Ministério das Relações Exteriores
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Minist¨¦rio das Rela??es Exteriores
Concurso P¨²blico 2016
MANH?
Prova Escrita Objetiva ¨C N¨ªvel Superior
OFICIAL DE CHANCELARIA
Tipo 1 ¨C BRANCA
SUA PROVA
Al¨¦m deste caderno de prova, contendo oitenta
INFORMA??ES GERAIS
?
As quest?es objetivas t¨ºm cinco alternativas de
quest?es objetivas, voc¨º receber¨¢ do fiscal de sala:
resposta (A, B, C, D, E) e somente uma delas est¨¢
?
correta
uma folha destinada ¨¤s respostas das quest?es
objetivas
?
Verifique se seu caderno est¨¢ completo, sem
repeti??o de quest?es ou falhas. Caso contr¨¢rio,
notifique imediatamente o fiscal da sala, para que
sejam tomadas as devidas provid¨ºncias
?
TEMPO
?
folha de respostas da prova objetiva
2 horas ap¨®s o in¨ªcio da prova ¨¦ poss¨ªvel retirarse da sala, sem levar o caderno de prova
? 1 hora antes do t¨¦rmino do per¨ªodo de prova ¨¦
Confira seus dados pessoais, especialmente nome,
n¨²mero de inscri??o e documento de identidade e
leia atentamente as instru??es para preencher a
4 horas ¨¦ o per¨ªodo dispon¨ªvel para a realiza??o
da prova, j¨¢ inclu¨ªdo o tempo para a marca??o da
?
?
folha de respostas
?
Use somente caneta esferogr¨¢fica, fabricada em
material transparente, com tinta preta ou azul
?
Assine seu nome apenas no espa?o reservado
?
Marque na folha de respostas o campo relativo ¨¤
poss¨ªvel retirar-se da sala levando o caderno de
confirma??o do tipo/cor de prova, conforme o
prova
caderno recebido
?
O preenchimento das respostas da prova objetiva
¨¦ de sua responsabilidade e n?o ser¨¢ permitida a
troca da folha de respostas em caso de erro
?
Reserve tempo suficiente para o preenchimento
de suas respostas. Para fins de avalia??o, ser?o
N?O SER? PERMITIDO
levadas em considera??o apenas as marca??es
realizadas na folha de respostas da prova objetiva,
n?o sendo permitido anotar informa??es relativas
? Qualquer tipo de comunica??o entre os
¨¤s respostas em qualquer outro meio que n?o seja
candidatos durante a aplica??o da prova
o caderno de prova
? Levantar da cadeira sem autoriza??o do fiscal de
sala
?
candidatos
? Usar o sanit¨¢rio ao t¨¦rmino da prova, ap¨®s
deixar a sala
A FGV coletar¨¢ as impress?es digitais dos
?
Os candidatos ser?o submetidos ao sistema de
detec??o de metais quando do ingresso e da sa¨ªda
de sanit¨¢rios durante a realiza??o das provas
Boa prova!
Minist¨¦rio das Rela??es Exteriores
Conhecimentos Lingu¨ªsticos
Texto 1 ¨C Um pa¨ªs em ber?o de sangue
O maior pa¨ªs da Am¨¦rica Latina, com a maior popula??o cat¨®lica
do mundo, n?o nasceu de forma tranquila. Neste livro, com o
realismo dos documentos originais, vemos claramente a
brutalidade do exterm¨ªnio dos ¨ªndios na costa brasileira, ber?o de
sangue cujo marco determinante ¨¦ a funda??o da cidade do Rio
de Janeiro.
O Brasil real come?ou a ser constru¨ªdo por homens como o
degredado Jo?o Ramalho, que raspava os pelos do corpo para se
mesclar aos ¨ªndios e construiu um ex¨¦rcito de mesti?os ca?adores
de escravos mais poderoso que o da pr¨®pria Coroa; personagens
improv¨¢veis como o jesu¨ªta Manoel da N¨®brega, padre gago
incumbido de catequizar um povo de l¨ªngua indecifr¨¢vel, esteio
da erradica??o dos ¡°hereges¡± antrop¨®fagos; l¨ªderes implac¨¢veis
como Aimber¨º, ex-escravo que tomou a frente da resist¨ºncia e
Cunhambebe, cacique ¡°imortal¡±, que dizia poder devorar carne
humana porque era ¡°um jaguar¡±.
Incluindo protestantes franceses, que se aliaram aos ¨ªndios para
escapar dos portugueses e da Inquisi??o, al¨¦m de mamelucos, os
primeiros brasileiros verdadeiramente ligados ¨¤ terra, que
falavam tupi tanto quanto o portugu¨ºs e partiram do planalto de
Piratininga para ca?ar ¨ªndios e estenderam a col?nia sert?o
adentro, surge um povo que desde a origem nada tem da
autoimagem do ¡°brasileiro cordial¡±. (Texto da orelha do livro A
conquista do Brasil, de Thales Guaracy, Planeta, Rio de Janeiro,
2015)
1
O texto 1, retirado da orelha do livro indicado, tem como
finalidade destacar qualidades da obra a que alude; N?O ¨¦ uma
dessas qualidades o seguinte t¨®pico:
(A) a preocupa??o com a autenticidade das fontes;
(B) a revela??o de aspectos inesperados de nossa hist¨®ria;
(C) a nega??o de verdades estabelecidas pela tradi??o;
(D) a presen?a de testemunhos autorizados;
(E) a inclus?o de informa??es hist¨®ricas estrangeiras.
2
O texto 1 tem como marca estrutural ou tem¨¢tica:
(A) uma rigorosa sucess?o cronol¨®gica de fatos hist¨®ricos;
(B) a evolu??o de fatos que comprovam a aquisi??o de nossa
¡°cordialidade¡±;
(C) a progressiva inclus?o hist¨®rica de diferentes seres humanos;
(D) uma cont¨ªnua preocupa??o com a nossa forma??o religiosa;
(E) a finalidade de chegar-se a personagens brasileiros.
3
O t¨ªtulo dado ao texto 1 ¨C Um pa¨ªs em ber?o de sangue ¨C alude:
(A) ¨¤ presen?a da viol¨ºncia como marca de nossa hist¨®ria atrav¨¦s
dos tempos;
(B) ao temperamento belicoso de todos os povos que formaram
este pa¨ªs;
(C) ¨¤ brutalidade do exterm¨ªnio de ind¨ªgenas na costa brasileira;
(D) ¨¤s guerras internas e externas na forma??o do Brasil;
(E) ao in¨ªcio cruel da funda??o do Rio de Janeiro, com a
escraviza??o dos ¨ªndios.
Oficial de Chancelaria
FGV Projetos
4
¡°O maior pa¨ªs da Am¨¦rica Latina, com a maior popula??o cat¨®lica
do mundo, n?o nasceu de forma tranquila¡±.
A estrutura??o desse primeiro per¨ªodo do texto 1 mostra:
(A) informa??es hist¨®ricas relativas ao in¨ªcio de nossa hist¨®ria;
(B) caracter¨ªsticas iniciais que fazem supor um nascimento
diferente;
(C) oposi??o impl¨ªcita entre as caracter¨ªsticas iniciais;
(D) afirma??o final independente das marcas inicialmente
fornecidas;
(E) import?ncia geogr¨¢fica e econ?mica do Brasil de hoje.
5
O ¡°Brasil real¡±, segundo o texto 1, foi:
(A) constru¨ªdo por atos de viol¨ºncia;
(B) formado a partir da participa??o estrangeira;
(C) estruturado a partir da a??o cat¨®lica;
(D) estabelecido com base em atos ilegais;
(E) organizado apesar das contradi??es internas.
6
¡°O Brasil real come?ou a ser constru¨ªdo...¡±; a ado??o da voz
passiva, nesse caso:
(A) evita a dif¨ªcil indica??o dos agentes da a??o verbal;
(B) permite a indica??o adequada do sujeito como paciente;
(C) indica a presen?a de uma a??o totalmente passada;
(D) mostra a indetermina??o do in¨ªcio e fim da a??o;
(E) define a a??o verbal como anterior a outra a??o passada.
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O segundo par¨¢grafo do texto 1 alude a v¨¢rios fatos negativos na
nossa hist¨®ria; o item abaixo em que N?O se alude a um desses
fatos ¨¦:
(A) alguns primitivos habitantes serem degredados;
(B) a exist¨ºncia de ca?adores de escravos;
(C) a considera??o de antrop¨®fagos como ¡°hereges¡±;
(D) a circunst?ncia de h¨¢bitos antropof¨¢gicos;
(E) a dificuldade de entendimento de uma l¨ªngua indecifr¨¢vel.
8
Catequizar/catequese mostra grafias diferentes para o verbo e o
substantivo cognato, o que s¨® N?O ocorre em:
(A) obcecar/obsess?o;
(B) estender/extens?o;
(C) ca?ar/cassa??o;
(D) viajar/viagem;
(E) batizar/batismo.
??
Tipo 1 ¨C Cor BRANCA ¨C P¨¢gina 3
Minist¨¦rio das Rela??es Exteriores
Texto 2 ¨C No come?o era o p¨¦
Sim, no come?o era o p¨¦. Se est¨¢ provado, por descobertas
arqueol¨®gicas, que h¨¢ sete mil anos estes brasis j¨¢ eram
habitados, pensai nestas legi?es e legi?es de p¨¦s que
palmilharam nosso territ¨®rio. E pensai nestes passos, primeiro
sem destinos, machados de pedra abrindo as iniciais picadas na
floresta. E nos p¨¦s dos que subiam ¨¤s rochas distantes, j¨¢ feitos
pedra tamb¨¦m, e nos que se enfeitaram de penas e receberam as
primeiras botas dos conquistadores e as primeiras sand¨¢lias dos
pregadores; p¨¦s barrentos, nus, ou enrolados de panos dos
caminheiros, p¨¦s sobre-humanos dos bandeirantes que
alargaram um imp¨¦rio, quase sempre arrastando passos e mais
passos em ch?os desconhecidos, dos marinheiros dos barcos
primitivos e dos que subiram aos mastros das grandes naus.
Depois o Brasil se fez sedent¨¢rio numa parte de seu povo. Houve
os p¨¦s descal?os que carregaram os p¨¦s cal?ados, pelas estradas.
A moleza das sinhazinhas de pequeninos p¨¦s redondos, quase
dispens¨¢veis pela falta de exerc¨ªcio. E depois das cadeirinhas, das
carruagens, das redes carregadas por escravos, as primeiras
grandes estradas j¨¢ com postos de montaria organizados, o
ped¨¢gio de vint¨¦ns estabelecido j¨¢ no s¨¦culo XVIII. Mas al¨¦m da
abertura dos portos, depois da primeira etapa da industrializa??o,
com os navios a vapor, as estradas de ferro, o p¨¦ de sete mil¨ºnios
da terra do Brasil ainda faz seu caminho. (Dinah Silveira de
Queiroz)
9
O texto 2 ¨¦ formado por um s¨® par¨¢grafo; essa pontua??o
colabora com a estrutura??o geral do texto, pois:
(A) indica a confus?o reinante num pa¨ªs em forma??o;
(B) mostra a sucess?o cronol¨®gica e interligada dos fatos;
(C) demonstra a rapidez em que foram ocorrendo os
acontecimentos;
(D) comprova uma planifica??o no progresso do pa¨ªs;
(E) critica a??es que se v?o sucedendo sem o necess¨¢rio suporte.
FGV Projetos
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¡°Se est¨¢ provado, por descobertas arqueol¨®gicas, que h¨¢ sete mil
anos estes brasis j¨¢ eram habitados, / pensai nestas legi?es e
legi?es de p¨¦s que palmilharam nosso territ¨®rio¡±.
A afirma??o inadequada sobre esse per¨ªodo do texto 2 ¨¦:
(A) trata-se de um convite ao leitor a fim de que interaja com o
texto;
(B) o segmento ¡°se est¨¢ provado¡± indica uma causa;
(C) a segunda parte do per¨ªodo ¨¦ uma conclus?o a partir da
condi??o inicial;
(D) a primeira parte do per¨ªodo mostra uma certeza sobre a qual
se apoia a segunda parte;
(E) o termo ¡°por descobertas arqueol¨®gicas¡± indica uma
circunst?ncia de tempo.
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A preposi??o DE mostra diferentes valores sem?nticos em l¨ªngua
portuguesa; indique a op??o em que esse valor ¨¦ indicado
incorretamente:
(A) ¡°machados DE pedra¡±/mat¨¦ria;
(B) ¡°se enfeitaram DE penas¡±/meio ou instrumento;
(C) ¡°enrolados DE panos¡±/modo;
(D) ¡°ped¨¢gio DE vint¨¦ns estabelecido¡±/pre?o;
(E) ¡°sinhazinhas DE pequeninos p¨¦s redondos¡±/caracter¨ªstica.
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Pelo contexto (texto 2), a express?o inicial ¡°no come?o¡± se refere a:
(A) ¨¦poca ainda n?o datada pela Hist¨®ria;
(B) tempos pouco anteriores ¨¤ descoberta do Brasil;
(C) momentos de nosso passado colonial;
(D) tempos pr¨¦-modernos, antes do advento da Rep¨²blica;
(E) ¨¦poca de fantasia, em que tudo se podia imaginar.
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O texto 2 foi retirado de um livro feito pelo Minist¨¦rio dos
Transportes, em 1970, e, por isso mesmo, mostra interesse
essencial em:
(A) defender a cobran?a de ped¨¢gio;
(B) ver a hist¨®ria do Brasil pelo par?metro dos transportes;
(C) destacar a import?ncia das vias p¨²blicas para o progresso;
(D) mostrar a desigualdade social a partir do acesso aos
transportes;
(E) ironizar sobre o ¡°progresso¡± de antigos meios de transporte.
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O texto 2 come?a com ¡°Sim, no come?o era o p¨¦¡±. Com esse
come?o, a autora:
(A) anuncia uma prov¨¢vel op??o pela estrutura narrativa do
texto;
(B) localiza, nos tempos coloniais, os fatos a serem apresentados;
(C) opta por uma estrutura argumentativa, opondo-se a uma
ideia dominante;
(D) confirma uma informa??o j¨¢ presente na B¨ªblia;
(E) opina sobre algo que n?o se pode comprovar.
Oficial de Chancelaria
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Um dos processos conhecidos de forma??o de palavras em
Portugu¨ºs ¨¦ a chamada ¡°deriva??o impr¨®pria¡±, marcada pela
cria??o de uma nova palavra pela modifica??o de sua classe
original. Tal processo aparece em:
(A) ¡°Sim, no come?o era o p¨¦¡±.
(B) ¡°Se est¨¢ provado, por descobertas arqueol¨®gicas, que h¨¢ sete
mil anos estes brasis j¨¢ eram habitados...¡±.
(C) ¡°... pensai nestas legi?es e legi?es de p¨¦s que palmilharam
nosso territ¨®rio¡±.
(D) ¡°E pensai nestes passos, primeiro sem destinos, machados de
pedra abrindo as iniciais picadas na floresta¡±.
(E) ¡°E nos p¨¦s dos que subiam ¨¤s rochas distantes¡±.
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O segmento do texto 2 em que se insere uma ideia de intensidade ¨¦:
(A) ¡°pensai nestas legi?es e legi?es de p¨¦s¡±;
(B) ¡°as primeiras grandes estradas¡±;
(C) ¡°passos e mais passos em ch?os desconhecidos¡±;
(D) ¡°p¨¦s sobre-humanos dos bandeirantes¡±;
(E) ¡°mastros das grandes naus¡±.
??
Tipo 1 ¨C Cor BRANCA ¨C P¨¢gina 4
Minist¨¦rio das Rela??es Exteriores
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¡°...o ped¨¢gio de vint¨¦ns estabelecido j¨¢ no s¨¦culo XVIII¡±; o termo
¡°j¨¢¡± ¨¦ o que se denomina modalizador, ou seja, atrav¨¦s dele o
autor do texto manifesta uma opini?o sobre o assunto abordado.
Nesse caso, falando do ped¨¢gio, a autora do texto 2 nos diz que o
considera:
(A) uma medida tomada fora de ¨¦poca, pois n?o havia estradas
dignas desse nome;
(B) um instrumento injusto de cobran?a;
(C) um processo demonstrativo de progresso e organiza??o;
(D) uma cobran?a enriquecedora da elite dominante;
(E) uma ironia, diante do atraso do pa¨ªs nos transportes.
FGV Projetos
READ TEXT I AND ANSWER QUESTIONS 21 TO 30:
TEXT I
How music is the real language of political diplomacy
Forget guns and bombs, it is the power of melody that has
changed the world
Marie Zawisza
Saturday 31 October 2015 10.00 GMT
Last modified on Tuesday 10 November 201513.19 GMT
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¡°E nos p¨¦s dos que subiam ¨¤s rochas distantes, j¨¢ feitos pedra
tamb¨¦m...¡±; a express?o sublinhada se justifica porque:
(A) todas as pessoas referidas j¨¢ morreram h¨¢ muito tempo;
(B) todos esses p¨¦s se tornaram monumentos em nossa hist¨®ria;
(C) os p¨¦s se endureceram pelo sacrif¨ªcio das caminhadas;
(D) as pessoas se tornaram insens¨ªveis diante do sacrif¨ªcio alheio;
(E) o trabalho excessivo tornou brutais e animalescos os p¨¦s dos
caminhantes.
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¡°...o p¨¦ de sete mil¨ºnios de Terra do Brasil ainda faz seu
caminho¡±; considerando-se globalmente o texto, o significado
dessa frase final do texto 2 mostra que:
(A) o pa¨ªs ainda est¨¢ atrasado nos transportes;
(B) o Brasil ainda tem na mis¨¦ria grande parte de seu povo;
(C) muitas regi?es do Brasil ainda carecem de rodovias;
(D) nosso pa¨ªs permanece na caminhada em busca de progresso
nos transportes;
(E) a Terra do Brasil conserva aspectos de nosso passado
colonial.
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Os adjetivos mostram diferentes valores em nossa l¨ªngua; o valor
indicado inadequadamente ¨¦:
(A) rochas distantes/localiza??o;
(B) p¨¦s sobre-humanos/qualidade;
(C) grandes naus/caracter¨ªstica;
(D) p¨¦s redondos/forma;
(E) p¨¦s barrentos/mat¨¦ria.
Celebrated cellist Mstislav Rostropovich plays in front of the Berlin wall
on 11 November 1989. Photograph: AP
An old man plays his cello at the foot of a crumbling wall. The
notes of the sarabande of Bach¡¯s Suite No 2 rise in the cold air,
praising God for the ¡°miracle¡± of the fall of the Berlin Wall,
as Mstislav Rostropovich later put it. The photograph is seen
around the world. The date is 11 November 1989, and the
Russian virtuoso is marching to the beat of history.
Publicity stunt or political act? No doubt a bit of both ¨C and proof,
in any case, that music can have a political dimension. Yo-Yo
Ma showed as much in September when the cellist opened the
new season of the Philharmonie de Paris with the Boston
Symphony Orchestra. As a ¡°messenger of peace¡± for the United
Nations, the Chinese American is the founder of Silk Road Project,
which trains young musicians from a variety of cultures to listen
to and improvise with each other and develop a common
repertoire. ¡°In this way, musicians create a dialogue and arrive at
common policies,¡± says analyst Fr¨¦d¨¦ric Ramel, a professor at the
Institut d¡¯?tudes Politiques in Paris. By having music take the
place of speeches and peace talks, the hope is that it will succeed
where diplomacy has failed.[¡]
Curiously, the study of the role of music in international relations
is still in its infancy. ¡°Historians must have long seen it as
something fanciful, because history has long been dominated by
interpretations that stress economic, social and political factors,¡±
says Ana?s Fl¨¦chet, a lecturer in contemporary history at the
Universit¨¦ de Versailles-St-Quentin and co-editor of a book about
music and globalisation.
Oficial de Chancelaria
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