureza divina e humana. Não somente isso, também que se faz pobre entre os pobres. Toma condição de servo e se faz obediente. Seus amigos e seus preferidos são sempre os que não possuem nada, os marginalizados e os que não têm nenhum direito social nem religioso. Desde então, qualquer participação na obra salvífica se fará na comunhão da ação de Deus com a colaboração dos homens.

5.1 - COM PALAVRAS E ATOS

1. Anúncio em “Palavras” e “ações”

O Consílio Vaticano II frisou que Deus se revelou à humanidade em “acontecimentos e palavras” relacionados entre si. São Pedro anuncia na casa de Cornélio que “Deus enviou a palavra (...) por Jesus Cristo, que passou o bem e curando...” (At q0,36-38). O evangelho nos fala das “palavras” (os ensinamentos) de Jesus e dos “fatos” (as ações) de sua missão. Lucas inicia seu evangelho dizendo que vai fazer um relato “de todas as coisas que Jesus fez e ensinou” (At 1,1).

Os Apóstolos continuam a missão de Jesus, anunciando a boa nova do Reino de Deus. Fazem isso usando a palavra, acompanhada de “sinais” ou manifestações do poder de Deus. É isto que lemos no final do evangelho de Marcos: “E eles saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20).

Está aqui uma primeira indicação fundamental para o “método” da evangelização. Não se trata apenas de “pregar” ou “anunciar” em palavras. Temos que demostrar, em atos concretos, a presença da misericórdia e do poder salvífico de Deus, capaz de transformar a vida das pessoa. As palavras devem ajudar os ouvintes a reconhecer o sentido e os motivos profundo daquilo que estão vendo.

Jesus mesmo era Evangelizador e Evangelho (Mc 1,1). Ele era a mensagem e mensageiro ao mesmo tempo. Vivia o que pregava e pregava o que vivia. Seu estilo de vida jamais contradizia suas palavras, e estas, por sua vez, iluminavam o sentido de suas ações. Pregou, especialmente, de duas maneiras: com palavras e com ações.

COM PALAVRAS: Uma palavra sem igual, que não admitia dúvida alguma, que fazia exclamar a seus ouvintes: “ Ninguém falou como este homem”(Jo 7,46).

2. Anunciar para levar à mudança de vida

O evangelizador é enviado, como Jesus (cf. Jo 20,21b), para ajudar as pessoa a descobrir a presença de Deus em suas vidas e na história da humanidade. Ele convida a acolher essa presença ou o “Reino” (o senhorio, a vontade) de Deus. Não se faz isso ensinando antes de tudo uma “doutrina”. Temos que criar condições para que as pessoas façam uma experiência de Deus, um encontro com a sua proposta salvadora. Daí poderão tirar consequêcias que são capazes de produzir uma mudança de vida.

Jesus ensinava de modo muito especial. Vemos isso mais claramente quando ele encontra diante de si críticos ou adversários, que não querem acolher sua palavra, e recusam o “evangelho de Deus”. A eles Jesus dirige suas parábolas. O evangelho afirma que muitas delas foram contadas “para fariseus e doutores da Leis que murmuravam contra Ele” (Lc 15,2; Mt 21,23 - 22,14). A parábola não dá a lição pronta: provoca reflexão, pede que cada um tire suas próprias conclusões. E por isso pode mexer muito mais com as pessoas, provocar a consciência a uma conversão: não é o pregador que vai dizer o que deve ser mudado, é a própria pessoa que vai perceber e se sentir questionada.

EXERCÍCIO:

Escrever cinco frases ou discursos de Jesus, que condensem pontos essenciais de sua mensagem. Exemplo: O discurso do Pão da Vida: Jo 6.

1.    ________________________________________________________________________

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3.    ________________________________________________________________________

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5.    ________________________________________________________________________

5.2 - COM FATOS

Jesus não só pregou com palavras, mas também mediante sinais proféticos. Cada ação de sua vida estava cheia da Boa Notícia. Por Exemplo: o perdão dos pecados, o lavar os pés dos Apóstolos, e, de maneira especial, sua Páscoa.

O mais significativo era sua pessoa mesmo. Ele mesmo era a manifestação de Deus. “Quem me vê, me escuta e me recebe, vê, escuta e recebe a meu Pai”, repetia. Ele mesmo era a manifestação do grande amor de Deus ao mundo, que havia enviado seu Filho único, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.

Ao fazer-se homem e levantar sua tenda em nosso acampamento, mostra que Deus chega ao homem para que este possa aproximar-se d’Ele. Assume as necessidades humanas para poder redimí-las. Enxerta-se nas coordenadas do tempo e do espaço para dar sentido a história.

EXERCÍCIO:

Selecionar os sete acontecimentos da vida de Jesus, mais cheios de simbologia. Exemplo: A cura e o perdão do paralítico (Mc 2,1-12).

1.    ________________________________________________________________________

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3.    ________________________________________________________________________

4.    ________________________________________________________________________

5.    ________________________________________________________________________

6.    ________________________________________________________________________

7.    ________________________________________________________________________

5.3 - COM AUTORIDADE

“Ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas e fariseus” (Mt 7,29).

Jesus ensinava com uma autoridade diferente a dos escribas e fariseus, porque seus estilo de vida era congruente com o que falava. Aí radicava sua autoridade. As pessoas O percebiam, e por isso acreditavam n’Ele e O seguiam. Vivia o que pregava e pregava o que vivia.

5.4 - MESTRE ITINERANTE

“Jesus percorria toda Galiléia ..., proclamando a Boa Nova do Reino” (Mt 4,23).

Jesus não tinha um lugar fixo de pregação, mas ia por todas as regiões e comarcas. Ele tomava a iniciativa, e como Bom Pastor, buscava as ovelhas perdidas. Entrava na casa de Zaqueu, ia ao encontro dos pecadores. Inclusive, ultrapassou os limites da Terra Santa e entrou na Samaria, e chegou até Tiro e Sidônia (Lc 17,11; Mc 7,24).

5.5 - SINAIS, MILAGRES E LIBERTAÇÕES

“Jesus percorria toda Galiléia ..., curando toda enfermidade e doença do povo” (Mt 4,23).

Outro elemento da metodologia de Jesus eram seus milagres e curas, os quais São João chama sinais, porque estavam cheios de simbolismo. Não eram elementos acidentais nem simplesmente para chamar atenção, sim, que eram parte essencial de Sua pastoral salvífica. Entre eles sobresai a libertação de endemoniados, por ser um sinal eminentemente messiânico: “Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós” (Mt 12,28).

Quando Pedro resume a ação de Jesus, diz: “Passou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo” (At 10,38).

EXERCÍCIO:

Enumerar os 7 sinais de Jesus no Evangelho de João.

1.    ________________________________________________________________________

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3.    ________________________________________________________________________

4.    ________________________________________________________________________

5.    ________________________________________________________________________

6.    ________________________________________________________________________

7.    ________________________________________________________________________

5.6 - COM PARÁBOLAS E CITAÇÕES DO ANTIGO

TESTAMENTO

1. Passos da pedagogia de Jesus

Alguns modernos estudiosos da Bíblia distinguem três aspectos nas parábolas de Jesus:

- Jesus antes de tudo se esforça para compreender a situação do ouvinte, sua visão da realidade (muitas vezes distorcida), suas dúvidas ou interrogações. A partir daí, cria a parábola, na forma de um pequeno conto de um fato da vida, que apresenta alguma semelhança com a situação que o ouvinte está vivendo. A semelhança não pode ser grande demais; de outra forma, o ouvinte a descobre logo; fica mais interessante quando o ouvinte tem que refletir e, só depois de algum tempo, descobre a relação que há entre sua vida e o fato contado na parábola.

Esse método era também o de certas parábolas contadas já no Antigo Testamento. Por exemplo: Essa relação entre a parábola e o ouvinte aparece na parábola que o profeta Natã conta a Davi (cf. 2 Sm 12). Só no fim, o rei Davi percebe que ele é aquele homem que roubou a única ovelha do pobre!

O mesmo acontece com muitas parábolas de Jesus: só no fim, os ouvintes percebem que a parábola fala deles ou a eles.

- Jesus, em segundo lugar, procura convencer o seu ouvinte, ajudando a descobrir uma nova realidade ou a interpretar de modo novo a realidade que está vivendo. Para isso, Jesus não apela para a teoria dos filósofos ou para a autoridade da Tradição, nem mesmo da Bíblia ou Palavra de Deus. Jesus apela para a experiência vivida. Conta fatos da vida, às vezes um pouco extraordinários. São fatos que, em princípio, fazem parte da experiência de todos ou de quase todos (como semear e colher o trigo, ou ter notícia de alguma falcatrua ou sofrer um assalto, ou simplismente perder uma ovelha ou um moeda...). A realidade nova que o ouvinte deve enxergar (e antes não conseguia ver!) é a vontade de Deus naquela situação, é o “reino de Deus” que vem ao nosso encontro, que podemos acolher ou rejeitar.

- É claro que Jesus conta as parábolas para que o ouvinte acolha a vontade de Deus, seu Reino, e com isso se “converta”, mude de atitude e de vida. Os evangelistas, tendo constatado que muitos não aceitaram a mensagem de Jesus, chegaram a dizer que as parábolas foram contadas para que “ouvindo, ouçam e não entendam” (Mc 4,12, que cita Is 6,9-10; cf. Mt 13,10-15; Lc 8,9-10). Mas esta é uma explicação deles, que tinham dificuldade em entender porque alguns não se convertiam. É claro que o objetivo de Jesus não era falar à toa, ele queria que todos descobrissem com alegria a mensagem do Reino. (Confira em Mt 13,44-46: descobrir o Reino é descobrir um grande tesouro, uma grande alegria!).

2. Um exemplo: a parábola dos dois filhos

O que dissemos das parábolas de Jesus ficará mais claro se analisarmos uma delas. Tomemos como exemplo a parábola dos dois filhos em Lc 15,11-32 (mais conhecida como “parábola do filho pródigo” - um nome de fato não muito adequado).

Quem são os ouvintes? Os fariseus e dos doutores da Lei. O que devem compreender? Que Jesus, aproximando-se dos pecadores (“publicanos e prostitutas”), não está fazendo algo errado - nós diríamos hoje: frequentando más companhias - mas está realizando a vontade de Deus, mostrando a bondade do Pai.

Então Jesus conta a história dos dois filhos, começando pelo mais jovem, que evidentemente é a figura do pecador. Ele se afasta do pai (ou seja, de Deus), cai na farra e depois no desespero. Finalmente, volta para casa, arrependido. Até aqui, provavelmente, os fariseus estavam de acordo. Só esperavam o final: a repreensão do pai, o castigo.

Mas é aqui que Jesus os surpreende. Há o irmão mais velho, o que “há tantos anos” serviu o Pai e “jamais transgrediu um só de seus mandamentos” (Lc 15,29). Aparentemente, é um santo cumpridor da Lei de Deus, como os fariseus. Mas quando o pai resolve fazer festa pelo filho que voltou e readimite em casa sem condições, o filho mais velho protesta e se recusa a partilhar da alegria do Pai. Revela que, no fundo, não amava de verdade nem ao pai, nem ao irmão.

Neste ponto, restava aos ouvintes (os fariseus) uma alternativa: ou continuar em sua atitude de incompreensão da misericódia de Deus (e se identificar com o filho mais velho, que se recusava a aceitar a volta do irmão menor), ou assumir o ponto de vista de Jesus, e partilhar a alegria do pai (de Deus!) com a ressurreição do pecador: “Este teu irmão estava morto e tornou a viver!” (Lc 15,32b).

“E sem parábolas nada lhes falava” (Mt 13,34).

Jesus falava de maneira simples para que todo mundo o pudesse entender. Usava imagens da vida diária, a natureza e situações humanas normais. Falava tanto de animais como aspectos rurais e urbanos. As vezes exagerava as coisas para chamar a atenção ou acentuar a importância: a trave no olho, a pedra de moinho, a dívida de 10 mil talentos e o camelo no buraco de uma agulha.

EXERCÍCIO:

1.    Se hoje Jesus proclamasse a Boa Nova, a que coisa ou circunstância de nosso mundo atual o assemelharia?

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2.    Escrever uma parábola moderna que descreva o homem, hoje, algum ou alguns aspectos essenciais da Nova Vida, a Boa Notícia ou Reino de Deus. Exemplo: Petróleo, Cartão de Crédito, Avião, etc...

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Por outro lado, recorreu freqüentemente ao textos da Escritura. Fez referência pelo menos a 12 personagens do Antigo Testamento. Citou a lei e os profetas, mas seus livros preferidos eram os Salmos de seus antepassados David e Isaías, o profeta messiânico. São Mateus, que escreve para judeus, insistiu corretamente como se cumprem as promessas feitas aos Patriarcas e anunciadas pelos profetas.

EXERCÍCIO:

1.    Enumerar cinco citações do Antigo Testamento usadas por Jesus.

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2.    Jesus se comparou a alguns personagens do Antigo Testamento.

Enumerar 5 e explicar sua relação com Ele.

- Jonas - três dias no ventre da baleia.

Exemplo:

- Jesus - três dias no ventre da terra.

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3.   Enumerar sete profecias do A.T. que se cumprem em Jesus.

I.      ___________________________________________________________

II.    ___________________________________________________________

III.  ___________________________________________________________

IV.___________________________________________________________

V.  ___________________________________________________________

VI.___________________________________________________________

VII.__________________________________________________________

5.7 - TRABALHAVA EM COMUNIDADE E FEZ ESCOLA

1. Fez discípulos

Esta parábolas nos ajuda a entender também porque a mesagem de Jesus foi acolhida por uns - os fracos e pecadores. Para esses ela era realmente “boa nova”, anúncio do amor e do perdão de Deus. Ficavam contentes ao descobrir - como dirá depois São Paulo - que “Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (cf. Rm 5,8). Para outros, como os “fariseus” e seus semelhantes, a mensagem de Jesus não era exatamene uma má notícia, mas um desafio. Trazia um apelo a mudar de atitude: tinham que parar de pensar em ?Deus como um fiscal que faz contabilidade dos nossos pecados para acolher a fé no Pai amoroso revelado por Jesus. Nem todos souberam responder de forma positiva a esse desafio... Mas isso não desencorajou o semeador: Jesus continuou e continua a lançar sua semente, Palavra (cf. Mc 4,3-8.14). Ele tem certeza de que haverá uma grande colheita: pois “há as que foram semeadas em terra boa...: são os que dão fruto, um trinta, outro sessenta, outro cem” (Mc 4,20).

A pedagogia de Jesus, como evangelizador, une a palavra à ação e assim reveka Deus agindo na vida. Os primeiros discípulos e apóstolos continuaram seguindo esse caminho ao evangelizar.

Jesus nunca trabalhou só. De maneira especial, o Evangelho de Marcos nos apresenta a indissolúvel unidade de Mateus com os discípulos. Jesus formou uma comunidade, e enviou aos seus como o Pai O havia enviado. A obra do Batista acabou com a morte, porque só formou discípulos e não Apóstolos que, por sua vez, formaram outros. Jesus, sim, o fez. Por isso, sua obra continuará até o fim dos tempos.

EXERCÍCIO:

Que elementos integravam a metodologia usada por Jesus para anunciar a Boa Nova?

1.    _____________________________________________________________________

2.    _____________________________________________________________________

3.    _____________________________________________________________________

4.    _____________________________________________________________________

5.    _____________________________________________________________________

6.    _____________________________________________________________________

7.    _____________________________________________________________________

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