O LÚDICO COMO ESTÍMULO À LEITURA E À ESCRITA UM ESTUDO ...

[Pages:14]EDI??O N? 12 ? Volume II , SETEMBRO DE 2013 ARTIGO RECEBIDO AT? 10/09/2013 ARTIGO APROVADO AT? 20/09/2013

O L?DICO COMO EST?MULO ? LEITURA E ? ESCRITA UM ESTUDO SOBRE O PROJETO DE EXTENS?O ALMANAQUE

Marielle Rizzo Muniz1 (UCDB) Angela Cristina Catonio2 (UCDB)

RESUMO Este trabalho apresenta a import?ncia da leitura e da escrita para a forma??o das crian?as e dos jovens, e mostra a atividade l?dica como um ato positivo a ser adotado pelas escolas para transmitir conhecimento. O prazer pela leitura e pela escrita ? criado por meio de est?mulos, como a utiliza??o de atividades l?dicas, que mostra a for?a que tem quando se incentiva as crian?as e os jovens por meio de brincadeiras, fazendo-o adquirir conhecimento e criarem o h?bito de ler e escrever sem que sejam obrigadas. Apresenta tamb?m uma breve explica??o sobre as atividades de incentivo ? leitura e ? escrita que o Projeto de Extens?o Almanaque da Universidade Cat?lica Dom Bosco ? UCDB ?leva ? comunidade e ?s crian?as do Ensino Infantil e Fundamental, em escolas p?blicas e particulares de Campo Grande ? Mato Grosso do Sul. PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Escrita; L?dico; Projeto Almanaque.

ABSTRACT This work shows the importance of reading and writing for the formation of children and teenagers, and shows the ludic activity as a positive act to be adopted by schools to transmit knowledge. The pleasure by reading and by writing is created by means of stimuli, such as the use of playful activities, which shows the strength that has when it encourages children and teenagers by means of games, making it acquire knowledge and develop the habit of reading and writing without being forced. Also presents a brief explanation about the activities to encourage reading and writing that the Extension ProjetoAlmanaque of UniversidadeCat?lica Dom Bosco - UDCB - leads the community and the children in Nursery and Elementary Schools, in public and private schools in Campo Grande - MatoGrosso do Sul.

1 Graduada no curso de Letras pela Universidade Cat?lica Dom Bosco. marielle.muniz@ 2 Professora Me. da Universidade Cat?lica Dom Bosco e orientadora deste artigo.angelacatonio@

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KEY- WORDS:Reading; Writing; Playful;ProjetoAlmanaque. 1. INTRODU??O

Este trabalho tem como principal objetivo mostrar as possibilidades mais prazerosas de cumprir o planejamento do professor e como atrair a aten??o dos alunos para os conte?dos a serem ensinados, gerar a??es que favore?am a autonomia dos educandos e contribuam com sua aprendizagem e forma??o. Tem tamb?m o objetivo de analisar a import?ncia do "brincar" na educa??o, tendo como tema o incentivo ? leitura e ? escrita para mostrar que transmitir conhecimento pode ser feito por meio de atividades l?dicas.

A motiva??o para a realiza??o desta pesquisa, abordar os aspectos do incentivo ? leitura e ? escrita por meio do projeto de Extens?o Almanaque, deve-se ao fato da leitura ser um papel importante na aprendizagem das crian?as e jovens, e as formas que o mesmo aborda a leitura e a sua import?ncia, d? relev?ncia ? pr?tica docente e ao incentivo dos mais jovens e futuros leitores a conhecer a amplitude de diversos temas interligando-os ao interesse cultural e social por meio de atividades l?dicas.

O Projeto Almanaque faz parte dos programas de extens?o interdisciplinar de suporte did?tico da Universidade Cat?lica Dom Bosco ? UCDB ? e tem como objetivo geral incentivar ? leitura e ? escrita por meio de atividades l?dicas, aproximando ensino, pesquisa e extens?o. Visa ao desenvolvimento das crian?as de maneira prazerosa, al?m de oportunizar a experi?ncia da pr?tica pedag?gica dos acad?micos extensionistas que, na sua maioria, cursam Licenciatura.

2. LEITURA E ESCRITA

Ler significa ver, decifrar, decodificar e interpretar o sentido. Ler faz com que o indiv?duo adquira conhecimento, cultura, lazer e estimula a imagina??o.A fam?lia quando incentiva e envolve as crian?as e os jovens para o mundo da leitura, d? o exemplo e possibilita uma boa din?mica (leitura, escrita, interpreta??o), inclusive escolar, e a escola tem uma parcela significativa no processo de aprendizagem e na forma??o de leitores, pois ? l? que os alunos passam boa parte do tempo, por isso seu dever de incentivo ? t?o valioso quanto o da fam?lia.

As pessoas ainda s?o ensinadas e habituadas a ler por obriga??o, apenas porque precisam aprender determinado assunto. ? preciso despertar o gosto pela leitura desde a inf?ncia e este

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compromisso n?o ? s? da fam?lia, mas tamb?m da escola: estimular o gosto pela leitura e criar condi??es para que o indiv?duo aprenda por meio de seus pr?prios interesses e d?vidas. Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura nos jovens torna-os capazes de compreender diferentes g?neros textuais, os quais ir?o assimilar no decorrer da vida escolar e fora dela.

A import?ncia da leitura na escola vai al?m do estudo de l?ngua portuguesa e literatura. O jovem pode aprender a fazer an?lise de outros materiais ao ter facilidade para ler e interpretar, e isto pode ajud?lo em diversas ?reas do saber, como geografia, hist?ria, ci?ncias e at? matem?tica. ? por meio da literatura que o professor mostra ao aluno que n?o ? preciso apenas a sala de aula para aprender determinados assuntos.

A literatura tem a capacidade de atender a nossa necessidade de sair da realidade, entrar num mundo de fantasias e poder estar metaforicamente em dois lugares ao mesmo tempo. Os livros e a literatura proporcionam novas descobertas de maneira prazerosa, de modo a aperfei?oar a comunica??o com o mundo e a formar leitores capacitados e independentes na compreens?o de algum texto, contribuindo para a sua inclus?o e intera??o na sociedade.

Sabendo que "a leitura ? a extens?o da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida ter? de ser conseguido atrav?s da leitura fora da escola. A leitura ? uma heran?a maior do que qualquer diploma" (CAGLIARI, 2001, p. 148), deve-se incentivar as crian?as e os jovens para que eles possam ter o interesse de pesquisar novas leituras. ? importante fazer com que compreendam as ideias de um texto para ir al?m da sala de aula.

Quando a crian?a passa do Ensino Infantil para o Ensino Fundamental, come?a a ter um contato maior com a literatura, e para que as leituras sejam agrad?veis o professor tem que ter estrat?gias que as conquistem e fa?am dar continuidade a esta pr?tica. O fato de saber ler n?o as transforma em leitoras competentes, pois, somente quando s?o desafiadas a fazer leituras mais amplas que se tornam leitoras por excel?ncia. Lev?-las ? biblioteca da escola, ou mesmo trazer os livros para a sala de aula, ? o come?o para interessantes trocas de informa??es.

Trabalhar a leitura de maneira diferenciada tem a vantagem de dar-lhes o prazer da leitura, estimula e desenvolve com facilidade a escrita, aumenta o vocabul?rio, auxilia na memoriza??o, etc. A partir dos objetivos a serem alcan?ados pela leitura se constr?i um sentido para o texto, trazendo aos jovens novas vis?es e compreens?es do contexto que vivem. Segundo Smith (1989 apud BRAGA 2002,

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p. 27) "o significado da palavra `leitura' depende de tudo que est? ocorrendo, n?o somente do que est? sendo lido, mas do porqu?".

Ler e escrever s?o atos lingu?sticos, ou seja, a compreens?o da escrita e suas fun??es s?o fundamentais para a alfabetiza??o e para as pr?ticas de leitura. Leitura ? a pr?tica de quem escreve, e letramento ? mais que alfabetizar e ensinar a ler e escrever: s?o dois elementos que precisam de contexto para ter sentido. A escrita ? um processo de forma??o de conhecimento que com o ato de ler transforma o indiv?duo. Tfouni (1995) afirma que a escrita ?:

O resultado t?o exemplar da atividade humana sobre o mundo, que o livro, subproduto mais acabado da escrita, ? tomado de uma met?fora do corpo humano: fala-se nas "orelhas" do livro; na p?gina de "rosto"; nas notas de roda-"p?", e o cap?tulo nada mais ? que a "cabe?a" em latim. (TFOUNI, 1995, p.10).

O letramento tem por objetivo centralizar-se no social, existindo na sociedade "graus de letramento". Com isso, v?-se que os indiv?duos que t?m maior contato com a literatura, dialoga e escreve, tem um n?vel de letramento maior, pois eles n?o apenas decifram o que est? escrito, mas compreendem o contexto e aprendem a interpretar. "Aprender a ler e escrever [...] tem consequ?ncias sobre o indiv?duo e alteram seu estado ou condi??o em aspectos sociais, ps?quicos, culturais, pol?ticos, cognitivos, lingu?sticos e at? mesmo econ?micos" (SOARES, 2009, p. 17-18, grifos da autora).

Em sala de aula ? importante que os alunos sejam conscientizados a respeito da organiza??o e do desenvolvimento da leitura e da escrita. ? preciso mostrar a eles suas a import?ncia desse ato e serem incentivados a refletir as atividades de escrita, pois, depois que se aprende a escrever ? preciso elaborar, compreender, reescrever para que se chegue ao resultado final com uma boa produ??o. De acordo com Vygotsky (1994, p.133),

O ensino tem que ser organizado de forma que a leitura e escrita se tornem necess?rias ?s crian?as [...] deve ter significado [...] deve ser incorporada a uma tarefa necess?ria e relevante para a vida. S? ent?o poderemos estar certos de que ela se desenvolver? n?o como h?bito de m?o e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem.

Quando o professor aplica atividades de fixa??o, com perguntas antes e ap?s a leitura de um texto, ajuda o aluno a compreender o que o texto est? dizendo. O aluno que, com a ajuda do professor

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aprende a se organizar, consegue analisar, entende com certa facilidade o texto e responde o que se pede na atividade proposta. ? preciso

O ato de decifrar ou interpretar bem o sentido do que se est? lendo ajuda a formar seres pensantes, dotados de senso cr?tico, competentes e preparados para a vida, visto que, ao armazenar conhecimento em nossa mem?ria, futuramente eles podem ter um significado importante, servindo como base para se ter mais desenvoltura nas habilidades de leitura.? necess?rio que sejam feitas leituras de mundo e n?o apenas de obras liter?rias, sempre questionando e buscando compreender o que se l?. Para Nicolau (2000) ler e escrever n?o s?o atos autom?ticos, eles s?o processos educativos que precisam ter significado.

Para as crian?as e os jovens, as hist?rias proporcionam prazeres singulares: ler al?m das palavras e imagens, ter d?vidas, questionar, ter irrita??o, bem-estar, medo, tranquilidade, alegria, tristeza, riso, rejei??o, aceita??o dos acontecimentos que s?o estranhos ou que se identificam, entre outros. S?o esses sentimentos, essas hist?rias, que favorecem as descobertas conhecendo dessa maneira o que eles gostam e o mundo que os rodeia, e faz com que a leitura seja significativa, verdadeira e ?nica.

Segundo Lajolo (1997, p.106) "? ? literatura, como linguagem e como institui??o, que se confiam os diferentes imagin?rios, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos atrav?s dos quais uma sociedade expressa e discutem, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias". Para ela, o desenvolvimento do processo de leitura ? fundamental para a forma??o do indiv?duo, e mesmo que algu?m nunca escreva um livro, tornar-se um leitor competente ? de grande import?ncia, pois, no decorrer da vida, ir? ler muitos livros, seja na escola, na sua vida profissional e at? mesmo na sua vida pessoal.

Uma maneira de colocar em pr?tica todo o processo de incentivo a leitura e escrita ?, al?m de auxili?-los da melhor maneira, trazer para a sala de aula atividades diferente. Uma atividade l?dica, uma brincadeira, com um contexto situacional que os desafiem a pensar, um material que os permitam trabalhar diversas aprendizagens torna a aula atrativa e a aprendizagem divertida. E o projeto de Almanaque tem como objetivo geral incentivar a leitura e a escrita levando ?s crian?as e aos jovens o texto escrito como forma de amplia??o de seus conhecimentos.

O grande desafio ? fazer com que a leitura, pouco vivenciada pela maioria das crian?as e jovens, seja um momento de prazer. A organiza??o do trabalho educativo desenvolvido pelo projeto permite que

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os estudantes experimentem e organizem estrat?gias de leitura e compet?ncias que sirvam de objeto para aprendizagem efetiva e duradoura.

3. O L?DICO NA AQUISI??O DO CONHECIMENTO

Atividades l?dicas envolvem as mais variadas ?reas de estimula??o, podendo criar diversas situa??es em que as crian?as e os jovens estar?o com corpo e mente envolvidos, aprendendo e se socializando ao mesmo tempo; lendo, escrevendo e desenvolvendo o racioc?nio, a criatividade e a compreens?o do mundo. L?dico ? brincadeira e brincar significa divertir-se, entreter-se, distrair-se, comunicar-se, ter o prazer do brincar e ao mesmo tempo de ser levado a s?rio.

S?o exemplos de a??es l?dicas: teatros, m?sicas, din?micas, conta??o de hist?ria, jogos e as demais atividades que possam unir o real e o imagin?rio, e o trabalho com o l?dico proposto pelo projeto Almanaque, al?m dessas a??es, permite criar e gerir situa??es de aprendizagem mais condizentes com a diversidade e tornar realidade a necess?ria avalia??o formativa, porque faz da observa??o e do controle uma nova e melhor forma de se atribuir valor e promover as produ??es de cada crian?a.

Quando se lida com o l?dico no ambiente escolar uma das primeiras condi??es a desenvolver ? a aceita??o das perdas e dos ganhos, e mostrar que o aprendizado no jogo com regras ? tamb?m uma maneira de ganhar conhecimento, por isso os jogos fazem com que as crian?as e os jovens internalizem melhor conceitos, regras e suas rela??es interpessoais.

? diante das atividades l?dicas que as crian?as e os jovens se envolvem e d?o o melhor de si, de modo que eles come?am a se expressar, ouvir, respeitar e/ou discordar das opini?es; exercem a lideran?a e s?o liderados, se colocam limites, planejam, organizam estrat?gias, analisam os grupos, observam os erros e acertos, comemoram e resolvem os desafios que surgem. "Com o jogo, podemos trabalhar o desenvolvimento f?sico, intelectual, art?stico, criativo, dos sentidos, afetivo, social e ?tico" (DOHME, 2008, p.22).

O l?dico deixa de ser apenas considerado como brincadeira e passa a ser essencial para o comportamento humano, que traz divertimento e a possibilidade de aprender. Para Luckesi o l?dico ? uma atividade plena que possibilita a autonomia de cada ser humano para a vida, com isso ele argumenta:

[...] tenho tido a tend?ncia em definir a atividade l?dica como aquela que propicia a "plenitude da experi?ncia". [...] O que mais caracteriza a ludicidade ? a experi?ncia de plenitude que ela

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possibilita a quem a vivencia em seus atos. [...] Brincar d? prazer a quem se disp?e a vivenciar essa experi?ncia. (LUCKESI, 1998, p. 27).

Assim como a leitura e a escrita formam cidad?os reflexivos, estimula a mente e a capacidade de lidar com o mundo externo, Dohme enfatiza que o jogo ? capaz de formar cidad?os participativos na sociedade trabalhando tanto com o desenvolvimento pessoal (autodescoberta, autonomia e autoestima), quanto com o desenvolvimento cooperativo (conv?vio, coopera??o e habilidade de liderar e ser liderado), mostrando que o jogo "colabora tanto no aperfei?oamento f?sico, como na destreza, no equil?brio e acuidade dos sentidos, como aperfei?oamento mental, desenvolvendo a aten??o, a mem?ria, o racioc?nio e a l?gica e, ainda, aperfei?oamento social, como o conv?vio com regras e a vida em equipe" (DOHME, 2008, p.22)..

Para Kishimoto o l?dico ? um aux?lio ao desenvolvimento da linguagem, da imagina??o, das express?es da crian?a; ? o momento que pode ser observado o que a crian?a faz, adquirindo conceitos de conv?vio significativos. "? de grande valor social, oferecendo possibilidades educacionais, pois, favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida ps?quica e a intelig?ncia, contribui para a adapta??o ao grupo preparando para viver em sociedade, participando e questionando [...]" (KISHIMOTO, 2008, p.13).

O educador ? quem media, organiza e propicia situa??es que mostram que o l?dico a ser trabalhado em sala n?o ? apenas um momento de divers?o e sim de aprendizado; ? quem tem a experi?ncia e sabe que ensinar ? orientar, indicar o rumo, instruir; ? quem convida os educandos a explorar, descobrir, encontrar um significado no que est? sendo ensinado e aprendido. Cabe ao educador criar um ambiente onde tenha elementos de motiva??o e que proporcionem momentos de leitura, de racioc?nio, trabalhos em equipe.

Atividades como jogo da mem?ria e jogo da sequ?ncia ajudam e estimulam a mem?ria; quebracabe?a, palavras cruzadas e trilhas com perguntas desenvolvem o racioc?nio; jogo de montar palavras aumenta o vocabul?rio; tabuleiro de opini?es desenvolve o sendo cr?tico, entre outras atividades que ajudam no aprendizado, cita-se a din?mica "morto-vivo", que pode ser vista como uma atividade sem objetivo, tem o de criar nos educandos aten??o, agilidade, observa??o, integra??o com a sala, percep??o auditiva e reflexos r?pidos. A quest?o ?: o educador precisa ter um olhar diferenciado para elaborar as atividades e encontrar nelas um meio de ensinar de modo mais divertido o que se pretende transmitir.

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O l?dico ? tamb?m uma maneira eficiente de unir uma atividade agrad?vel e motivadora com o conte?do educacional que o educador pretende transmitir. Para Dohme trabalhar com o l?dico ? simples, "? analisar um jogo pelo exerc?cio de sociabilidade que ele provocar?, preocupar-se em adaptar ou criar um jogo para despertar a vontade de conhecer determinada disciplina, de trein?-la ou mesmo avali?-la" (DOHME, 2008, p.15).

A maioria das crian?as e dos jovens vai ? escola somente porque os pais mandam ou para ficar com os "amigos". Elaborar projetos educativos, mas diferente da rotina, faz com que a escola seja um espa?o em que eles sintam prazer por estar e n?o por que t?m que estar. Para Almeida (1998) o trabalho com jogos deve ser mais que um divertimento e menos que um trabalho. ? ter o equil?brio entre esfor?o, prazer, instru??o, divers?o, educa??o, vida, divertimento e desafio.

O jogo como condutor de um determinado conte?do motiva os educandos e tamb?m os educadores, mas n?o d? para ser trabalhado todos os dias, ? preciso haver equil?brio entre jogar e ensinar, pois, ainda hoje, alguns pais e escolas veem o jogo como um momento de lazer e n?o de aprendizado. O fundamental ? que as crian?as e os jovens sejam estimulados a pensar independente de qual ? a atividade e do modo como est? sendo realizada; mostrar aos pais e ? escola seus benef?cios.

A finalidade do projeto Almanaque ? incentivar por meio de atividades l?dicas o gosto pela leitura e pela escrita, e mostrar que o ato de ler e escrever transforma a literatura em algo natural para os educandos. Al?m de transmitir conhecimento de maneira diferente, o projeto mostra que por meio da brincadeira os educandos t?m novas descobertas e proporciona o desenvolvimento de diversas habilidades como memoriza??o e a capacidade de compreens?o do que ouve, l?, fala e escreve.

Mais do que trazer vantagens para os extensionitas, ao levar suas atividades nas escolas, o Almanaque as incentiva a realizar projetos que d?o continuidade ao que foi iniciado por ele, e de acordo com Dohme (2008) as atividades l?dicas desenvolvidas em sala ajudam o educador a conhecer seus educandos, e tamb?m permite que ele veja sua turma com outros olhos, pois os conceitos s?o modificados dependendo do comportamento de cada um durante as atividades.

Para Luckesi (1998, p. 29) "a atividade l?dica ? aquela que d? plenitude e, por isso, prazer ao ser humano, seja como exerc?cio, seja como jogo simb?lico, seja como jogo de regras. Os jogos apresentam m?ltiplas possibilidades de intera??o consigo mesmo e com os outros". Logo, a atividade l?dica tem a tend?ncia de fazer com que as pessoas mostrem como elas s?o, o que ? dif?cil de demonstrar

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