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Sistema SESI-SP de EnsinoENSINO FUNDAMENTALOrienta??es didáticas do Movimento do aprenderL?NGUA PORTUGUESA7?ano7?anoOrienta??es didáticas doMovimento do aprenderL?NGUA PORTUGUESAServi?o Social da Indústria – SESI Departamento Regional de S?o Paulo Avenida Paulista, 1313 – Bela VistaCEP 01311-923 – S?o Paulo – SP – Brasil .brPresidente do Conselho RegionalPaulo SkafDiretor Regional do SESI-SPPaulo SkafSuperintendente do SESI-SPWalter Vicioni Gon?alvesDiretor da Divis?o de Educa??o e Cultura / DECFernando Ant?nio Carvalho de SouzaDados Internacionais de Cataloga??o na Publica??oServi?o Social da Indústria (SESI-SP)Orienta??es didáticas do Movimento do aprender: Língua Portuguesa 7o ano / Servi?o Social da Indústria (SESI-SP). – 1.ed.-- S?o Paulo : SESI-SP Editora, 2016.206 p. : il. ; 31cm. -- (SESI-SP Educa??o) ISBN 978-85-8205-386-71. Ensino Fundamental 2. Estudo e Ensino 3. Língua Portuguesa Título. II. Série: SESI-SP Educa??o.CDD-372.656907?ndices para catálogo sistemático:Língua Portuguesa : Ensino Fundamental : Estudo e Ensino Ensino Fundamental : Língua Portuguesa : Estudo e Ensino Estudo e Ensino : Língua Portuguesa : Ensino FundamentalBibliotecária responsável: Enisete Malaquias CRB-8 5821A SESI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os responsáveis pelos direitos autorais das imagens e dos textos reproduzidos neste livro.Se porventura for constatada omiss?o na identifica??o de algum material, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos.ENSINO FUNDAMENTAL2a reimpress?o S?o Paulo, 20187?anoOrienta??es didáticas do Movimento do aprenderL?NGUA PORTUGUESAConselho EditorialPaulo Skaf (Presidente) Walter Vicioni Gon?alves Débora Cypriano Botelho Neusa MarianiGerência Executiva de Educa??oLuciana CampacciGerência de Educa??o BásicaAnaide TrevizanElabora??o e coordena??o do projetoAnaide Trevizan Christiane Moreira JorgeElabora??o do conteúdo – edi??o de 2010Ligia Paula Couto Vitor Takashi SugitaColaboradores – edi??o de 2010 Denise Aparecida Ioavasso Lafayette Geane Izabel Bento BotarelliKarina Stefanin Luciana Falciano OruzElabora??o do conteúdo desta edi??oJosé Renato da Silva Rafaella Spiga Real BerniniColaboradores desta edi??o Jo?o Henrique Mateos Leonardo Felipe Paes MonteiroEditor chefeRodrigo de Faria e SilvaProdu??o editorial e gráficaPaula LoretoEditora assistenteMonalisa NevesAssistente editorialElexsandra MoroneEditora??o e produ??o gráficaValquíria Palma Camila CattoProjeto gráficoA+ DesignDiagrama??oGlobaltec EditoraPrepara??oMuiraquit? Editora??o GráficaRevis?oLilian GarrafaAdministrativo e financeiroValéria Vanessa EduardoFlávia Regina Souza de Oliveira Edilza Alves LeiteComercialRaimundo Ernando de Melo Junior Márcio da Costa Ventura? SESI-SP Editora, 2016 Todos os direitos reservados.Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida sem a permiss?o expressa do SESI-SP.Avenida Paulista, 1.313, 4o andar, 01311-923, S?o Paulo-SPF. 11 3146-7308 editora@.br .brSESI-SP EditoraApresenta??oProfessor,As demandas e desafios para quem trabalha com a educa??o fazem com que as informa??es pelas quais estamos cercados tenham de ser utilizadas com estra- tégias cada vez mais diferenciadas, em busca de acompanhar as mudan?as dos tempos modernos. Entendemos que a educa??o é um processo único, capaz de transformar o potencial das pessoas em competências e habilidades que podem ser ampliadas a partir desse foco de trabalho, possibilitando a conquista de um ensino de o podemos pensar, sentir, agir, ensinar e aprender frente às incessantes transforma??es que ocorrem com singular dinamismo, profundidade e abrangência ao longo da história? Essa quest?o nos mostra as exigências do trabalho docente voltado ao desenvolvimento de competências e habilidades que levem o estudante a se sentir preparado para atuar na sociedade.Foi pensando nessa realidade que desenvolvemos esta cole??o, a qual propor- ciona ferramentas para auxiliá-lo na forma??o de cidad?os capazes de interpretar o mundo de diversas maneiras. Concretiza-se neste material didático a concep??o de ensino e aprendizagem do Sistema SESI-SP de Ensino, pois nele encontram-se formas diversificadas de ensinar e aprender, a partir de propostas educativas que v?o além da mera transferência de informa??es e de conteúdos conceituais, já que os estudantes s?o portadores de saberes que devem ser tomados como ponto de partida para o desenvolvimento das práticas educacionais.? com base na contínua observa??o dos conhecimentos dos educandos que o professor decide quais unidades e atividades ser?o objetos de estudo; portanto, este material n?o foi desenvolvido para ser utilizado de forma linear, mas como um instrumento de complementa??o didático-pedagógica que auxilie o docente a tomar decis?es mais adequadas em cada momento da aprendizagem, com base nas necessidades de sua turma.As orienta??es contidas neste livro têm o objetivo de apresentar subsídios para a amplia??o e a adapta??o das propostas que figuram no Movimento do Apren- der, visando desenvolver as expectativas de ensino e aprendizagem. Apresentamos diferentes formas, possibilidades, recursos e instrumentos que viabilizam atender às necessidades dessa nova era da informa??o. Além disso, buscamos relacionar as áreas de conhecimento, favorecendo a combina??o dos diferentes componentes curriculares, em especial aqueles que integram a área de conhecimento.Vale ressaltar que o material didático deve ser a base para o desenvolvimen- to da a??o docente, pois é no olhar atento e na busca constante de proporcionar ao estudante a aquisi??o de saberes que o professor seleciona a ferramenta mais apropriada à sua proposta educacional.Apresenta??o ? Língua PortuguesaOs autoresBom trabalho!SumárioCaracteriza??o da área de conhecimento edo componente curricular8Linguagens8Língua Portuguesa8Estrutura da cole??o11Identifica??o dos livros11Livro-texto – Muitos textos... Tantas palavras12Livro do estudante – Movimento do aprender12Livro do professor – Orienta??es didáticas do Movimento do aprender15Expectativas de ensino e aprendizagem17Gêneros textuais19Unidades21Unidade 1 – A vida em um livro21Unidade 2 – Por dentro do que acontece no mundo45Unidade 3 – Qualquer can??o de bem alguma poesia tem67Unidade 4 – Se??o dos leitores83Unidade 5 – Um caso elementar105Unidade 6 – A arte nos palcos125Unidade 7 – Entre perguntas e respostas145Unidade 8 – As regras do jogo165Referências bibliográficas187Encartes189Sumário ? Língua PortuguesaCaracteriza??o da área de conhecimento e do componente curricularLinguagensEm sua rela??o com o mundo, o homem interpreta o que está à sua volta, produz sen- tidos e se manifesta em diferentes linguagens, articulando significados construídos co- letivamente em sistemas de representa??o. Assim, as linguagens devem ser vistas como produtos de práticas sociais, manifesta??es particulares e coletivas e formas de intera??o com o mundo. O conhecimento das línguas, das artes e das práticas corporais faz com que o homem insira-se na sociedade e interaja com o universo das representa??es simbólicas e culturais, seja por meio de um simples diálogo, de um poema, de uma pintura ou de um jogo coletivo.Na escola, os componentes curriculares da área de Linguagens pautam-se pelo estudo dos processos de produ??o de sentido, por meio dos processos de representa??o, de inter- preta??o e de express?o dos conhecimentos linguísticos e das manifesta??es artísticas e corporais das diferentes culturas.O objetivo desta área é permitir ao estudante a apropria??o e a amplia??o das compe- tências discursivas, da sensibilidade estética e da cultura corporal, bem como a estrutura- ??o de todo o processo de constru??o de saberes. Além disso, seus componentes curricu- lares devem contribuir para o aprimoramento das capacidades de o estudante interagir de maneira crítica com as diversas linguagens e criar, quando necessário, novos sistemas simbólicos adequados às exigências da sociedade contempor?nea.Língua PortuguesaO estudo da Língua Portuguesa no Sistema SESI-SP de Ensino procura contemplar as discuss?es teórico-metodológicas contempor?neas sobre o processo de ensino e aprendiza- gem da língua materna, em situa??o escolar, tomando o texto e os gêneros textuais como objetos de ensino e aprendizagem. O trabalho com os gêneros textuais pressup?e a análise do texto e do discurso do qual ele é produto, além de uma descri??o da língua.Esses pressupostos imp?em ao ensino o respeito pela diversidade e a busca por conheci- mentos que possam gerar, por meio do estudo do texto, novas formas cognitivas e comuni- cativas, adequadas às necessidades de intera??o. Assim, o desenvolvimento da competên- cia linguística do estudante n?o está pautado na exclusividade do domínio técnico de uso da língua legitimada pela norma, mas, sobretudo, na competência performativa, ou seja, em saber usar a língua em situa??es subjetivas ou objetivas que exijam graus de distanciamen- to e reflex?o sobre os contextos e o estatuto de interlocutores.Ao ingressar na escola, o estudante já faz uso de sua língua materna em situa??es coti- dianas de intera??o, e o estudo dela requer a reflex?o como ponto de partida para a com- preens?o do seu significado sociocultural.No contexto escolar, o trabalho com a Língua Portuguesa deve ampliar o domínio co- tidiano que o estudante tem da sua própria língua, considerando os contextos formais e informais de uso. O foco está na amplia??o da competência discursiva dos estudantes, ou seja, na capacidade de se produzir textos, orais ou escritos, adequados a situa??es especí- ficas de comunica??o.8Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderO trabalho de reflex?o sobre a língua deve considerar o texto como ponto de partida e de chegada do processo, tendo como base a leitura, a análise e a produ??o de variados gêneros textuais orais e escritos. Sendo assim, as sequências didáticas sobre os gêneros textuais em estudo foram sistematicamente planejadas, contemplando: apresenta??o da situa??o, produ- ??o inicial, atividades por meio das quais os problemas colocados pelo gênero s?o trabalhados e produ??o final (com retomada da produ??o inicial).Com base nas sequências didáticas propostas, considerando o uso da e a reflex?o sobre a língua materna e o trabalho com os gêneros textuais, buscou-se potencializar o desenvol- vimento das habilidades falar, escutar, ler e escrever – e de muitas outras – compreender, interpretar, analisar, reescrever, recontar, revisar etc.Para compor o material didático do Sistema SESI-SP de Ensino, foram selecionados alguns gêneros textuais como foco de estudo para as unidades, sendo eles:6o ano7o ano8o ano9o anoCarta pessoalBiografia e AutobiografiaPerfilConto psicológicoPoemaReportagemAnúncio publicitárioArtigo de opini?o e EditorialHistória em quadrinhose TirinhaCan??o popularSeminário escolarDisserta??o escolarReceitaCarta ao leitor eCarta do leitorResenha turísticaDebateTexto parodiadoConto de enigmaColunaCr?nica poética eCr?nica humorísticaResumoPe?a teatralCr?nica jornalística eCr?nica esportivaEstatutoDiário íntimoEntrevistaCarta abertaResenhaConto popular e CausoRegra de jogoConto fantásticoArtigo de divulga??ocientíficaContudo, o trabalho em sala de aula n?o deve limitar-se apenas aos gêneros textuais apre- sentados, mas dar margem ao estudo de gêneros afins. O contato dos estudantes com o gê- nero textual em foco na unidade deve partir de uma produ??o inicial, com a qual se avaliará o que os estudantes já sabem sobre o gênero e quais s?o as dimens?es (conteúdo temático, forma composicional e estilo, vinculados à fun??o social) que precisam ser corroboradas. Com essa avalia??o, será possível escolher quais aspectos linguístico-discursivos privilegiar no de- correr da unidade e no processo de produ??o final (reelabora??o textual). Para isso, outras atividades, além das que já fazem parte da unidade, dever?o ser elaboradas e realizadas com os estudantes. Se necessário, o professor pode repertoriar os estudantes a fim de propor- cionar meios para a primeira produ??o. Portanto, pesquisas, discuss?es, debates e reflex?es sobre a proposta de produ??o inicial podem servir como uma atividade prévia significativa.Assumir os gêneros textuais como objeto de ensino e aprendizagem explicita o compro- misso em situar a língua, o texto e o sujeito nas práticas sociais contempor?neas de leitura e escrita, uma vez que, como afirmou Bronckart, “a apropria??o dos gêneros é um mecanis- mo fundamental de socializa??o, de inser??o prática nas atividades comunicativas humanas” (apud MARCUSCHI, 2008, p. 154).O trabalho com os gêneros textuais possibilita a explicita??o, aos estudantes, de que, na vida cotidiana, as intera??es verbais se d?o por meio de enunciados que se realizam levando--se em considera??o certas restri??es de tema, estrutura composicional e estilo – ou seja, em algum gênero.Segundo Abreu-Tardelli (2003), ensinar um gênero n?o é apenas ensinar a se comuni- car, mas também, e principalmente, formar sujeitos agentes do mundo e no mundo, que v?o transformá-lo e que ser?o também transformados por ele. Para tanto, mais do que se deter nas características e estruturas próprias de cada gênero textual – o que seria inócuo, visto que s?o inúmeros e surgem a cada dia –, o trabalho deve levar em considera??o a dependência dos gêneros textuais com as atividades humanas das quais derivam.Caracteriza??o da área de conhecimento e do componente curricular ? Língua Portuguesa9Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender10N?o esgotando as possibilidades de estudo da e sobre a língua, os gêneros textuais s?o formas propícias e unificadoras para o trabalho com leitura, produ??o de textos e análises linguísticas e textuais. ? importante salientar que só faz sentido adotar os gêneros textuais como objeto de ensino e aprendizagem entendendo-os como meios para desenvolver as capacidades de linguagem dos estudantes, que poder?o transpor o que aprenderam sobre um gênero textual para o entendimento de muitos outros, afastando-se assim da ideia de ensinar o gênero pelo gênero. Isso requer que os gêneros textuais sejam trabalhados de maneira significativa.Uma vez que os gêneros textuais s?o inseridos nas aulas de Língua Portuguesa, o foco desse componente curricular está no desenvolvimento das capacidades de linguagem dos estudantes, que s?o mobilizadas no momento da leitura e da produ??o de um texto (SCH- NEUWLY e DOLZ, 2004).Nesse processo, a intermedia??o e o acompanhamento do professor tornam-se essen- ciais, viabilizando recursos e meios para que o estudante desenvolva suas capacidades lin- guísticas. Nesse sentido, torna-se fundamental orientar o estudante para que ele possa mo- bilizar um conjunto de saberes e aprender a selecionar os elementos e recursos linguísticos, a fim de organizá-los adequadamente para a constru??o do sentido que deseja no texto (cf. KOCH e ELIAS, 2007).11Estrutura da cole??o ? Língua PortuguesaEstrutura da cole??oIdentifica??o dos livrosAs capas dos livros do estudante (Movimento do aprender) e do professor (Orienta??es didáticas do Movimento do aprender) têm cor e imagens específicas que identificam cada componente curricular.A capa do livro-texto Muitos textos... Tantas palavras tem uma cor própria, que permane- ce a mesma em todos os anos e o diferencia dos demais.Livro-textoMuitos textos... Tantas palavrasDirigido aos estudantes, contempla todos os componentes curriculares, contendo uma sele??o de textos – cujo critério está ancorado na qualidade, na adequa??o e na variedade de gêneros textuais – dentre os quais o professor poderá selecionar os que devem ser lidos pelo estudante, conforme as expectativas e os conteúdos a serem trabalhados. Tais textos podem também ser usados em diferentes momentos e espa?os do cotidiano escolar, pois o Muitos textos... Tantas palavras foi organizado com o objetivo de possibilitar que os estu- dantes o consultem, n?o apenas para obter uma informa??o, mas também para usufruir de um momento prazeroso e sem cobran?as.Nesse livro as imagens e ilustra??es ocupam um espa?o significativo em rela??o ao texto escrito. Isso tem um propósito, pois as imagens podem ser consideradas para a interpreta- ??o do texto, já que existe uma rela??o de complementaridade entre eles.Observa??o: Professor, para sistematizar o encaminhamento desse tipo de leitura, po- dem-se propor alguns questionamentos:Que impress?es a imagem causou?Que comentários a imagem sugere?Que tipo de linguagem o artista utilizou?O que justifica a imagem acompanhar o texto?Qual a rela??o entre a imagem e o texto?Em que contexto histórico a imagem foi criada?O objetivo é incentivar o estudante a fazer a leitura do máximo possível de elementos que comp?em o texto, como, por exemplo, ilustra??es, fotos, tamanho e cor das fontes e disposi??o das palavras na página. ? essencial explorar a riqueza desses recursos e enfati- zar que os sentidos do texto ser?o ampliados se esses elementos forem considerados.LinkEssa se??o apresenta alguns textos, que possibilitam trabalhar com as diferentes áreas do conhecimento. Nela também s?o encontrados textos de gêneros diversificados para complementar o assunto. Por exemplo: o texto é uma imagem de autorretrato; haverá um link com a biografia do autor, ou uma música, poesia etc.Livro do estudanteMovimento do aprenderElaborado com atividades desafiadoras, encontra-se organizado de forma a provocar o diálogo, a reflex?o, o debate e a exposi??o dos diferentes pontos de vista dos estudantes, sempre com a media??o do professor, sem, no entanto, tirar a autonomia dos educandos.Roda de conversaTem como objetivo oportunizar que o estudante demonstre seus conhecimentos pré- vios. Para o professor, é um pressuposto pedagógico por meio do qual pode antecipar o conteúdo a ser trabalhado e usá-lo como referencial para determinar a profundidade de abordagem da unidade. Esse diálogo descontraído e informal permite uma participa??o ati-12Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderva e espont?nea do estudante e pode ter como ponto de partida uma imagem, música, texto, experimento ou situa??o-problema.Roda de conversaDescreva as imagens que abrem a unidade.Que rela??o existe entre o palco, os artistas e o público?Que apresenta??o artística pode estar ocorrendo ali?Trata-se de uma apresenta??o de tempos atrás ou que acontece atualmente?Que pe?as de teatro você conhece?DesafioNa sequência, o Desafio contém propostas de atividades diversificadas, sendo que a sele- ??o está articulada com a especificidade de cada área de conhecimento. As atividades podem ser trabalhadas de forma associada aos textos (Muitos textos... Tantas palavras) ou indepen- dente deles, mas sempre com o objetivo de desenvolver as expectativas de ensino e aprendi- zagem de cada componente curricular, levando-se em conta o desenvolvimento do estudante.Prop?e atividades de leitura e escrita de conhecimentos atrelados às diversas áreas do currículo, situa??es-problema contextualizadas e informa??es mobilizadoras para pesquisa. Pode ser “desdobrado” em diferentes níveis de dificuldade: revis?o de texto, estudo de texto, reflex?o, debate e pesquisa.Nessa se??o, ainda há os ícones e boxes móveis, que podem aparecer conforme a necessi- dade, ao longo das unidades. S?o eles:Você sabia?Você sabia?O xadrez é um dos jogos mais po- pulares do mundo e é praticado por milh?es de pessoas. Trata-se de um jogo de tabuleiro recreativo e competitivo que envolve estra- tégias e táticas, desconsiderando, portanto, o elemento sorte. O jo- gador de xadrez é conhecido como enxadrista.CARAVAGGIO, Michelangelo. Século XVII. ?leosobre tela. Gallerie dell'Accademia, Veneza.Apresenta informa??es complementares relacionadas ao conteúdo da unidade, por exem- plo: curiosidades, biografias, atualidades.Bridgeman/Easypix BrasilAten??o!Poetas e compositores utilizam com frequência alguns recursos da linguagem que relacionam a realidade com a imagina??o. Um desses recursos é chamado de metáfora: uma figura de linguagem que altera o significado real de um texto, atribuindo-lhe um sentido imaginário, de forma mais sensível.13Estrutura da cole??o ? Língua PortuguesaAten??o!Destaca algum aspecto relevante sobre o objeto de estudo.Conecte-seIndica a possibilidade de rela??o com assuntos e recursos didáticos do próprio compo- nente curricular, ou de outros, bem como orienta??es para acesso a materiais e fontes di- versificados, inclusive ao livro Muitos textos... Tantas palavras.Conecte-seNo livro Muitos textos... Tantas palavras há algumas can??es interessantes, por exemplo: “Terra”, de Caetano Veloso; “Amado”, de Marcelo Jeneci e Vanessa da Mata; “Eu te amo”, de Tom Jobim e Chico Buarque. Recorra ao livro para lê-las e cantá-las com seus colegas.Para debaterProp?e reflex?es, argumenta??es e debates coletivos sobre temas abordados na unidade.Para debaterDiscuta oralmente com seus colegas:Que outros meios sociais fazem crítica aos costumes da sociedade?O autor escolhe o estilo de sua escrita e que gênero textual utilizará para produzir sua obra a partir do modo como vê o mundo?O que significa o título desta unidade: A arte nos palcos?Deixe claro o seu ponto de vista. Se perceber que n?o foi compreendido, reformule o que disse, a fim de resolver as dificuldades.Saiba maisLazuli EditoraTraz indica??es de fontes de informa??o que ampliam o repertório do estudante a res- peito do que foi tratado em cada unidade. As sugest?es têm como objetivo estimular o estudante a buscar novos conhecimentos ou aprofundar os temas aprendidos por meio de leituras (livros, artigos científicos, reportagens, documentos históricos), filmes, sites, docu- mentários, visitas virtuais a exposi??es, museus, laboratórios etc.Saiba maisENTREVISTAS CONTEMPOR?NEASOrganizadores: Erivelto Busto Garcia e Miguel de Almeida Editora: LazuliO livro é um conjunto de entrevistas com alguns dos formadores de opini?o mais influentes no Brasil. Os assuntos tratados passam por sociedade, país, cidades, os brasileiros e até mesmo assuntos relacionados ao mundo em geral.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender14Possibilita ao estudante revelar o que aprendeu ao longo da unidade por meio da sis- tematiza??o, independente da estratégia utilizada. Apresenta propostas variadas de ati- vidades ou reflex?es, que permitem ao professor mapear a aprendizagem dos estudantes.O que aprendi sobre...O que aprendi sobre...Em duplas, pensem no que vocês estudaram sobre o gênero textual entrevista e organizem um programa de TV no qual um fará o papel de entrevistado e o outro de entrevistador.EncarteO livro de Língua Portuguesa apresenta, no final, uma se??o identificada como Encarte, com páginas destacáveis que trazem uma proposta específica de produ??o textual e as ins- tru??es para ela. A finalidade desse registro inicial é mapear o que os estudantes sabem a respeito dos gêneros textuais que ser?o abordados nas unidades.L?NGUA PORTUGUESAMovimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESAMovimento do aprender – 7o anoProdu??o inicialVocê acha que sua vida, ou a de alguma outra pessoa, daria um livro? Ent?o, vamos escrever um texto sobre sua própria vida ou a de alguém que escolher.Unidade 1 ? A vida em um livroEncarte 1Unidade 1 ? A vida em um livroEncarte 1Observa??es/anota??es: Nome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Livro do professorOrienta??es didáticas do Movimento do aprender15traz sugest?es para o desenvolvimento das atividades propostas e apresenta-se organizado em se??es com as fun??es descritas a seguir.Estrutura da cole??o ? Língua PortuguesaA fim de nortear a a??o docente no planejamento de situa??es diversas de aprendizagem, a partir do Muitos textos... Tantas palavras e do Movimento do aprender, o livro do professorLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender16Expectativas de ensino e aprendizagemNessa se??o, o educador encontrará a lista de expectativas de ensino e aprendizagem contempladas para o ano e distribuídas em cada unidade. As expectativas explicitam a a??o do professor e do estudante, estabelecendo um vínculo no processo de ensino e aprendiza- gem e possibilitando a intencionalidade da prática educativa. Nela s?o destacadas as habili- dades e as competências que poder?o ser desenvolvidas a partir das unidades significativas de cada componente curricular.Gêneros textuaisApresenta os gêneros textuais que ser?o abordados no material didático ao longo das unidades. A fim de ajudar o professor a organizar o trabalho com as unidades, os gêneros foram dispostos em quadros contendo algumas de suas características essenciais.Diálogo com o professorApresenta??o da unidade contendo referencial teórico articulado à prática pedagógica do componente curricular e ao encaminhamento didático-metodológico para o desenvolvi- mento dos conteúdos e atividades. Visa auxiliar o professor no desenvolvimento das ativi- dades propostas no livro do estudante.Avan?arEspa?o destinado a sugest?es de atividades complementares que possam ir além do que foi proposto no livro do estudante, norteando a a??o do docente no planejamento de situa??es diversas de aprendizagem.Aprendendo com a comunidadeEsse item estará presente esporadicamente, toda vez que os conteúdos trabalhados na unidade permitirem a participa??o da comunidade. Prop?e sugest?es que extrapolam a sala de aula, possibilitando a intera??o com a comunidade, além de propiciar uma reflex?o sobre o contexto sociocultural.Para saber maisSugest?es de livros, artigos, sites, filmes, documentários e vídeos, com o objetivo de proporcionar ao professor referências que ampliem seus conhecimentos e subsidiem a a??o docente.Observa??o: alguns dos sites indicados para pesquisa e apoio, presentes no material do professor e no do estudante, podem n?o estar disponíveis no momento da consulta. Nesse caso, sugere-se uma busca sobre o assunto em outras fontes.Expectativas de ensino e aprendizagem7o anoArgumentar, a partir de suposi??es, fatos e conceitos, a respeito de um ponto de vista oralmente e/ou por escrito.Distinguir causa/consequência, fato/opini?o e defini??o/exemplo, na oralidade e na escrita.Relacionar textos verbais e/ou textos n?o verbais, comparando informa??es explíci- tas e implícitas.Expor conhecimentos por meio da oralidade, observando os contextos de produ??o, considerando o grau de formalidade requerido pelo gênero textual e utilizando recur- sos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, express?es faciais, postura etc.).Identificar e analisar a flex?o das palavras, verificando sua aplicabilidade relacionada ao gênero textual.Identificar, compreender e utilizar paráfrases, cita??es, discursos direto, indireto e in- direto livre.Identificar e compreender o uso de recursos estilísticos e expressivos intencionalmen- te registrados pelo autor.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros tex- tuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contexto de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do sistema de representa??o da língua escrita.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhecen- do os sentidos produzidos.Inferir o sentido literal ou figurado das palavras ou express?es a partir de elementos do texto e do contexto de produ??o.Localizar informa??es explícitas e inferir informa??es implícitas no texto, explicando--as.Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Opinar com clareza e coerência, oralmente e/ou por escrito, sobre o texto em estudo.Pesquisar e comparar informa??es, obras, autores e temas obtidos em diferentes fon- tes.Posicionar-se oralmente com autonomia, respeito e criticidade, obedecendo aos tur- nos de fala.Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acordo com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enun- ciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.Identificar e compreender a estrutura e o processo de forma??o das palavras e os seus preender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espa?o físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais etc.), comparando-as à variante-padr?o da língua portuguesa.Expectativas de ensino e aprendizagem ? Língua Portuguesa17Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender18Reconhecer, compreender e aplicar as regras-padr?o de concord?ncia verbal e nomi- nal apropriadas às diversas possibilidades de produ??o oral e escrita.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Socializar experiências/vivências significativas de leitura, por meio da escrita ou oralidade.Formular hipóteses e fazer predi??es sobre o texto.Unidade 4 – Se??o dos leitoresGêneros textuais: carta ao leitor e carta do leitor.Finalidade: trocar ideias e expressar opini?es a respeito de um assunto publicado em revistas e jornais.Esfera de circula??o: imprensa.Tipologias: dissertativa e/ou argumentativa.Estrutura: local e data, sauda??o, desenvolvimento, despedida e assinatura.19Gêneros textuais ? Língua PortuguesaGêneros textuaisGêneros textuais: biografia e autobiografia.Finalidade: expor ao leitor fatos reais sobre a vida de alguém ou sua própria vida.Esfera de circula??o: literária.Tipologias: narrativa e descritiva.Estrutura: os dados biográficos, em geral, s?o ordenados cronologicamente com men??o dos locais. A temporalidade e a veracidade científica s?o indispensáveis.Unidade 1 – A vida em um livroGênero textual: reportagem.Finalidade: informar e levar fatos ao leitor ou ao telespectador de maneira clara, enfocando--os sob diferentes aspectos e pontos de vista.Esfera de circula??o: imprensa.Tipologias: narrativa, descritiva e/ou dissertativa.Estrutura: manchete, lide e corpo, uso comum de complementos (gráficos, quadros, informativos, tabelas, fotografias).Unidade 2 – Por dentro do que acontece no mundoGênero textual: can??o popular.Finalidade: fazer da língua instrumento artístico capaz de tocar a sensibilidade e entreter o destinatário.Esfera de circula??o: cotidiana/artística.Tipologias: narrativa, descritiva e/ou expositiva.Estrutura: constituída de versos, agrupados em estrofes, caracteriza-se pelo ritmo e sonoridade.Unidade 3 – Qualquer can??o de bem alguma poesia temLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender20Gênero textual: conto de enigma.Finalidade: surpreender o leitor no momento em que se esclarece o mistério, no desfecho do texto.Esfera de circula??o: literária.Tipologias: narrativa e descritiva.Estrutura: narrativa curta, com poucas personagens e espa?os, apresenta apenas um conflito, detalha a descri??o da cena, as rea??es das personagens e omite algumas informa??es para adiar revela??es e produzir suspense.Unidade 5 – Um caso elementarGênero textual: pe?a teatral.Finalidade: servir à representa??o teatral, expressar sentimentos, emocionar, entreter.Esfera de circula??o: literária/artística.Tipologia: narrativa.Estrutura: organizada em atos ou cenas, costuma caracterizar o cenário, há identifica??o das personagens antes de suas falas com rubrica de interpreta??o e movimento.Unidade 6 – A arte nos palcosGênero textual: entrevista.Finalidade: obter informa??es, opini?es, experiências pessoais e profissionais do entrevistado.Esferas de circula??o: imprensa e midiática.Tipologia: expositiva com trechos descritivos.Estrutura: introdu??o (temática do texto), corpo da entrevista (altern?ncia de perguntas e respostas) e encerramento. Registro oral ou escrito.Unidade 7 – Entre perguntas e respostasGênero textual: regra de jogo.Finalidade: orientar, instruir sobre como jogar.Esfera de circula??o: cotidiana.Tipologias: descritiva e injuntiva.Estrutura: composta de duas partes (componentes do jogo e regras do jogo), presen?a de título e de subtítulos.Unidade 8 – As regras do jogo21A vida em um livro ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 1A vida em um livroDistinguir causa/consequência, fato/opini?o e defini??o/exemplo, na oralidade e na escrita.Relacionar textos verbais e/ou textos n?o verbais, comparando informa??es explí- citas e implícitas.5. Identificar e analisar a flex?o das palavras, verificando sua aplicabilidade relaciona- da ao gênero textual.Identificar e compreender o uso de recursos estilísticos e expressivos intencional- mente registrados pelo autor.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhe- cendo os sentidos produzidos.Inferir o sentido literal ou figurado das palavras ou express?es a partir de elemen- tos do texto e do contexto de produ??o.13. Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.Identificar e compreender a estrutura e o processo de forma??o das palavras e os seus significados.Reconhecer, compreender e aplicar as regras-padr?o de concord?ncia verbal e no- minal apropriadas às diversas possibilidades de produ??o oral e escrita.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Orienta??es didáticasRoda de conversaros textuais em foco na unidade tomando por base o repertório deMIXA next/ThinkstockJetta Productions/Digital Vision/Thinkstockse eles já leram sobre a vida de alguém, onde estavam as infor- ma??es a respeito dessa pessoa e quais motivos tornam a história da vida de um indivíduo t?o im- portante a ponto de ser publicada. Além disso, pergunte por meio de quais gêneros é possível escrever sobre nossa vida e sobre a vida de alguém; se eles publicariam um livro sobre a própria vida ou prefeririam escrever a respeito de outra pessoa. Com base nas ima- gens, leve os estudantes a perce- ber que a trajetória da leitura deve acompanhar as pessoas ao longo de uma vida e que a nossa pró- pria vida pode ser transformada em um livro, eternizando de forma efetiva a nossa existência. Com essa conversa inicial e por meio das perguntas colocadas no livro, ainda que n?o restrito somente a elas, avalie o conhecimento deles a respeito dos gêneros textuais autobiografia e biografia, que tipo de contato já tiveram com tal na- tureza de produ??o e quais suas preferências temáticas. Além dis- so, você poderá avaliar também o conhecimento que eles têm a respeito de outros gêneros textu- ais voltados à escrita sobre a vidaUNIDADE1um livro8Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorEsta unidade trata dos gêneros textuais autobiografia e bio- grafia. A distin??o básica entre esses dois gêneros está relacio- nada a quem os escreve. Geralmente, a autobiografia é escrita em primeira pessoa e a biografia em terceira. Entretanto, na bio- grafia pode haver altern?ncia do foco narrativo, ora em terceira pessoa (voz do biógrafo e de outras pessoas), que a torna mais objetiva e indica um afastamento entre o biógrafo e o biografa- do, ora em primeira (voz do biógrafo), ganhando ares subjetivos e criando um sentido de intimidade entre biógrafo e biografado.Uma biografia desse tipo cria o efeito de verdade testemunha- da, compartilhada e com emo??o.A unidade inicia-se com trechos das autobiografias dos escritores Clarice Lispector e José Saramago. Depois, faz uma compara??o entre autobiografia e autorretrato, passando para o livro Uma vida entre livros: reencontros com o tempo, de José Mindlin, excelente exemplar para o discurso autobio- gráfico, com uma temática muito válida no contexto escolar, uma vez que o autor objetiva provocar o amor pelos livros. Essa paix?o que Mindlin expressa pelos livros e pela constru- ??o de sua biblioteca pode ser discutida com os estudantes,22Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender(diário íntimo, blog, memórias). ? importante conversarem a respei- to das motiva??es para escrever (e publicar) sobre a própria vida ou de outra pessoa, bem como sobre o que nos leva a ler publica??es desse tipo.imtmphoto/iStock/Thinkstockimtmphoto/iStock/ThinkstockApós o estudo da unidade, deve ficar claro que na autobiografia o escritor fala da própria vida, e na biografia, um autor escreve sobre a vida de outrem. A biografia nar- ra a vida de uma pessoa que viveu ou vive em determinada socieda- de e se destacou ou tem se desta- cado por sua trajetória. Também é comum contar curiosidades e mostrar o biografado como uma pessoa especial.Roda de conversaO que você considera ser vida privada e vida pública?Você acha importante compartilhar por escrito a vivência de uma pessoa com os outros?Em que circunst?ncias uma pessoa, famosa ou n?o, deve escrever sobre sua vida para os outros lerem?Você gostaria de ler sobre a vida de alguém famoso que conhece e de quem gosta? Por quê?O escritor que publica algo sobre sua própria vida garante um papel na história de uma determinada sociedade?Que cuidados deve ter uma pessoa ao escrever sobre a vida de outra?A vida em um livro ? Unidade 19para que se avalie a rela??o que eles estabelecem com o pró- prio ato da leitura.Além disso, é abordado o gênero biografia romanceada, com o objetivo de ampliar o escopo de conhecimento do estudante e promover outras discuss?es sobre textos biográficos, como a rela??o entre fic??o e realidade.23A vida em um livro ? Língua PortuguesaNa continuidade, o trabalho com o gênero biografia é feito, principalmente, em torno da biografia de Ayrton Senna e de uma notícia sobre ele, expondo diferentes modos de retratar aspec-tos biográficos. Há também uma compara??o entre a biografia do esportista e a do artista Vik Muniz, além de atividades de interpreta??o e produ??o.Espera-se que o trabalho da unidade seja ampliado, desta- cando verbos (pretérito perfeito, pretérito imperfeito do modo indicativo, presente do modo indicativo); coes?o textual (sinoní- mia, hiperonímia); parágrafos (organiza??o cronológica); conec- tivos; sinais de pontua??o; classes de palavras; diferen?a entre fato e opini?o etc.Orienta??es didáticasAtividade 1Possibilite a constru??o do concei- to de biografia e autobiografia por meio da reflex?o dos elementos que formam essas palavras (auto+ bio + grafia). ? interessante os estudantes observarem que as palavras se formam de maneiras diversas. Todos os elementos aqui têm origem grega. Quando o nome “autobiografia” for concluído, no- vamente problematize a constru- ??o do significado dessa palavra, já que autobiografia é uma bio- grafia contada pelo autor sobre sua própria vida.Pe?a que definam o conceito dos gêneros, organizando as caracte- rísticas deles, para que percebam a diferen?a entre escrever sobre si ou sobre outra pessoa. Tam- bém é necessário ficarem atentos e observarem que a autobiografia distingue-se do diário íntimo (es- tudado no 6o ano). Neste momen- to, o mais importante s?o as ideias que os estudantes trazem sobre os gêneros em quest?o. Fique atento para desconstruir representa??es equivocadas.Você ainda pode aproveitar o en- sejo e solicitar sugest?es de pa- lavras que possuam os radicais “bio-” e “auto-”, como biologia, biomédico, biomassa, autoestima, autógrafo, automóvel etc., ana- lisando o processo de forma??o dessas palavras.DesafioA palavra biografia vem da uni?o de dois radicais gregos: bio, que significa vida, e grapho, escrita; ou seja, uma biografia é a escrita da vida de alguém. Ao acrescentarmos na frente da palavra biografia o radical auto (que significa mesmo, próprio), que palavra é formada e qual o seu significado?Avosb/iStock/ThinkstockVocê acha que sua vida, ou a de algu- ma outra pessoa, daria um livro? En- t?o, vamos escrever um texto sobre sua própria vida ou a de alguém que você escolher.Encarte 1Leia o texto autobiográfico da escritora Clarice Lispector, no qual ela, carinhosa- mente, fala sobre sua miss?o na vida. Em seguida, responda às quest?es.Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O “amar os outros” é t?o vasto que inclui até perd?o para mim mesma, com o que sobra. As três coisas s?o t?o importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. N?o posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salva??o individual que conhe?o: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”LISPECTOR, Clarice. Aprendendo a viver. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. Disponível em:<.br>. Acesso em: 27 ago. 2015.Em que pessoa do discurso o texto está escrito?Nesse texto, a autora apresenta fatos de sua vida de forma objetiva ou de forma emotiva? Retire um trecho do texto que comprove sua opini?o.10Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 2Proponha a produ??o inicial, na qual o estudante escreverá sobre sua vida ou sobre a vida de uma pessoa que admire. Solicite que escreva na folha do encarte para entregar essa primeira vers?o. Quando todos terminarem, recolha os tex- tos produzidos para avaliar o que sabem dos gêneros em quest?o, assim como os aspectos linguístico-discursivos que necessitam ser aprimorados. Por meio dessa atividade diag- nóstica, planeje as atividades futuras de modo a sanar as dúvidas dos estudantes. Quanto aos estudantes que decidi- rem escrever sobre si mesmos, instigue-os a procurar fatosmobilizadores com o objetivo de que eles fa?am uma refle- x?o sobre suas vidas, a fim de reconhecerem o repertório que possuem para escrever uma autobiografia. Quanto aos que forem escrever sobre a vida de outra pessoa, pe?a que escrevam com base em informa??es já conhecidas. Discuta com a turma: como ampliar as informa??es sobre o biografa- do? Provavelmente, eles perceber?o que, para construir uma biografia, é necessário utilizar outros gêneros textuais, como entrevistas, relatos, fotografias, documentos etc.24Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender4 Agora leia um trecho da autobiografia do escritor português José Saramago e responda às quest?es.Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoa- ??o situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. [...]Só aos sete anos, quando tive de apresentar na escola primária um documento de identifica??o, é que se veio a saber que o meu nome completo era José de Sousa Saramago. [...]Por motivos políticos fiquei desempregado em 1949, mas, gra?as à boa vontade de um meu antigo professor do tempo da escola técnica, pude encontrar ocupa??o na empresa metalúrgica de que ele era administrador.Disponível em: <;. Acesso em: 8 jun. 2014.Que momentos de sua vida Saramago relata nesse texto?Os tempos verbais s?o responsáveis pela organiza??o das a??es ocorridas em um texto. Releia as frases: “Nasci numa família de camponeses sem terra” e “Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade”. A respeito dos verbos destacados, assinale apenas uma alternativa:A primeira frase está no pretérito imperfeito do indicativo, por expressar uma a??o ocorrida no tempo passado, sem indica??o de data; já a segunda frase está no pretérito perfeito do indicativo, por mostrar um fato ocorrido no presente.A primeira frase está no pretérito perfeito do indicativo, por indicar um fato ocor- rido em um tempo pontual no passado; a segunda, no pretérito imperfeito do indicativo, por expressar uma a??o atemporal no passado, sem data determinada.A primeira frase está no presente do indicativo, pois expressa um fato ocorrido no momento da escrita do livro, e a segunda, no futuro do indicativo, pois indica um fato com tempo incerto no futuro.A primeira frase está no pretérito perfeito do indicativo, porque indica um fato ocorrido no momento da escrita do livro; a segunda, no pretérito imperfeito do indicativo, por expressar um tempo indeterminado no passado.Qual a import?ncia, para o objetivo do texto, de as a??es relatadas estarem predomi- nantemente no passado?Atividade 4Pergunte aos estudantes se eles já ouviram falar de José Saramago e proponha também uma pesquisa sobre o escritor português. Como na atividade anterior, indique fon- tes confiáveis e reserve um mo- mento para que socializem as des- cobertas. Cada grupo montará um cartaz, organizando cronologica- mente os acontecimentos da vida de um dos dois escritores pesqui- sados. Divida os autores entre os grupos. Os cartazes dever?o ser expostos pela sala, a fim de con- sultar essas biografias em outras atividades e constatar as caracte- rísticas do gênero em a leitura do trecho e a reali- za??o das quest?es, espera-se que eles entendam a cronologia e a or- ganiza??o das informa??es.Sugest?es de respostas: a. Seu nascimento, ida à escola (quando crian?a) e trabalho (já adulto); b. (B); c. A de relatar fatos que fazem parte da memória do autor.A vida em um livro ? Unidade 111Atividade 325A vida em um livro ? Língua PortuguesaInicie perguntando aos estudantes o que sabem sobre a au- tora Clarice Lispector e proponha uma pesquisa de sua bio- grafia. Realize, previamente, essa pesquisa, indicando aos estudantes algumas fontes de consulta confiáveis. ? possí- vel que, com base nela, eles descubram muitas curiosidades a respeito da escritora; por isso, é importante reservar um momento para que socializem as descobertas, o que poderáser feito em grupos. Na leitura do trecho, direcione o olhar do estudante para o tom mais pessoal que é permitido em um texto autobiográfico. Sugest?es de respostas para os itens:a. Na primeira pessoa do discurso (eu); b. Emotiva: “nin- guém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca”.Orienta??es didáticasComo você observou, a maior parte dos verbos contidos nos textos das atividades anteriores está no passado. Lembre-se de que há três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo e que, além dessa classifica??o, os verbos possuem tempos verbais, como pretérito, presente e futuro.A respeito da autobiografia, associe adequadamente a coluna da esquerda com as in- forma??es apresentadas na coluna da direita.A imagem ao lado é um autorretrato do pintor holandês Vincent Van Gogh. Obser- ve-a e responda às quest?es.GOGH, Vincent van. Autorretrato. 1889. ?leo sobre tela, 65 cm X 54 cm. Museu d'Orsay, Fran?a.12Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderVE?CULO DE PUBLICA??OOferecer ao leitor informa??es que lhe permitam aprofundar-se na história e no tempo em que alguém viveu, ou a conhecer o que tornou alguém uma personalidade.OBJETIVOAlguém que deseja obter mais informa??es sobre uma determinada pessoaou personalidade.LEITOR? identificado e individual. Escolhe o que vai escrever sobre si, selecionando os eventos de sua vida que tornará públicos.AUTORLivros, sites da internet.Aten??o!Aten??o!Neste momento, será importante retomar alguns conceitos relacio- nados aos modos verbais. Lem- bre-se de que a gramática deve ser trabalhada de forma reflexiva, portanto proponha uma maneira dialógica para levar o estudante ao entendimento dos conceitos. Apresente os três modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperati- vo. Utilize, para isso, estratégias como: um jogo da memória, cons- truído pelos estudantes, conten- do as informa??es conceituais, ou elabore quadros comparativos em slides e, por meio de um texto do Muitos textos... Tantas palavras, pe?a que eles identifiquem os ver- bos e apontem a que modo verbal pertencem. Durante o processo, leve-os a perceber que os verbos est?o em tempos diferentes (pre- térito, presente, futuro) e busque relacionar o tempo pretérito ao gênero contemplado na unidade.Atividade 5Vincent van Gogh. 1889. ?leo sobre tela. Musee d’Orsay, ParisSolicite a realiza??o da atividade individualmente e, em seguida, pe?a que comparem em duplas, até chegarem a um consenso so- bre a corre??o. Ao verificar, pe?a que justifiquem as escolhas feitas.Esta atividade pressup?e uma ha- bilidade de estabelecer semelhan- ?as com base no critério compara- tivo entre um objeto e sua fun??o social. O objetivo é dar ao estu- dante oportunidade de conceituar a partir da análise de indícios.Atividade 6Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender26Para ampliar esta atividade, leve para a sala outros autor- retratos em fotografias, gravuras e telas, para que os estu- dantes os analisem, de forma a fazer uma analogia entre eles e a autobiografia. Assim, poder?o estabelecer rela??es de similaridade e de diferen?as entre os dois gêneros. Seria interessante levar uma foto e uma gravura da mesma pes- soa para explicar que o conteúdo artístico n?o está restrito apenas à inten??o do artista, mas também está contido na for?a de sua obra. Já na fotografia, o olhar n?o é do artis-ta fotografado, e sim do fotógrafo, que delimita o ?ngulo e o recorte que vai aparecer na foto. Na compara??o entre autorretrato e autobiografia, vale trazer esses elementos. Para fazer essa distin??o, você pode utilizar como exemplo o artista gráfico Maurits Cornelis Escher, que possui autor- retratos das duas formas, fotografias e gravuras, que po- dem ser acessadas em < most-popular/hand-with-reflecting-sphere/> (acesso em: 3 nov. 2015). Em seguida, pe?a que analisem o autorretratoO que há em comum entre autobiografia e autorretrato?Aponte duas diferen?as entre autobiografia e autorretrato.Você considera que essas obras s?o express?es de arte? Por quê?Observe a foto de José Mindlin e tente adivinhar qual é a grande paix?o da vida dele, que o acompanha desde a inf?ncia.Gustavo Scatena/Imagem PaulistaJosé Mindlin.Agora que você observou a imagem, escute a leitura que o professor fará de um tre- cho retirado do livro Uma vida entre livros: reencontros com o tempo.A vida em um livro ? Unidade 113de Van Gogh, pergunte o que sabem sobre ele e forne?a in- forma??es adicionais às que eles mencionarem. Pe?a ent?o que respondam às perguntas.4284000524354Sugest?es de solu??o para os itens apresentados: a. As duas obras apresentam a própria pessoa; b. O autor se mostra pela escrita e o pintor por meio da pintura; c. Sim, pois am- bas s?o formas de expressar suas próprias emo??es, história e cultura.Atividade 7Nesta atividade de pré-leitura, possibilite que os estudantes ten- tem descobrir, por meio da aná- lise da foto de José Mindlin, que a paix?o da vida dele é a leitura. Motive-os a observar os detalhes da imagem para levantar as hipó- teses. Pe?a, também, que comen- tem sobre a rela??o deles com a leitura e que justifiquem o porquê de gostarem ou n?o de livros. Fale ent?o o título do livro de onde o texto foi retirado: Uma vida entre livros: reencontros com o tempo. Solicite que tentem descobrir um pouco mais sobre o assunto do texto, tendo por base o título do livro. Problematize com questio- namentos, a fim de que argumen- tem sobre as hipóteses levanta- das. Anote-as na lousa. Ao final da leitura do texto, essas anota??es dever?o ser retomadas, para re- fletirem sobre suas antecipa??es. Essas estratégias de leitura visam agu?ar o olhar deles para ele- mentos explícitos e implícitos dos textos verbais e n?o verbais, ou seja, n?o é um exercício de “adi- vinha??o”. ? importante que eles tenham clareza desses aspectos, a fim de valorizar a aprendizagem deles e regular aspectos a serem aprimorados. Apenas depois des- sas atividades de pré-leitura você deverá ler o texto no livro Muitos textos... Tantas palavras, sem que eles acompanhem a forma escrita. Isso visa desenvolver, entre outras coisas, a concentra??o. Para utili- zar essa estratégia, é necessário realizar “paradas” em alguns tre- chos do texto, conforme a suges- t?o a seguir:27A vida em um livro ? Língua Portuguesa1a parte: (1o parágrafo) “Este livro tem uma história que precisa ser contada, nem que seja para ex- plicar e, se possível, justificar que eu fique tanto tempo falando de mim mesmo. Meio contra a minha vontade, ele vem atender a umaOrienta??es didáticasinsistência antiga e persistente de vários amigos para que eu escre- vesse sobre [...]”.Pare e questione: sobre o que será que os amigos insistiam tanto para que ele escrevesse?Após as respostas dos estudantes, continue a leitura.2a parte: leia o subtítulo “As ob- sess?es de um bibliófilo”.Pare e questione: o que vocês acham que é um bibliófilo?Após as respostas, continue a lei- tura.3a parte: Leia o subtítulo “As pri- meiras garimpagens e a forma??o da biblioteca”.Pare e questione: o que podemos entender desse subtítulo?Após as respostas, continue.4a parte: siga com a leitura até o penúltimo parágrafo.Pare e questione: como ele con- seguiu resolver o problema do di- nheiro para a compra de livros?Após as respostas dos estudantes, continue a leitura até o final do texto e confirme as hipóteses enu- meradas na lousa.Atividade 8Diga aos estudantes que retomem o texto que você leu na atividade anterior e, na compreens?o tex- tual, localizem as informa??es pontuais e identifiquem o núcleo temático. Assim que terminarem, solicite que comparem as respos- tas em duplas, para chegarem a um consenso, caso identifiquemA partir do trecho trabalhado na atividade 7, responda às quest?es.Quem conta a história da vida de José Mindlin? Como você sabe isso?Era vontade do autor da história escrever esse texto? Por que ele decidiu fazê-lo?O autor afirma que seu amor pelos livros pode ter sido influenciado pelo pai. Reflita sobre esse aspecto e responda: você tem algum comportamento influenciado por ou- tra pessoa? Explique sua resposta.O que há em comum nas profiss?es dos irm?os de José Mindlin? Procure no texto in- dícios que possam justificar sua resposta.Você acha significativo o motivo apresentado pelo autor para escrever sobre sua pró- pria história? Justifique.14Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender28respostas muito díspares. Após esse trabalho em duplas, corrija cada quest?o. ? importante informar-lhes de que pre- cisam avaliar se as respostas deles aproximam-se da discus- s?o feita; caso a avalia??o seja positiva, eles n?o necessitam reformulá-la. Caso a avalia??o seja negativa, eles podemcorrigi-la seguindo as informa??es, mas precisam compre- ender o porquê de a resposta n?o estar adequada. Portanto, o momento da corre??o é decisivo, a fim de que o estudante realmente esclare?a a compreens?o do texto lido.No come?o Mindlin n?o tinha dinheiro para colecionar livros. Explique, com suas pala- vras, como ele resolveu esse problema.No trecho “As primeiras garimpagens e a forma??o da biblioteca”, qual é o fato da vida de José Mindlin que mais se destaca?Aten??o!Lembre-se de que o pronome é uma palavra que serve para substituir um substantivo, ou seja, um nome.Pronomes s?o variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural) e indicam as pessoas do discurso.Considerando o conceito apresentado no quadro Aten??o!, leia o trecho a seguir e circu- le todos os pronomes que se referem ao narrador da história. Em seguida, compare com as escolhas de um colega, refletindo se o uso dos pronomes tem influência na constru- ??o desse texto.Este livro tem uma história que precisa ser contada, nem que seja para explicar e, se possível, justificar que eu fique tanto tempo falando de mim mesmo. Meio contra a minha vontade, ele vem atender a uma insistência antiga e persistente de vários amigos para que eu escrevesse sobre a minha biblioteca, destacando obras de maior interesse e contando alguns episódios de décadas de garimpagem de livros. Insisti- ram também que eu falasse sobre minha rela??o com o livro, e sobre minhas leituras, daí partindo para as preocupa??es e atividades culturais, ou outras, que vêm acom- panhando minha vida desde uma remota mocidade.Vinha resistindo, mas acabei cedendo quando me dei conta de que, através dessa história, poderia talvez estimular em outros o amor ao livro, e, principalmente, o amor à leitura. Inocular esse vírus é, aliás, uma coisa que venho procurando fazer a vida in- teira, ora com sucesso, ora sem resultado. Para alguns eventuais leitores é bem possí- vel que nada do que vou contar seja novidade, mas, se conseguir despertar em outros algum interesse por um tema que me é t?o próximo, dar-me-ei por satisfeito. [...]MINDLIN, José. Uma vida entre livros: reencontros com o tempo. S?o Paulo: Edusp, 1997. p. 13.Aten??o!Retome o conceito de pronome com os estudantes. Pe?a que fa- lem alguns pronomes pessoais e possessivos, explicando seus usos por meio de exemplos dados por eles próprios.? importante que eles enten- dam um pouco mais os conceitos dos pronomes, identificando, por exemplo, quando o pronome é pessoal ou possessivo.Você pode organizá-los em grupos e pedir que elaborem pequenos diálogos, envolvendo situa??es do dia a dia. Solicite que um repre- sentante do grupo fique na lousa e preencha colunas com os pro- nomes que os colegas est?o utili- zando em suas falas como pessoal, possessivo ou relativo.O momento é oportuno para refle- tir sobre o uso do mim, na forma padr?o, pois frases como “Isto é para mim fazer” e “Isso é entre eu e ele” s?o comuns no cotidiano.A vida em um livro ? Unidade 115Atividade 929A vida em um livro ? Língua PortuguesaLeve os estudantes a refletir sobre o uso do pronome eu na constitui??o do texto autobiográfico. Pe?a que circulem os pronomes que se referem à pessoa tratada no texto e, em seguida, pergunte em qual dos dois parágrafos conseguiram identificar mais pronomes e por que acham que em alguns deles os pronomes s?o menos utilizados, refletindo sobre o seu uso. Eles devem circular os pronomes eu, me, mim, mi- nha e minhas e perceber o uso no primeiro parágrafo, segui- do da ausência deles no parágrafo seguinte. Explique que,como esses pronomes identificam claramente que se trata de um discurso autobiográfico, o autor n?o necessita repeti--los exaustivamente ao longo do texto, porque a concord?n- cia correta dos verbos com o pronome eu já marca quem é o sujeito, ou seja, há a elipse desses pronomes por sua dedu- ??o com base na flex?o verbal. Assim, espera-se que o estu- dante reflita sobre essa estrutura linguística na constru??o do texto autobiográfico, além de tratar da concord?ncia do sujeito com o verbo.Orienta??es didáticasAtividade 10Antes de iniciar a atividade, per- gunte aos estudantes o que sabem sobre o autor José Lins do Rego, considerado um dos maiores fic- cionistas da Língua Portuguesa, e sobre a obra Menino de engenho. Leia ent?o uma autodescri??o do autor e uma pequena biografia dele. Autodescri??o: “N?o gosto de trabalhar, n?o fumo, durmo com muitos sonos e já escrevi 11 romances. Se chove, tenho sauda- des do sol; se faz calor, tenho sau- dades da chuva. Temo os poderes de Deus, e fui devoto de Nossa Senhora da Concei??o. Enfim, lite- rato da cabe?a aos pés, amigo dos meus amigos e capaz de tudo se me pisarem nos calos. Perco ent?o a cabe?a e fico ridículo. Afinal de contas, sou um homem como os outros e Deus permita que assim continue”. Biografia: “José Lins do Rego Cavalcanti era filho de fa- zendeiros. Com a morte da m?e, passou a ser criado pelo av?, num engenho de a?úcar. Aos oito anos ingressou no Internato Nossa Se- nhora do Carmo, onde estudou du- rante três anos. Em 1912, passou a estudar em Jo?o Pessoa. Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro artigo em jornal. Três anos depois mudou-se para o Recife, onde con- cluiu seus estudos secundários” (trechos disponíveis em: <http:// educacao..br/biografias/ jose-lins-do-rego.jhtm>, acesso em: 3 nov. 2015). Leve, ent?o, osLeia agora um trecho de um dos romances mais importantes do escritor paraibano José Lins do Rego, Menino de engenho, publicado em 1932. O livro narra a inf?ncia de Carli- nhos em Santa Rosa, engenho de cana-de-a?úcar de seu av?.Arquivo ABLJosé Lins do Rego.Era um menino triste. Gostava de saltar com os meus primos e fazer tudo o que eles faziam. Metia-me com os moleques por toda parte. Mas, no fundo, era um meni- no triste. ?s vezes dava para pensar comigo mesmo, e solitário andava por debaixo das árvores da horta, ouvindo sozinho a cantoria dos pássaros.O meu esporte favorito concorria para esses isolamentos de melancólico. Eu anda- va pegando pássaros no al?ap?o. E, escondido, passava horas inteiras na expectativa do sucesso. Via o canário chegar, pousar em cima da gaiola, trocar suas carícias com o prisioneiro, lastimar a sorte daquele pobre amigo, e depois subir para o al?ap?o ar- mado, fitar o milho dentro da armadilha, demorar um bocado, na indecis?o de quem vai dar um grande passo na vida, e cair na cadeia. Mas isto demorava horas a fio. Muitos chegavam, examinavam tudo, punham o bico quase que dentro do al?ap?o, e iam-se embora, bem senhores do que se preparava para eles. Enquanto os canários vinham e voltavam, eu me metia comigo mesmo, nos meus íntimos solilóquios de ca?ador. Pensava em tanta coisa... E um rastejar de calangro nas folhas secas fazia um ruído de coisa grande bulindo.16Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderestudantes à biblioteca ou ao laboratório de informática para buscarem informa??es sobre o livro Menino de enge- nho e discuta sobre as descobertas que fizerem. Como res- posta das quest?es apresentadas, espera-se que cheguem às seguintes conclus?es: a. al?ap?o: abertura, porta ou pas- sagem por onde se faz comunica??o; solilóquio: conversacom si próprio; calangro: calango, lagarto; bulindo: mexendo, agitando, movendo; b. Resposta pessoal que deve ser socia- lizada com a turma. O estudante deve perceber o impacto que a escolha de determinada palavra causa no texto e a import?ncia de sua recep??o pelo leitor.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender30Pensava ent?o naquilo que junto de gente eu n?o podia pensar. Já estava no enge- nho há mais de quatro anos. Mudara muito desde que viera de Recife.Para o ano – diziam – iria para o colégio.E o que seria esse colégio? Os meus primos contavam tanta coisa de lá, de um dire- tor medonho, de bancas, de castigos, de recreios, de exercícios militares, que me dei- xavam mesmo com vontade de ir com eles. Mas o engenho tinha tudo para mim. Tia Maria tomava conta de mim como se fosse m?e. E a lembran?a de minha m?e enchia os meus retiros de cinza. Por que morrera ela? E de meu pai, por que n?o me davam notícias? Quando perguntava por ele, afirmavam que estava doente no hospital. E o hospital ia ficando assim um lugar donde n?o se voltava mais. Via gente do engenho que ia para lá, com carta do meu av?, n?o retornar nunca. E as negras quando fala- vam do hospital mudavam a voz: “Foi para o hospital”. Queriam dizer que foi morrer.REGO, José Lins do. Menino de engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008. p. 94-5.Procure no dicionário as palavras: al?ap?o, solilóquios, calangro e bulindo. Escolha, dentre os significados encontrados, aquele que possa ser mais bem utilizado como sin?nimo dessas palavras.Em sua opini?o, ao substituir as palavras do exercício anterior pelos sin?nimos encon- trados no dicionário, as frases teriam o mesmo efeito de sentido? Explique.Alguns críticos consideram a obra Menino de engenho uma biografia romanceada, pois reúne momentos da inf?ncia, marcados na memória do próprio autor, com sua imagina??o criativa. Baseado nessa informa??o, responda:Ao relembrar sua inf?ncia, que sentimentos s?o expressos pelo autor?A vida em um livro ? Unidade 117Atividade 11anota??esTome por base a pesquisa reali- zada pelos estudantes na ativi- dade anterior para explicar o que é uma biografia romanceada e ent?o fa?a-os pensarem no texto também como um diário íntimo, em que o autor escreveu para si mesmo. Além disso, proporcione uma reflex?o a respeito da estilís- tica, entendida como uma carac- terística particular de escolher e utilizar a palavra. Como sugest?o de corre??o das respostas para as perguntas, apresente: a. Tristeza e melancolia; b. Triste, sozinho, soli- tário, escondido, isolamentos, me- lancólico; c. Solid?o: parágrafo 1; esporte favorito: parágrafo 2; es- cola e lembran?a de seus pais: pa- rágrafo 5; d. Cinza simboliza a tris- teza, a solid?o. Esses sentimentos aparecem fortes no narrador ao lembrar-se de sua m?e morta; e. “Eu”. A frase fica mais econ?mica, pois indica a pessoa do discurso do próprio verbo, sem a necessidade de explicitá-la.A vida em um livro ? Língua Portuguesa31Orienta??es didáticasIndique algumas palavras do texto que est?o associadas a esses sentimentos.O autor narra os fatos de sua vida que considera importantes. Releia o texto. Que fa- tos s?o esses e em que parágrafos eles est?o?Releia a frase: “E a lembran?a de minha m?e enchia os meus retiros de cinza”. Por que você acha que o autor usou a palavra “cinza” para ilustrar sua memória?Atividade 12N?o permita que os estudantes iniciem a produ??o do texto sem um planejamento. Se julgar neces- sário, pe?a que conversem entre si sobre os itens sugeridos, a fim de trocarem ideias e darem novas sugest?es. Garanta uma parte da aula para o desenvolvimento da atividade. Ao trocarem os textos prontos, diga-lhes que anotem no texto do colega os problemas identificados, como aspectos rela- cionados a ortografia, acentua??o, pontua??o ou escolha de palavras que podem ser melhorados. Eles também podem fazer um comen- tário geral sobre o texto do colega.Ao iniciar o texto, o autor diz: “Era um menino triste”. Que pronome pessoal está ocul- to nessa frase? Que efeito de sentido a omiss?o desse pronome causa?A partir dos conhecimentos adquiridos até o momento, produza a sua autobiografia. Antes de redigir o texto, siga alguns passos importantes para planejá-lo:Anote datas e locais significativos para o que vai relatar.Selecione fatos que considera importantes para serem relatados.Aponte quantos parágrafos irá utilizar e sobre que assunto cada um tratará.anota??es18Língua Portuguesa ? Movimento do aprender32Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderEscreva seu texto. Assim que estiver pronto, troque-o com os de seus colegas para que eles possam opinar sobre o que escreveu, utilizando o quadro a seguir para fazer a análise.AutobiografiaSimN?oCriou um título original e interessante ao leitor?O texto está escrito na primeira pessoa do discurso?Usou coerentemente os verbos no pretérito?O texto apresenta organiza??o clara de ideias?Os parágrafos est?o coerentemente organizados de acordo com os fatos narrados?O modo de escrita do narrador expressa emo??o?Leia a seguinte notícia de jornal para comentar com seus colegas as perguntas que a seguem.Exposi??o sobre Ayrton Senna traz carro dirigido em primeira vitóriaNo dia em que o piloto Ayrton Senna completaria 54 anos, esta sexta-feira (21), come?a no shopping Villa Lobos a exposi??o gratuita “Ayrton Senna Sempre – 20 Anos”, em cartaz até o dia 21 de abril.Na mostra, o público poderá conferir o carro que Ayrton Senna dirigiu na sua pri- meira vitória na Fórmula 1, no Grande Prêmio de Portugal, em 1985.Capacetes, troféus e macac?o originais também est?o expostos. Além disso, ví- deos com entrevistas do piloto s?o exibidos.No final da exposi??o, os visitantes podem deixar mensagens em um mural, que, quando completo, formará o rosto de Senna.Folha de S.Paulo. Caderno Folhinha. 21 mar. 2014. Disponível em: < 8874-exposicao-sobre-ayrton-senna-traz-carro-dirigido-em-primeira-vitoria.shtml>. Acesso em: 27 ago. 2015.Você já tinha ouvido falar do piloto Ayrton Senna? Conte o que sabe sobre ele.Por que é importante fazer uma exposi??o sobre alguém famoso? Em que condi??es isso seria um sucesso de público?Atividade 13Como atividade de pré-leitura da biografia, proponha aos estudan- tes que leiam a notícia de jornal apresentada e respondam às quest?es oralmente. Por se tratar de uma atividade de oralidade, durante a discuss?o, oriente-os a manter a organiza??o, respeitan- do os turnos da fala e a atitude esperada de quem ouve. Se julgar necessário, anote na lousa as in- forma??es mais importantes dos comentários para depois acres- centar as que achar necessárias, confirmando-as ou refutando-as. ? importante a contribui??o de toda a sala.33A vida em um livro ? Língua PortuguesaA vida em um livro ? Unidade 119Orienta??es didáticasAtividade 14Ainda na pré-leitura, estimule os estudantes a voltarem um olhar crítico sobre a imagem do piloto. Pe?a que respondam às quest?es individualmente e depois as com- parem em duplas. Leve em consi- dera??o respostas bem elaboradas e corrija as que n?o estiverem de acordo. Como sugest?o: a. Atmos- fera nostálgica, de passado, sau- dade, maior realidade ao remeter o espectador ao herói brasileiro. O brilho leva o piloto à condi??o de estrela; b. Resposta pessoal. O estudante deve relacionar o carro com o fato de ele ter sido piloto de Fórmula 1.Atividade 15anota??esPrimeiramente, solicite aos estu- dantes que leiam o texto e, em seguida, respondam às perguntas. No momento de corre??o dessas atividades, procure relacionar as situa??es vividas por Ayrton com o cotidiano deles, para que exempli- fiquem semelhan?as e distin??es em suas vidas, bem como opinem sobre a situa??o vivida pelo bio- grafado. Para as quest?es que re- tomam, de forma geral, aspectos de compreens?o textual e de cons-Observe a fotografia de Ayrton Senna ao lado de um carro de Fórmula 1 e responda às quest?es.CaBomben/ASEQue efeitos os tons opacos de preto e branco em meio à ilumina??o brilhante atri- buem à fotografia?Qual a sua opini?o sobre o que a fotografia representa? Como é possível relacionar os elementos artísticos da imagem à vida de Ayrton Senna?Leia agora um texto sobre o piloto Ayrton Senna. Enquanto o lê, pense nos motivos que levaram o público brasileiro a considerá-lo um herói nacional. Depois, fa?a o que se pede.Ayrton – O herói reveladoNos primeiros anos de vida, Ayrton n?o deu o menor sinal de que poderia se tornar o prodígio de precis?o e concentra??o que assombraria o mundo do automobilismo.Dona Neyde e a irm? mais velha, Viviane, eram testemunhas diárias de seu jeito desastrado e de sua média preocupante de tombos, trope??es e batidas de cabe?a, algu- mas delas fortes o suficiente para deixar grandes marcas pelo corpo e galos na cabe?a.Ser canhoto, naquela época, no Brasil, era motivo de preocupa??o até para educa- dores. Dona Neyde chegou a agradecer a oferta curiosa de uma professora de Ayrton:20Língua Portuguesa ? Movimento do aprender34Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderela se ofereceu para for?ar Senna a trocar a m?o esquerda pela direita, na hora de escrever. A preocupa??o de dona Neyde com o que no futuro se chamaria de hipera- tividade do filho a levou a procurar até um neurologista.O resultado do exame foi tranquilizador. Ayrton n?o tinha nada de errado. Na verdade, era desajeitado, soube a m?e, por ser rápido demais em tudo o que fazia. Era voraz na hora de experimentar, veloz na hora de aprender. Faltava apenas desco- brir um pouco mais de precis?o na ocupa??o dos espa?os físicos. E era apenas uma quest?o de tempo para o problema desaparecer, levando com ele o estilo e a fama de desastrado. O neurologista n?o fez apenas um diagnóstico. Tateou um fen?meno.Em 1964, Milton da Silva, cada vez mais bem-sucedido nos negócios, levou a fa- mília para a regi?o mais alta e nobre do bairro de Santana, uma área onde, gra?as ao aclive geográfico, os moradores tinham uma das mais belas vistas da cidade. A nova casa, situada na esquina das ruas Pero Leme e Condessa Siciliano, tinha dois pavi- mentos, jardim e garagem. Era a mais confortável e bonita da rua.Os pais de Senna eram admirados por serem pessoas simples, apesar da notória e crescente riqueza. Robinson Gaeta, morador da rua e amigo de Ayrton quando os dois tinham entre quatro e sete anos, era um dos que admiravam a família Senna. O pai de Robinson, Martino, n?o escondia dele, também, a admira??o que tinha pela beleza de dona Neyde. E dizia que a avó de Ayrton era chamada na vizinhan?a de Maria Bonita pelos mesmos motivos.Dentro de casa, a preocupa??o de Senna era com a destrui??o do planeta pelos incas venusianos e, posteriormente, pelos seres abissais, vil?es submarinos que emergiam do fundo do mar e provocavam terremotos, sempre no Jap?o. Todos exem- plarmente derrotados, ao final de 39 episódios, por Nacional Kid, herói da tevê de Senna e dos meninos de sua gera??o. Alguns anos depois, Ayrton passou a ser um entusiasmado f? do desenho animado Speed Racer, um jovem piloto de competi??o, sempre disposto a lutar pelos amigos, pela justi?a e para ser o melhor corredor do mundo, ao volante do Mach 5. Um carro construído pelo pai.Na rua, Senna era o menino que tinha sempre os brinquedos mais bonitos e caros, pelo menos na memória de Virgínia Bertinni, vizinha três anos mais velha. Muito tí- mido, Ayrton gostava de emprestar tudo o que levava para a rua: “Ele era uma gra?a. T?o bonzinho que alguns até se aproveitavam e tentavam fazer ele de bobo. Tudo o que falavam para ele fazer, ele fazia. E pediam tudo emprestado. Ele sempre empres- tava e ficava sentadinho na cal?ada, olhando”.Quando o menino entrou no kart pela primeira vez, a ternura que ele despertava deu lugar à incredulidade.Seria assim por 30 anos.RODRIGUES, Ernesto. Ayrton – O herói revelado. S?o Paulo: Objetiva, 2004. p. 5-7.A vida em um livro ? Unidade 121tru??o de conceito, espera-se que os estudantes respondam: a. ? a vida de alguém narrada por outra pessoa; b. Op??es corretas: “I”, “III” e “IV”. Corre??es: “II” – relevantes; “V” – N?o se deve; “VI” – pretérito perfeito; c. Resposta pessoal. O es- tudante deve demonstrar em seu texto uma síntese das etapas re- latadas na biografia; d. O texto de José Lins do Rego está na primeira pessoa do discurso por ser uma autobiografia. O de Ernesto Rodri- gues está na terceira, por se tratar de uma biografia de Ayrton Senna;e. Porque ele tinha comportamen- tos diferentes daqueles dos outros meninos de sua idade: “seu jeito desastrado e de sua média preo- cupante de tombos, trope??es e batidas de cabe?a, algumas de- las fortes o suficiente para deixar grandes marcas pelo corpo e galos na cabe?a”; “Ser canhoto, naque- la época, no Brasil, era motivo de preocupa??o até para educado- res”; f. Ele n?o tinha nada de erra- do, mas era mais rápido ao agir e ao aprender; g. O programa de TV Nacional Kid e o desenho animado Speed Racer; h. Um menino bom, humano e tímido.Em seguida, coloque em destaque os elementos essenciais do gêne- ro, se possível aludindo ao que já foi conversado com a turma até ent?o, desde a Roda de conver- sa. Assim como a autobiografia, o gênero textual biografia é pre-A vida em um livro ? Língua Portuguesa35Orienta??es didáticasdominantemente narrativo, mos- trando as transforma??es sofridas pela pessoa de quem o texto trata, de cunho pretensamente n?o fic- cional, e costuma ser organizado cronologicamente. No entanto, a biografia também apresenta- rá elementos opinativos (em que a opini?o do enunciador aparece explicitamente) e de descri??o (de lugares, de pessoas etc.), assim como elementos expositivos e ar- gumentativos (quando especula sobre o passado do biografado, quando justifica fatos ocorridos etc.). Destina-se, sobretudo, a con- tar as histórias de personalidades famosas, por conta de sua impor- t?ncia política, histórica, cultural etc. O contexto de produ??o pode variar bastante. Quando o próprio autor é o objeto da biografia, aí sim a chamamos de autobiografia. Há também as famosas biografias n?o autorizadas, ou seja, escritas sem a permiss?o e, por vezes, à revelia do autor ou de sua família. Nelas, é possível encontrar aspec- tos negativos e posi??es diferen- tes da opini?o pública. Por terem como fim contar a vida de uma pessoa, as biografias costumam ser póstumas ou escritas quando os sujeitos biografados já atingi- ram idade avan?ada e alcan?aram fama expressiva.O texto que você leu é uma biografia. Escolha uma palavra em cada coluna para com- por a frase que responda: O que é uma biografia??formasdedeanarradadeumapessoaMuitasavidacontaralguémvidaporoutrapersonalidadePara elaborar uma boa biografia é preciso seguir certos critérios. Com base na leitura do texto Ayrton – O herói revelado, assinale as op??es com as principais características desse gênero textual. Em seguida, corrija as que n?o estiverem de acordo.Relato em sequência temporal – do mais antigo ao mais atual.As informa??es pesquisadas devem refletir somente aspectos irrelevantes. Os primeiros parágrafos s?o dedicados à origem, aos estudos e à carreira.Os demais parágrafos referem-se a fatos relacionados à sua vida, à fama, às con- quistas e às suas obras (este último, no caso de escritores e artistas em geral).Deve-se emitir opini?es pessoais ou julgamento a respeito do biografado. Os verbos aparecem preferencialmente no presente do a leitura da biografia de Ayrton Senna, pudemos constatar que ele teve uma vida bem interessante. A partir das informa??es retiradas do texto, explique com suas pa- lavras como foi a vida do nosso herói da Fórmula rela??o à pessoa do discurso, compare o trecho de Menino de engenho, de José Lins do Rego, com Ayrton – O herói revelado, de Ernesto Rodrigues. Que diferen?a(s) encontra?Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender36anota??es22Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderPor que Ayrton Senna era um pouco diferente das outras crian?as? Comprove sua res- posta com frases do texto.Qual foi o diagnóstico que o neurologista deu sobre Senna?Quais eram os interesses de Senna na inf?ncia?Com base no que está relatado, como era a personalidade de Ayrton Senna quando crian?a?Toda biografia apresenta marcadores de tempo, de forma que a ordem das a??es da pessoa biografada fique bem organizada. Nas frases a seguir, sublinhe as palavras que indicam o tempo das a??es.“Ser canhoto, naquela época, no Brasil, era motivo de preocupa??o até para educadores.”“Em 1964, Milton da Silva, cada vez mais bem-sucedido nos negócios, levou a família para a regi?o mais alta e nobre do bairro Santana.”“Dentro de casa, a preocupa??o de Senna era com a destrui??o do planeta pelos incas venusianos e, posteriormente, pelos seres abissais.”“Alguns anos depois, Ayrton passou a ser entusiasmado f? do desenho animado Speed Racer.”A vida em um livro ? Unidade 123Atividade 16Com esta atividade, direcione o olhar do estudante aos aspectos organizacionais do gênero textual estudado. Evidencie a organiza- ??o dos parágrafos e a men??o do tempo e dos locais na vida do biografado. A organiza??o dos parágrafos tem a fun??o de nar- rar eventos relevantes na vida do biografado (anos em que acon- teceram fatos marcantes), o que acaba contribuindo para a coes?o textual. Em um livro, vários pará- grafos podem ser dedicados ao mesmo evento, com maior rique- za de detalhes, mais personagens, maior contextualiza??o dos even- tos etc. Sobre o tempo das a??es, os estudantes dever?o perceber como esse elemento é importante na constitui??o do gênero textual biografia. Nos itens da atividade, eles devem sublinhar: “naquela época”; “Em 1964”; “posterior- mente”; “Alguns anos depois”. Pe?a que comparem as respostas antes de fazer a corre??o.A vida em um livro ? Língua Portuguesa37Orienta??es didáticasVocê sabia?Como o vocábulo “abissais” apa- rece no texto e pode ser desco- nhecido pelo estudante, leia com eles a informa??o apresentada e pergunte se já viram alguns des- ses seres em revistas, na TV ou na internet. Pe?a que observem a imagem do peixe para estabelecer rela??o com o texto. Solicite que voltem ao trecho no qual o termo é mencionado e tentem encontrar o porquê de Senna achar que o planeta poderia ser destruído por seres abissais. Seria interessante fazer uma parceria com o profes- sor de Ciências, para que explique melhor o que s?o os abissais.Atividade 17Retome com os estudantes os re- cursos que podem ser utilizados ao se produzir um texto para evi- tar a repeti??o de palavras. Per- gunte se eles se lembram de como chamamos as palavras diferentes que possuem o mesmo significa- do. Depois de lembrarem que s?o os sin?nimos, fale algumas frases e pe?a que efetuem substitui??es por sinonímia. Pe?a também que retomem a biografia de Ayrton e procurem um trecho em que o au- tor utilizou esse recurso. Espera--se que encontrem: “[...] por ser rápido demais em tudo o que fazia. Era voraz na hora de expe- rimentar, veloz na hora de apren- der [...]”. Em seguida, solicite que leiam a quest?o e escolham a al-Você sabia?Os seres abissais vivem na regi?o mais profunda dos oceanos, onde a luz solar jamais chega. Como a disponibilidade de alimento nesse ambiente é escassa, bocas gigantescas permitem que esses seres se alimentem, muitas vezes, de criaturas maiores que eles mesmos.Val_Iva/iStock/ThinkstockVocê deve lembrar que sin?nimos s?o palavras que possuem a mesma informa??o que outras, embora sejam diferentes. Dessa forma, releia a frase: “Nos primeiros anos de vida, Ayrton n?o deu o menor sinal de que poderia se tornar o prodígio de precis?o e concentra??o...”. A palavra destacada pode ser substituída, sem perder o efeito expres- sivo, por:egoístafen?menobondosoeducadoalteradoUm recurso importante para se referir a outras palavras em um texto é o uso de hi- per?nimos, palavras de significado mais abrangente. Na frase “Na rua, Senna era o menino que tinha sempre os brinquedos mais bonitos e caros”, há um hiper?nimo. Identifique-o e diga a que outras palavras ele se refere.24Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderternativa correta. Além disso, diga que busquem outros si-n?nimos para a palavra destacada.Atividade 18Explique o hiper?nimo e mostre aos estudantes que é um elemento importante na coes?o do texto. Comente também, de modo geral, que n?o há a repeti??o do nome completo do biografado em todos os parágrafos, o biógrafo refere-se ou retoma o sujeito nas ora??es pelo uso de pronomes – seu, ele; de sujeito oculto – verbo na terceira pessoa do singular; de hiper?nimo – o filho, o menino etc. Isso será importantepara que percebam que n?o é necessário repetir em todosos parágrafos o nome completo, que há diversas formas de referir-se ao biografado e que isso garante também a coes?o do texto. Sobre a quest?o, pe?a que a fa?am em duplas. Es- pera-se que cheguem a um consenso de que o hiper?nimo é a palavra “brinquedos” (por conter o significado mais abran- gente do termo). Verifique se eles conseguiram estabelecer a que palavras o hiper?nimo se refere, explicando que elas s?o os hip?nimos, pois est?o ligadas à ideia geral da palavra “brinquedos”. No caso, os hip?nimos poderiam ser: “carros”, “bonecos” etc., objetos que as crian?as usam para brincar.38Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender19 Você já ouviu falar algo sobre a vida de Vik Muniz? Leia sua biografia.Biografia de Vik MunizVik Muniz (1961) é um artista plástico brasileiro, conhecido por usar lixo e com- ponentes como a?úcar e chocolate em suas obras. ? radicado em Nova York.Nascido em S?o Paulo com o nome de Vicente José de Oliveira Muniz, chegou a cursar Publicidade e Propaganda. Em 1983, passou a viver em Nova York.A partir de 1988, come?ou a desenvolver trabalhos que faziam uso da percep??o e representa??o de imagens a partir de materiais como a?úcar, chocolate, catchup e outros, como gel para cabelo e lixo. Naquele mesmo ano, Vik Muniz criou desenhos de fotos que memorizou através da revista americana Life. Muniz fotografou os dese- nhos e, a partir de ent?o, pintou as fotos para conferir um ar de realidade original. A série de desenhos foi chamada The Best of Life.Vik Muniz fez trabalhos inusitados, como a cópia da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, usando manteiga de amendoim e geleia como matéria-prima. Com calda de chocolate, pintou o retrato do pai da psicanálise, Sigmund Freud. Muniz também recriou muitos trabalhos do pintor francês Monet.Um livro chamado Reflex – A Vik Muniz Primer foi lan?ado em 2005, contendo uma cole??o de fotos de seus trabalhos expostos.Uma de suas exposi??es mais comentadas foi a denominada Vik Muniz: Reflex, no University of South Florida Contemporary Art Museum, também exposta no Seattle Art Museum Contemporary e no Art Museum em Nova York.Em 2010, foi produzido um documentário intitulado Lixo extraordinário sobre o trabalho de Vik Muniz com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de Sundance.O artista também se dedicou a fazer trabalhos de maior porte. Alguns deles foram a série Imagens das nuvens, a partir da fuma?a de um avi?o, e outras feitas na terra, a partir de lixo.Disponível em: <vik_muniz>. Acesso em: 27 ago. 2015.A vida em um livro ? Unidade 125Atividade 19ZUMA Wire Service/Alamy/Glow Images AUTVIS, 2015Como atividade de pré-leitura, su- gira que os estudantes observem a foto de Vik Muniz e, caso nunca tenham ouvido falar do artista, pergunte-lhes qual é a profiss?o dele com base na observa??o da imagem. Proponha uma parceria com o professor de Arte para pes- quisar sobre as obras de Vik e até mesmo elaborar um painel inspi- rado no trabalho desse artista. Em Arte os estudantes confeccionam o painel e em Língua Portuguesa fazem uma pequena biografia de cada um que elaborou a obra para expor na escola.39A vida em um livro ? Língua PortuguesaApós a leitura da biografia de Mu- niz, na qual as hipóteses levanta- das se confirmar?o, eles devem preencher o quadro. Ao compa- rar, é necessário identificar as particularidades de duas ou mais ideias, fatos, ocorrências, encon- trando as semelhan?as ou as di- feren?as. Pe?a que justifiquem a compara??o tomando por base os exemplos que retiraram dos textos. Lembre-se de promover o contato com outras biografias e tenha mais elementos para que os estudantes possam comparar. Leve também textos que fazem referência a quest?es biográficas, como entrevistas, notícias e diá- rios íntimos, e estimule-os a refle- tir sobre biografia e autobiografia a partir de gêneros que podem se apresentar muito próximos a elas. Elabore com os estudantes uma síntese das características dos gêneros textuais biografia e auto- biografia, estabelecendo rela??es entre eles.Orienta??es didáticasAtividade 20Para praticar a coes?o textual com foco nos conectivos utilizados em períodos compostos por coordena- ??o, especificamente em ora??es que expressam a rela??o causa e efeito, amplie o conhecimento dos estudantes elaborando atividades de pesquisa com textos reais em jornais e revistas. Pe?a que elabo- rem a atividade em duplas e ve- rifique se chegaram às respostas corretas: a. Vik Muniz é um artista plástico incomum porque produz arte a partir de lixo e material con- sumível. b. Uma série de trabalhos foi feita a partir de fuma?a de um avi?o, por isso se chamou Imagens nas nuvens.Solicite que os estudantes bus- quem, nos textos, conectivos utili- zados em períodos compostos por coordena??o.Ainda sobre coes?o, ao final da dis- cuss?o você pode trabalhar com os estudantes a apresenta??o de ou- tros conectivos, como: dessa for- ma, porém, também etc., e como esses conectivos s?o importantes na constru??o textual. ? impor- tante ampliar e retomar sempre esse assunto com os estudantes, preparando diversas atividades e identificando nos textos situa??es em que possam perceber que um dos problemas encontrados em produ??es textuais é a repeti??o de termos ou palavras.Agora, compare a biografia de Ayrton Senna com a de Vik Muniz, retirando exemplos dos textos.Ayrton SennaVik MunizTem um título?Os parágrafos est?o em ordem cronológica?Descreve fatos reais da vida de uma pessoa famosa?Descreve o biografado física e psicologicamente?Menciona datas importantes da vida da pessoa?Menciona locais marcantes?Explica o porquê de essa pessoa ser famosa?Usa predominantemente a norma-padr?o da língua?Apresenta sequência narrativa?Refere-se ao biografado de diversas maneiras?Utiliza vocabulário da área profissional do biografado?Utiliza verbos no pretérito?Utiliza verbos no presente?26Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 21Oriente os estudantes a respeito de que a opini?o é inerente à subjetividade e de que o fato está baseado na objetividade, ou seja, em um acontecimento ou algo concreto. Discuta esse assunto brevemente com eles, solicitando argumentos no texto que amparem a opini?o do autor.As solu??es da quest?o devem ser: a. Fato. A informa??o con- tém elementos que atribuem precis?o à informa??o, como as respostas às perguntas: o que, quem, quando, como, onde e por quê. b. Opini?o. A express?o “criatividade e beleza das obras” demonstra o olhar do espectador.Se possível, exiba o documentário Lixo extraordinário, que pode ser encontrado no link < watch?v=61eudaWpWb8> (acesso em: 3 nov. 2015). A partir do que é retratado no vídeo, discuta com os estudantes a import?n- cia de dar o destino correto aos resíduos sólidos em nosso país e questione qual impress?o tiveram da vida dos moradores do Jardim Gramacho, antes e depois do projeto de Vik Muniz. Além disso, pode ser feita uma parceria com os professores de Arte, Ciências ou Geografia, para aprofundar a temática e relacionar os diferentes olhares dos componentes curriculares.66428781009271840Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderOs fragmentos a seguir est?o separados por ponto final. Retire o ponto, juntando as ora??es e estabelecendo uma rela??o coerente entre elas. Para isso, utilize os conecti- vos indicados entre parênteses.Vik Muniz é um artista plástico incomum. Ele produz arte a partir de lixo e material consumível. (porque)Uma série de trabalhos foi feita a partir de fuma?a de um avi?o. Ela se chamou Ima- gens nas nuvens. (por isso)Identifique nos trechos a seguir o que é um fato e o que é uma opini?o. Depois explique sua resposta.“Em 2010, foi produzido um documentário intitulado Lixo extraordinário, sobre o tra- balho de Vik Muniz com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro.”“Além da criatividade e beleza das obras, o documentário [de Vik Muniz] apresenta a realidade de pessoas que vivem em condi??es críticas de pobreza e saneamento, e também no problema ambiental da disposi??o de resíduos sólidos.”A vida em um livro ? Unidade 127Atividade 22Proporcione aos estudantes um olhar mais ampliado sobre o por- tador do texto, mostrando-lhes que uma biografia também pode ser publicada em gibis, revistas, sites etc. No caso da imagem apre- sentada, a biografia assume a for- ma do gênero textual história em quadrinhos, estudado no 6o ano. De acordo com o que ocorre nes- se exemplo, Koch e Elias (2006, p.114) afirmam que “a hibridiza??o ou a intertextualidade intergêne- ros é o fen?meno segundo o qual um gênero pode assumir a forma de um outro gênero, tendo em vis- ta o propósito de comunica??o”.Atividade 23Diga aos estudantes que traba- lhem individualmente para escre- ver a biografia e depois em duplas, trocando seus textos e avaliando a produ??o do colega. Espera-se que n?o só consigam identificar os problemas na reda??o de seu parceiro, mas também, por meio desse processo, consigam refletir sobre a sua própria escrita, uma vez que ter?o a oportunidade de comparar os textos dos colegas com os seus. No final, eles discu- tir?o se os textos est?o de acordo com o gênero biográfico e o que poderia ser feito para melhorá-los.Atividade 24Devolva o texto que os estudantes produziram na atividade 2 e pe?a que retomem as produ??es com os apontamentos dos colegas para compará-las com esse texto inicial. Se, primeiramente, eles produziram uma autobiografia, dever?o tomar por base o texto escrito na ativi- dade 12. Se a produ??o inicial foi de uma biografia, o modelo será o texto da atividade 23. Caso consi- derem necessário, dever?o fazer a reescrita da produ??o inicial para entregar. Recolha as produ??es fi- nais e, após corre??o, devolva-as com os comentários pertinentes.A vida em um livro ? Língua Portuguesa41Orienta??es didáticasAs situa??es de revis?o s?o mo- mentos importantes de comuni- ca??o com os estudantes. Por isso, ao comentar as produ??es deles, procure evitar o uso de express?es como “trecho confuso”, “n?o está claro”, “reescrever”, entre outras que n?o d?o indica??es claras do que precisa ser resolvido. Se a produ??o do estudante apresenta muitos problemas, selecione um ou dois trechos e enfoque-os nes- sa revis?o, registrando, ao lado, quest?es e levando-os a repensar a escrita e colocar-se no lugar do leitor (por exemplo: o que você quis dizer com isso? Você afirmou tal coisa logo acima e agora a ne- gou. Qual sua posi??o, afinal?).O que aprendi sobre...Avalie se o estudante conseguiu re- produzir os conhecimentos adqui- ridos nesta unidade. Oriente-os a pensar nas seguintes proposi??es:Que conteúdos eu compreendi, a fim de poder explicar para um colega?O que, neste capítulo, foi chato ou cansativo?Dessa maneira, eles também po- dem se autoavaliar.Observe a imagem e responda à quest?o.? Mauricio de Sousa Editora LtdaAlém do livro, uma biografia pode ser publicada também em que outro suporte? Nesse caso, a biografia assume a forma de qual gênero textual?Produza agora a biografia de uma pessoa da sua família. Antes de redigir o texto, siga os passos indicados na atividade 12 para planejá-lo. Assim que estiver pronto, troque-o com os de seus colegas para que eles possam opinar sobre o que escreveu, utilizando o quadro a seguir para fazer a análise.BiografiaSimN?oCriou um título original e interessante ao leitor?O texto está escrito na terceira pessoa do discurso?Usou coerentemente os verbos no pretérito?O texto apresenta organiza??o clara de ideias?Os parágrafos est?o coerentemente organizados de acordo com os fatos narrados?O modo de escrita do narrador expressa emo??o?Retome seu texto escrito na atividade 2 e, com base na análise e nos apontamentos dos colegas em suas produ??es das atividades 12 e 23, decida se é necessário reescrevê-lo.28Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAvan?arSelecione biografias ou autobiografias de personagens da área esportiva, artística etc., populares entre os estudantes, mas que ofere?am certo desafio, para que a atividade n?o se torne muito fácil. Organize-os em grupos e distribua trechos do texto. Todos devem tentar descobrir quem é a pessoa e anotar na lousa o nome que o grupo des- tacou. Prepare uma discuss?o oral, a fim de que todos cheguem ao consenso que se confirmará com a revela??o do nome de quem foi descrito. O grupo que acertar marca ponto, como em uma competi??o.Outra proposta é de elabora??o de uma biografia ou autobiografia diferente. Oriente os estudantes a reunir fotos próprias (para autobiografia) ou de uma pessoa famosa (para biografia) e a organizarem-nas, contando, por meio das imagens, a história da vida deles ou da personalidade escolhida. Primeiramente, defina com eles o suporte, o público-alvo e a esfera de circula??o. O resultado do trabalho ficará exposto? Onde?42Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderSaiba maisLivro:ALFABETTO: AUTOBIOGRAFIA ESCOLARAutor: Frei Betto Editora: ?ticaNesta autobiografia, Frei Betto, um dos intelectuais mais respei- tados do Brasil, nos conta um pouco de sua aprendizagem esco- lar e de vida, desde o jardim da inf?ncia, desvelando a adoles- cência no ginásio, até chegar à Universidade e sua vida adulta.Filmes:MINHA VIDA DE CACHORROSuécia, 1985, 201 min. Dire??o: Lasse Hallstr?mO filme narra a história de Ingemar, um menino que, devido a problemas de saúde de sua m?e, é enviado para viver na casa de parentes no interior da Suécia, nos anos 50. Lá, ele encontra dificuldades de se adaptar à nova vida e superar as saudades da m?e e do irm?o. Mas com o tempo, acaba por viver experiências que o marcar?o pelo resto da vida.SENNAFran?a, Brasil, EUA, Reino Unido, 2010, 162 min. Dire??o: Asif KapadiaEste documentário biográfico conta um pouco da carreira de um dos maiores heróis do esporte de todos os tempos. Junho de 1984, GP de M?naco de Fórmula 1, seis atuais ou futuros campe?es mundiais estavam na pista, mas as aten??es ficaram voltadas para um jovem que largara em 13o lugar e estava apenas em sua sexta corrida. Ultrapassando um a um, ele alcan?ou seu primeiro pódio e apenas n?o venceu devido a umaquest?o técnica. Seu nome era Ayrton Senna. A trajetória do tricampe?o mundial, contada desde a ascens?o no automobilismo até sua morte em pleno GP de San Marino, em 1994, passando pela rivalidade com Alain Prost e pelos problemas enfrentados nos bastidores da Fórmula 1.Aprendendo com a comunidadeArquivo da Editora/Editora ?ticaProponha aos estudantes que busquem informa??es de alguém importante (vivo ou falecido) de sua cidade para escrever uma bio- grafia. Diga-lhes que delimitem as fontes possíveis de consulta para escrever o texto.Filme de Lasse Hallstr?m. Minha vida decachorro. Suécia, 1985Um dos recursos a que o estudan- te pode recorrer para coletar infor- ma??es sobre uma personagem viva é a entrevista. Pode-se, junta- mente, tra?ar um roteiro na lousa do que seria importante ressaltar na conversa com o entrevistado.Onde nasceu?Onde passou a inf?ncia, a adoles- cência e a vida adulta?Filme de Asif Kapadia. Senna. Brasil/ Fran?a/EUA/Reino Unido, 2010Quais fatos marcaram sua vida?Casou-se ou n?o?Tem filhos ou n?o?Qual rela??o estabelece com sua família?Que profiss?o escolheu e por quê?Que planos tem para sua vida futura?O que aprendi sobre...Imagine que um colega de classe faltou nas aulas em que houve o estudo da biografia e da autobiografia. Escreva um parágrafo para seu colega explicando a diferen?a entre os dois textos. Acrescente à explica??o o que você achou de estudar esses gêneros textuais.Solicite que organizem o texto de acordo com o que foi estudado so- bre o gênero e apresentem o resul- tado para a classe, contando sobre a vida dessa pessoa.A vida em um livro ? Unidade 129Quem vai ler? Após a defini??o desses aspectos, eles pode- r?o organizar as fotos de diversas formas, como:cronologicamente, colando uma foto com legenda;por temas (família, amigos, aniversários, escola etc.), es- crevendo um pequeno texto em rela??o a cada tema e trazendo o que ficou de mais significativo;em um mosaico, no qual se possa misturar as fotos, dan- do-lhes alguma forma. Por exemplo, a colagem das fo- tos poderá ter a forma de um rosto. Nesse caso, deve-se pensar em que foto ficaria no olho (representando a vi- s?o), na boca (representando o que se fala) etc.Você poderá oferecer todas essas op??es ou direcionar para uma única maneira de organiza??o. Vale destacar a import?n- cia de planejarem antes da execu??o da tarefa. Também res- salte a import?ncia do título e o uso da criatividade. Motive a criatividade e pe?a que apresentem o resultado aos colegas.A vida em um livro ? Língua Portuguesa43Para saber mais...Unidade 1Livros:[S.I.]/Editora PaulusBIOGRAFIA E EDUCA??O: FIGURAS DO INDIV?DUO-PROJETOAutora: Christine Delory-Momberger Editora: PaulusComo se encontram o mundo de experiências e de expectativas, que cada um traz consigo, e o mundo de conhecimentos propostos pelas institui??es educativas? Neste livro, a autora analisa o biográfico como uma categoria da experiência que permite integrar, estruturar e interpretar as situa??es e os acontecimentos vividos, mostrando a maneira como os indivíduos biografam o que eles s?o e o que fazem na família, na escola, na profiss?o, na forma??o inicial e continuada, elementos constitutivos do processo de educa??o.Divulga??oFORMA??O DE PALAVRAS EM PORTUGU?SAutor: Valter Kehdi Editora: ?ticaNeste livro, o autor aborda os processos gerais da forma??o dos vocábulos em língua portuguesa, a sua deriva??o e a sua composi??o.Artigo:1518253109584LITERATURA E AUTOBIOGRAFIA: A QUEST?O DO SUJEITO NA NARRATIVAAutora: Verena AlbertiDisponível em: <; (acesso em: 3 nov. 2015)Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender44O artigo procura levantar algumas quest?es sobre a posi??o do sujeito na produ??o de narrativas autobiográficas. A rela??o do escritor com aquilo que foi no passado, a reconstitui??o da experiência vivida numa constru??o “para a leitura” e as diferentes posi??es atualizadas pelo sujeito no ato de escrever s?o algumas das preocupa??es deste trabalho.45Por dentro do que acontece no mundo ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 2Por dentro do que acontece no mundoArgumentar, com base em suposi??es, fatos e conceitos, a respeito de um ponto de vista oralmente e/ou por escrito.Distinguir causa/consequência, fato/opini?o e defini??o/exemplo, na oralidade e na escrita.6. Identificar, compreender e utilizar paráfrases, cita??es, discursos direto, indireto e indireto livre.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do siste- ma de representa??o da língua escrita.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhe- cendo os sentidos produzidos.Localizar informa??es explícitas e inferir informa??es implícitas no texto, expli- cando-as.Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Opinar com clareza e coerência, oralmente e/ou por escrito, sobre o texto em estudo.17. Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Socializar experiências/vivências significativas de leitura, por meio da escrita ou da oralidade.Orienta??es didáticasUNIDADE2Por dentro do que acontece no mundo30Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender46O objetivo desta unidade é trabalhar o gênero textual re- portagem. Para tanto, dever?o ser escolhidas algumas reporta- gens que apresentem apenas fatos e outras nas quais a opini?o do autor seja mais destacada. Dessa forma, pretende-se que o estudante perceba o fato e a opini?o em um texto jornalístico. Com base na leitura de diversas reportagens e na discuss?o da constru??o textual desse gênero, haverá a escrita de textos pró- prios e, depois, a reescrita para uma apresenta??o em programa jornalístico televisivo.Além disso, deve-se estabelecer a diferen?a entre reporta- gem e notícia, e abordar a reportagem televisiva. ? importante ressaltar que, para desenvolver uma reportagem, geralmente é necessário fazer investiga??es, tecer comentários, levantar quest?es, discutir, argumentar. Já a notícia “é o gênero básico do jornalismo, em que se relata um fato do cotidiano considerado relevante, mas sem a opini?o do autor. ? um gênero, genuina- mente, informativo, em que, em princípio, o repórter n?o se po- siciona, pois o que vale é o fato” (BALTAR, 2004, p.133).Rawpixel Ltd/iStock/ThinkstockRoda de conversaQue acontecimento você acha que a imagem acima retrata?Em que veículo de comunica??o essa foto pode aparecer?Quais os possíveis assuntos tratados na imagem?Quem se interessaria em ler/ouvir sobre esses assuntos?Que título você daria à foto?Roda de conversaluoman/iStock/ThinkstockSolicite aos estudantes que des- crevam a imagem da página da direita. Questione-os sobre as co- res; os possíveis lugares em que a fotografia foi tirada; se já par- ticiparam de algum evento ou co- memora??o que envolvesse praia e/ou fogos de artifício etc. Ainda que a Roda de conversa seja so- mente uma atividade introdutória e mobilizadora para as discuss?es realizadas no decorrer da unidade, é importante garantir que os es- tudantes, ao falarem, apliquem as regras da norma-padr?o da orali- dade, evitando gírias, express?es como “tipo assim” etc. Destaque a import?ncia do uso da variante linguística com clareza e coerên- cia, de acordo com o contexto de produ??o e de recep??o.Além das quest?es apresentadas no livro, você pode questioná-los se sabem o que é uma reportagem; o suporte utilizado por eles para acessar informa??es; por quais temas se interessam; se preferem ler, ouvir ou assistir a reportagens.Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 231Leve os estudantes a refletir sobre os tipos de reportagem: de fato (apresentam um relato objetivo dos acontecimentos e, nelas, semelhante à notícia, os fatos s?o narrados numa ordem sucessiva de informa??es relevantes), de a??o (apresentam as informa??es relevantes e depois narram os acontecimentos se- quencialmente, apontando a um clímax), documentais (trazem um relato expositivo com a apresenta??o de um tema polêmi- co ou atual de maneira objetiva, acompanhado de cita??es que complementam e esclarecem o assunto tratado. Na abertura do gênero, há o clímax acompanhado dos elementos do lide, depois o desenvolvimento da história, incluindo depoimentos, entrevis-tas, informa??es complementares e a conclus?o). Se possível, monte um painel demonstrando as características de cada uma. Em seguida, construa uma defini??o para o gênero reportagem tomando por base o conhecimento prévio dos estudantes. Eles devem saber que em uma reportagem é possível identificar a te- mática fazendo uma análise do que quer dizer o título, os subs- titutos e as palavras-chave.Amplie o trabalho com a unidade, destacando a utiliza??o da variedade-padr?o da Língua Portuguesa, verbos no presente do indicativo, utiliza??o do discurso indireto, sinais de pontua??o e classes de palavras.Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa47Orienta??es didáticasAtividade 1Selecione reportagens em jornais e revistas. Leve-as para a sala e distribua-as entre os grupos, com, no máximo, quatro componentes cada um.N?o é necessário explicar o que é reportagem. O objetivo é que esse conceito seja construído aos pou- cos pelos próprios estudantes.Enquanto eles escolhem as repor- tagens, você deve circular pela sala questionando-os sobre o as- sunto da matéria e por que sele- cionaram tal texto. ? importante questioná-los a respeito da fun??o e das características do gênero para perceber se já est?o come- ?ando a compreender. Em seguida, oriente-os sobre a organiza??o, a limpeza e a simetria do cartaz. Por fim, solicite que apresentem o cartaz. O grupo escolhe um re- presentante, que deve ensaiar a exposi??o e apresentar o trabalho para a turma. Se possível, cole os cartazes no mural da classe. Para concluir, compare as reportagens do ponto de vista temático, ou seja, se os grupos selecionaram temas afins, e qual reportagem a turma ficou mais curiosa para ler.Atividade 2A dupla poderá compor o texto em conjunto, mas cada estudante deverá entregar seu próprio texto. Ao discutir sobre o tema que vaiDesafioEm grupos, fa?am as atividades a seguir.Leiam as matérias que o professor entregará ao seu grupo.Selecionem duas que acharem mais interessantes.Colem as que escolheram em uma cartolina com as imagens (se houver), deixando espa?o para escrever ao lado ou embaixo do texto.Escrevam as perguntas: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?” e “Por quê?”.Retirem as respostas a essas perguntas dos próprios textos escolhidos e escre- vam-nas em espa?o apropriado na cartolina.Encarte 2cosmin4000/iStock/ThinkstockEm duplas, escolham um tema lido por vocês nas maté- rias da atividade 1 e pesquisem mais sobre o assunto. Em seguida, escrevam um texto organizando as infor- ma??es encontradas, como se fossem publicá-lo em um jornal ou uma revista.A legenda de uma imagem serve para explicá-la, chamando aten??o do leitor a um detalhe importante. Ela, normalmente, aparece abaixo da imagem. Relacione as fotos a seguir com suas respectivas legendas.32Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderescrever, a dupla deve estabelecer um projeto de texto que leve em considera??o a constru??o textual da reportagem e a organiza??o da pesquisa e da produ??o em si. Em seguida, os estudantes precisam coletar informa??es para escrever o texto; assim, é importante levá-los ao laboratório de in- formática ou à biblioteca para que fa?am pesquisas. Caso a escola n?o possua esses recursos, oriente-os a fazê-las emcasa. ? importante ficar evidente que, para escrever uma re- portagem, é fundamental ter conhecimento sobre o assunto; portanto, essa é a raz?o de consultarem diferentes fontes, realizarem entrevistas etc. Recolha as produ??es de cada componente da dupla para diagnosticar o conhecimento acerca do gênero em estudo e planejar futuras interven??es.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender48Pedro Castillo/Real Madridvia Getty ImagesAvener Prado/FolhapressAngel Martinez/Real Madrid via Getty ImagesAtividade 3ESOChinaFotoPress/ChinaFotoPressvia Getty ImagesConduza a atividade de modo que o estudante perceba que uma imagem, principalmente de uma fotorreportagem, pode vir acom- panhada por legenda. Esclare?a esses dois conceitos – legenda e fotorreportagem – com outros exemplos em revistas e jornais. As legendas aparecem também em exposi??es nos museus de arte. As legendas das imagens s?o, respec- tivamente, as apresentadas nas letras “b”, “a” e “c”.Juan Manuel Serrano Arce/Getty ImagesAs duas galáxias, NGC 1317 (menor) e NGC 1316; sinais mostram passado turbulento da galáxia maior.Rio Madeira tem eleva??o recorde e capital é “engolida” pela água.Depois de uma temporada impecável com o Real Madrid e a sele??o portuguesa, o atacante Cristiano Ronaldo continua brilhando.Uma notícia é um registro de fatos recentes, relatados com exatid?o, sem expressar opini?es.Aten??o!Aten??o!Estabele?a a rela??o entre notícia e reportagem e pe?a aos estudantes que falem sobre uma notícia que leram, a que assitiram ou que ouvi- ram recentemente. Você pode pedir que levem jornais e revistas para a aula e tentem encontrar notícias e reportagens para perceberem a di- feren?a entre os dois gêneros.49Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesaanota??esPor dentro do que acontece no mundo ? Unidade 233Orienta??es didáticasAtividade 4Esta atividade n?o pressup?e que o estudante escreva uma notícia, uma vez que esse n?o é o foco da unidade, mas apenas redija em uma ou duas frases os possíveis as- suntos das notícias das fotografias.Atividade 5Organize os estudantes em trios para que escolham uma frase entre as que eles escreveram na atividade anterior. Sugira acres- centar ou retirar informa??es so- bre o fato que escolheram. Para a exposi??o, oriente-os a utilizar a norma-padr?o da língua. Anote o que merece ser comentado com os estudantes, mas n?o interrompa as apresenta??es, deixe para falar apenas ao final.Atividade 6Com base no conceito de notícia, dado anteriormente, fa?a com que os estudantes percebam as carac- terísticas de um texto jornalísti- co. Como esta unidade trabalha a reportagem, é importante que também identifiquem as caracte- rísticas da notícia primeiramente, sem, contudo, estudar seus deta- lhes, mas apenas como base para o trabalho com a reportagem. A op??o correta é a da letra (D); an- tes de corrigir, porém, solicite a compara??o da resposta com a de um colega.Considerando a defini??o de notícia presente no quadro Aten??o!, escreva uma ou duas frases sobre os possíveis assuntos tratados nas matérias das fotografias apresentadas na atividade 3.Escolha uma das respostas que você deu na atividade 4. Acrescente a ela as informa- ??es seguintes e apresente o resultado oralmente para a classe.As possíveis causas do fato que foi retratado.As possíveis consequências que esse fato pode acarretar.O que alguém poderia dizer sobre o assunto, caso fosse entrevistado.O que você pensa sobre esse plete a frase com apenas uma das op??es apresentadas: Ao responder às ativida- des 4 e 5, respectivamente, eu...apurei os detalhes de um fato e os apresentei de forma rmei um fato atemporal e apresentei detalhes sobre ele.apresentei um fato muito discutido ultimamente e o rmei um fato pontual e apresentei detalhes sobre ele.Conecte-seA notícia “Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Enfim a resposta” faz referência a uma reportagem que fala exatamente sobre essa grande dúvida da humanidade. Leia a notícia no livro Muitos textos... Tantas palavras e descubra se realmente responde a essa quest?o.34Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender50Conecte-seAntes da leitura do texto, pergunte aos estudantes se co- nhecem a quest?o apresentada no título e o que sabem so- bre ela. Explique que se trata de uma quest?o filosófica que problematiza, principalmente, a existência da humanidade. Chame a aten??o deles à primeira frase: o que um cientista, um filósofo e um avicultor têm em comum nessa quest?o? Pergunte a eles quais expectativas o título e essa discuss?o despertam no leitor. Após lerem a notícia, solicite que vol- tem ao título e expliquem o quanto ele se ajusta ao que foirelatado. Pe?a que fa?am isso por meio de uma síntese do texto. Você ainda pode ampliar a discuss?o, estabelecendo uma parceria com o professor de Inglês, para os estudantes lerem a reportagem que deu origem à notícia (à qual o texto faz referência), publicada no The Times. O título da reporta- gem é “Which came first, the chicken or the egg?” e ela está disponível em < ticle2038895.ece> (acesso em: 3 nov. 2015).Leia a reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo, prestando aten??o nos aspec- tos elencados a seguir. Depois, responda às quest?es.O modo investigativo como o fato é o as informa??es relacionadas ao tema s?o apresentadas para comprovar os fatos relatados.#Mobilizadores em redeAtividade 7Na Lata/FolhapressRenato Stockler/Na Lata/FolhapressComo pré-leitura, pe?a que os es- tudantes analisem primeiramente o título e o significado do símbolo jogo da velha (# hashtag, que, as- sociado a uma palavra, abre uma página de busca dessa palavra). Depois, solicite a análise da fun??o social do parágrafo introdutório: ele apresenta pistas sobre o as- sunto que será abordado no texto? Durante a leitura, pe?a que identi- fiquem o assunto mais importan- te e a ordem em que os fatos s?o expostos. Escreva esses objetivosEquipe do Meu Rio durante reuni?o.Alessandra e Miguel: criadores do Meu Rio.de leitura na lousa. Após a leitura,Alessandra, 24, economista, e Miguel, 26, administrador público, solteiros, criaram uma plataforma que incentiva o cidad?o carioca a pressionar as autoridades, além de aprofundar o conhecimento sobre as políticas públicas da cidade; a diretora-executiva e o diretor-presi- dente do Meu Rio, fundado em 2011, gerenciam uma equipe de 15 pessoas e um or?amento de R$ 950 mil (2013)Tudo come?ou mesmo na rua, mas n?o no último junho, com as grandes manifesta??es que ocorreram pelo país. Foi em 2009.Ouvindo música durante caminhadas em Buenos Aires, ele teve as primeiras ideias para o Meu Rio. Pensou na colega do ensino médio, que estava no Brasil. Ligou e, em uma hora de conversa pelo Skype, a amiga comprou a ideia, ainda que tenha achado a apresen- ta??o algo confusa. “No outro dia, ela já estava com quase tudo esquematizado”, lembra Miguel Lago, 25, administrador público. Ela é Alessandra Orofino, 24, economista.A divis?o de tarefas segue essas características de ambos. Miguel é o diretor-presidente e tem como atribui??o lidar com as rela??es externas entre o Meu Rio e outras institui??es. Alessandra, a diretora-executiva, lidera a equipe e as rela??es internas.“Existe muita sintonia entre eles”, conta Rita Lamy, 32, ex-parceira. De fato. Ao serem questionados, em separado, sobre uma situa??o curiosa que tenham vivido em comum, lembraram-se da mesma: quando, no Lycée Molière, escola francesa no Rio, lideraram uma greve de alunos contra o corte de aulas optativas, imposto por redu??o dos repasses.releia o título e o lide para eles e solicite uma síntese oral sobre o que leram.Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa51anota??esPor dentro do que acontece no mundo ? Unidade 235Orienta??es didáticasAo corrigir o item a, chame a aten??o deles sobre os diferentes meios de comunica??o: impresso, televisivo e virtual, como revistas, jornais televisivos, sites informa- tivos e até blogs (lembrar que todos os jornais, hoje em dia, pos- suem blogs de seus articulistas). Para o item b, explique que o lide, geralmente, responde às seguin- tes perguntas: “o quê”, “quem”, “quando”, “onde”, “como” e “por quê”. Elas ser?o a base para a res- posta a essa quest?o. Enquanto o título apenas desperta o interesse do leitor, o lide informa seu assun- to central. No item c, verifique se responderam algo relacionado aos dois amigos de escola que criaram juntos uma plataforma chama- da “Meu Rio”, na qual as pessoas podem interagir com as políticas públicas da cidade do Rio de Ja- neiro. Sobre o item d, eles devem perceber que o assunto chama a aten??o para a import?ncia de os cidad?os se preocuparem e intera- girem com as quest?es sociais de sua comunidade. No item e, espe- ra-se que respondam que foi a pri- meira experiência de participa??o deles em uma a??o social.Eles dizem que todos os alunos do ensino médio aderiram à ocupa??o do pátio. O dire- tor recuou da decis?o.Adultos, suas a??es s?o mais complexas, e o alcance, mais amplo: evitaram a demoli??o de uma escola, suspenderam uma sess?o na Assembleia Legislativa do Rio em que seria votado um projeto de altera??o na legisla??o ambiental e revogaram decreto que proibia bailes funks, por exemplo.Entre as plataformas oferecidas no site está a Panela de Press?o, onde o carioca pode criar uma campanha e, com um clique, enviar mensagem para a autoridade que possa resolver o problema ou ligar diretamente para ela.Esse empoderamento dá resultados. A professora Aline Mora, 34, da Escola Municipal Friedenreich, participou da campanha contra a derrubada do prédio e percebe a diferen?a. “Nunca tinha ido a manifesta??es. Entrei nessa briga pela escola e passei a sentir que po- demos lutar pelo que queremos.”Alessandra pensa bem antes de falar e organiza os post-its da reuni?o com a equipe. Diz que n?o tem medo de falhar nem de ouvir “n?o”. Uma vez, em um voo do Rio para Nova York, apresentou-se a Camila Pitanga e a convenceu a protagonizar um vídeo para a Meu Rio. A atriz participa de a??es até hoje.Miguel é botafoguense e n?o gosta de fazer coisas por obriga??o. Foi assediado por par- tidos para se candidatar e declinou. Diz que as propostas eram boas, mas que “perdemos a efetividade quando estamos dentro da política”.Com passagens por institui??es de ensino de renome internacional, ela, em Columbia (EUA), ele, no Institut d’?tudes Politiques de Paris, afirmam ter recusado ofertas com óti- mos salários. “Nunca quis trabalhar em empresa privada. Queria testar outras coisas. Tam- bém n?o queria entrar diretamente na vida acadêmica”, avalia Miguel. “Sempre disse que n?o trabalharia em algo que n?o fizesse sentido para mim. Queria que meu talento fosse direcionado para coisas das quais eu pudesse me orgulhar”, revela Alessandra.Manter o Meu Rio em a??o toma tempo – trabalham 16 horas por dia. Entre pessoas próximas, essa é a queixa. Lembrada por Hugo Sassaki, 27, namorado de Alessandra, que afirma que só n?o ganhou “upgrade” para marido por falta de tempo dela.Constance Albanel, namorada de Miguel, estava em viagem e n?o p?de comentar, mas Antonio Engelke, 36, sociólogo, amigo dos empreendedores, faz eco: diz sentir falta dos chopes.A dupla tenta dar conta de tudo. Alessandra pratica ioga e desliga o telefone após as 23h. Miguel p?e o celular para despertar a cada quatro horas, para se lembrar de comer fruta ou chocolate, e gosta de dar um mergulho. Mas consente: “Nunca o tempo passou t?o rápido para mim”.52Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderAdaptado de: LAGO, Paula. #Mobilizadores em rede. Folha de S.Paulo, S?o Paulo. Disponível em: <www1.folha..br/empreendedorsocial/finalistas/2013-alessandra-e-miguel-meu-rio.shtml>.Acesso em: 28 ago. 2015.anota??es36Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderPor dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa53Essa reportagem foi publicada em um jornal. Em que outros veículos de comunica??o ela também poderia ser publicada?O lide (do inglês lead) é um parágrafo introdutório em uma notícia ou uma repor- tagem. Ele resume o assunto tratado no texto principal. Identifique o lide no texto que você leu e verifique se o título e o lide informam ao leitor sobre o conteúdo da reportagem.Qual é o assunto dessa reportagem?Por que esse assunto é importante?Que import?ncia teve a greve de alunos no Lycée Molière para os criadores do Meu Rio?Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 237Orienta??es didáticasAtividade 8Solicite aos estudantes que com- parem o quadro com o texto da atividade 7, devendo chegar às conclus?es de que Miguel Lago é administrador público e foi cita- do por ser criador do programa; Alessandra Orofino é economista e também criadora do programa; Rita Lamy foi citada por ser ex--parceira; e Aline Mora é a profes- sora que participou da campanha contra a derrubada do prédio. Na pergunta, os estudantes devem responder que é para dar maior credibilidade e proporcionar ao leitor mais conhecimentos sobre o assunto.Atividade 9Pe?a que os estudantes organi- zem-se em duplas para realizar a atividade. Fa?a a corre??o oral para verificar se copiaram os tre- chos certos: a. Introdu??o do texto – “Tudo come?ou mesmo na rua, mas n?o no último junho, com as grandes manifesta??es que ocorreram pelo país. Foi em 2009”. b. Import?ncia do assun- to – “Entre as plataformas ofereci- das no site está a Panela de Pres- s?o, onde o carioca pode criar uma campanha e, com um clique, enviar mensagem para a autoridade re- solver o problema ou ligar direta- mente para ela”. c. Depoimento de Miguel Lago – “No outro dia, ela já estava com quase tudo es- quematizado”. O texto apresentaCom base nas informa??es apresentadas na reportagem da atividade 7, preencha o quadro abaixo. Depois, responda à pergunta.Fontes utilizadasProfiss?oPor que s?o citadas?Miguel LagoAlessandra OrofinoRita LamyAline MoraQue import?ncia tem a participa??o dessas pessoas na reportagem?Copie da reportagem uma frase para cada parte solicitada a seguir.Introdu??o do assunto.Import?ncia do assunto.38Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender54mais de um trecho do depoimento de Miguel Lago, portanto, considere outras respostas válidas. d. Frase final de efeito – “Nunca o tempo passou t?o rápido para mim”.Depoimento de Miguel Lago.Frase final de efeito.Busque na reportagem as palavras: lembra, conta, avalia e afirma. Que sentido elas atribuem ao texto?Releia a frase retirada da reportagem “#Mobilizadores em rede” e responda às quest?es.“Nunca o tempo passou t?o rápido para mim.”Essa frase está expressa em:discurso direto, pois está reproduzida exatamente como o entrevistado a falou.discurso indireto, pois está reproduzida no texto exatamente como o entrevista- do a falou.discurso direto, pois está reproduzida com as palavras do autor do texto.discurso indireto, pois está reproduzida com as palavras do autor do texto.discurso indireto livre, pois é uma mistura dos outros dois tipos de discurso.Se você fosse reproduzir essa fala com suas palavras, como seria o resultado?Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 239Atividade 10Se julgar necessário, releia com os estudantes os trechos em que os verbos aparecem no texto, depois dos depoimentos. Eles devem per- ceber que esses verbos confirmam ou fortalecem os depoimentos.Explique aos estudantes que as palavras em quest?o refor?am as características de um texto jorna- lístico, pois é uma linguagem que situa e retoma o interlocutor sem- pre que necessário.Atividade 11anota??esRetome com os estudantes os usos dos discursos direto e indireto; pe?a que deem exemplos de fra- ses nas duas modalidades. Após realizarem a atividade do livro, verifique se escolheram a alterna- tiva (A) no item a e se, no item b, passaram a frase para o discurso indireto: “nunca o tempo passou t?o rápido para ele”. ? importante explicar que discurso é a mensa- gem oral ou escrita proferida por alguém. Explore mais o assunto e principalmente a fun??o na repor- tagem, pois, ao optar pelo discurso direto ou indireto, escolhe-se en- tre reproduzir as palavras do en- trevistado exatamente como elas foram proferidas ou reescrever o conteúdo do discurso citado com suas próprias palavras. Essa es- colha n?o é aleatória, assim como n?o é ao acaso que o repórter se- leciona o fragmento do discurso reproduzido na forma direta e em que ponto do texto vai inseri-lo.Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa55Orienta??es didáticasAtividade 12Primeiramente, estabele?a uma compara??o oral entre os dois tex- tos. Liste na lousa as semelhan?as e as diferen?as. No preenchimento do quadro, oriente os estudantes para n?o apenas confrontarem as informa??es solicitadas com o texto, mas prestarem aten??o na articula??o entre essas informa- ??es. Antes da corre??o, pe?a-lhes que comparem seus quadros pre- enchidos. Além disso, você pode propor uma discuss?o sobre os temas tratados nos dois textos, estimulando-os a expor seus pon- tos de vista sobre os assuntos das reportagens.Leia agora outra reportagem e, em seguida, preencha o quadro comparando-a com o texto da atividade 7.altrendo images/Stockbyte/ThinkstockVício em celular: saiba quando esse hábito está passando dos limitesO uso excessivo do celular pelos jovens causa sérios problemas.Quantas vezes ao dia você dá uma conferida no celular? Pode ser nas mensagens SMS, atualiza??es das redes sociais, liga??es perdidas ou até mesmo para jogar algum daqueles joguinhos que todo mundo adora. N?o importa, se você mal sabe quantas vezes olha para a tela do seu aparelho durante o dia, fique atento: você pode ser mais um viciado em celular.Há algum tempo o aparelho deixou de ser de uso exclusivo para liga??es, mas com o aumento do número de smartphones, o tempo que a maioria das pessoas gasta usando o aparelho tem aumentado consideravelmente. O psicólogo Anselmo Quevedo diz que n?o é difícil perder a no??o de quanto se gasta conectado ao celular: “Um dos maiores proble- mas é quando a pessoa acaba fazendo duas coisas ao mesmo tempo, como por exemplo conversar com um amigo e mexer no celular”, afirma o psicólogo, explicando que ao criar esse hábito de fazer outras atividades enquanto olha o celular, a pessoa aumenta demais seu tempo conectada, além de ficar mais desatenta.Checar o celular antes de dormir ou enquanto faz uma refei??o é um dos piores hábitos, segundo o especialista: “? preciso estabelecer alguns limites para que o uso do celular n?o acabe interferindo na rotina de cada um. Quando alguém passa a fazer coisas diferentes só por causa do celular, é claro que ele está afetando diretamente a vida dessa pessoa”, escla- rece Anselmo. Ou seja, sabe aqueles minutos de sono que você perde checando o celular ou quando você demora um pouco mais em algum lugar porque está usando o wifi do es- tabelecimento? Pois é, essas atitudes já mostram que o aparelho está mudando a sua vida.Mas para o psicólogo, o maior indício de que alguém pertence ao n?o pequeno grupo de viciados em celular é quando as rela??es pessoais s?o prejudicadas por ele: “Deixar de prestar aten??o em uma conversa com os amigos ao vivo porque está toda hora olhando o56Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es40Língua Portuguesa ? Movimento do aprender57Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesacelular é algo bem grave, além de parecer pouco caso com as outras pessoas”, alerta o psi- cólogo. O problema é que, muitas vezes, a mesma roda de amigos está lado a lado olhando para a tela do aparelho.OMG! Estou viciado em celular. E agora?Calma, seus pais n?o v?o interná-lo na rehab por isso (embora já existam alguns grupos chamados Social Rehab, que ajudam pessoas que n?o conseguem mais viver desconec- tadas). Se você acha que está ou tem grandes chances de ficar viciado em seu celular, o primeiro passo é come?ar a diminuir a frequência com que o usa.O psicólogo Anselmo Quevedo orienta que você pode come?ar deixando o celular des- ligado durante todo o tempo em que estiver na escola. Deixar o aparelho longe quando está fazendo outras atividades também é uma boa: “Tem gente que leva o celular até no banheiro”, diz o especialista. Ainda segundo Anselmo, a própria pessoa sabe como pode melhorar sua rela??o com o uso do celular: “Ele pode combinar com as amigos de usarem o aparelho num mesmo horário, assim ela n?o precisará checar as mensagens toda hora, por exemplo”, indica.Lembre-se: no caso de você até tentar diminuir o tempo que fica no celular, mas n?o conseguir, converse com os seus pais e procure a ajuda de um psicólogo ou médico que possa dar uma avaliada no seu caso.Pesquisas recentes indicam que smartphones, cada vez com mais funcionalidades, po- dem causar dependência e outros transtornos em usuários assíduos.Adaptado de: Papo Sério. Revista Toda teen. 11 fev. 2013.Disponível em: < viciada-em-celular-saiba-quando-esse-habito-esta-passando-dos-limites/>. Acesso em: 28 ago. 2015.#Mobilizadores em redeVício em celular: saiba quando esse hábito está passando dos limitesDiscute um tema polêmico? Justifique.Apresenta realiza??es de uma pessoa? Justifique.(continua)Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 241Orienta??es didáticas#Mobilizadores emVício em celular: saiba redequando esse hábito estápassando dos limitesLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender58Aten??o!anota??esNeste momento, certifique-se de que ficou claro para os estudan- tes qual é a fun??o de cada parte da reportagem escrita. Se julgar necessário, escreva na lousa para que copiem: Título – tem como ob- jetivo resumir o assunto da repor- tagem e chamar a aten??o do lei- tor. Lide – resumo mais detalhado que aparece depois do título, a fim de introduzir o leitor no assunto da reportagem, despertando seu interesse. Valoriza a reportagem, tornando-a din?mica. Corpo do texto – desenvolvimento do as- sunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo.Exemplos de discurso direto.Exemplos de discurso indireto.O que é mais interessante na reportagem? Por quê?O texto é adequado quanto ao tamanho,à linguagem utilizada e às imagens?Que posicionamento o jornalista tem comrela??o ao que é tratado na reportagem?Você sabe quais as partes que comp?em uma reportagem escrita? Confira a seguir:Aten??o!T?TULOLIDECORPO DO TEXTO42Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderIdentifique nos textos das atividades 7 e 12 as partes em que se divide a reportagem escrita.Verifique, nas frases a seguir, retiradas do texto da atividade 12, qual expressa opini?o e qual aborda um fato. Justifique sua resposta.“O psicólogo Anselmo Quevedo orienta que você pode come?ar deixando o celular desligado durante todo o tempo em que estiver na escola. Deixar o aparelho longe quando está fazendo outras atividades também é uma boa: ‘tem gente que leva o celular até no banheiro’, diz o especialista.”“Há algum tempo o aparelho deixou de ser de uso exclusivo para liga??es, mas com o aumento do número de smartphones, o tempo que a maioria das pessoas gasta usando o aparelho tem aumentado consideravelmente.”Você sabia?Os grandes jornais publicam um Manual de Reda??o, que contém as normas e recomenda??es que apoiam os jornalistas no momento de produzirem seu material para publica??o. Veja como o Ma- nual de Reda??o: Folha de S.Paulo define o repórter:Jornalista que capta informa??es, apura, checa, confronta e redige. Deve mostrar grande ca- pacidade de registrar e analisar fatos e detalhes a que o leitor n?o tem acesso. Trabalha como uma espécie de intérprete e deve, por isso, escrever com corre??o e clareza.Manual de Reda??o: Folha de S.Paulo. S?o Paulo: Publifolha, 2010. p. 119.Atividade 13Organize os estudantes em duplas, para que possam reconhecer nos textos as partes em que se divide a reportagem escrita. Em seguida, pe?a que comparem com outra du- pla para verificar se chegaram ao mesmo consenso.Atividade 14Comente com os estudantes que fatos e opini?es expostas pelos jornalistas s?o elementos cons- titutivos da reportagem. Divida--os em duplas e solicite que ela- borem uma defini??o para o que seria fato e opini?o, sem utilizar o dicionário. Em seguida, pe?a que algumas duplas leiam o que conseguiram elaborar; escreva as sugest?es na lousa, compare-as e acrescente algum elemento n?o identificado por eles. Por fim, pe?a a verifica??o das defini??es deles e se é necessário incluir algo. Logo após, solicite que realizem a ativi- dade do livro, na qual a primeira frase expressa um fato, pois apre- senta sua fonte. A segunda, uma opini?o, pois se trata de suposi??o do entrevistado diante de uma hipótese que poderá se confirmar ou n?o. Para ampliar, você ainda pode pedir a sele??o de outros trechos para exemplificar as defi- ni??es de fato e opini?o nas repor-tagens estudadas. ? importante aVocê sabia?Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 243percep??o de que o texto jornalís- tico deve buscar a imparcialidade. Ressalte que a composi??o da re- portagem depende n?o somente das ideias e das opini?es do jorna-59Por dentro do que acontece no mundo ? Língua PortuguesaComente com os estudantes que o jornalista pode ter múl- tiplas fun??es – editor, redator, diagramador –, que v?o ga- nhando novos nomes ou sendo substituídas à medida que a tecnologia avan?a. O repórter é um jornalista que pesquisa e investiga a informa??o apresentada em diversos tipos de meios de comunica??o, responsável por trazer aos leitores os acontecimentos de forma detalhada.lista, mas também do veículo de circula??o, que influencia de ma- neira determinante o texto. Para concluir, solicite que verifiquem se há predomin?ncia de fatos ou opini?es nessas reportagens e por que isso ocorre.Orienta??es didáticasAtividade 15Pe?a aos estudantes que reali- zem a atividade individualmente e comparem-na em duplas após o término. Corrija oralmente para verificar se completaram o texto de forma adequada com as pala- vras: reportagem – informa??o– investigativa – detalhada – des- dobramento – desdobramento – causas – sociedade.Para debaterPor se tratar de uma atividade de oralidade, durante a discuss?o, oriente os estudantes a manterem a organiza??o, respeitando os tur- nos da fala e a atitude esperada de quem ouve. Se julgar necessário, anote na lousa as informa??es que considerar mais importantes dos comentários e depois acrescente outras que achar necessárias, con- firmando ou refutando as informa- ??es dos estudantes. ? importante a contribui??o da maioria deles.Construa o conceito de reportagem. Para isso, complete o texto a seguir com as pala- vras do quadro. Observe que nem todas ser?o utilizadas, pois algumas n?o se relacio- nam ao contexto.carta – causas – cinema – desdobramento – detalhada – informa??o – investigativa – sociedade – suporte – reportagem – repórterUma é um gênero textual do tipo expositivo, como a notícia. A diferen?a entre eles é que a reportagem traz a de forma mais ampliada e . O assunto relatado se apresen- ta de forma . O amplo relato de fatos – que chamamos de– diferencia a reportagem da notícia.Em uma reportagem, ovai além, questionando as e os efeitos de um fato, ouve suas diferentes vers?es, in- terpreta e avalia sua import?ncia na , apresentando até sua vis?o do tema abordado.Para debaterDiscuta oralmente com seus colegas:Com que frequência você lê reportagens para expandir os assuntos escolares?Que veículo de comunica??o você prefere para lê-las?Qual o papel da internet no que diz respeito à publica??o de reportagens?Deixe claro o seu ponto de vista. Se perceber que n?o foi compreendido, reformule o que disse, a fim de resolver as dificuldades.A partir dos conhecimentos adquiridos até o momento, produza uma reportagem. Siga alguns passos importantes para planejar a elabora??o de seu texto.Antes de redigir a reportagem:anote em seu caderno as possíveis perguntas que precisará responder em sua reportagem;44Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender60Atividade 16Antes de iniciar a escrita das reportagens nesta atividade, os estudantes dever?o elaborar um projeto de texto. Essa prá- tica precisa ser ensinada a eles, pois assim aprender?o que, para elaborar um texto escrito, é necessário planejamento, isto é, eles devem pensar antes de iniciar a escrita, fazen-do escolhas para a sua produ??o. Esses esquemas de texto ajudam a organizar as ideias, seja pela escrita, seja apenas mentalmente. Quando eles concluírem essa produ??o, devol- va os textos produzidos na atividade 2, para que possam compará-los.escolha as pessoas que irá entrevistar para compor seu texto;pesquise sobre o assunto que irá tratar em outras fontes, como dicionários, livros didáticos e internet.Ao elaborar o texto:escolha um título que seja interessante ao seu leitor;crie um lide que resuma em poucas palavras o assunto da sua reportagem;organize as informa??es em parágrafos;respeite a conjuga??o dos verbos e o uso dos pronomes ao reproduzir os depoimen- tos dos entrevistados em discurso direto ou indireto;utilize aspas para indicar a fala de outra pessoa em discurso direto;se quiser, acrescente fotografia ou crie boxes separados do corpo do texto para expli- car alguma particularidade apresentada no desenvolvimento do assunto.Sugest?es de temas:Alimenta??o saudável.Esporte na escola.Animal de estima??o.Adolescência.Tecnologia e educa??o.Irm?os mais velhos (ou mais novos).Assim que seu texto estiver pronto, troque-o com os de seus colegas para que eles pos- sam opinar sobre o que escreveu. Utilize as perguntas a seguir para fazer a análise de reportagens elaboradas por seus colegas.O texto apresenta título e lide?O texto está escrito na terceira pessoa do discurso?Usou coerentemente o discurso direto e o discurso indireto?A linguagem é adequada ao público-alvo?Há imagens, gráficos ou outro recurso visual de apoio?As informa??es est?o organizadas de acordo com a ordem de import?ncia?Apresenta ponto de vista do autor da reportagem?Agora retome o texto que escreveu na atividade 2 e, com base na análise e nos aponta- mentos dos colegas em sua reportagem, decida se é necessário reescrevê-lo e entregue a última vers?o ao professor.Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 245Atividade 17Oriente os estudantes para desta- carem a lápis no texto dos colegas os comentários sobre o esquema de análise, assim como outros pro- blemas identificados, por exem- plo: aspectos relacionados a orto- grafia, acentua??o, pontua??o ou escolha de palavras que possam melhorar o texto. Além disso, eles também podem fazer um comen- tário geral sobre o texto.Atividade 18anota??esAlém da reportagem escrita na atividade 16, solicite aos estu- dantes que retomem a produ??o inicial, realizada na atividade 2, e fa?am a reescrita dos textos, caso julguem necessário. ? importante que você recolha a vers?o final das reportagens para avaliar o proces- so de aprendizagem e como eles evoluíram da escrita inicial para a final após toda a discuss?o rea- lizada sobre o gênero textual em foco na unidade.Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa6119 Utilizando os conhecimentos construídos sobre o gênero textual reportagem, resolva os desafios a seguir.Texto 1Texto 2Um dos portadores que publica reportagens.Texto 3Texto 4Texto 5Aquele que produz reportagens.3524146Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender62anota??esOrienta??es didáticasAtividade 19Recurso utilizado para indicar as falas dos entrevistados nasreportagens.Parte do texto em que é anunciado o assunto principal da reportagem.Circule pela sala para identificar se algum estudante está encontran- do dificuldades para identificar os termos solicitados nas palavras--cruzadas. Caso isso ocorra, dê ou- tra dica, a fim de ajudá-lo a desco- brir a palavra correta. Eles devem completar a cruzadinha com: 1título; 2 – revista; 3 – aspas; 4Frase curta que explica, comenta ou intitula uma foto ou outras imagens (ilustra??es, desenhos, boxes etc.), presentes numa reportagem.legenda; 5 – repórter. Ressalte a fun??o das aspas nas reportagens.Agora, escute ou assista a algumas reportagens. Em seguida, discuta com o seu grupo.Há diferen?a entre a organiza??o do texto da reportagem escrita e o da apresentada em rádio ou televis?o? Se sim, quais s?o as diferen?as?Essas reportagens apresentam apenas o fato ou o jornalista também profere opini?o? Justifique.Para você, a reportagem fica mais interessante em seu formato escrito ou oral? Justifique.Trabalhem em grupo e escolham uma das reportagens escritas por vocês. Em seguida, adaptem o texto para ser apresentado em um jornal televisivo. Sigam as instru??es do professor.Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 247Atividade 20Proponha a compara??o das ca- racterísticas da reportagem escri- ta com a oral. Selecione trechos de reportagens de rádio ou televis?o e exiba-os para os estudantes. Em seguida, retome com eles as características essenciais que es- colheram para a reportagem es- crita e pe?a que comparem com a reportagem no contexto oral. Com base nas respostas deles, construa um quadro comparativo na lousa e complemente-o, se n?o contem- plar todos os pontos esperados. Ao final, discuta qual é a preferên- cia da turma: escutar, assistir ou ler uma reportagem e por que eles acham que isso ocorre.Atividade 21Nesta proposta de retextualiza??o, os estudantes ter?o a oportunida- de de transformar a reportagem escrita em oral. Eles ter?o que ava- liar quais express?es da oralidade podem ser inseridas, como chamar a aten??o do público e de que for- ma devem reestruturar o texto para um jornal televisivo. Solicite que reflitam sobre quantas pes- soas est?o envolvidas na prepara- ??o de cada reportagem, até que ela esteja pronta para ser exibida. Divida a turma em grupos e ajude--os a definir uma fun??o para cada participante: apresentador, reda- tor, repórter, entrevistado, respon- sável pelo cenário, pelas c?meras etc. Eles dever?o escolher uma dasreportagens de algum componente do grupo. Proponha que pesquisem as técnicas do jornal televisivo, por exemplo, pro- núncia adequada e correta das palavras; síntese de ideias e fatos; express?o oral; como é sua organiza??o; como s?o divulgadas as notícias; aten??o à postura; entre outras. Eles organizar?o a pauta da reportagem e dividir?o as tarefas. A atividade terminará com a apresenta??o oral das reporta- gens, que poderá ser gravada ou ao vivo, dependendo dos recursos oferecidos. Caso você opte pela grava??o, terá um registro para evidenciar o processo de trabalho. Para ava- liar a atividade, utilize uma pauta de observa??o, contendo, principalmente, os critérios de avalia??o.Por dentro do que acontece no mundo ? Língua Portuguesa63Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender64Filme de Billy Ray. O pre?o de uma verdade. Canadá/EUA, 2003Editora In HouseArquivo da Editora/Editora ?ticaOrienta??es didáticasSaiba maisLivros:MANO DESCOBRE A SOLIDARIEDADEAutores: Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto Editora: ?ticaHermano Santiago estuda em uma escola onde se passam acontecimentos estranhos, como a depreda??o da quadra. Mano precisa ent?o entender o que está acontecendo e tomar alguma atitude a respeito. Ao tentar desvendar os fatos e se envolver com quest?es fundamentais da vida, o menino descobre a solidariedade, que o ajudará a desmascarar os malfeitores da escola e colocar as coisas nos seus devidos lugares.MESTRES DA REPORTAGEMOrganizadora: Patrícia Paix?o Editora: In HouseO livro apresenta 30 entrevistas com grandes repórteres que falam da arte da escrita de uma reportagem e de suas trajetórias na profiss?o.Filme:O PRE?O DE UMA VERDADEDire??o: Billy Ray EUA, 2003, 99 min.O filme mostra a vida de um jornalista que copiou ou inventou mais da metade de seus textos. Será que sua farsa foi descoberta?48Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAvan?arConvide um jornalista para explicar o processo de constru??o da reportagem e a pro- fiss?o dele. ? importante que sejam elaboradas perguntas com os estudantes antes da visita do profissional; motive-os para questionamentos que se refiram à constru- ??o textual da reportagem e à rela??o entre fato e opini?o. Se já estudaram o gênero textual entrevista, na unidade 7, reforce as características dele; caso contrário, apenas garanta que os estudantes as est?o seguindo, mas sem se aprofundar no assunto.Exiba a reportagem História e cultura afro-brasileira e indígena, encontrada em<; (acesso em: 3 nov. 2015) e fa?a65Por dentro do que acontece no mundo ? Língua PortuguesaO que aprendi sobre...Fa?a uma autoavalia??o do seu aprendizado, respondendo às quest?es.Que reportagem você mais gostou de ler? Por quê?Como foi sua participa??o nas aulas sobre esse tema? Você fez perguntas ao professor? Participou das discuss?es com os colegas? Justifique.O que você conseguiria explicar a seus colegas sobre o assunto estudado e o que precisaria que fosse revisado?Como o texto jornalístico fará parte de sua aprendizagem de agora em diante?Você se interessou pela profiss?o de jornalista? Por quê?O que aprendi sobre...Para que os estudantes consigam reproduzir os conhecimentos ad- quiridos nesta unidade, pe?a que respondam às quest?es no cader- no e depois as socializem oralmen- te. Além das perguntas apresenta- das, questione-os sobre o que foi chato ou cansativo na unidade.Aprendendo com a comunidadeProponha aos estudantes que, in- dividualmente, investiguem uma temática relacionada à comuni- dade deles e escrevam uma re- portagem a respeito. Eles podem tirar fotos para ilustrar o texto e, caso usem o computador para escrever, estruturá-lo em colunas, de modo a se parecer realmente com uma reportagem de jornal ou revista. Quando essas reporta- gens estiverem prontas, dever?o ser entregues. Após a corre??o, devolva os textos comentados aos estudantes e organize-os em grupos para que criem uma edi??o de revista ou jornal. Essas repor- tagens poder?o compor um jornal ou uma revista comunitária a ser publicado no mural da escola. Os estudantes devem ter em mente que seu público-alvo ser?o cole- gas, professores e pais.Por dentro do que acontece no mundo ? Unidade 249alguns questionamentos sobre as características da reportagem televisiva, além de ex- plorar com eles o tema abordado. Pergunte sobre o que já estudaram a respeito do assunto tratado na reportagem, exaltando os conhecimentos deles e estimulando-os a pesquisarem mais a respeito da influência indígena e afro-brasileira em nosso país. Por último, fa?a a socializa??o de tudo que levantarem e construa com eles uma reporta- gem coletiva sobre o tema.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender66Para saber mais...Unidade 2Livro:[S.I.]/Editora Summus EditorialT?CNICA DE REPORTAGEM: NOTAS SOBRE A NARRATIVA JORNAL?STICAAutores: Maria Helena Ferrari e Muniz Sodré Editora: Summus EditorialA reportagem é um gênero jornalístico privilegiado. Tem suas regras próprias e por meio dela se faz a história. Este livro pretende dar conta de algumas das regras, com uma inten??o basicamente descritiva, utilizando textos extraídos de jornais e revistas brasileiros.Artigo:1512000121829OS G?NEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA: A REPORTAGEMAutora: Andrezza Santos Dos SantosDisponível em: <; (acesso em: 3 nov. 2015)Preocupada com a dificuldade de produ??o e interpreta??o textual dos estudantes de Ensino Fundamental, a autora, neste trabalho, visa ressaltar a import?ncia do ensino de Língua Portuguesa por meio dos gêneros textuais. Esse ensino tem como objetivo ampliar as possibilidades do uso da linguagem; por isso, se faz necessário o trabalho com textos que s?o parte do cotidiano dos estudantes. A reportagem, gênero textual escolhido para desenvolver a proposta, pertence ao domínio do discurso jornalístico e possibilita liberdade de produ??o textual, tornando o trabalho em sala de aula motivador para os estudantes.67Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 3Qualquer can??o de bem alguma poesia temIdentificar e compreender o uso de recursos estilísticos e expressivos intencional- mente registrados pelo autor.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o con- texto de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhe- cendo os sentidos produzidos.Inferir o sentido literal ou figurado das palavras ou express?es com base em ele- mentos do texto e do contexto de produ??o.15. Pesquisar e comparar informa??es, obras, autores e temas obtidos em diferentes fontes.Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.Identificar e compreender a estrutura e o processo de forma??o das palavras e os seus preender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espa?o físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais etc.), comparando-as à variante-padr?o da língua portuguesa.Reconhecer, compreender e aplicar as regras-padr?o de concord?ncia verbal e no- minal apropriadas às diversas possibilidades de produ??o oral e escrita.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, consi- derando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coe- s?o e coerência textual.23. Formular hipóteses e fazer predi??es sobre o texto.Orienta??es didáticasRoda de conversa-se confiante, cantar um trecho de uma música pertencente à Bos-Jovem Guarda para ver se os es- tudantes a reconhecem. O impor-nomes e hipóteses sobre a MPB. Os objetivos centrais, com o avan?arArquivo O Cruzeiro/EM/D.A.Press Ana Rojas/FolhapressRui M. Leal/Getty ImagesMarcos Ramos/Agência O GloboLeonardo Aversa/Agência O GloboBernard Martinez/Agência O Globoto dos principais movimentos mu- sicais brasileiros e a constru??o de critérios de avalia??o, além de um olhar crítico sobre as can??es que ouvem. Os artistas que aparecem nas fotos s?o: Daúde, Marisa Mon- te, Gilberto Gil, Rita Lee, Vinicius de Moraes, Carlinhos Brown, Car- tola, Chico Buarque, Caetano Velo- so, Milton Nascimento, Tom Jobim, Cássia Eller, Elis Regina, Toquinho e Gal Costa. Além das quest?es propostas no livro, você pode per- guntar com qual frequência os es- tudantes costumam ouvir músicas e de quais eles mais gostam. Diga que quem quiser pode cantar um trecho da can??o favorita (em por- tuguês) e pergunte se eles sabem quem s?o o cantor e o compositor. Pe?a ainda que escrevam o que se lembram da letra e tentem dizer com suas próprias palavras que imagens e sentimentos a can- ??o lhes traz. Observe a rela??o dos estudantes com o gênero e quais cantores e bandas preferem.UNIDADE3Qualquer can??o de bem alguma poesia tem50Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorO foco desta unidade é o gênero can??o popular, trabalhado com base em três diferentes can??es e atividades de interpre- ta??o e produ??o. Sobre a organiza??o linguística, é abordada a linguagem figurada, especialmente a metafórica. ? interessante que os estudantes escutem e cantem todas as can??es da unida- de; sendo assim, apresente-as em clipes ou leve apenas o áudio. Destaque, ao longo da unidade, a natureza intersemiótica das can??es, a varia??o linguística, a interlocu??o (eu lírico “eu” e “tu”), a linguagem coloquial e a formal, a linguagem objetiva ea subjetiva, a compara??o, a metalinguagem, os versos, as rimas, a alitera??o e a asson?ncia, o refr?o, as classes de palavras e os sinais de pontua??o. ? importante ressaltar que can??o é um gênero híbrido (letra e música).? muito importante enfatizar o contexto de produ??o das can??es, mostrando que por meio desse conhecimento é possí- vel entender um texto mais a fundo, além de ressaltar que o lei- tor também está inserido num contexto, que pode ser diferente, no momento da leitura, daquele de quando o texto foi escrito.68Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderA MPB (Música Popular Brasileira) é um gênero musical brasileiro de raízes populares muito importante para a identidade do nosso país. Apesar de a música brasileira existir há muito tempo, foi a partir da década de 1960 que o termo MPB determinou toda a produ??o musical feita no Brasil. Caetano Ve- loso, Chico Buarque e Tom Jobim est?o entre os compositores que renovaram as nossas can??es e elevaram sua import?ncia, divulgando-as para o mundo.Ainda é interessante explorar a re- presenta??o que eles têm de “ima- gem” e conversar um pouco com a turma sobre isso, pois será impor- tante para o estudo das metáforas proposto posteriormente.M?nica Imbuzeiro/Agência O Globo Ana Carolina Fernandes/FolhapressDivulga??oVale ressaltar que a can??o pode ser propagadora de ideologias, na medida em que, mesmo sem per- der a dimens?o do divertimento e do prazer, os textos propiciam uma vis?o crítica da sociedade e das pessoas que a comp?em. A fim de criar discuss?es acerca de como a can??o e a poesia funcionam na so- ciedade e como se constituem, ana- lisando a veicula??o e a circula??o, trabalhe, em especial, com a metá- fora como produtora de sentidos.Para o trabalho com esse gênero, também é possível estabelecer par- ceria com os professores de Arte e História, na medida em que a can- ??o é entendida como manifesta- ??o artístico-cultural inscrita num dado contexto histórico-social.Roda de conversaQuem s?o as pessoas das fotografias?Quais can??es dessas pessoas você conhece?De quais can??es da MPB você mais gosta?Quais s?o os veículos de circula??o das can??es?Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 351Ao desenvolver as atividades, considere os diálogos que se es- tabelecem entre a linguagem verbal e a linguagem musical, bem como entre o texto e as vozes sociais que constituem uma época. Levante com os estudantes um conjunto de representa??es sobre as condi??es de produ??o dos textos explorados, a saber: a quem foi destinada a can??o, como se deu sua forma de produ??o, se há refr?o, qual seu papel em termos de diálogo com ouvinte/leitor, a melodia exibida, podendo-se pensar em várias interpreta??es, tendo-se em vista as épocas em que foram produzidas.Esse estudo visa proporcionar ao estudante uma educa??o dos sentidos e da percep??o crítica, oferecendo, ao lado do pra-zer sensorial e estético, um exercício de leitura multissemiótica. Pesquise um pouco mais esse tema, pois ele poderá enriquecer o trabalho com a unidade.Espera-se que os estudantes sejam “capazes de perceber os efeitos de sentido do texto, da melodia e da conjun??o verbo--melódica; conhecedores do cancioneiro e dos cancionistas de seu país, seus posicionamentos, estilos e discursos” (PAIVA, An- gela et al, 2003, p. 119).Juvenal Pereira/Jack Vartoogian/Getty ImagesFolhapressAna Rojas/FolhapressAcervo UH/FolhapressGuito Moreto/Agência O GloboAgência O GloboQualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua Portuguesa69Orienta??es didáticasAtividade 1Aproveite a oportunidade para despertar no estudante a inspira- ??o criativa no que diz respeito à letra e à música (apesar de a co- manda solicitar apenas a letra), mas sem a pretens?o de formar um letrista ou compositor. Se jul- gar importante, pe?a aos estu- dantes que criem uma melodia ou ent?o utilizem a de uma música já existente para a nova letra. Fa?a como um jogo de composi??o, no qual ter?o de compor com base em palavras e frases-estímulo tra- zidas por você. ? seu papel chamar aten??o para a forma e o conteú- do das palavras, lembrando da im- port?ncia da sonoridade em uma can??o. Assim, selecione um grupo de palavras (pode utilizar as pa- lavras das can??es que ser?o es- tudadas na unidade), escreva-as em peda?os de papel e coloque-os em um saquinho. No momento da atividade, o estudante, ao sorte- ar a palavra, deverá lê-la em voz alta para a turma; após a leitura, escreva a palavra na lousa e dê alguns minutos para que os pares pensem e discutam como utilizá--la na can??o. Ao final do sorteio,deixe que trabalhem para finalizar a can??o e pe?a que entreguem essa primeira vers?o. No final da unidade eles apresentar?o a letra (cantando-a ou lendo-a) para a classe. Nessa apresenta??o, pe?a que relatem quais as percep??es ou o que sentiram ao ouvir as can- ??es dos colegas. Explore a pro- du??o inicial para fazer um diag-DesafioEncarte 3Formem duplas. O professor entregará algumas palavras que ser?o usadas como mensagem principal para compor a letra de uma can??o. Antes de iniciar o proces- so de composi??o, estabele?am o público-alvo: crian?as,adolescentes ou adultos. Após, decidam qual mensagem a letra terá: amor, felicidade, protesto ou injusti?a social.Ricardo Paonessa/GlobaltecComplete os trechos das três can??es apresentadas a seguir com as palavras do quadro. Escolha aquelas que mais fazem sentido na letra e preencha os espa?os. Aten??o: nem todas as op??es devem ser utilizadas.ativa – beijos – bonitas – cora??o – documento – instante – lá – linda – mar – menina – mo?a – poema – presidentes – repente – tempo – vouOlha que coisa mais linda Mais cheia de gra?a? elaQue vem e que passa Num doce balan?oA caminho doCan??o I[...]52Língua Portuguesa ? Movimento do aprendernóstico, tentando identificar quais estudantes relacionam asescolhas entre conteúdo e forma para o estabelecimento de sentido proposto na atividade.Atividade 2Utilize a atividade para levar os estudantes a levantar hi- póteses sobre as can??es. N?o há necessidade de mostrar a letra inteira agora, pois em outro momento elas ser?o tra- balhadas na íntegra e eles dever?o ouvi-las também. Pe?a que tentem fazer a atividade sozinhos e depois comparemas respostas em duplas. N?o realize a corre??o da atividadeainda, deixe que os próprios estudantes confirmem as hipó- teses deles quando pesquisarem as can??es, na atividade 4. De qualquer forma, verifique se eles est?o completando com as palavras corretas e, caso n?o estejam, vá dando dicas a fim de que cheguem à palavra adequada. Eles devem com- pletar as letras com as seguintes palavras, respectivamente: can??o I – menina – mar; can??o II – documento – bonitas– vou – presidentes – beijos; can??o III – repente – ativa – lá.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender70Caminhando contra o vento Sem len?o e semNo sol de quase dezembro Eu vouCan??o IIO sol se reparte em crimes Espa?onaves, guerrilhasEm cardinales Eu Em caras de Em grandes de amor Em dentes, penas, bandeirasBomba e Brigitte Bardot [...]Can??o IIITem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou deOu foi o mundo ent?o que cresceu A gente quer ter vozNo nosso destino mandarMas eis que chega a roda-vivaE carrega o destino pra Roda mundo, roda-gigante Rodamoinho, roda pi?o[...]Ana Branco/Agência O GloboAs letras das can??es da atividade 2 s?o dos composi- tores apresentados a seguir. Observe as fotos e diga o que você sabe sobre eles.Chico BuarqueQualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 353Atividade 3anota??esPe?a aos estudantes que discu- tam o que conhecem a respeito dos artistas, ressaltando as obras. Liste na lousa o que já sabem so- bre eles. Em seguida, explique que, nesta unidade, trabalhar?o com esses quatro cantores/composito- res e que é importante terem co- nhecimento deles e do contexto de produ??o das can??es para uma compreens?o mais abrangente da constitui??o do gênero textual e dos significados trabalhados.71Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua PortuguesaOrienta??es didáticasAtividade 4Fa?a um sorteio de um dos compo- sitores para cada estudante, divi- dindo o total da classe por quatro a fim de que haja a mesma quan- tidade de pesquisa sobre cada au- tor. Oriente os estudantes para que escrevam um texto de apenas um parágrafo. Se já estudaram o gêne- ro textual biografia, na unidade 1, retome as características dele. Se ainda forem vê-lo, comente que o texto que escrever?o na pesquisa será biográfico, sem se aprofundar no gênero, que ainda será estuda- do. No momento da socializa??o da pesquisa, organize a fala por com- positor sorteado e chame voluntá- rios para apresentar as descober- tas, sempre perguntando se outros têm algo a complementar.? importante refor?ar para os es- tudantes que eles devem trazer a letra da can??o, apresentada na atividade 2, cujo compositor pesquisaram, pois as próximas atividades depender?o dela. Você também pode utilizar outras es- tratégias para garantir o acesso de todos às letras das can??es no de- correr da unidade, como: um cartaz produzido pelos estudantes a par- tir de frases das músicas cortadas em tiras para juntar e montar as le- tras em um jogo de quem termina primeiro, ou proje??o das letras na lousa a cada atividade etc.Atividade 5Primeiramente, agrupe os estu- dantes de acordo com as letras que trouxeram e coloque o áudioTom Jobim e Vinicius de MoraesDivulga??oU. Dettmar/FolhapressCaetano VelosoSeu professor sorteará um dos compositores da atividade 3 para que você pesquise sobre ele e escreva uma síntese de sua biografia, contendo as seguintes informa??es: data e lugar de nascimento e de morte (se houver); três composi??es mais conheci- das; tema dessas composi??es; e algum fato importante da vida dele. Você também terá de descobrir qual das can??es da atividade 2 ele comp?s e trazer para a aula a letra da música.As can??es da atividade 2 s?o clássicos da MPB, pois fazem parte de três momentos musicais muito importantes para a nossa história: a Bossa Nova, o Tropicalismo e a música de protesto. Você lerá sobre eles mais adiante.Agora, fa?a como solicitado a seguir.Reúna-se com os colegas que têm as duas can??es diferentes da sua.Ou?am as músicas e decidam que imagens se relacionam com elas, explicando o porquê de sua escolha.Leiam as letras com bastante aten??o e confirmem suas hipóteses.54Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderou mostre o clipe das três can??es para que as ou?am, orientando-os a lerem as letras apenas na segun- da vez que você tocar as músicas. Confirme as hipóteses levantadas sobre as imagens, solicitando que expliquem como fizeram a asso- cia??o. Em seguida, informe-os sobre o conteúdo das imagens. A imagem relacionada à can??o Ga- rota de Ipanema mostra Viniciusde Moraes, um de seus compositores, e Hel? Pinheiro, a sua musa inspiradora. Já a rela??o de Roda-viva com as imagens reflete os obscuros anos da ditadura, que representava, para a cultura, o fim da li- berdade de express?o; por isso, um meio muito utilizado na época para driblar a censura foi a metáfora, o despistamento, a linguagem figurada, a cifra. As imagens associadas a Alegria, Alegria fazem refe- rência à década de 1960, uma época degrandes transforma??es políticas e cul- turais no Brasil e no mundo, e também mostram Claudia Cardinale, atriz italiana símbolo de beleza, e Brigitte Bardot, atriz francesa conhecida como BB, ambas cita- das na letra de Caetano base nos três textos, você pode de- senvolver diversas tarefas de interpre- ta??o, visando identificar os elementos essenciais do gênero can??o popular, além de explorar as variedades linguís-72Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderAcervo UH/Folhapressa.Agência O GloboJohn Dominis/The LIFE Picture Collection/Getty Imagesb.Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 355Os gêneros poéticos orais trazem em si recursos que permitem sua transmiss?o, memoriza??o e re- produ??o. No caso da can??o po- pular, essa é uma das principais fun??es do refr?o. ? o que garante que a can??o seja difundida, popu- larizada, facilmente reconhecida, assim como facilita a participa??o do interlocutor no papel de intér- prete da can??o. Esse é um dos fatores que, por exemplo, torna- riam a can??o popular dotada de poesia “pobre”, se tratada como poema escrito (e n?o letra a ser musicada). ? importante notar o hibridismo entre a can??o popular e o poema, seus distanciamentos e aproxima??es, assim como apro- pria??es dentre eles. No caso da obra de Chico Buarque, por exem- plo, suas letras apresentam maior autonomia como texto escrito (s?o mais próximas da poesia). Em termos de registro linguísti- co, a can??o popular é marcada pela coloquialidade, pelo uso de socioletos. A isso está atrelado o caráter “jazzístico” da can??o po- pular, sobretudo em meio à comu- nidade reconhecida como cantores de música popular brasileira. S?o can??es que apresentam pouca ri- gidez em termos de forma poética e melódica.Em can??es, as cenas enunciativas predominantes envolvem “eu” e “tu”, mas também fazem remis- s?o a terceira pessoa, dependendo do tema ou do subtema tratado.ticas utilizadas pelos compositores. N?o se pode esquecer que, como materiali- dade exclusivamente escrita, é apenas letra de can??o. A can??o é de natureza intersemiótica, a letra e a música, e sua constitui??o prevê a natureza oral e me- lódica do gênero. Vale ainda discorrer so- bre a rela??o intersemiótica em diversos planos na prática discursiva da can??o, considerando-se as especificidades como gênero discursivo. A can??o possui outroselementos fundamentais: predomínio de palavras usadas cotidianamente, além de maior liberdade quanto às regras norma- tivas da sintaxe, permitindo repeti??es e quebras de frases, palavras, sílabas e sons, sem intencionalidade outra que n?o a obediência às exigências do curso me- lódico e rítmico; veicula??o de diferentes dialetos (periferia, caipira etc.) e gírias; entre outras.Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua Portuguesa73Orienta??es didáticasHulton Archive/Getty ImagesKeystone-France/Gamma-Keystone via Getty Imagesc.Atividade 6anota??esRessalte com os estudantes que, quanto à escolha das rimas, as respostas podem ser variadas. A argumenta??o do estudante deve tratar da import?ncia que as rimas trazem à sonoridade e ao ritmo das can??es, provocando no leitor/ ouvinte uma sensa??o de agrado.6 Identifique duas rimas em cada letra. Em seguida, explique que import?ncia elas têm para o valor expressivo dessas can??es.56Língua Portuguesa ? Movimento do aprender74Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderGhislain DUSSART/Gamma-Rapho via Getty ImagesRalph Ackerman/Getty ImagesVocê sabia?As letras das can??es que você leu s?o parte da nossa história política e cultural. Garota de Ipanema é, ainda hoje, a can??o mais gravada no mundo e fez parte de um novo estilo musical do final dos anos 1950 chamado de Bossa Nova, que incorporava ao samba brasileiro o jazz americano. Alegria, alegria, a can??o de Caetano Veloso, iniciou, em 1967, o Tropicalismo, movimento musical que misturou manifesta??es da tradi??o cultural com inova??es comportamentais radicais. Roda--viva, por sua vez, também lan?ada no final de 1960, critica metaforicamente a ditadura militar e a perda da liberdade de express?o.Sobre Garota de Ipanema:A letra relata uma rela??o entre admirado e admirador. Identifique-os e grife os ver- sos que comprovam sua resposta. Em seguida, transcreva pelo menos dois.Chamamos de eu lírico a "voz" que se expressa em um texto poético. Que sensa??o a beleza da garota de Ipanema causa no eu lírico da can??o?Aten??o!A can??o faz uma homenagem a quem?mbre-se de que a figura de linguagem chamada de alitera??o é utilizada para repetir ns consonantais idênticos ou semelhantes nas palavras, dando sonoridade ao texto.Le soIdentifique a alitera??o nos seguintes versos: “Ah, se ela soubesse/Que quando ela passa/O mundo inteirinho se enche de gra?a”.Você sabia?Você pode pedir aos estudantes que procurem mais informa??es sobre os movimentos culturais ci- tados, buscando outras obras que pertenceram à época.Atividade 7Estimule os estudantes a locali- zarem informa??es no texto, per- cebendo que na letra da can??o a menina que passa é a admirada e o admirador é o compositor. Para comprovar, os trechos mais indica- dos s?o: “? ela menina / Que vem e que passa”, “? a coisa mais linda que eu já vi passar”.Neste momento, n?o há necessi- dade de aprofundamento do con- ceito de eu lírico. Apenas introdu- za o termo para que os estudantes consigam aos poucos reconhecê-lo nos textos literários, à medida que for avan?ando a competência lei- tora. Verifique se perceberam que a beleza da garota transforma a tristeza do compositor em felici- dade para ele e para o mundo.A can??o se refere à mulher brasi- leira, sua gra?a e beleza. Se julgar necessário, instigue-os a explicar como é possível perceber isso na letra. ? importante propor uma re- flex?o para que eles percebam que ocorreu uma idealiza??o e homena- gem à mulher brasileira e tambémAten??o!Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 357Atividade 8tentar desassociar a imagem de que a mulher brasileira é conhecida apenas pelos seus atributos físicos. Busque conduzir o diálogo para uma a??o afirmativa, na tentativade valoriza??o da imagem da mu-Seria importante, neste momento, reto-mar o conceito de poesia, estudado no ano anterior, e relembrar alguns exem- plos de alitera??o em poemas vistos na unidade 2 do 6o ano. Reveja com os estu- dantes que can??es, muitas vezes, podem ser também consideradas poemas e que ambos os gêneros s?o repletos de poesia.Verifique se os estudantes identificaramcorretamente a figura de linguagem: “Ah, se ela soubesse/ Que quando ela passa/ O mundo inteirinho se enche de gra?a”. Amplie, pedindo que retomem as três le- tras para buscar nelas outros exemplos de alitera??o. Além disso, solicite que ve- rifiquem nas produ??es da atividade 1 se utilizaram esse recurso.lher em nossa sociedade.Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua Portuguesa75Orienta??es didáticasAtividade 9Oriente os estudantes para reto- marem a letra da can??o e locali- zarem a informa??o que se pede. Eles, provavelmente, encontrar?o o que se afirma nos trechos: “Cami- nhando contra o vento / Sem len?o e sem documento”, “Ela pensa em casamento / E eu nunca mais fui à escola / Sem len?o e sem documen- to / Eu vou”. No item b, considere qualquer resposta que se aproxime do significado de ir contra o regime ditador e enfrentar seu repressor, mesmo sendo alguém desconheci- do. Contextualize melhor a época em que a can??o foi escrita antes de pedir aos estudantes que resol- vam o item c. Em seguida, pe?a que comparem as respostas em duplas para verificar se escolheram a al- ternativa (A).Atividade 10Antes de ler com os estudantes a defini??o de roda-viva, pergunte--lhes o que significa, especialmente baseando-se no contexto da can- ??o. Anote algumas hipóteses na lousa, pe?a que abram os livros e leiam o que significa a express?o e qual das duas defini??es apresen- tadas se encaixa melhor na can??o. No item a, se julgar necessário, abra um pequeno debate, eluci- dando alguns versos escolhidos por você (por exemplo: “Mas eis que chega a roda-viva / E carrega a ro- seira pra lá”) e solicitando que eles os relacionem com a a??o da roda--viva na vida da gente. A letra falaSobre Alegria, alegria:Disco Caetano Veloso. Brasil, 1968.A letra da can??o de Caetano Veloso apresenta alguém disposto a romper com certos compor- tamentos considerados padr?o na sociedade. Identifique versos que provem essa afirma??o.Considerando que a letra foi escrita em um momento de repress?o, dentro de um regime governamental totalitário e ditador, explique o real significado dos versos “Caminhando contra o vento/Sem len?o e sem documento”.Assinale a alternativa correta quanto ao tema da can??o.A can??o de Caetano Veloso prop?e um estilo de vida independente, repudiando o regime governamental daquela época.O eu lírico da can??o exp?e sua angústia contra o estilo de vida desorganizado que o governo imp?e aos cidad?os.A can??o apresenta a nega??o ao estilo de vida independente, defendendo a or- dem e o progresso.A letra relata as dificuldades da vida dentro de um regime autoritário, defendendo o exílio no exterior.Sobre Roda-viva:Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a express?o “roda-viva” significa:movimento incessante; inquieta??o;grande atrapalha??o; confus?o.HOUAISS, Instituto Ant?nio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.58Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender76dos acontecimentos que mudam em um movimento giratório, e que a roda-viva interrompe sempre nossas a??es e nos ar- rebata. No item b espera-se que respondam que se refere ao governo ditador.Ricardo Paonessa/GlobaltecReleia a letra de Chico Buarque e explique a rela??o entre o título da letra e o tema da can??o.As can??es de Caetano Veloso e de Chico Buarque tiveram o mesmo contexto de pro- du??o. Ao considerar esse fato, a que se refere, na verdade, a express?o roda-viva na letra da música?11 Como você observou, as can??es trabalham com imagens para construir a ideia que est?o expressando. ?s vezes, tais imagens s?o formadas n?o pelo sentido literal (ou seja, o significado que pode ser tomado como o usual da palavra ou express?o), mas sim pelo sentido figurado (ou seja, um significado além do usual). Busque nos textos formula??es em que elementos aparecem caracterizados de maneira n?o usual, com palavras e imagens diferentes das que usaríamos para descrevê-los no dia a dia.Aten??o!Poetas e compositores utilizam com frequência alguns recursos da linguagem que relacionam a realidade com a imagina??o. Um desses recursos é chamado de metáfora: uma figura de linguagem que altera o significado real de um texto, atribuindo-lhe um sentido imaginário, de forma mais sensível.Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 359Atividade 11Com esta atividade, apresenta-se o uso da linguagem figurada, es- pecialmente a metafórica, para a constru??o, por meio de imagens, das ideias veiculadas pelas diferen- tes can??es. Assim, os estudantes poder?o explorar essa figura de lin- guagem nas can??es, preparando--se, inclusive, para fazer o mesmo em suas produ??es textuais.Aten??o!Solicite aos estudantes que leiam, no Muitos textos... Tantas pala- vras, o trecho do romance O cartei- ro e o poeta, no qual, num diálogo, o poeta Pablo Neruda “ensina” o carteiro Mario Jiménez a fazer me- táforas. Proponha que fa?am uma pesquisa de metáforas utilizadas em can??es e organize um mural com todas as selecionadas por eles. Lembre-se de, antes de expor, ve- rificar se citaram a fonte correta- mente e valorize a socializa??o das pesquisas para ampliar o repertório dos estudantes.A obra O carteiro e o poeta, de Pa- blo Neruda, deu origem a um filme de mesmo nome. Caso seja possí- vel, passe alguns trechos do filme, principalmente os que est?o liga- dos ao fazer poético.Atividade 1277Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua PortuguesaSolicite aos estudantes que verifiquem se, na atividade 11, eles encontraram as metáforas apresentadas nas alternati- vas, referentes à metáfora representada nos títulos das can- ??es, n?o fazendo rela??es isoladas entre uma palavra e seu significado. O estudante deve descobrir a semelhan?a entre os elementos título e significado inferido na letra da música. Pe?a que realizem a atividade individualmente e comparem a resposta em duplas, devendo chegar ao consenso de que a alternativa correta é a (B).Atividade 13Oriente os estudantes a evitarem o senso comum em suas ar- gumenta??es. Há necessidade de que eles demonstrem um po- sicionamento crítico diante dos textos. Se julgar conveniente, solicite que leiam suas respostas em voz alta e dê condi??es para uma discuss?o em que as opini?es expostas possam ser aceitas ou refutadas pelos colegas.Orienta??es didáticasCom base no conceito apresentado no quadro Aten??o!, assinale a alternativa que me- lhor apresenta o significado da metáfora nas letras das três can??es estudadas.Garota de Ipanema: solid?o; Alegria, alegria: responsabilidade; Roda-viva: ditadura.Garota de Ipanema: felicidade; Alegria, alegria: liberdade; Roda-viva: repress?o.Garota de Ipanema: felicidade; Alegria, alegria: repress?o; Roda-viva: ditadura.Garota de Ipanema: liberdade; Alegria, alegria: irresponsabilidade; Roda-viva: felicidade.Garota de Ipanema: solid?o; Alegria, alegria: repress?o; Roda-viva: liberdade.De qual das can??es estudadas na unidade você mais gostou? Explique sua opini?o.Para debaterDiscuta oralmente com seus colegas:Em sua opini?o, o que é uma boa música?O que pensa sobre as can??es de protesto?Qual o papel da música na constitui??o de uma identidade social?Deixe claro o seu ponto de vista. Se perceber que n?o foi compreendido, reformule o que disse, a fim de resolver as dificuldades.14 Quais diferen?as você observa ao comparar as can??es analisadas? Complete a tabela a seguir, organizando sua compara??o.Quem comp?s esta can??o?Quando ela foi escrita?Para que público?(continua)60Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderCan??o ICan??o IICan??o IIIPara debaterPor se tratar de uma atividade de oralidade, durante a discuss?o, oriente os estudantes a manterem a organiza??o, respeitando os tur- nos da fala e a atitude esperada de quem ouve. Se julgar necessário, anote na lousa as informa??es que considerar mais importantes dos comentários e depois acrescente outras que achar necessárias, con- firmando ou refutando as informa- ??es dos estudantes. ? importante a contribui??o da maioria deles.Atividade 14Organize os estudantes em trios para o preenchimento do quadro. Com ele, pretende-se consolidar a linha de interesse pelo contraste temático, organizando comparati- vamente as informa??es das três can??es trabalhadas e o modo como esses textos foram organi- zados. Diga que eles devem de- limitar as semelhan?as e as dife- ren?as temáticas entre as can??es estudadas. Questione ainda se as can??es têm o mesmo “valor” so- cialmente, pedindo a justificativa. Será importante abrir espa?o para a socializa??o das respostas, es- pecialmente, explorando a fun??o das três can??es. Observe também os argumentos dos estudantes para outras can??es, verificando se eles se confirmam. Amplie os conhecimentos deles explican- do que as can??es se utilizam de alguns recursos que contribuem para a progress?o do texto, por exemplo, a marca??o rítmica e a repeti??o vocabular.Conecte-seComo a unidade enfocou o compositor Caetano Veloso, seria interessante desenvolver um trabalho tomando-se por base a can??o Terra. A sugest?o é que você coloque um trecho da música, a fim de que os estudantes a escutem e imaginem uma continua??o para a letra. Registre na lousa as conti- nua??es propostas e coloque a vers?o completa da música para ouvirem enquanto leem a letra. Para ampliar a discus- s?o, pergunte o que acharam e se a temática de amor pelaTerra é válida no momento histórico em que nos encontra- mos. Pe?a ainda que comparem essa letra com as outras estudadas na unidade.Também é interessante ler o LINK da can??o no livro Muitos textos... Tantas palavras, que conta um pouco da vida de Ca- etano, inclusive sobre o período em que ficou preso e exilado. Assim, o estudante pode ter referência para analisar a can- ??o Terra. Questione-os sobre Caetano Veloso e essa can??o,78Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderCan??o ICan??o IICan??o IIIA linguagem é objetiva ou subjetiva?Que sentimentos s?o expressos na can??o?Usa predominantemente a norma-padr?oda língua?Quais sentimentos esta can??o provoca?Há preocupa??o com a constru??o da rima? Se sim, dê exemplos.Conecte-seNo livro Muitos textos... Tantas palavras há algumas can??es interessantes, por exemplo: “Terra”, de Caetano Veloso; “Amado”, de Marcelo Jeneci e Vanessa da Mata; “Eu te amo”, de Tom Jobim e Chico Buarque. Recorra ao livro para lê-las e cantá-las com seus colegas.15 Retome com seu colega a letra da can??o que escreveram na atividade 1 e preencha o quadro a seguir.Can??o popularComentáriosSugest?es de melhoriaA can??o tem título?Trata de que tema?Utiliza rimas e/ou metáforas?O que pretende comunicar?Quem é seu público-alvo?Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 361Atividade 15Solicite que os estudantes reto- mem a produ??o textual que co- me?aram na atividade 1. A ideia é que, agora, de posse de conhe- cimentos sobre o gênero e as pos- sibilidades temáticas dele, fa?am uma autoavalia??o e reelaborem o que haviam feito aproveitando as ideias iniciais, explorando-as com maior profundidade.Atividade 16Enfatize com os estudantes as di- cas dadas na atividade para utili- zarem-nas ao reescreverem as can- ??es e solicite a entrega da vers?o reformulada para você analisar. Sugira que consultem as metáfo- ras estudadas ao longo da unidade. Aproveite este momento para am- pliar os recursos expressivos utili- zados por eles. Verifique também a utiliza??o das metáforas.Atividade 17Tendo em vista a dificuldade desta atividade, indique apenas sua su- gest?o como estímulo para os es- tudantes que porventura estejam envolvidos com alguma atividade musical mais específica. Sugira, alternativamente, que esse traba- lho seja desenvolvido com o pro- fessor de música da escola, caso o tenham. Na dependência das possibilidades de realiza??o da ati- vidade, o estudante deve ser mini- mamente estimulado a pensar so- bre o tipo de musicalidade que se associa à sua ideia de composi??o.79Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua Portuguesaperguntando, quanto ao conteúdo: do que trata esse texto? Quanto ao contexto de produ??o do texto: onde e quando Caetano Veloso produziu essa can??o? Quanto à fun??o social: que papel social apresenta a can??o Terra? Por que Caetano Veloso a escreveu? Qual a posi??o de Caetano Veloso em rela- ??o ao texto discutido? Quanto ao destinatário: qual é o papel social de quem lê ou ouve o texto Terra? O leitor faz intera??o do ontem e do hoje? Quanto ao lugar social do texto: onde o texto é veiculado? Onde o texto é desenvolvido? Quanto aoobjetivo social do texto: por que o texto foi produzido? Qual efeito o texto Terra exerce sobre o leitor?5603540752219No site < terra-de-caetano-veloso-por-tas-kerche.html> (acesso em: 3 nov. 2015), você encontra uma análise muito interessan- te da can??o, que pode contribuir para o trabalho em sala de aula.Orienta??es didáticasSe achar necessário reescrever sua can??o, aqui est?o algumas dicas:Reformule seu texto com base no que aprendeu, imaginando que sua can??o será gra- vada por um cantor anize uma lista de metáforas que pretende usar para expressar os sentimentos em sua can??o.Pense também no eu lírico: quem expressa os sentimentos através do texto de sua can??o?Ao final, entregue a vers?o revisada a seu professor.Você acha que conseguiria musicar sua can??o? Procure alguém da turma que toque um instrumento e possa ajudá-lo. Se n?o for musicar seu texto, pelo menos imagine qual estilo de música seria (balada de rock rom?ntica, sertaneja, pagode etc.) e relate para a classe.Agora que você já é quase um compositor, que tal fazer um videoclipe de sua can??o? Você e seus colegas podem cantar e tocar ou elaborar alguma anima??o para fazer o vídeo.Saiba maisLivro:DO CANCIONEIRO DE D. DINISAutor: D. Dinis Editora: FTDOs primeiros textos literários em Língua Portuguesa datam do século XII. Muitos deles s?o cantigas de amor. Isso significa que escrever e cantar o amor faz parte da nossa língua desde seus primórdios. Neste livro você encontra uma série dessas cantigas de amor.Filme:COISA MAIS LINDADire??o: Paulo Thiago Brasil, 2005, 120 min.Filme dirigido por Paulo Thiago, apresenta um interessante painel histórico, musical e informativo sobre a Bossa Nova, que teve início nos anos 1950 e atingiu fama internacional na década de 1960.62Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 18[S.I.]/Editora FTDCaso tenha sido possível musicar algumas das letras produzidas, os estudantes dever?o gravar um ví- deo representado por eles ou por anima??es que elaborarem. Caso n?o tenham conseguido uma melo- dia própria para suas letras, deve- r?o colocar alguma can??o já exis- tente de fundo para o vídeo que será mostrado. Você pode organi- zar um momento de apresenta??o das produ??es em vídeo ou ao vivo para outras turmas. Na avalia??o desta atividade, é importante ob- servar se os vídeos representaram a interpreta??o das can??es. Para avaliar essa produ??o, organize, em conjunto com os estudantes, uma lista de critérios como: as ce- nas e a performance est?o de acor- do com a letra da can??o? Houve sincronia entre o som e a imagem?O que aprendi sobre...Filme de Paulo Thiago. Coisa mais linda.Brasil, 2005Para a pesquisa proposta, sugira que os estudantes procurem pelos cantores/compositores Cazuza e Renato Russo. Divida a classe em dois grupos para escolherem uma can??o de cada um.Pe?a que mostrem as escolhas e expliquem os motivos, assim como os elementos que os fizeram iden- tificar o tema. Além disso, solicite que comparem as semelhan?as e as diferen?as entre as letras estu-Avan?arExiba aos estudantes um trecho do musical brasileiro A ópera do malandro, de Chico Buarque, baseado na ?pera dos três vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weil. O musical retrata a realidade do Brasil na época do Estado Novo e apresenta várias can??es de amor (como as clássicas: O meu amor, Viver de amor e Folhetim), que podem ser tra- balhadas com vistas a indicar a rela??o entre o sentimento lírico e seu contexto maior, social e político. ? interessante que você leia o libreto da obra e informa??es sobre o contexto retratado.Você pode debater com os estudantes a proximidade entre a can??o e o poema por meio de atividades desenvolvidas com o texto Monte Castelo, da banda Legi?o Urbana, além de trabalhar intertextualidade. Por intertextualidade entende-se, segundo Koch (1998, p. 46), que:80Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderO que aprendi sobre...Fa?a uma pesquisa para encontrar can??es atuais engajadas que falem de protestos sociais e/ou políticos. Escolha uma letra da qual você goste e encontre nela os seguintes elementos:Há denúncia direta ou ela é feita por meio de recursos linguísticos, como a metáfora? Comprove sua resposta com um trecho da letra da can??o.Há rimas na letra? De que forma elas contribuem para que a can??o seja de qualidade?Em que contexto a can??o foi produzida?dadas, com rela??o aos diferentes contextos de produ??o. Você ainda pode ampliar, pedindo que obser- vem a variante linguística utilizada nas can??es que escolheram.Aprendendo com a comunidadeSugira que os estudantes pesqui- sem, junto às famílias e aos co- nhecidos, as can??es que emba- laram sua juventude. Eles devem seguir o roteiro abaixo, trazendo os resultados para a classe para discutir com os colegas a ideia ex- pressa nessas can??es, suas cons- tru??es e as emo??es relatadas pelos entrevistados com rela??o a suas escolhas.Qual a sua can??o preferida?Quem escreveu essa can??o? Quem a interpretou?Em que ano foi composta?Que tipo de ideia essa can??o retrata?Que sensa??es ela traz a você?Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Unidade 363[...] todo texto é um objeto heterogêneo, que revela uma rela??o radical de seu interior com seu exterior, e, desse exte- rior, evidentemente, fazem parte outros textos que lhe d?o origem, que o predeterminam, com os quais dialoga, que re- toma, a que alude, ou a que se op?e. [...]Pode-se observar nessa can??o “a intertextualidade com o Soneto XI, de Luís Vaz de Cam?es, com o capítulo 13 do texto bíblico da Carta de S?o Paulo a Coríntios e com seu título, que faz alus?o à batalha de Monte Castelo, ocorrida na Segunda Guerra Mundial. Exiba dois vídeos, um com a música de Renato Russo, disponível em <;, e outro com o soneto de Cam?es (sem som), disponível em <. com/watch?v=VQXI6zqd_m4&feature=related> (acessos em: 3 nov. 2015). Depois, retome o que é intertextualidade e pergunte se ocorre na música apresentada. Questione, tam- bém, se podemos dizer que a letra da can??o é um poema e por quê. Discuta também se todo poema pode ser musicado.Qualquer can??o de bem alguma poesia tem ? Língua Portuguesa81Para saber mais...Unidade 3Livro:[S.I.]/Editora Ateliê EditorialO S?CULO DA CAN??OAutor: Luiz Tatit Editora: Ateliê EditorialEste livro apresenta uma leitura do nascimento, da consolida??o e do progresso da can??o popular ao longo do século XX, elegendo os períodos, os movimentos, as obras e os artistas que, de acordo com os critérios adotados, foram decisivos para configurar nossa singularidade sonora. Ao analisar as várias sonoridades brasileiras nos últimos decênios, o autor conclui que todo estilo de can??o pode ser decisivo para a compreens?o de uma época musical.Artigos:1512000117044G?NERO CAN??O: POSSIBILIDADES DE INTERPRETA??OAutoras: Ahiranie Sales dos Santos Manzoni e Daniela Botti da RosaDisponível em: < em: 3 nov. 2015.No artigo, há uma proposta de análise linguístico-discursiva da can??o na sala de aula. Dentro da perspectiva da análise do discurso francesa e dialogando com a linguística textual, traz o gênero can??o observando seus aspectos textuais e musicais na tentativa de compreender os sentidos produzidos nessa rela??o intrínseca (texto e melodia).1512000107915G?NERO TEXTUAL CAN??O, EM SALA DE AULA, PROVOCANDO O DESPERTAR DO LEITOR CR?TICOAutoras: Eloíza Perpétua de Oliveira Cobalchini e Luciana C. F. DiasDisponível em: < em: 3 nov. 2015.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender82O artigo exibe uma proposta de trabalho com o gênero textual can??o para o desenvolvimento das capacidades de leitura, na medida em que ela tem papel social importantíssimo na forma??o do ser humano.83Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 4Se??o dos leitoresArgumentar, com base em suposi??es, fatos e conceitos, a respeito de um ponto de vista oralmente e/ou por escrito.4. Expor conhecimentos por meio da oralidade, observando os contextos de produ- ??o, considerando o grau de formalidade requerido pelo gênero textual e utili- zando recursos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, express?es faciais, postura etc.).Identificar, compreender e utilizar paráfrases, cita??es, discursos direto, indireto e indireto livre.Identificar e compreender o uso de recursos estilísticos e expressivos intencional- mente registrados pelo autor.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do siste- ma de representa??o da língua escrita.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhe- cendo os sentidos produzidos.Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Opinar com clareza e coerência, oralmente e/ou por escrito, sobre o texto em estudo.17. Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.19. Compreender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espa?o físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais etc.), comparando-as à variante-padr?o da língua portuguesa.21. Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Orienta??es didáticasUNIDADE4Se??o dos leitoresJohannes Vermeer. c. 1665. ?leo sobre tela. National Gallery of Art, Washington DC, USAVERMEER, Johannes. A lady writing. 1665. ?leo sobre tela, 45 cm x 39,9 cm. National Gallery of Art, Washington, D.C.64Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorNesta unidade, os gêneros em foco s?o a carta do leitor e a carta ao leitor, trabalhados com atividades de interpreta??o e produ??o textual que levam os estudantes à compreens?o das características principais dos gêneros. Além disso, é apresentado um artigo de opini?o sobre o qual a carta do leitor se refere, mas o gênero é tratado sem aprofundamentos, pois será específico de uma unidade no 9o ano.Os tópicos linguísticos da unidade est?o centrados na inter- textualidade (cita??o direta e indireta), na distin??o entre fatoe opini?o e no uso de adjetivos para a constru??o da opini?o; todos eles explorados dentro do contexto trabalhado nas ativi- dades de interpreta??o de texto.A carta do leitor tem por fun??o o estabelecimento de co- munica??o com a revista ou o jornal lido e apresenta propósitos e condi??es de produ??o diferenciados, pois cada publica??o é direcionada a públicos distintos. Assim, ao mudar-se o veículo de comunica??o e o público-alvo, mudam-se também os obje- tivos, a linguagem e a maneira de construir o discurso. Desse modo, as cartas do leitor em revistas para adolescentes podem tematizar pedidos de conselho, orienta??es relacionadas a saú-84Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderYoung girl writing an e-mail, Jonathan Janson, 2007JANSON, Jonathan. Young girl writing an e-mail. 2007. ?leo sobre tela, 45 cm x 45 cm. Cole??o particular.As imagens de abertura mostram duas meninas escrevendo. Trata-se de uma ideia e duas vers?es. A tela, intitulada A lady writing, é do pintor holandês Johannes Vermeer e foi produzida em 1665. A outra, Young girl writing an e-mail, é uma vers?o moderna, de 2008, do artista americano Jonathan Janson. Ao anali- sar as pinturas, podemos concluir que a forma de escrever mudou bastante, mas o ato da escrita continua vivo e necessário em nossa sociedade.Roda de conversaComo s?o os ambientes em que as meninas est?o escrevendo?A quem poderiam se destinar as cartas que as duas meninas escrevem?Que assuntos poderiam ter essas cartas?Que diferentes formas de mensagens escritas podemos enviar às pessoas hoje em dia?O que nos motiva a escrever cartas?Roda de conversaComente com os estudantes que, em tradu??o livre, os títulos das obras s?o, respectivamente, Uma dama escrevendo e Menina es- crevendo um e-mail. Explore bas- tante os elementos apresentados nas duas imagens, como a ilu- mina??o, os objetos no entorno, a alus?o ao silêncio e à tranqui- lidade que ambos os ambientes oferecem ao espectador. Oriente o olhar dos estudantes para que fa?am uma compara??o entre as duas imagens, de forma que per- cebam as diferentes possibilida- des de comunica??o entre o pas- sado e o presente. Promova uma conversa sobre a import?ncia da comunica??o entre as pessoas por meio da escrita e os meios utili- zados para isso, como o bilhete, a carta, o e-mail, as redes sociais e as mensagens de celular, em que os textos s?o breves e sem a preocupa??o de utilizar a varie- dade-padr?o da língua. Retome o gênero carta pessoal, estudado no 6o ano, revisando algumas de suas características.Se??o dos leitores ? Unidade 465de, relacionamentos etc., funcionando como uma espécie de consultório sentimental; em revistas infantis, podem tematizar a intera??o entre leitor e revista, a troca de correspondência entre os leitores, a divulga??o de clubes etc.; em revistas di- recionadas a adultos, o tema é voltado a assuntos veiculados anteriormente pela revista, e os leitores escrevem com o obje- tivo de opinar, comentar, parabenizar e completar informa??es sobre reportagens anteriores.85Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaConsiderando que tanto a carta do leitor quanto a carta ao leitor s?o utilizadas para estabelecer diálogo entre jornal/revis-ta e leitores, deve-se destacar que a segunda, além de argumen- tar, refutar e tentar convencer, pode ser escrita apenas para in- formar alguma coisa diferente que ocorreu ou vai aparecer sobre ou na própria publica??o.Espera-se que o trabalho da unidade seja ampliado, desta- cando-se linguagem formal e informal, fun??o dos vocativos, verbos especiais para reportar fatos e opini?es, adjetivo como recurso na constru??o da opini?o, conectivos, sinais de pontua- ??o e uso do plural.Orienta??es didáticasAtividade 1Oriente os estudantes sobre o fato de que as cartas de leitores reto- mam o conteúdo das matérias publicadas em edi??es anteriores. Além disso, uma carta do leitor pode emitir tanto uma opini?o po- sitiva quanto negativa sobre o as- sunto tratado. Lembre-os de que uma opini?o é algo pessoal e as divergências de opini?es demons- tram os diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto. Mesmo que os estudantes n?o tenham lido as matérias das cartas cita- das, o assunto implícito é de fácil discuss?o. Pergunte o que pensam sobre os temas das duas cartas. Sobre as respostas, verifique se est?o aproximadas das seguintes ideias: a. Respectivamente, a im- port?ncia da história e da cultura para a constru??o da identidade e bullying; b. Pessoas desconhe- cidas, mas identificadas no texto pelo nome e lugar onde vivem; c. Por respeito à opini?o de seus lei- tores e, ao mesmo tempo, para promover debates sobre os assun- tos publicados. Considere qualquer resposta que se aproxime dessas.Desafio1 Leia os dois textos e responda às quest?es.Dois paísesN?o poderia concordar mais com o professor Ives Gandra da Silva Martins quando ele defende a valoriza??o das tradi??es lusitanas como elementos for- madores da nossa identidade (“Dia da comunidade luso-brasileira”, Tendên- cias/Debates, 22/4). Essas tradi??es têm de ser refor?adas, claro. Mas, mesmo como descendente de imigrantes portugueses, n?o posso aceitar a afirma??o de que a história do Brasil só se inicia após a chegada de Portugal ao país. Temos raízes e tra?os particulares que se originaram bem antes deste fato histórico, e é preciso reconhecer isso.Manoel Pereira dos Anjos(Presidente Prudente, SP)Painel do leitor. Notícias Gerais, SP. 24 abr. 2014. P. A3.? assustador perceber como o bullying se transformou em prática cotidiana entre os estudantes brasileiros (“Brincadeira, n?o. Violência”, 19 de junho). Es- pecialmente nas escolas públicas, este ato de covardia é adotado por indivíduos que acreditam serem verdadeiramente superiores aos demais. ? preciso com- batê-lo, porque n?o se trata de “brincadeira pesada”, e sim de violência.Paulo Machado FreirePainel do leitor. Revista Aqui e agora!, BH. 26 jun. 2013.Quais os assuntos abordados nos dois textos?Quem s?o as pessoas que escreveram esses textos?86Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es66Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderOs textos foram retirados de jornais e revistas que possuem uma se??o na qual se publica a opini?o dos leitores. Por que esses meios de comunica??o publicam essas opini?es?87Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaEncarte 42 Utilize o artigo apresentado pelo seu professor para escrever sua opini?o ao jornal ou revista que o publicou. Antes disso, en- tretanto, responda às perguntas a seguir.Qual a postura sobre o assunto defendido no artigo que você leu?Você já conhecia esse assunto? Se sim, diga quais foram as novas informa??es que adquiriu ao ler o artigo.Que import?ncia o assunto exposto no artigo tem para você?Qual sua opini?o sobre o assunto do texto?Se??o dos leitores ? Unidade 467Atividade 2Selecione previamente um artigo e leve-o à aula. Leia-o para os estu- dantes e promova uma discuss?o sobre o conteúdo com a turma. Em seguida, oriente-os para que, em duplas, escrevam ao periódico expressando suas opini?es. ? im- portante que o artigo selecionado traga uma temática atual e de in- teresse dos estudantes. Neste mo- mento, apenas leve em conta os aspectos relacionados ao planeja- mento e à produ??o textual, uma vez que a análise mais aprofunda- da desse gênero textual será feita no decorrer desta unidade. Antes de as perguntas serem respondi- das, distribua o artigo impresso para as duplas e solicite uma lei- tura atenta e silenciosa do texto, pedindo para debaterem sobre o assunto. Provoque uma reflex?o pessoal sobre o problema exposto no artigo. Oriente também seus estudantes a definirem seu ponto de vista, a favor ou contra os fatos apresentados no artigo. Cada inte- grante da dupla deverá entregar um texto.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender88Orienta??es didáticas3 Construa o conceito do gênero textual carta do leitor. Para isso, complete o texto a se- guir com as palavras do quadro. Observe que nem todas ser?o utilizadas.Atividade 3carta – críticas – diária – horóscopo – livro – opini?o – públicoStudio-Annika/iStock/ThinkstockSolicite aos estudantes que com- pletem o texto individualmente e em seguida comparem as respos- tas em duplas. Pe?a que algum voluntário leia seu texto completo e, caso haja algum equívoco, per- gunte a outro estudante qual pa- lavra ele utilizou naquele espa?o, até encontrarem a palavra correta. As palavras utilizadas devem ser, respectivamente: opini?o – carta – diária – críticas – público.O texto que exp?e a dos leitores de jornais e revistas é chamado de do leitor. Todo jornal e revista mantém uma se??o , em espa?o de destaque, para editar opini?es, sugest?es ou a respeito do que é publicado ou até mesmo ao próprio jornal. Trata-se de uma forma de manter a transpa- rência e o respeito a seu .4 Leia o texto e responda às quest?es.CelebridadesSírio Possenti, autor de Deslizes de celebridades, abor- dou um assunto interessante que é a forma como as pessoas reagem diante dos erros de grafia alheios. Espanta que o erro de Sasha, uma menina de 11 anos, tenha sido levado t?o a sério, quando, para outros erros mais graves, n?o é dada import?ncia. E muitas pessoas ainda perdem tempo comen-tando no Twitter.Sírio Possenti, autor deBeatriz Paulino, aluna do ensino médio, Ubirat? (PR). Deslizes de celebridades.Celebridades. Língua Portuguesa. S?o Paulo, n. 52, p. 6, fev. 2010.a. Esse texto é uma carta pessoal ou uma carta do leitor? Justifique.Atividade 468Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderanota??es[S.I.]/A ideia é que os estudantes te- nham contato com a carta antes mesmo de ler o artigo a que ela se dirige, assim eles podem praticar a capacidade de inferir e se prepa- rar para posteriores atividades de reconhecimento de intertextua- lidade. Leia a carta em voz alta, evidenciando a existência de tema implícito, retomado nesse texto. Leve-os a refletirem sobre o tom argumentativo do texto. Corrija oralmente, solicitando a argumen- ta??o deles na hora das respostas. No item a, levante as diferen?as entre os gêneros textuais, anotan- do na lousa os aspectos que os es- tudantes conseguirem enumerar neste momento. No item b, a auto- ra é Beatriz Paulino, desconhecida, mas indica sua origem e forma??o. No item c, o objetivo da autora foi expressar a opini?o dela sobre umQuem é a autora desse texto?Que objetivo pode ter levado a autora a escrever esse texto?Quem s?o os prováveis leitores dessa carta?Qual o assunto da carta?O que é preciso para escrever um texto como esse? Explique.Retire do texto Celebridades os verbos que introduzem a opini?o da leitora que escre- veu a carta.O texto come?a com um elogio: “Sírio Possenti, autor de Deslizes de celebridades, abor- dou um assunto interessante”. Que adjetivo é utilizado para fazer esse elogio e que efeito pode ter sobre o leitor da carta?A carta de Beatriz Paulino faz referência a algum outro texto? Justifique.Se??o dos leitores ? Unidade 469assunto lido na revista. A respos- ta do item d deve ser o autor do artigo que originou a carta ou os responsáveis pela publica??o des- se artigo na revista. O assunto da carta é uma crítica à import?ncia dada a um erro de grafia de uma menina de 11 anos, fato que n?o considera importante. Para escre- ver um texto como esse é preciso ter uma opini?o formada e consis- tente sobre o assunto lido.Atividade 5Oriente os estudantes para o fato de que n?o s?o somente verbos como “acho” e “penso” que ex- pressam opini?o; no caso do texto, o verbo “espanta” também ex- pressa uma opini?o da autora.Atividade 6Leve os estudantes a reconhece- rem que o adjetivo utilizado é “in- teressante”. O uso dele faz com que o leitor esteja mais disposto a aceitar a opini?o crítica do autor.Atividade 7Os estudantes devem perceber a intertextualidade que vai existir em toda carta do leitor, pois ela sempre se refere a algum texto lido em periódicos. No caso da car- ta lida, eles devem justificar que se refere ao artigo de opini?o Desli- zes de celebridades, de Sírio Pos- senti, sobre um erro de ortografia de Sasha, filha de Xuxa, em sua página no Twitter.Se??o dos leitores ? Língua Portuguesa89Orienta??es didáticasAtividade 8Escreva na lousa alguns critérios para que seja feita a compara??o, como, por exemplo, similaridades e diferen?as de tamanho do texto, presen?a de ponto de vista sobre o assunto, crítica positiva e crítica negativa.Atividade 9Solicite a leitura silenciosa do tex- to e, com o auxílio dos estudantes, enumere na lousa o máximo de elementos que constituem o arti- go de opini?o de Possenti, o qual motivou a escrita da carta. Pe?a que realizem a proposta de com- preens?o. Em seguida, comece a estabelecer com eles o contraste entre carta do leitor e artigo de opini?o. ? o momento para reco- nhecerem a especificidade do gê- nero em quest?o, comparando-o com outro gênero publicado no mesmo tipo de veículo, dirigido a um público-alvo semelhante. Direcione-os de modo que falem algumas semelhan?as e diferen- ?as perceptíveis, mas n?o comple- mente, pois essa compara??o será direcionada na próxima atividade.A carta do leitor apresentada na atividade 4 se parece com o texto que você e seu cole- ga escreveram? Por quê?Leia o artigo ao qual se refere Beatriz Paulino no texto da atividade 4 e responda às perguntas.DESLIZES DE CELEBRIDADES[S.I.]/ listas..brEquívoco de Sasha, filha da apresentadora Xuxa, reacende debate sobre fiscais do idioma e superexposi??o on-lineSasha, que escreveu no Twitter “cena” (de cinema) com s em vez de c, virou alvo de crítica: erro de grafia é erro de português?Come?o pelo óbvio, e gostaria que esta posi??o ficasse clara: erro de grafia é erro. As gramáticas e todos os instrumentos que se destinam a assegurar o cumprimento das regras de grafia – que, no nosso caso, s?o estabelecidas em lei – explicam quais as regras a seguir: quando se usam maiúsculas, hífens, ss, sc, xc, cx, h, g, j, til, cedilha etc. Portanto, quem escreve “sena”, referindo-se à cena de filme, novela ou pe?a teatral, cometeu um erro.Dito isso, é preciso pensar sobre o que significa cometer um erro, em geral considerado evidência de pouca instru??o, mas quase nunca analisado criteriosamente, para entender o quanto a rela??o entre letras e sons é complexa e quais os fatores que os condicionam. E sobre a verdadeira mania(escolar e social) que é a ca?a aos erros. Mais cruelmente, a ca?a às pessoas que cometem lapsos previsíveis e s?o tachadas de ignorantes ou disléxicas.S?o numerosas e demoradas as discuss?es sobre grafia. As comiss?es de especialistas consomem décadas para produzir uma proposta de sistema de escrita. Por que será que quase analfabetos se sentem autorizados a julgar a capacidade de pessoas que cometem erros ortográficos, sem demonstrar competência para a análise do sistema de escrita, análise que poderia explicar a natureza e a raz?o do erro, mostrando, muitas vezes, que se trata de problema banal, que uma canetada pode resolver? Consideremos o caso Sasha: a90Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es70Língua Portuguesa ? Movimento do aprender91Se??o dos leitores ? Língua Portuguesafilha de Xuxa informou, pelo microblog Twitter, que ia filmar uma “sena”. Uma multid?o de seguidores saiu a campo desqualificando a inteligência da menina pela troca de c pors. O curioso é que nenhum dos que se manifestaram se preocupou em analisar o grau de sofistica??o intelectual que se exige para ser seguidor ou leitor das mensagens de Xuxa!O CASO SASHANo episódio, o grave é que:Xuxa (e Sasha) avise ao mundo sobre o que faz e deixe de fazer;numerosas pessoas (soube que foram 70 mil!) “altamente inteligentes (!)” leiam tais recados;se deem ao trabalho de comentá-los;dado um erro, todos se arvorem em analistas da língua (sem se darem conta de que s?o o mais claro testemunho de que a coisa vai mal). Ah, havia UM erro de grafia no recado de Sasha! O resto estava certo – e ninguém viu.Observem que n?o incluí “sena” entre as coisas graves. Porque um erro dessa ordem n?o é grave na escrita de pessoa dessa idade e experiência. Mas n?o é erro? ?. Mas n?o grave. A avalia??o da gravidade deve considerar um conjunto de critérios: idade e grau de escolaridade do escrevente; complexidade da rela??o som/letra; frequência da palavra; interferência da pronúncia (localidade, idade etc.). E nem menciono as possibilidades de segmenta??o alternativas que ocorrem em fun??o de outros fatores (como juntar “ser humano” ou “se acha” em “serumano” e “siacha”, casos explicáveis!).Um termo como “cena” n?o oferece dificuldade. Bem menos que “exceto”, “salsicha” ou express?o que antes tinha, agora n?o tem ou talvez continue tendo hífen. O erro de Sasha n?o ocorre em segmento com pronúncias variáveis (“menino” pode provocar grafias como “mininu”; “maldade” vira “maudade”). Como está filmando (talvez o erro seja este!), o termo “cena” deveria ser-lhe familiar (mas nunca se sabe!). Ou seja: a palavra é fácil, boa para condenar o escrevente, para divertir-se com seu erro, mesmo se ele for uma crian?a.Houve muitos equívocos na avalia??o do episódio. Bom exemplo é o de Ruy Castro (Folha de S.Paulo, 5/9/09), que escreveu que Sasha “queria dizer ‘cena’”. Ora, ela n?o queria dizer, ela queria escrever “cena” (afinal, “cena” e “sena” s?o ditas do mesmo jeito). O erro de Castro é mais grave que o de Sasha, até porque ele tem mais de 11 anos!Nossa cultura dá valor excessivo à grafia, elevada a símbolo de domínio da língua. Mas, a rigor, erro de grafia nem é erro de português. ? só de escrita, desobediência a uma lei que n?o é lei da língua, tanto que pode ser alterada pelo governo. ? de natureza diferente dosSe??o dos leitores ? Unidade 471Orienta??es didáticasPara finalizar, oriente os estudan- tes, como tarefa de casa, a selecio- narem diferentes tipos de periódi- cos que tenham cartas do leitor, e assim entenderem a composi??o do gênero planejada de acordo com sua fun??o social e seus pro- pósitos comunicativos. E, ainda, que as cartas s?o provenientes de diferentes veículos de comu- nica??o e públicos-alvo distintos– público adulto (revistas Veja, ?poca, Exame e outras) e público infantil (revistas Ciência Hoje das Crian?as, Recreio, Mundo Estra- nho etc.). Pe?a que mantenham a revista ou jornal que trouxerem sempre com eles, pois esses peri- ódicos ser?o utilizados em outras atividades.erros de sintaxe ou de sem?ntica. Graves mesmo s?o textos precários ou sem sentido. Se consultarmos textos de várias épocas veremos que s?o grafados de maneiras diferentes. Poderíamos tratar os textos grafados de forma “ilegal” da forma como tratamos os de outras épocas: como textos que precisam de revis?o. O erro de grafia n?o é, por si, prova de falta de domínio da escrita. ? sintoma, n?o se pode duvidar. Mas n?o é a verdadeira doen?a.A consulta a livros que analisam escritas populares mostra que a diversidade de escrita n?o impede o exercício de muitas das fun??es da linguagem. Em especial na escola, seria necessário clareza sobre as raz?es que levam a erros de grafia. Há raz?es linguísticas para eles. Muitas s?o ligadas à inconsistência do próprio sistema ortográfico (como diversas grafias do fonema /s/). Outras s?o ligadas à varia??o linguística (como as que levam a ter problemas para decidir entre “mau” e “mal”). Mas há diversas interpreta??es de “unidades de fala”, cuja análise está longe de ser óbvia a quem n?o domina o léxico erudito e referências culturais mais sofisticadas do que as disponíveis na escola e na TV.Os professores deveriam ser capazes de entender de onde vieram os erros. Assim, seria mais fácil decidir como proceder para evitá-los. Se um aluno escreve “táquissi” ou “séquisso”, n?o basta rir ou mandar corrigir. Seria bom compreender que se trata de fato relativo à pronúncia de sílabas terminadas (na fala) em oclusivas (sek-so, tak-si), que s?o acrescidas de vogal (e que explica porque dizemos “futebol” e “esnobe”, n?o “futbol” e “(e)snob”).POSSENTI, Sírio. Deslizes de celebridades. Língua Portuguesa, S?o Paulo, n. 48, out. 2009. Disponível em: <;. Acesso em: 31 ago. 2015.Que gênero textual é esse?Quem é o autor do texto?Onde e quando esse texto foi publicado?Qual é o assunto do texto?Qual o principal argumento do texto, ou seja, qual a principal raz?o que o autor usa para justificar sua opini?o a respeito do assunto em quest?o?92Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es72Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAgora que leu o texto de Possenti, ao qual a carta da atividade 4 faz referência, o leitor lhe parece a favor do texto original ou contra ele? Como podemos saber disso?E você, está a favor da discuss?o realizada pelo professor que escreveu o artigo ou contra ela? Justifique.? possível imaginar que a carta lida na atividade 4 existiria sem o artigo de Possenti? Explique.93Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaA partir dos conhecimentos adquiridos até o momento, compare os dois textos lidos, preenchendo o quadro.CelebridadesDeslizes de celebridadesQual é o gênero textual?Quem escreveu o texto?Quando foi escrito?Onde o texto foi publicado?Qual é a fun??o social do texto?Qual é o público-alvo?Qual o tema do texto?(continua)Se??o dos leitores ? Unidade 473Atividade 10Apesar de parte dessas quest?es apresentadas no quadro já terem sido respondidas anteriormente, cabe aqui desenvolver no estu- dante a habilidade de compara??o com base em critérios. Os estudan- tes devem dar exemplos nos itens sobre o uso da variedade-padr?o da língua portuguesa, gírias ou outras variedades da língua, a ex- posi??o de fatos, o uso de cita??es e a presen?a da opini?o do autor. Diga que podem comparar o qua- dro com os colegas e depois pro- ceda à corre??o na lousa. Ao final da análise desses aspectos, solicite a montagem de um painel, desta- cando as express?es que os auto- res utilizam no texto para marcar a sua intencionalidade.CelebridadesDeslizes decelebridadesOrienta??es didáticasAten??o!Retome com os estudantes o uso de cita??o direta e cita??o indi- reta, trabalhando a intertextua- lidade. Comente que o uso delas permite que as cartas do leitor “contenham” o artigo de opini?o ao qual se referem. ? importante esclarecer as diferen?as entre os dois tipos de cita??o e seu papel na atividade de argumenta??o, de defesa do ponto de vista por parte dos leitores.Atividade 11Verifique se os estudantes iden- tificaram corretamente a cita??o indireta: “Sírio Possenti, autor de Deslizes de celebridades, abor- dou um assunto interessante que é a forma como as pessoas rea- gem diante dos erros de grafia alheios”. Para ampliar, pe?a que busquem nos textos que trouxe- ram, solicitados na atividade 9, al- guns exemplos de cita??es diretas e indiretas. Tenha alguns textos de periódicos para fornecer, caso alguém n?o tenha trazido.Na próxima atividade, os estudan- tes dever?o trazer alguns periódi- cos. Caso você tenha disponibilida- de em sua escola, utilize o espa?o da biblioteca.Conecte-seLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender94Você pode solicitar a leitura do texto indicado para que os estu- dantes falem sobre as caracterís- ticas específicas do gênero textual carta do leitor, além de poderem verificar a intertextualidade, o uso de parênteses e também de cita- ??es diretas e indiretas. Pe?a ain- da a opini?o deles sobre o assunto tratado na carta.Há uso predominante da norma-padr?o da língua?Há uso de gírias ou outras variedades da língua?O texto apresenta fatos?O texto faz cita??es?Há opini?o do autor?Nas atividades sobre a carta de Beatriz Paulino, você identificou elementos que faziam referência ao texto de Possenti. A esses elementos chamamos de intertextualidade.Aten??o!Deve-se usar o sinal das aspas ( “ ) quando transcrevemos um texto de outra pessoa palavra por palavra, o que é chamado de cita??o direta. Uma cita??o pode também ser indireta, sem aspas. Nesse caso, o autor a faz com suas próprias palavras.Considerando a explica??o apresentada no quadro Aten??o!, identifique e transcreva o trecho da carta de Beatriz Paulino em que ocorre uma cita??o e diga se é direta ou indireta.Conecte-seNo livro Muitos textos... Tantas palavras há uma carta do leitor, escrita por um motociclista do Rio Grande do Norte. Sobre o que será que ele escreveu? Curioso para confirmar sua hipótese? Ent?o, leia e confira no próprio texto chamado de “Carta do leitor”.74Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderSelecione alguns periódicos e realize as seguintes atividades:[S.I.]/Acervo da EditoraEm grupo, escolham duas cartas do leitor apresentadas nas publica??es trazidas por vocês e analisem-nas de acordo com as perguntas a seguir.A se??o onde est?o as cartas recebe algum nome específico? Qual a denomina??o utilizada?Essas cartas possuem as mesmas características das estudadas na unidade? Aponte as semelhan?as e diferen?as.Nas cartas analisadas predomina linguagem formal ou informal? Por quê?Quais foram os assuntos escolhidos pelos leitores que escreveram as cartas?Se??o dos leitores ? Unidade 475Atividade 1295Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaOrganize os estudantes em gru- pos para que leiam as cartas do leitor trazidas por eles e solicite que escolham duas para fazer a análise. ? importante evidenciar, nas discuss?es e nas leituras, que a carta do leitor é produzida em coautoria e, desse modo, tanto o leitor quanto os editores do pe- riódico constroem o discurso de acordo com a aprecia??o valorati- va feita sobre a revista ou o jornal e o tema. Contudo, ao escolher cartas com referência às matérias já mostradas pelo periódico, o ve- ículo se autorreferencia pela fala do leitor. Ainda, a revista ou jor- nal exige certo número de pala- vras ou caracteres para colocar na se??o, portanto as cartas n?o s?o publicadas integralmente. Explo- re e discuta a percep??o quanto à distribui??o das cartas na página, como s?o formatadas, o que está abaixo de cada uma, se há nota da reda??o e outros itens. Isso é interessante, pois, geralmen- te, est?o em partes do periódico voltadas para textos de opini?o: artigos de opini?o, colunas etc. Além disso, você pode analisar e discutir o fato de que em algu- mas revistas, como Caras, n?o há carta do leitor, de maneira que os estudantes construam hipóteses sobre isso. A publica??o das car- tas segue normas, que variam de acordo com cada revista ou jornal; por exemplo, as que s?o enviadas à Veja devem trazer assinatura, endere?o, número da identidade e telefone do autor. A sele??o das cartas parte de alguns critérios como clareza, conteúdo, entre ou- tros, dependendo de cada veículo.Orienta??es didáticasQue opini?o eles sustentaram em suas cartas?Para debaterOrganize os estudantes em dois grupos para trabalhar a situa??o 1: um com os que s?o contra e outro com os que s?o a favor da matéria; fa?a o mesmo para a situa- ??o 2. Oriente-os para manterem a organiza??o, respeitando os tur- nos da fala durante a discuss?o. Você deverá mediar os debates e estimular os estudantes para que todos contribuam.Atividade 13anota??esSolicite que dois estudantes leiam os textos apresentados; um deve- rá ler a carta do leitor e o outro a carta ao leitor. Em seguida, pe?a que respondam às quest?es, aten- tando para as características dos gêneros em estudo. Você pode montar com os estudantes um quadro comparativo dos dois gê- neros. Além disso, retome alguns aspectos que s?o gerais para todo tipo de carta, como o uso do vo- cativo. Relembre também carac- terísticas próprias do gênero carta pessoal, estudado no 6o ano, com- parando-o a esses dois.Na opini?o de vocês, as cartas s?o editadas antes da publica??o? Expliquem.Para debaterImagine que você queira escrever uma carta ao diretor de sua escola sobre uma matéria publicada no jornal semanal da escola. Escolha uma das situa??es para discutir oralmente com seus colegas:Situa??o 1: a matéria publicada no jornal da escola é sobre a proibi??o de festas no ambiente escolar.Situa??o 2: a matéria publicada no jornal da escola é sobre a n?o obrigatoriedade do uso do uniforme no ambiente escolar.Você é contra ou a favor?O que pensa sobre essas decis?es?Que argumentos usaria para expor sua opini?o sobre o assunto?Deixe claro o seu ponto de vista. Se perceber que n?o foi compreendido, reformule o que disse, a fim de resolver as dificuldades.Leia os textos e responda às quest?es.Paulina ChizianeAchei maravilhosa a entrevista feita com a mo?ambicana Paulina Chiziane (língua 50, dezembro). N?o a conhecia, nunca li um livro dela, mas o relato foi t?o tocante e interes- sante que vou procurar livros publicados por ela para conhecer melhor a autora.Regina Mendon?a, S?o Paulo (SP).Língua Portuguesa. S?o Paulo, ano 4, n. 52, p. 6, fev. 2010. Se??o Carta.76Língua Portuguesa ? Movimento do aprender96Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderSe??o dos leitores ? Língua Portuguesa97Caros leitoresWanderley Guilherme dos SantosA entrevista com o professor Wanderley Guilherme dos Santos é uma aula de democra- cia. Foi uma oportunidade que tivemos de beber da fonte de tamanha lucidez lítica.Maurício Batalha, estudante de jornalismo da UFES, Serra, ES.Caros Amigos. S?o Paulo, n. 116, p. 7, nov. 2006. Se??o Caros leitores.A estrutura da carta do leitor é similar à da carta ao leitor? Em que aspectos?Como é chamada a parte da carta em que definimos nossos objetivos e inten??es?Qual a fun??o dos vocativos? Eles est?o expressos nessas duas cartas? Identifique-o os autores das cartas se referem a si mesmos?Se??o dos leitores ? Unidade 477Orienta??es didáticasAtividade 14Para refor?ar as diferen?as entre os dois gêneros textuais apresen- tados, cuja semelhan?a está na finalidade de estabelecer comu- nica??o entre periódico e leitor, nesta atividade os estudantes devem distinguir a carta do leitor da carta ao leitor. Pe?a ainda que revejam os periódicos trazidos por eles para verificar se todos pos- suem tanto a se??o de carta do leitor quanto a de carta ao leitor, comparando-as também. Por fim, motive-os a discutirem se envia- riam uma carta a um jornal ou revista para expressar a opini?o a respeito de algum texto lido. Para ampliar, questione-os: quais os prováveis motivos que levaram a autora da carta do leitor a escrever tal texto? De que o artigo a que ela se refere pode tratar? A autora teria a mesma opini?o da leitora? Além disso, sobre a carta ao leitor, questione-os se foi escrita para argumentar, refutar, concordar ou apenas informar algo, pedindo que justifiquem. Assim, você pode avaliar se compreenderam as par- ticularidades dos gêneros textuais em estudo.Leia os trechos retirados de cartas e responda às quest?es.[...] ? lamentável que uma escritora aparentemente t?o sensível possa demonstrar ta- manha ignor?ncia quando se trata de reconhecer a import?ncia da luta contra o tratamen- to cruel dispensado aos animais. Os seres humanos realmente acreditam que s?o a raz?o de tudo que há na Terra, mas a história da nossa evolu??o já deu mostras de que n?o é bem assim. Somos apenas um elemento nessa equa??o gigante da natureza, mas n?o sei se ainda resta tempo para que a humanidade se dê conta disso.Sandra Ribeiro Martins, RJVEJA come?a 2012 com uma configura??o editorial mais adequada aos imensos e múlti- plos desafios envolvidos em entregar a seus leitores semanalmente uma revista que, indo além da súmula dos fatos nacionais e internacionais, aprofunda, analisa e contextualiza os principais eventos e tendências.[...]Veja. S?o Paulo. Ed. 2250, ano 45, n. 1, p. 10, 4 jan. 2012. Se??o Carta ao leitor.Você reconhece o gênero textual de cada trecho? Quais s?o eles?Onde s?o encontrados textos como esses?Há diferen?a entre carta do leitor e carta ao leitor? Quais?Em todas as revistas e jornais há painel ou página para carta do leitor e para carta ao leitor?98Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es78Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderVocê escreveria a um jornal ou revista para expressar opini?o sobre algum artigo publicado?Você acha importante que jornais e revistas tenham uma se??o para a carta ao leitor? Por quê?Escolha uma palavra de cada coluna para formar a frase que mostrará o conceito do gênero textual carta ao leitor.AReda??odoadmiradoréumartigodeeditoraocinemaleitorOCartadehomems?oumaposi??odoleitorparaeditoreditorUmLivroaoleitorserásemmensagemdaespectadornopúblicoespectadorAgora, leia a próxima carta e responda à quest?o.Sou um ser humano mais feliz após a leitura da Carta ao Leitor “A vida como ela é” (22 de janeiro). Ao desmontar as teorias de especialistas que tentam analisar os “rolezinhos” dos jovens nos shopping centers como um fen?meno social, e n?o como o que eles realmen- te s?o, isto é, baderna pura e simples, o autor da carta elaborou um texto brilhante para o espa?o de que dispunha.Jair Cunha, Campinas, SPCassino. 29 jan. 2014.Além de transmitir uma mensagem pessoal ao leitor, que outra fun??o social esse tipo de carta desempenha?Atividade 15Os estudantes já sabem que o gê- nero textual do segundo trecho na atividade 14 é carta ao leitor, mas agora devem sistematizar o con- ceito do gênero, formando a frase: A carta ao leitor é uma mensagem do editor ao público leitor.Atividade 16Alerte os estudantes para o fato de que a carta ao leitor n?o é res- trita à mensagem do editor, como um editorial menor; ela também proporciona uma conversa entre os leitores. Eles devem dar uma resposta que se aproxime da fun- ??o social de promover um debate entre os próprios leitores da revis- ta ou do jornal.99Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaSe??o dos leitores ? Unidade 479Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender100Orienta??es didáticas17 Releia os textos das atividades 13, 14 e 16 e fa?a uma lista dos verbos especiais usados para reportar fatos e opini?es.Você sabia?O sinal de pontua??o chamado de parênteses ( ) pode ser empregado em textos nos seguintes momentos:para indicar uma fonte bibliográfica;para esclarecer algo ou informar o significado de alguma palavra ou express?o;em substitui??o à vírgula, para inserir um comentário à parte do que se está escrevendo.18 Leia os trechos a seguir e explique por que os parênteses s?o utilizados.80Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderE sobre a verdadeira mania (escolar e social) que é a ca?a aos erros. Mais cruelmente, a ca?a às pessoas que cometem lapsos previsíveis e s?o tachadas de ignorantes ou disléxicas.Atividade 17Leve os estudantes a refletirem sobre a escolha lexical dos verbos feita pelo articulista ao longo da composi??o de suas argumenta- ??es e manipula??o dos fatos que os convocam. Solicite que compar- tilhem os verbos que encontraram a fim de verificar quais reportam fatos e quais se referem a opini- ?es. Pe?a que completem a lista, caso seja necessário.Você sabia?Primeiro, pergunte aos estudantes o que sabem a respeito do uso dos parênteses. Depois, leia a informa- ??o para eles e pe?a que busquem os usos que est?o listados nos tex- tos estudados ao longo da unida- de, além de outros que constam nos periódicos trazidos por eles.Atividade 18anota??esSolicite que os estudantes se aten- tem ao uso dos parênteses nos tre- chos apresentados. Espera-se que eles concluam que s?o utilizados para explicar uma determinada in- forma??o, de modo que a inser??o dessa informa??o explicativa n?o acarrete um desarranjo no texto. Portanto, os parênteses auxiliam a constru??o da organiza??o textu- al. Você ainda pode promover uma pesquisa sobre outros usos dos pa- rênteses e pedir que os estudantes escrevam suas conclus?es em car- tazes com exemplos para afixar no mural da classe.Houve muitos equívocos na avalia??o do episódio. Bom exemplo é o de Ruy Castro (Fo- lha de S.Paulo, 5/9/09), que escreveu que Sasha “queria dizer ‘cena’”. Ora, ela n?o queria dizer, ela queria escrever “cena” (afinal, “cena” e “sena” s?o ditas do mesmo jeito). O erro de Castro é mais grave que o de Sasha, até porque ele tem mais de 11 anos!Em especial na escola, seria necessário clareza sobre as raz?es que levam a erros de gra- fia. Há raz?es linguísticas para eles. Muitas s?o ligadas à inconsistência do próprio sistema ortográfico (como diversas grafias do fonema /s/). Outras s?o ligadas à varia??o linguísti- ca (como as que levam a ter problemas para decidir entre “mau” e “mal”).Conecte-seCarta do Editor da 1a edi??o da revista VejaPrezado leitor:? Reprodu??o Veja/Abril Comunica??es S/A? Reprodu??o Veja/Abril Comunica??es S/A? Reprodu??o Veja/Abril Comunica??es S/A/Latinstock? Reprodu??o Veja/Abril Comunica??es S/A/Getty ImagesOnde quer que você esteja, na vastid?o do território nacional, estará lendo estas linhas praticamente ao mesmo tempo que todos os demais leitores do País. Pois VEJA quer ser a grande revista semanal de informa??o de todos os brasileiros. [...]Veja, Ed. 10, 23/10/1968. Veja, Ed. 609, 7/5/1980. Veja, Ed. 1485, 5/3/1997. Veja, Ed. 2323, 29/5/2013.Observe a carta completa no site <;. Nesse endere?o, você terá acesso ao acervo da revista Veja desde sua primeira edi??o, em 11/9/1968, até a última. ? só escolher o ano, o mês e por último a edi??o para explorar quantas cartas ao leitor e cartas do leitor você desejar.Se??o dos leitores ? Unidade 481Conecte-seVocê pode levar os estudantes ao laboratório de informática para explorarem o site do acervo digital da Veja e termina- rem a leitura da carta. Durante a leitura do texto na íntegra, chame a aten??o dos estudantes sobre os diferentes aspec- tos linguísticos da época em que foi escrita, além de levá-los a comentar sobre as características do gênero carta ao leitor. Pe?a também que verifiquem o uso dos parênteses em ou- tros textos acessados no site da revista.Atividade 19Os estudantes dever?o retomar a produ??o textual que come?a- ram na atividade 2. A ideia é que, agora de posse de conhecimen- tos sobre o gênero e suas possi- bilidades temáticas, fa?am uma autoavalia??o e reescrevam suas opini?es expressas anteriormen- te, adequando-as ao gênero que trabalharam. O preenchimento do quadro deve ser individual.Retome com eles que, a princípio, costuma-se estar muito preso à elabora??o das ideias, e assim, ou- tros aspectos, como a linguagem, acabam sendo desconsiderados. Por isso, é sempre recomendado fazer uma revis?o antes de encer- rar qualquer texto, especialmente uma carta que poderá ser publica- da. Para que consigam revisar as produ??es, será necessário que fa- ?am uma leitura atenta, pois assim poder?o identificar se realmente organizaram as ideias da melhor forma, se utilizaram adequada- mente a linguagem e se considera- ram a forma composicional e a fun- ??o social dos gêneros em estudo, lembrando-se de compará-los.Atividade 20Após terminar a autoavalia??o, o estudante deve se reunir com101Se??o dos leitores ? Língua Portuguesao colega com quem trabalhou na atividade 2 para confrontar os quadros. Caso julguem necessário, dever?o reescrever os textos, em duplas novamente. ? importante orientá-los para que, ao reescrever a carta, prestem aten??o a tudo que aprenderam e praticaram du- rante a unidade. Lembre que é es- sencial que o leitor saiba se quem escreveu a carta é a favor ou con- tra o artigo ao qual se dirige e os motivos que sustentam essa opi- ni?o. Cada um deverá entregar sua vers?o, que será utilizada em outro momento, após sua devolutiva.Orienta??es didáticasO que aprendi sobre...Devolva a carta do leitor que as du- plas reescreveram para que os es- tudantes fa?am a troca dos textos. Para a escrita da carta ao leitor, oriente-os a planejarem antes de elaborar o texto. Retome algumas orienta??es dadas na atividade 2, mas agora com outro foco:Qual é seu ponto de vista sobre a argumenta??o da carta do leitor?Quais s?o as novas informa??es que pode acrescentar à argu- menta??o do leitor?Sugira que fa?am a socializa??o oral das produ??es, solicitando que a dupla, ao receber a carta ao leitor, se posicione diante do que lhe foi dito no texto.Aprendendo com a comunidadeSugira que os estudantes pesqui- sem, em jornais, revistas e outras publica??es, do bairro ou da cida- de onde moram, procurando por um artigo de opini?o que fale de algo relativo à sua realidade. Eles devem ser encorajados a escrever cartas como resposta aos artigos escolhidos. Fa?a a corre??o dos textos que escreverem e proponha que enviem a carta ao periódi- co, conferindo, na edi??o seguin- te, se foi publicada. ? necessárioRetome o texto que você escreveu na atividade 2. Agora que conhece melhor o gênero textual carta do leitor, fa?a uma autoavalia??o do seu texto, preenchendo o quadro.SimN?oA carta apresenta opini?o sobre o artigo lido?Há argumentos consistentes para apoiar essa opini?o?Há conclus?o?O texto faz referência ao artigo que o originou?Panda BooksCompare seu quadro com o do colega que escreveu o texto com você. Se julgarem ne- cessário, reescrevam a carta do leitor e entreguem a última vers?o ao professor.Saiba maisLivro:NO PA?S DAS PLACAS MALUCASAutores: José Eduardo Camargo; L. Soares Editora: Panda BooksVocê conhece bem a língua portuguesa? Ent?o prepare-se para fazer uma divertida viagem pelo nosso país. A lente do fotógrafo José Eduardo de Camargo registrou as placas mais malucas do Brasil, e o cordéis de L. Soares mostram que a irreverência do povo brasileiro n?o tem limites! De Norte a Sul, conhe?a as nossas muitas línguas portuguesas. Neste país, placas malucas comprovam a criatividade e a nossa capacidade de comunica??o.Você, leitor, talvez questione o autor: “E os erros de português?”. E ele responde: “Fazem parte da nossa linguagem popular. N?o veja isso como sinal de ignor?ncia ou desrespeito ao nosso idioma. Os “erros”, se é que podemos chamar de erros, talvez sejam intencionais. Muitas vezes, é no “erro” que está a gra?a. Nada de preconceitos”.Filme:O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTENDire??o: Robin Swicord EUA, 2007, 106 min.Mulheres de todas as idades fazem parte de um clube do livro sobre as obras de Jane Austen, responsável por títulos como Orgulho e preconceito, Raz?o e sensibilidade e Persuas?o. Nessas reuni?es, elas discutem as li??es aprendidas nos livros, tentando resolver seus relacionamentos ou, pelo menos, arranjar um.Avan?arLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender102Filme de Robin Swicord. O clube de leitura de Jane Austen. EUA, 200782Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderSolicite que os estudantes desenvolvam uma atividade coletiva, em classe, na qual te- r?o a tarefa de defender seus pontos de vista com rela??o a um artigo comum a todos. Traga à classe alguns artigos de opini?o retirados de jornal ou revista, de temas varia- dos, para que eles possam escolher, por interesse e vota??o, aquele que ter?o como tema de seu debate.Os estudantes devem ler com aten??o o artigo e algumas cartas dirigidas a ele na pu- blica??o em quest?o. Devem, ent?o, se separar em grupos que concordam e discor- dam do artigo, seguindo os passos dos leitores que redigiram as cartas publicadas. Os estudantes devem trabalhar colaborativamente para organizar sua posi??o com rela-103Se??o dos leitores ? Língua PortuguesaO que aprendi sobre...Após receberem a devolutiva de sua carta do leitor, troquem seus textos com os de outra dupla.Agora, imaginem que vocês trabalham no periódico para o qual seus colegas escreveram a carta do leitor.Colocando-se na posi??o de editor desse jornal ou revista, escrevam uma carta ao leitor para a dupla com quem vocês trocaram os textos, comentando sobre o assunto tratado na carta deles.conduzi-los a refletir sobre os re- cursos existentes na língua e sobre os efeitos por eles gerados, tanto nos textos lidos quanto nos produ- zidos. ? importante comentar com os estudantes que, em diversas situa??es sociais, somos levados a nos posicionar diante de temas polêmicos e muitas vezes ques- tionáveis ou duvidosos. Nesses casos, utilizamos a argumenta??o, que tem como objetivo modificar a opini?o das pessoas, fazendo-as pensar como nós. Quando escreve- mos um texto, os argumentos s?o muito importantes, pois ser?o as provas que apresentaremos para defender nossa opini?o e conven- cer o leitor de que essa é a mais correta. No entanto, para se che- gar a uma argumenta??o convin- cente, capaz de modificar opini?es e alterar condutas, é necessário conhecimento aprofundado sobre o assunto.Se??o dos leitores ? Unidade 483??o ao artigo debatido. Quando minimamente organizados, devem apresentar seu posicionamento para o outro grupo, que terá também seu momento de exposi??o. Organize os turnos, para que possam replicar as opini?es de cada grupo. A atividade termina com uma organiza??o conjunta na lou- sa, liderada por você, dos fatos e dos recursos linguísticos usados por eles.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender104Para saber mais...Unidade 4Livro:Divulga??oINTERTEXTUALIDADE: DI?LOGOS POSS?VEISAutores: Ingedore G. Villa?a Koch, Anna Christina Bentes e M?nica Magalh?es Cavalcanti Editora: CortezA intertextualidade constitui um dos grandes temas cujo estudo dedica-se tanto à Linguística Textual quanto a uma série de outras disciplinas, particularmente a Teoria Literária, no interior da qual o conceito teve origem. A Linguística Textual incorporou o postulado dialógico de Bakhtin, de que um texto n?o existe nem pode ser avaliado ou compreendido isoladamente – ele está sempre em diálogo com outros textos. Assim, todo texto revela uma rela??o radical de seu interior com seu exterior. Este livro tem como principal objetivo analisar, com o auxílio de muitos exemplos, essa necessária presen?a do outro naquilo que dizemos (escrevemos) ou ouvimos (lemos), procurando dar conta desse fen?meno.Artigo:1548126169001AS CARTAS DO LEITOR E O ENSINO DE L?NGUA MATERNAAutora: Regina Demeterko StadykoskiDisponível em: < em: 4 nov. 2015.O artigo tem como objetivo discutir o ensino de língua materna por meio do gênero carta do leitor. Esse gênero textual propicia a intera??o dos estudantes com os meios de comunica??o e permite a realiza??o de atividades de leitura, interpreta??o e produ??o textual com reais fun??es sociais. Além disso, possibilita a discuss?o de temas da atualidade e incentiva a ado??o de uma postura crítica diante dos fatos. Dessa forma, os estudantes podem se colocar como verdadeiros interlocutores, concretizando práticas de leitura e escrita diversas, uma vez que por meio das cartas podem argumentar, comunicar-se, opinar e elaborar críticas sobre determinados assuntos.105Um caso elementar ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 5Um caso elementarRelacionar textos verbais e/ou textos n?o verbais, comparando informa??es explí- citas e implícitas.Expor conhecimentos por meio da oralidade, observando os contextos de produ??o, considerando o grau de formalidade requerido pelo gênero textual e utilizando recur- sos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, express?es faciais, postura etc.).6. Identificar, compreender e utilizar paráfrases, cita??es, discursos direto, indireto e indireto livre.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do siste- ma de representa??o da língua escrita.Identificar, interpretar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto, reconhe- cendo os sentidos produzidos.12. Localizar informa??es explícitas e inferir informa??es implícitas no texto, explicando-as.15. Pesquisar e comparar informa??es, obras, autores e temas obtidos em diferentes fontes.17. Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.21. Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.23. Formular hipóteses e fazer predi??es sobre o texto.Orienta??es didáticasUNIDADE5Um caso elementarAndy Brown/Hemera/Thinkstock84Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorEsta unidade trata do conto de enigma: texto do tipo nar? rativo com a presen?a de suspense e mistério que pretende prender a aten??o do leitor. ? proposta a leitura do conto A liga dos Cabe?as-Vermelhas, de Arthur Conan Doyle, no livro Muitos textos... Tantas palavras, e também a exibi??o de um filme para comparar a obra cinematográfica com a escrita.Quanto às produ??es dos estudantes, n?o se espera que ela? borem contos longos e complexos, mas sim que se atenham às características elementares do gênero, utilizem a norma?padr?o e consigam compor um texto coerente e coeso.As atividades foram pensadas de forma a privilegiar a di? n?mica de trabalho em duplas e também grupos, para que os estudantes, por meio da troca de experiências, possam construir conhecimento base nos textos selecionados, destaca?se o estudo dos discursos direto, indireto e indireto livre, além das pessoas do discurso e dos sinais de pontua??o. Espera?se que a unidade seja ampliada com o foco voltado para o trabalho com aposto, palavras de mesmo campo sem?ntico (referentes a enigmas), elementos da narrativa (caracteriza??o física e psicológica dasAVNphotolab/iStock/Thinkstock106Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderVincent Besnault/Getty ImagesRoda de conversaDescreva as imagens.Que rela??o existe entre essas fotos?O que essas imagens sugerem ao espectador?Que sensa??es elas despertam em você?Que tipo de história você poderia escrever a partir dessas fotos?Um caso elementar ? Unidade 585Roda de conversaAntes de iniciar a unidade, fa?a alguns questionamentos aos estu- dantes, por exemplo, se eles gos- tam de ler histórias nas quais há um mistério a ser desvendado e se também assistem a filmes desse tipo. Pergunte ainda se, geralmen- te, conseguem descobrir o mistério antes do final do livro ou filme, se acham mais fácil isso acontecer com histórias lidas ou assistidas e por quê.Promova uma discuss?o dentro do clima das características do conto de enigma (suspense e mistério). Convide os estudantes a desen- volverem características desse gênero textual e a sugerirem títu- los para as imagens de abertura, imaginando que elas s?o capas de livros. Nessa discuss?o será possí- vel descobrir o que a turma enten- de por enigma.Oriente os estudantes quanto a dois aspectos importantes para o desenvolvimento do gênero tex- tual conto de enigma: a determi- na??o do tempo (horário em que o fato misterioso acontece) e o lugar (geralmente escuro, à noite, quan- do a luminosidade é deficiente). Espera-se que levantem alguns ti- pos de temas para a elabora??o da história a partir das fotos, como: detetives, crimes, pistas, vítimas, suspeitos, suspense, busca a te- souros etc.personagens), narra??o em primeira pessoa, uso do pretérito perfeito, adjetivos (caracteriza??o das personagens, dos lugares e dos objetos) e paragrafa??o.107Um caso elementar ? Língua PortuguesaAlém dos contos apresentados na unidade, ao final, você pode sugerir que busquem outras histórias de enigma e selecio? nem uma que acharem interessante. Em duplas, eles dever?o ler o conto para o colega e também ouvir o que o amigo escolheu. ?importante instruí?los sobre a necessidade de prepara??o dessa leitura, de modo que ela se torne atrativa para o ouvinte. Du? rante a “conta??o”, o colega que escuta deve tentar desvendar o mistério antes do final do texto, em um jogo para ver quem acerta. Ao término, poder?o comparar as histórias lidas por ele mesmo e pelo colega com as estudadas ao longo da unidade.Orienta??es didáticasAtividade 1Como atividade de pré-leitura, soli- cite que os estudantes respondam às quest?es a fim de formularem hipóteses sobre o texto que ler?o. A resposta do item a deve ser so- cializada, para que compartilhem as opini?es, e você pode anotar na lousa alguns dos comentários feitos sobre a express?o “pente--fino”. Leve em considera??o que essa express?o sugere investiga- ??o ou detalhamento de um fato. No item b, espera-se que respon- dam que n?o podem faltar crimi- noso, vítima e detetive. Após essa última quest?o, diga que eles v?o verificar se nos contos a serem li- dos há todas essas personagens.Atividade 2Pe?a que os estudantes leiam indi- vidualmente, cada um no seu rit- mo, para entender bem a história. Em seguida, eles dever?o reunir-se em duplas para solucionar o mis- tério. Liste todas as possibilidades de resolu??o na lousa e pergun- te qual eles acreditam ser a mais plausível. Por fim, leia a resposta e discuta quem se aproximou mais da solu??o.DesafioEm duplas, discutam as quest?es a seguir e registrem suas respostas:Como a express?o “pente-fino” pode estar relacionada a uma história de sus- pense?Quais as personagens que n?o podem faltar em uma história enigmática ou de suspense?Em duplas, leiam o texto e tentem resolver o enigma, justificando a solu??o.O caso das joias desaparecidasO inspetor Pente-Fino foi chamado à mans?o do milionário Sr. Grana Viva, de onde joias foram roubadas e, lá chegando, encontrou esta cena.O ladr?o, além de n?o deixar pistas, n?o for?ou nenhuma porta para entrar. Os suspeitos acabaram sendo as únicas pessoas que estavam na casa na-quele momento.O milionário havia fotografado a sala uma hora antes do assalto. Veja a seguir esta foto:108Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es86Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderObservando essa foto e a cena atual, o inspetor ficou sabendo que, hoje, o quadro que está sobre o cofre foi trocado de lugar, depois de um ano sem mudar.O mordomo da casa é o único que sabia dessa mudan?a.Todos na casa sabiam da existência do cofre debaixo do primeiro quadro.O quadro que antes ficava sobre o cofre é o que atualmente estava ao seu lado. Após analisar as cenas, ele ent?o resolveu chamar os suspeitos.Os suspeitos s?o:Solu??o do enigma: O inspetor sabe que a filha do milionário é a culpada. Sendo distraída, ela, ao afastar o móvel com os livros, deixou-os fora da ordem original. E, como estava acostumada com o quadro antigo que cobria o co- fre, n?o se preocupou em olhar o de hoje, ent?o cobriu o cofre com o de que se lembrava, antes da mudan?a. O mordomo, dono de boa memória, jamais cometeria tal falha, sem contar que ele já sabia da mudan?a. Já o motorista, cuja memória é fotográfica, n?o teria dúvidas na hora de repor o quadro para o lugar certo.FILHO, Alberto. O acaso das joias desaparecidas. JC Online. Disponí- vel em: <. .br/enigma4_resposta. htm> (acesso em: 11 nov. 2015).109Um caso elementar ? Língua PortuguesaA filha do milionário, que é muito distraída, e, hoje, ainda n?o entrara naquela sala.O mordomo, que tem uma excelente memória, entrou na sala logo cedo, e sabia de tudo que acontecera lá.O motorista da família, que tem memória fotográfica, e n?o entrava naquela sala há uma semana.Após breve interrogatório, o inspetor concluiu o caso. E você, seria capaz?FILHO, Alberto. O caso das joias desaparecidas. JC online. Disponível em: <;. Acesso em: 15 jun. 2014.Um caso elementar ? Unidade 587Orienta??es didáticasAtividade 3Solicite, na corre??o desta ativi- dade, que um estudante de cada grupo coloque na lousa um dos cinco elementos escolhidos, sem repetir os que foram escritos pelos colegas. Se chegar a algum grupo que só tenha palavras repetidas, espere até todos participarem e volte aos outros para verificar se ainda tem algum elemento que o grupo listou, mas n?o está na lou- sa, pedindo que complementem. Com isso, é possível diagnosticar o conhecimento prévio que eles têm sobre o gênero textual, uma vez que podem demonstrar a compre- ens?o a respeito dos elementos que constituem essa narrativa.Atividade 4Para esta produ??o escrita inicial, entregue aos estudantes algumas palavras ou express?es relaciona- das a pistas, personagens, espa?os etc. Se julgar necessário, sugira te- mas para que eles construam seus textos ou traga algumas imagens de casas antigas, florestas escuras e becos sombrios para que sejam utilizadas como o lugar em que a história vai acontecer. Lembre-os da import?ncia que esses espa?os têm em uma história de mistério. Convide-os a fazerem antes todo um planejamento do texto, colo- cando na lousa quest?es como: quem é a vítima e quem é o culpa- do? Quem será o detetive? Haverá algum benefício para o culpado, para que ele queira praticar o cri-Trabalhem em grupo. Copiem todas as palavras que vocês acham que se referem a uma narrativa de enigma. No final, acrescentem cinco elementos.persegui??ocrimeromanceelemento mágico mistériodetetivebatalharelatos de viagem suspensesuspeitosfada madrinhapistasEncarte 5Em duplas, escrevam um conto de enigma a partir das infor- ma??es que o professor entregará a vocês.Conecte-seAgatha Christie (1890-1976) foi uma das autoras de romance policial e de suspense mais conhecida e lida no mundo. Nasceu na Inglaterra e, durante as várias viagens que fazia ao redor do mundo, escrevia suas histórias. Ela escreveu mais de 80 livros que est?o entre os mais traduzidos e vendidos do planeta.Ullstein Bild/Getty ImagesVisite seu site oficial <. com/> (acesso em: 31 ago. 2015) e conhe?a as inúmeras obras e as mais famosas personagens dessa grande escritora.88Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderme? O detetive contará com a ajuda de alguém? Quais pistas há na história? Existem pistas falsas que confundir?o o de- tetive e o leitor?Com base nesses elementos, os estudantes ter?o de elaborar um conto de enigma. Seria interessante entregar o mesmo material a todos os grupos para, ao término das produ??es, comparar como cada grupo criou textos diferentes usando os mesmos elementos. Apresente a eles uma situa??o co- municativa real, a fim de que os textos sejam lidos após a escrita; por exemplo, a leitura em voz alta para os colegas em um dia agendado.Conecte-sePergunte aos estudantes se eles já ouviram falar da escritora Agatha Christie e o que sabem sobre ela, se alguém já leu um livro escrito por ela. Leia com eles as informa??es e sugira que pesquisem mais dados sobre a autora, suas obras e per- sonagens. O site oficial está em inglês, portanto sugira uma parceria com o professor de Inglês para realizar a pesquisa.110Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderE n?o sobrou nenhum é um dos livros mais famosos de Agatha Christie. Ele conta a his- tória de oito pessoas que s?o atraídas para uma mans?o pelo misterioso proprietário e sua esposa, e lá s?o acusados de um crime. Leia o poema que aparece no quarto de cada hóspede.Dez negrinhos v?o jantar enquanto n?o chove; Um deles se engasgou e ent?o ficaram nove.Nove negrinhos sem dormir: mas nenhum está afoito! Um deles cai no sono, e ent?o ficaram oito.Divulga??oOito negrinhos v?o a Devon de charrete;Um n?o quis mais voltar, e ent?o ficaram sete. Sete negrinhos v?o rachar lenha, mas eisQue um deles se corta, e ent?o ficaram seis.Seis negrinhos em uma colmeia trabalham com afinco; A um deles pica uma abelha, e ent?o ficaram cinco.Le Livre de Poche JeunesseCinco negrinhos no tribunal. Ver e julgar um fato; Um ali foi julgado, e ent?o ficaram quatro.Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez O arenque defumado, e ent?o ficaram três.?Rafael Nobre/ Babil?nia Cultura Editorial/ Editora GloboTrês negrinhos passeando no zoo. Vendo le?es e bois. O urso abra?ou um, e ent?o ficaram dois.Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum; Um deles se queimou, e ent?o ficou só um.Um negrinho aqui está a sós, apenas um;Ele ent?o se enforcou, e n?o sobrou nenhum.CHRISTIE, Agatha. E n?o sobrou nenhum. Porto Alegre: L&PM, 2012. Disponível em: < em: 31 ago. 2015.Em que pessoa do discurso o poema está escrito?As mortes das personagens s?o expressas por quais verbos?Atividade 5Convide os estudantes a levan- tarem hipóteses sobre a rela??o desse poema com a sinopse da história apresentada nesta ques- t?o. Chame a aten??o para a tra- du??o dos títulos em húngaro, francês e português, que variam por causa das adequa??es de língua e cultura dentro de uma sociedade. A pergunta com os verbos (engasgar, cair (no sono= dormir), voltar, cortar, picar, jul- gar, tragar, abra?ar, queimar e en- forcar) pode servir de sugest?o para as a??es que os estudantes desenvolver?o no momento da produ??o de seus textos. Após a corre??o, selecione uma cena do filme adaptado do livro para mos- trar a eles, pois os estudantes n?o aguentariam vê-lo inteiro. O filme completo com legenda está dis- ponível em < watch?v=kCowduFJca4>. Além disso, mostre também uma HQ em vídeo feita por estudan- tes com base nessa história, dis- ponível em < watch?v=iKLBzqHOEMo> (acessos em: 9 nov. 2015), assim eles também podem ter ideias para ajudar na realiza??o da ativida- de 19, de produ??o final. Ao pas- sar a HQ, será necessário pausar a cada cena para ler os trechos com os estudantes.Um caso elementar ? Língua Portuguesa111anota??esUm caso elementar ? Unidade 589Orienta??es didáticasAtividade 6Nesta outra atividade de pré-lei- tura, mobilize a turma com as ima- gens que oferecem pistas sobre o enredo do conto que será lido. Com base na observa??o delas, os estudantes devem responder às quest?es em duplas. ? impor- tante, no momento da corre??o, escrever as hipóteses deles na lousa e pedir que registrem todas as possibilidades no caderno para, no final da leitura do conto, com- parar o que realmente ocorreu na narrativa com o que foi previsto. Questione-os sobre como chega- ram às hipóteses.Conecte-seanota??esPergunte aos estudantes quem conhece o escritor e o que sabem sobre ele e sua personagem Sher- lock Holmes. O site oficial do au- tor está em inglês, portanto você pode combinar com o professor de Inglês para que os estudantes realizem a pesquisa solicitada na próxima atividade em uma aula dele. Caso n?o seja possível, sugi- ra outras fontes de pesquisa.Trabalhem em duplas para responder às perguntas com base nas pistas apresentadas.O que esses elementos sugerem sobre o que acontecerá na história?Comstock/Stockbyte/ThinkstockHaverá algum crime? De que tipo?Steve Gorton/Getty ImagesComo ele será cometido?Sir Arthur Conan Doyle nasceu na Escócia e foi autor das clássicas histórias com o detetive Sherlock Holmes. Em seu site oficial<; (acesso em: 31 ago. 2015) você pode encontrar diversas informa??es sobre esse famoso escritor. N?o deixe de conferir.Biblioteca do Congresso/SPL/LatinstockConecte-se90Língua Portuguesa ? Movimento do aprender112Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderPesquise mais informa??es a respeito do autor Sir Arthur Conan Doyle, complete os dados que faltam e responda às quest?es.Nome completo:Data de nascimento e morte: / / / / Nacionalidade:Principais obras:Principal personagem criada por ele:Gênero textual que costumava utilizar para escrever suas histórias:Temática que geralmente abordava em suas histórias:Atividade 7Para esta proposta de investiga- ??o sobre a vida e obra do escritor Arthur Conan Doyle, caso a pesqui- sa no site oficial n?o seja feita em uma aula de Inglês, leve os estu- dantes à biblioteca da escola ou ao laboratório de informática para buscarem as informa??es pedidas. Se n?o houver esses recursos na escola, pe?a que a atividade seja realizada em casa. ? importan- te discutir, ao final da atividade, se eles acreditam que v?o gostar da história escrita por A. C. Doyle, uma vez que seus textos geral- mente s?o sobre enredos de mis- tério e suspense. Caso os estudan- tes se interessem pelos trabalhos do autor, sugira outras obras dele.Um caso elementar ? Língua Portuguesa113Que outra profiss?o esse importante escritor tinha?Você acha que vai gostar das histórias escritas por ele? Por quê?Um caso elementar ? Unidade 591Orienta??es didáticasVocê sabia?Aqui, os estudantes ler?o mais al- gumas informa??es sobre o dete- tive das histórias de Doyle. Leve--os a perceberem que Sherlock Holmes é uma personagem fictí- cia, pois muitos pensam, errone- amente, que ele realmente exis- tiu. Pergunte quem já leu alguma história com o detetive Holmes e pe?a que conte o que se lembra, motivando-os a buscar obras de Arthur para ler.Atividade 8Inicie a leitura do conto, que se encontra no livro Muitos textos... Tantas palavras. Por se tratar de um texto longo, é importante desenvolver atividades que en- volvam os estudantes na leitu- ra. Uma boa estratégia será ler o texto por trechos – isso também é interessante por causa do próprio gênero (conto de enigma). Dessa forma, para agu?ar ainda mais a curiosidade da turma pelo enigma da história, leia o texto até o pon- to em que os estudantes fiquem curiosos para saber como ele será solucionado e consigam responder às quest?es propostas na ativi- dade. Assim que eles terminarem de respondê-las, solicite-lhes que apresentem suas conclus?es; os demais devem dizer se est?o de acordo ou n?o com as hipóteses e por quê.Você sabia?Sherlock Holmes é uma personagem de fic??o da literatura brit?nica. Um investigador que apare- ceu pela primeira vez em uma publica??o de 1887. O detetive ficou famoso por utilizar, na resolu- ??o dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva.Doutor Watson, seu assessor, ficou conhecido especialmente pela frase que se difundiu pelo mun- do todo, dita por Sherlock – “Elementar, meu caro Watson.”. Esse aprendiz de detetive é quem narra boa parte das histórias vivenciadas por seu mestre.Seu professor contará o início da história A liga dos Cabe?as-Vermelhas, escrita por Arthur Conan Doyle. Fique atento para responder às perguntas a seguir.Qual o enigma apresentado na história?Quem você acha que é o suspeito? Explique sua escolha.Em sua opini?o, que motivos levaram esse suspeito a planejar o crime?Continue a leitura da história no livro Muitos textos... Tantas palavras. Depois, em du- plas, discutam as quest?es.Quem s?o as personagens principais dessa história?Qual é a fun??o delas na história?92Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender114Atividade 9Pe?a aos estudantes que continuem a leitura do conto de enigma no Muitos textos... Tantas palavras em silêncio e individualmente. Ao término da leitura, eles dever?o se jun- tar em duplas. Assim que terminarem as atividades, fa?a a corre??o na lousa com a ajuda dos estudantes. ? esperado que reflitam sobre a figura do detetive e do criminoso e seeles, como leitores, conseguiram desvendar o enigma antes de Sherlock Holmes. Seria interessante listar as pistas que as duplas encontraram no texto e que as ajudaram a desvendar o mistério antes do final, e discutir a sensa??o que tiveram como leitores.Quem desvendou o mistério?Quem era Jo?o-de-Barro?De que forma ele estava relacionado ao crime?Você conseguiu desvendar o enigma dessa história antes do detetive? base no que você já sabe sobre contos de enigma, assinale as op??es que definem a palavra destacada.Adivinha, em que se descobre o significado por palavras ou figuras. Indivíduo ou objeto cujas atitudes s?o facilmente decifráveis.Qualquer coisa de difícil explica??o. Discurso de sentido ambíguo.O que está obviamente explícito.Você sabia?As pistas falsas s?o dadas em um conto de enigma para enganar n?o apenas as personagens, mas também o leitor, que deve se surpreender ao atingir o final. Nessas histórias, o detetive é o único que n?o se deixa enganar.Atividade 10Os estudantes devem realizar a ati- vidade individualmente e, depois, comparar as respostas em duplas. As op??es apresentam as caracte- rísticas do gênero textual conto de enigma. Se julgar necessário, soli- cite que os estudantes pesquisem em um dicionário a palavra “enig- ma” após responderem à quest?o, para ent?o confirmarem sua res- posta, que deve ser: a primeira, a terceira e a quarta op??o.Você sabia?Com a informa??o apresentada, espera-se que os estudantes per- cebam que pista falsa também é um elemento fundamental em um conto de enigma, assim eles poder?o utilizar esse recurso ao fazer suas produ??es. Pergunte se o detetive, em um conto de enig- ma, realmente nunca se engana ou se em alguns casos ele também se confunde com as pistas, deixando de ser surpreendido apenas após a solu??o de alguns mistérios. Nas histórias de enigma, é a partir das pistas (muitas vezes imperceptí- veis aos olhos do observador lei- go, mas que o detetive, com sua perspicácia e raciocínio dedutivo, é capaz de notar) que se descobre a charada.Um caso elementar ? Língua Portuguesa115anota??esUm caso elementar ? Unidade 593Orienta??es didáticasAtividade 11Diga aos estudantes que escolham uma das três palavras apresenta- das, completando as lacunas do texto por escrito. Quando termina- rem, solicite que comparem as res- postas em duplas. Corrija oralmen- te para verificar se completaram o texto de forma adequada, com as palavras: lógica – fatos – lugar – antes – vestígios – análise.Aten??o!Retome com os estudantes os usos dos discursos direto e indire- to, pe?a exemplos de frases nesses discursos e escreva-as na lousa. Ao explicar o discurso indireto livre, pe?a que pensem em um caso no qual usariam esse tipo de discurso. Em seguida, utilize alguns trechos de textos, que n?o precisam ser necessariamente de enigma, para que eles encontrem a utiliza??o dos discursos direto, indireto e in- direto livre.Atividade 12Verifique se os estudantes com- preenderam que o discurso das personagens é apresentado de modo direto e se os trechos reti- rados para comprova??o dessa resposta est?o corretos. Espera--se que eles percebam que a uti- liza??o desse discurso permite ao narrador demonstrar a rela??o es- tabelecida entre as personagens e as características de cada uma delas. Aliás, Sherlock Holmes, por meio de uma de suas falas, torna-Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender116-se uma personagem mundial- mente reconhecida: “Elementar, meu caro Watson”.Escolha as palavras que completam o sentido do texto, construindo o conceito do gêne- ro textual conto de enigma.Um conto de enigma tem como principal característica a (1) . Ela constitui o conjunto de (2) ocorridos em um determinado(3) e tempo – s?o esses os elementos que resultaram no crime, sempre acontecido (4) da narrativa. Esse crime deixa(5) que s?o utilizados para a (6) e posterior solu??o do enigma ou mistério.desarmonia – inconsistência – lógicafatos – momentos – sonhospaís – lugar – palcoantes – depois – no decorrerarmamentos – vestígios – testemunhosscurso em um texto pode ser expresso de três formas, de acordo com a inten??o comunicativa:Discurso direto: o texto dá voz às personagens. As falas s?o reproduzidas fielmente e introduzidas pelos verbos: falar, dizer, indagar, perguntar etc. O travess?o (–) ou as aspas (“) indicam essas falas.Discurso indireto: a fala das personagens é reproduzida na voz no narrador. Ele reformula o discurso dos outros com as suas próprias palavras.Discurso indireto livre: mistura as duas formas anteriores. Apesar de a história ser contada pelo narrador, as personagens têm fala própria, de acordo com a inten??o comunicativa do autor.O di?Aten??o!resenha – disseca??o – análise??Transcreva um trecho do texto das atividades 8 e 9 que comprove o discurso em que ele é apresentado. Informe se é direto, indireto ou indireto livre.94Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLer uma história requer intera??o: o leitor participa da constru??o de sentido da histó- ria à medida que reflete todo tempo sobre o que lê, estabelecendo, assim, uma conver- sa entre ele e o autor. A partir dessa afirma??o, explique:O papel do leitor do conto de enigma é parecido com o do criminoso, da vítima ou do detetive?Complete o quadro sobre as características das personagens. Em seguida, responda às perguntas.Sherlock HolmesWatsonSr. WilsonSpauldingSr. RossUm caso elementar ? Unidade 595Atividade 13CaracterísticasfísicasCaracterísticaspsicológicasDiga aos estudantes que se ima- ginem ao ler histórias de enigma, pensando em como eles se por- tam diante do que vai sendo nar- rado. Assim, espera-se que eles concluam que o leitor assume o papel do detetive, já que quem lê sempre tenta solucionar o misté- rio, desvendando-o a cada passo de sua leitura.Atividade 14Destaque a import?ncia da carac- teriza??o física e psicológica das personagens para a constru??o do conto de enigma. ? relevante que os estudantes percebam a impor- t?ncia da descri??o do espa?o, das personagens envolvidas, do tempo em que os fatos aconteceram. Pro- ponha que eles socializem suas res- postas a respeito da rela??o entre as características das personagens e a constru??o da trama. Essa dis- cuss?o favorecerá futuras revis?es de produ??es dos estudantes. Para responder sobre o elemento essen- cial ao gênero (clima de suspense), pe?a que eles exemplifiquem com base no conto A liga dos Cabe?as--Vermelhas, no qual há uma sériede elementos caracterizadores da narrativa de enigma. Primeira- mente, tem-se a chegada de uma personagem com um enigma a ser resolvido que, no caso, é o Sr. Wil- son e sua história com a liga dos Cabe?as-Vermelhas. Na sequência, o detetive Sherlock Holmes elabora117Um caso elementar ? Língua Portuguesauma série de quest?es para o Sr. Wilson, para avaliar o enigma. Conforme o Sr. Wilson conta sua história, o detetive faz outras perguntas e, com base nas pistas que s?o reveladas, ele elabora sua hipótese a respeito do esclarecimento do mis- tério, mas n?o diz qual é; é como se esse seu silêncio e a reflex?o sobre a solu??o do enigma contribuíssem para a cria??o do suspense na narrativa. A partir do momento em que Holmes consegue confabular uma solu??o para o mistério, ele e as outras personagens come?am a percorrer certos lugares para desvendar o que está acontecendo. No entanto, o suspense continua, porque o detetive n?o revela quais s?o os seus propósitos. O mistério só é solucionado no final do conto.Orienta??es didáticasAtividade 15Releia o trecho em voz alta para os estudantes, atentando-se ao ritmo e à entona??o da narrativa. Discuta com eles sobre a constru- ??o do conto. Além das quest?es apresentadas, complemente que está narrado em primeira pessoaanota??es– por Watson; pergunte em que tempo verbal é contado (no preté- rito); comente que a descri??o dos espa?os e das personagens é fun- damental para a constitui??o des- se gênero. Muitas vezes, as a??es ocorrem no período noturno ou em espa?os em que a luminosidade é pouca, há descri??o de cores es- curas e frias, ambiente ermo, por- tanto, tudo isso faz parte de uma trama, em que cada um tem papel específico e fundamental. Também é importante observar as escolhas lexicais e os efeitos de sentido na constru??o dos trechos que des- crevem pessoas, locais. Você pode aprofundar o estudo do gênero, enfatizando a import?ncia dos marcadores temporais na constru- ??o do clima de suspense no tex- to de enigma. Sobre as sensa??es que o uso do discurso direto causa no leitor, verifique se os estudan- tes responderam algo próximo à impress?o de que se está partici- pando da história, como uma das personagens. Reforce que o recur- so linguístico-discursivo utilizado para introduzir o discurso direto na escrita é o travess?o.De que maneira as características das personagens colaboram para a constru??o da trama?Qual é o elemento que n?o pode faltar nesse gênero textual? Explique.Releia um trecho do conto A liga dos Cabe?as-Vermelhas para responder às quest?es.Watson, quero apresentá-lo a uma pessoa que tem uma história bem interes- sante... – voltou-se para o ruivo e disse: Sr. Wilson, esse é meu amigo Watson, que tem me ajudado em tantos casos e acredito que também possa ajudá-lo.Nós nos cumprimentamos e tomei lugar na poltrona. An- tes de o Sr. Wilson abrir a boca, Sherlock falou por ele:Sidney Edward PagetO Sr. Wilson me contou fatos muito estranhos, Watson. Creio que o seu é um caso absolutamente extraordinário e único, Sr. Wilson.[...]? óbvio que o Sr. Wilson já foi operário, viajou em na- vios, esteve na China e tem escrito muito ultimamente.Extraordinário! – exclamou o Sr. Wilson. – Como descobriu tudo isso a meu respeito, Sr. Holmes? De fato, comecei na carreira como carpinteiro a bordo de um navio mercante.Suas m?os – respondeu Holmes. – Sua m?o direita é bem maior que a esquerda. O senhor deve tê-la usado bastante e por isso os músculos est?o mais desenvolvidos.E quanto à China? Poderia ter viajado para qualquer parte.O senhor tem um peixe tatuado logo acima do pulso direito e esse trabalho só pode ser chinês. Li tudo a respeito de tatuagens e apenas na China existe a delicada tinta cor-de-rosa para colorir esse desenho.[...]DOYLE, Arthur Conan. Sherlock Holmes: casos extraordinários. Trad. de Marcia Kupstas. S?o Paulo: FTD, 2006. p. 43-57.96Língua Portuguesa ? Movimento do aprender118Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderNos contos de enigma há sempre uma história mais antiga à do crime e outra que é a investiga??o que irá esclarecer o mistério. No conto que você leu, quem conta a histó- ria do crime?Descreva o lugar onde a história se passa.Que sensa??es o uso do discurso direto desperta no leitor?Qual é a fun??o do travess?o nesse texto?Conecte-seDeAgostini/Getty ImagesNo livro Muitos textos... Tantas palavras há mais uma história de enigma, agora do escritor americano de suspense Edgar Allan Poe. Leia o conto “O escaravelho de ouro” e pesquise mais informa??es sobre esse autor considerado macabro.Um caso elementar ? Unidade 597Conecte-seSugira a leitura do conto proposto e pe?a aos estudantes que respon- dam: quando o autor escreveu o conto? Por que o escreveu? Qual seu público-alvo? Há sequência predo- minantemente narrativa, argumen- tativa, descritiva ou dialogal? Jus- tifique. Há existência de pistas que auxiliam a desvendar o mistério? Há conflitos? Quais? Há clímax? Quan- tos e quando ocorrem?Ao final, solicite que comparem esse conto com A liga dos Cabe- ?as-Vermelhas.Um caso elementar ? Língua Portuguesa119Orienta??es didáticasAtividade 16Para desenvolver a atividade, seria interessante passar o filme O enig- ma da pir?mide (vers?o de 1985, dirigida por Steven Spielberg), que narra as aventuras iniciais de Sherlock Holmes, quando o jovem detetive conhece John Watson. No filme, eles ainda s?o adoles- centes e estudam em uma escola pública inglesa, sendo nessa épo- ca que Holmes soluciona seu pri- meiro caso. Se n?o encontrar esse filme, opte por Sherlock Holmes (2009), Sherlock Holmes 2: o jogo de sombras (2011) ou, ainda, ou- tro filme que aborde um enigma e seja adequado à faixa etária dos estudantes. ? importante, além das perguntas propostas na ati- vidade, que você trace um roteiro com questionamentos, para que prestem aten??o aos detalhes da história. Pode-se parar a exibi??o do filme a cada 20 minutos para retomar o que foi assistido e fazer previs?es sobre a sequência da história. Compare ainda as carac- terísticas da história do filme com as das histórias lidas na unidade.Você vai assistir a um filme que seu professor escolheu. Ao final, em duplas, discutam as perguntas.Qual é o conflito?Qual é o clímax?Qual é o enigma?Você conseguiu desvendar o enigma? Como?Há clima de suspense? Como ele é criado?Você acha que a história de enigma envolve mais quando é retratada em livro ou em filme? Por quê?120Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es98Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderSimN?oComo podemos melhorar?O texto está em discurso direto?Há motivos e meios para o criminoso cometer o crime?As pistas foram bem apresentadas na hora da conclus?o do enigma?Há pistas falsas?O clímax surpreende o leitor ao final?O texto mantém clima de suspense?Retome o conto que você e seu colega escreveram na atividade 4. Fa?a uma autoavalia- ??o do seu texto, preenchendo o quadro.Atividade 17Leia os itens avaliativos para a classe, orientando os estudantes para seu significado e a impor- t?ncia desses critérios para uma análise consistente. Saliente o que pode ser feito para melhorar os contos que n?o estiverem adequa- dos ao gênero.121Um caso elementar ? Língua PortuguesaUm caso elementar ? Unidade 599Avan?arLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender122Orienta??es didáticas18 Compare seu quadro com o do colega que escreveu o texto com você. Se julgarem ne- cessário, reescrevam-no e entreguem a última vers?o ao seu professor. Lembrem-se de revisar ortografia, paragrafa??o, uso de maiúsculas e pontua??o. Pensem também no público-alvo do seu conto de enigma. Além disso, produzam uma ilustra??o para com- plementar a história.Saiba maisLivros:AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMESAutor: Arthur Conan Doyle Editora: ZaharPublicada em 1892, As aventuras de Sherlock Holmes é uma colet?nea de 12 histórias do detetive mais famoso do mundo e seu fiel amigo, Dr. Watson.ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTEAutora: Agatha Christie Editora: Saraiva de BolsoViajando no luxuoso Expresso do Oriente, o detetive Hercule Poirot, criado por Agatha Christie, é abordado por um americano desesperado que teme pela própria vida. Tempos depois, ele é encontrado morto, e o famoso detetive belga come?a a reunir as pistas que o levar?o ao assassino. No fim, uma surpresa: Poirot apresenta duas geniais solu??es para o crime.Filme:O ENIGMA DA PIR?MIDEDire??o: Barry Levinson EUA, 1985, 129 min.O filme narra as aventuras de Sherlock Holmes em seu primeiro caso. Ele conta com a ajuda do colega de escola, Watson, para desvendar as mortes de pessoas que sofrem alucina??es após serem atingidas por um dardo. Mesmo ainda jovem, Holmes já demonstra sua famosa perspicácia.100Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 18L&PM PocketEditora ZaharOs aspectos a serem revisados re- tomam a estrutura do texto: foco narrativo, narrador, enredo e des- fecho. ? importante que os estu- dantes leiam seus textos após o preenchimento da tabela. Dessa forma, pode-se analisar melhor os problemas de coerência no enredo. Pe?a também que retomem o títu- lo dado para decidir mantê-lo ou trocá-lo. Caso ainda n?o o tenham feito, este é o momento para criar um bom título. Solicite que cada integrante da dupla pense em um título diferente e que depois eles digam se gostaram ou n?o do tí- tulo do colega e por quê. ? impor- tante que você recolha essa vers?o produzida por eles após a autoa- valia??o, indique algumas corre- ??es e fa?a sugest?es para edi??o na próxima atividade.Filme de Barry Levinson. O Enigma da Pir?mide. EUA, 1985Para ilustrar o conto, proponha aos estudantes que observem livros que contenham contos de enig- ma para repertoriar a cria??o da ilustra??o de seus próprios textos. Diga que ela pode ser desenhada por eles ou produzida por meio de colagem. Como os estudantes já trabalharam com o gênero tex- tual história em quadrinhos no 6o ano, se julgar conveniente, soli- cite que eles fa?am uma HQ ani- mada do conto que produziram, seguindo o modelo do segundoProponha aos estudantes que investiguem escritores brasileiros que escreveram contos de enigma, leiam uma de suas histórias e fa?am uma sinopse dela para contar para a turma, instigando os colegas a buscar o conto para ler também. ? importante, ao contar a sinopse, n?o deixar clara a solu??o do mistério, pois assim os colegas n?o se interes- sar?o pela história completa.O que aprendi sobre...O gênero textual conto de enigma está muito presente nas séries de TV, com seus detetives inteligentes às voltas com várias pistas para analisar a fim de desvendar um crime.Converse com um colega sobre seriados de TV que vocês conhecem. Ao fazerem isso, comparem os contos que leram com essas séries de TV. Anotem no caderno as diferen?as e semelhan?as, considerando os seguintes aspectos:Temporalidade: as épocas em que as histórias acontecem.Tema: os temas s?o atuais em nossa sociedade?Tecnologia: que meios os detetives têm à sua disposi??o para ajudá-los a desvendar o crime?vídeo sugerido na atividade 5. Agende a socializa??o dos textos, promovendo um dia de “conta- ??o” de histórias, seja oralmente, mostrando as ilustra??es, seja por meio do vídeo da HQ.O que aprendi sobre...Organize os estudantes em grupos com, no máximo, seis componen- tes, para discutirem sobre as ques- t?es propostas. Certifique-se de que todos contribuam e, ao final das discuss?es em grupo, solicite que compartilhem sua conclus?o com toda a turma.Um caso elementar ? Unidade 5anota??es101Um caso elementar ? Língua Portuguesa123Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender124Para saber mais...Unidade 5Livros:[S.I.]/Editora ?ticaTEORIA DO CONTOAutora: Nadia Battella Gotlib Editora: ?ticaEste livro apresenta elementos teóricos e exemplos para a compreens?o das carac- terísticas comuns das histórias classificadas como contos. A autora destaca o percurso do conto – desde suas origens remotas até sua afirma??o como gênero literário – e mostra a maneira como grandes escritores e contistas flagraram a vida cotidiana de sua época.[S.I.]/Editora FTDNARRATIVA DE ENIGMAAutora: Jacqueline Peixoto Barbosa Editora: FTDEste volume da cole??o “Trabalhando com os Gêneros do Discurso” adentra no fascinante mundo dos romances policiais, que tantos leitores têm pelo mundo todo. Por meio de atividades de leitura, escrita e análise linguística, pretende-se que o aluno descubra o prazer com esse tipo de literatura e, ao mesmo tempo, amplie seu universo de produ??o textual.125A arte nos palcos ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 6A arte nos palcos1. Argumentar, com base em suposi??es, fatos e conceitos, a respeito de um ponto de vista oralmente e/ou por escrito.4. Expor conhecimentos por meio da oralidade, observando os contextos de produ??o, considerando o grau de formalidade requerido pelo gênero textual e utilizando recur- sos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, express?es faciais, postura etc.).Identificar e compreender o uso de recursos estilísticos e expressivos intencional- mente registrados pelo autor.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do siste- ma de representa??o da língua escrita.Localizar informa??es explícitas e inferir informa??es implícitas no texto, ex- plicando-as.Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Opinar com clareza e coerência, oralmente e/ou por escrito, sobre o texto em estudo.Posicionar-se oralmente com autonomia, respeito e criticidade, obedecendo aos turnos de fala.Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.19. Compreender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espa?o físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais etc.), comparando-as à variante-padr?o da língua portuguesa.21. Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Orienta??es didáticasRoda de conversalo para lerem a informa??o sobre as imagens e observá-las, visandoAldo Pavan/Getty Imagese rela??es entre o texto imagético e sua interface com o texto verbal. Promova uma discuss?o e fa?a-os observar os elementos constituti- vos gerais, como a arquitetura de arena – complemente esse con- ceito com a segunda imagem da Arena. Chame aten??o particular- mente para a disposi??o dos artis- tas e da plateia, os elementos no palco, como ilumina??o e cenário, atribuindo-lhes a devida impor- t?ncia como um complemento da pe?a que está sendo encenada. Após perguntar quais pe?as de teatro os estudantes conhecem, questione-os se preferem ler, as- sistir, contar, encenar ou ouvir uma história e por quê. Para iden- tificar entre eles quais preferem a atua??o e quais d?o preferência a outras fun??es na organiza??o do teatro, questione se eles gostam de ser a plateia ou os atores. Na finaliza??o da atividade, pergunte se eles já foram ao teatro, se gos- taram, à qual pe?a assistiram etc. Ao final, pode-se ainda explorar as habilidades sociais desenvolvidas por meio do teatro, como: apren- der a ouvir, ordenar opini?es, res- peitar a diferen?a, cooperar etc.; assim como habilidades mentais:UNIDADE6A arte nos palcosmobiliza??o da imagina??o, per-102Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender126Esta unidade enfoca o gênero pe?a teatral, que também pode ser chamado de texto dramático. Um dos gêneros mais antigos da história, a tradi??o clássica conduziu-o a dois gêne- ros distintos: a tragédia e a comédia. Com o passar do tempo outros gêneros ganharam import?ncia, como é o caso do drama e da tragicomédia (que mistura elementos de ambos) ou outros muito diferentes na forma, como o sainete, os milagres, entre outros. Ressalte para os estudantes que o teatro é uma manifes- ta??o artística muito antiga e tem suas origens nas sociedadesprimitivas, onde tinha fun??o ritualística. Informe que na Grécia antiga, por exemplo, a tragédia e a comédia eram manifesta??es artísticas encenadas em festivais para celebrar deuses. Comente que no teatro grego todos os papéis eram representados por homens, uma vez que a mulher n?o podia participar. Além disso, os escritores das pe?as eram responsáveis também por todos os estágios da produ??o.Após o teatro grego, há o romano, que se baseou primordial- mente em seu antecessor, mas trouxe algumas inova??es, entreMassimo Sestini\Mondadori Portfolio via Getty ImagesA Arena de Verona foi construída na Itália pelos romanos, no ano 30 a.C., e ainda hoje é um dos monumentos mais preservados da história da humanidade. Com capacidade para 20 mil espectadores, lá ainda s?o feitas apresenta??es de teatro, ópera, balé e shows musicais. Antes mesmo dos romanos, o teatro já era importante na Grécia antiga, que considerava as artes cê- nicas um meio de aproxima??o entre a realidade e o imaginário.cep??o, emo??o, intera??o, memó- ria e raciocínio.Para que os estudantes tenham acesso a diversas obras teatrais, solicite que consultem a biblioteca da escola ou acessem a internet. Seria interessante realizar excur- s?es ao teatro para que possam expandir as discuss?es realizadas na unidade e o conceito a respeito do gêo o teatro é uma forma ri- quíssima de manifesta??o artísti- ca, esta é uma oportunidade para criar nos estudantes o apre?o por teatro. Se possível, leve-os a uma apresenta??o teatral que pode ser escolhida em parceria com o professor de Arte. Inclua em sua rotina a socializa??o de leitura de guias culturais com resenhas de espetáculos teatrais em cartaz e também rodas de conversa a res- peito de espetáculos assistidos.Roda de conversaDescreva as imagens que abrem a unidade.Que rela??o existe entre o palco, os artistas e o público?Que apresenta??o artística pode estar ocorrendo ali?Trata-se de uma apresenta??o de tempos atrás ou que acontece atualmente?Que pe?as de teatro você conhece?A arte nos palcos ? Unidade 6103elas a utiliza??o de máscaras; assim, um mesmo ator poderia interpretar diversos papéis. Se julgar necessário, sugira uma pesquisa sobre o teatro grego para uma perspectiva histórica da concep??o desse gênero.Uma das obras selecionadas para o estudo do gênero textual é a pe?a Pluft, o fantasminha, de Maria Clara Machado; apesar de ser um título direcionado aos estudantes mais novos, existem análises mais profundas a serem feitas com base em indícios do texto.127A arte nos palcos ? Língua PortuguesaOs estudantes também trabalhar?o com quest?es estrutu- rais do texto, como a análise dos comentários inseridos para aorganiza??o da pe?a; a estrutura textual: fatos, personagens e enredo representado; a divis?o em atos ou cenas; a caracteri- za??o do cenário, que corresponde ao lugar onde ocorre a a??o das personagens; a identifica??o das personagens antes de suas falas, apresentando rubrica de interpreta??o e de movimento. Pode-se ampliar esse trabalho, ressaltando que a linguagem é utilizada de acordo com as personagens e as variedades linguís- ticas. Destaque marcas linguísticas, como: discurso direto e cita- ??o, tipos textuais, uso dos parênteses, tempos verbais e sinais de pontua??o.Orienta??es didáticasAtividade 1Leia o texto em voz alta, mudando a entona??o de acordo com a ru- brica do autor e a fala das perso- nagens. Esclare?a aos estudantes que rubricas s?o marcas impor- tantes do gênero, pois, ao mesmo tempo que orientam a leitura do texto, contextualizam o enredo (quais s?o as personagens – nem sempre precisam ter nome, como é o caso desse exemplo –, o espa?o e a época da história).Você sabia?A pe?a teatral (texto dramático), segundo o Dicionário de gêneros textuais, é um “texto escrito ou encenado em que os diálogos s?o os que melhor imitam as situa- ??es reais. Nelas, as personagens conversam entre si para dar ao espectador a sensa??o de estar dentro da cena. Na pe?a de teatro n?o existe a figura do narrador, apenas os diálogos e as rubricas, que orientam o leitor ou o diretor sobre a montagem da cena, o figu- rino usado pelos personagens e a entona??o da voz, por exemplo. A maneira como as coisas s?o ditas permite ao leitor fazer inferências sobre as características de cada personagem e compreender os conflitos da trama”.Atividade 2Antes de dar início à atividade, fa?a um comentário sobre a ima- gem da pe?a Andromaque, que, mesmo sendo uma história que se passa no século XVII, continuaDesafioLeia a pe?a de teatro de Douglas Daronco e indique os diálogos e as rubricas.Mulher arruma mesa para o chá da tarde. A campainha toca. Ela atende, Outra entra. Olham-se em silêncio, se abra?am.Mulher – Que bom que você veio. Senti tanto sua falta!Outra – Eu também. Achei que queria ficar sozinha por um tempo, mas a vida conti- nua, n?o é mesmo?Mulher – A vida continua...Separam-se e se olham de m?os dadas.DARONCO, Douglas. A teia. Núcleo de dramaturgia do SESI. Disponível em: <[33499].pdf>.Acesso em: 1o set. 2015.Você sabia?O texto dramático estrutura uma pe?a teatral: uma história cujos diálogos s?o acompanha- dos pelas indica??es de como os atores devem se movimentar e interpretar. Essas indica??es s?o chamadas de rubricas.Encarte 6Christophe Raynaud de LageForme um grupo de acordo com a orienta??o de seu pro- fessor. Conversem sobre as histórias que já leram até hoje, dentro ou fora da escola, e escolham uma para es- creverem a vers?o teatral do seu início.Cena de Andromaque, pe?a do dramaturgo francês Racine (1639-1699), encenada na Comedie Fran?aise, Paris, em 2013.104Língua Portuguesa ? Movimento do aprendera ser encenada. Incentive os estudantes a formarem grupos com no máximo cinco componentes ou, de acordo com o tex- to escolhido, a formarem duplas. A adequa??o à comanda desta atividade dependerá da escolha do texto. Coloque na lousa alguns critérios a serem considerados no momento deprodu??o do texto: 1. Rubrica (indicando os movimentos e as emo??es); 2. Características das personagens; 3. Que a??o do texto será desenvolvida; 4. Linguagem das personagens adequada à situa??o comunicativa (considerar as variantes linguísticas).Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender128Você lerá um trecho da pe?a de teatro Quem casa, quer casa, de Martins Pena. Trata-se da vis?o humorística do autor em apenas um ato sobre o antigo ditado popular que lhe serve de título. A história se desenvolve a partir do casamento do casal de filhos de Dona Fabiana com os de Anselmo. Ent?o, a confus?o se arma, pois eles n?o se enten- dem e n?o param de brigar. Ao lê-la, pense no sentido desse ditado e nos diferentes significados com que a palavra “casa” é empregada.Quem casa, quer casa Provérbio em 1 atoPERSONAGENSNicolau, marido de Fabiana, m?e de Olaia eSabino Anselmo, pai deEduardo, irm?o dePaulinaDois meninos e um homemA cena passa-se no Rio do Janeiro, no ano de 1845.ATO ?NICOSala com uma porta no fundo, duas à direita e duas à esquerda; uma mesa com o que é necessário para escrever-se, cadeiras etc.CENA IPaulina e Fabiana. Paulina junto à porta da esquerda e Fabiana no meio da sala mostram-se enfurecidas.Paulina (batendo o pé) – Hei de mandar!... Fabiana (no mesmo) – N?o há de mandar! Paulina (no mesmo) – Hei de e hei de mandar!... Fabiana – N?o há de e n?o há de mandar!...Paulina – Eu lhe mostrarei. (Sai.)Atividade 3Antes de os estudantes lerem o texto, fa?a um breve comentário sobre Martins Pena e a import?n- cia dele para a literatura ao conso- lidar o teatro brasileiro com as co- médias de costumes. Com base no título, pergunte aos estudantes o que eles sugerem e o que eles sup?em sobre o desenrolar da his- tória. Solicite que sublinhem as palavras que n?o conhecem, pres- tem aten??o aos aspectos descri- tivos e observem se há narra??o. Após a leitura, retome o tema a partir do título para verificar se as expectativas levantadas antes da leitura foram satisfeitas ou frus- tradas. Como o texto n?o vai até o fim, incentive-os a imaginaremo final e contarem-no oralmentepara os colegas. Fa?a comentários sobre as rubricas, os diálogos ou o comportamento das personagens. ? medida que o fizer, anote na lousa esses aspectos. Solicite aos estudantes que fa?am uma se- gunda leitura do texto, mas agora em voz alta e com aten??o à ento- na??o de voz.Incentive os estudantes a pesqui- sarem outros textos de Martins Pena, tais como Juiz de paz na ro?a, O novi?o etc.129A arte nos palcos ? Língua Portuguesaanota??esA arte nos palcos ? Unidade 6105130Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderOrienta??es didáticasFabiana – Ai, que estalo! Isto assim n?o vai longe.Duas senhoras a manda-rem em uma casa.é o inferno! Duas senhoras? A senhora aqui sou eu; esta casaé de meu marido, e ela deve obedecer-me, porque é minha nora. Quer também dar ordens; isso veremos...Paulina (aparecendo à porta) – Hei de mandar e hei de mandar, tenho dito! (Sai.)Fabiana (arrepelando-se de raiva) – Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para a minha casa. ? isto constantemente. N?o sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa. Já n?o posso, n?o posso, n?o posso! (Batendocom o pé:) Um dia arrebento, e ent?o veremos! (Tocam dentro rabeca.) Ai, que lá está o outro com a maldita rabeca. ? o que se vê: casa-se meu filho e traz a mulher paraminha casa. ? uma desavergonhada, que se n?o pode aturar. Casa-se minha filha,e vem seu marido da mesma sorte morar comigo ? um pregui?oso, um indolente,que para nada serve. Depois que ouviu no teatro tocar rabeca, deu-lhe a mania para aí, e leva todo o santo dia – vum, vum, vim, vim! Já tenho a alma esfalfada. (Gritando para a direita:) ? homem, n?o deixarás essa maldita sanfona? Nada! (Chamando:) Olaia! (Gritando:) Olaia!CENA II OLAIA e FABIANAOlaia (entrando pela direita) – Minha m?e?Fabiana – N?o dirás a teu marido que deixe de atormentar-me os ouvidos com essa infernal rabecada?Olaia – Deixar ele a rabeca? A mam?e bem sabe que é impossível!Fabiana – Impossível? Muito bem!..Olaia – Apenas levantou-se hoje da cama, enfiou as cal?as e pegou na rabeca – nem penteou os cabelos. P?s uma folha de música diante de si, a que ele chama seu Trêmolo de Bériot, e agora verás – zás, zás! (Fazendo o movimento com os bra?os.) Com os olhos esbugalhados sobre a música, os cabelos arrepiados, o suor a correr em bagas pela testa e o bra?o num vaivém que causa vertigens!Fabiana – Que casa de Orates é esta minha, que casa de Gon?alo!Olaia – Ainda n?o almo?ou, e creio que também n?o jantará. N?o ouve como toca?Fabiana – Olaia, minha filha, tua m?e n?o resiste muito tempo a este modo de viver...Olaia – Se estivesse em minhas m?os remediá-lo...anota??es106Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderFabiana – Que podes tu? Teu irm?o casou-se, e como n?o teve posses para botar uma casa, trouxe a mulher para a minha. (Apontando:) Ali está ela para meu tormen- to. O irm?o dessa desavergonhada vinha visitá-la frequentemente; tu o viste, namo- ricaste-o, e por fim de contas casaste-te com ele... E caiu tudo em minhas costas! Irra, que arreio com a carga! Fa?o como os camelos...Olaia – Minha m?e!Fabiana – Ela, (apontando) uma atrevida que quer mandar tanto ou mais do que eu; ele, (apontando) um mandri?o romano, que só cuida em tocar rabeca, e nada de ganhar a vida; tu, uma pateta, incapaz de dares um conselho à boa joia de teu marido.Olaia – Ele gritaria comigo...Fabiana – Pois grita tu mais do que ele, que é o meio das mulheres se fazerem ouvir. Qual histórias! ? que tu és uma maricas. Teu irm?o, casado com aquele dem?- nio, n?o tem for?as para resistir à sua língua e gênio; meu marido, que como dono da casa podia p?r cobro nestas coisas, n?o cuida sen?o na carolice: serm?es, ter?os, prociss?es, festas, e o mais disse, e sua casa que ande ao Deus dará... E eu que pague as favas! Nada, nada, isto assim n?o vai bem; há de ter um termo... Ah!CENA IIIEduardo e as ditas. Eduardo, na direita baixa, entra em mangas de camisa, cabe- los grandes muito embara?ados, chinelas, trazendo a rabeca.Eduardo (da porta) – Olaia, vem voltar a música.Fabiana – Psiu, psiu, venha cá!Eduardo – Estou muito ocupado. Vem voltar a música.Fabiana (chegando-se para ele e tomando-o pela m?o) – Fale primeiro comigo.Tenho muito que lhe dizer.Eduardo – Pois depressa, que me n?o quero esquecer da passagem que tanto me custou a estudar. Que música, que trêmolo! Grande Bériot!Fabiana – Deixemo-nos agora de Berliós e tremidos, e ou?a-me.Eduardo – Espere, espere; quero que aplauda e goze um momento do que é bom e sublime; assentem-se. (Obriga-as a sentarem-se e toca rabeca, tirando sons extrava- gantes, imitando o Trêmolo.)Fabiana (levantando-se enquanto ele toca) – E ent?o? Pior, pior! N?o deixará esta infernal rabeca? Deixe, homem! Ai, ai!Olaia (ao mesmo tempo) – Eduardo, Eduardo, deixa-te agora disso.Portal educacionalPara ampliar o trabalho com o texto teatral, você pode fazer login no endere?o <. .br/publico/> e acessar o link <. .br/planejamento. php?id=24419> (acessos em: 13 nov. 2015), onde há um planeja- mento para levar os estudantes a conhecerem o processo de adapta- ??o de um texto em prosa para um texto teatral.? possível encontrar a proposta também pelo título ADAPTA??O TEATRAL E LEITURA DRAM?TICA.A arte nos palcos ? Unidade 6107A arte nos palcos ? Língua Portuguesa131Orienta??es didáticasAtividade 4anota??esPe?a aos estudantes que respon- dam as quest?es sobre o texto em duplas. No momento da corre??o, é importante que se fa?a a discus- s?o de cada item para que perce- bam as respostas adequadas. Elas devem se aproximar de: a. infor- ma??es sobre o número de atos que dividem a pe?a (nesse caso ela n?o é dividida, mas apresenta- da em apenas um ato), o lugar e o tempo em que a história se passa e as personagens; b. em 1845, no Rio de Janeiro; c. lembre os estu- dantes de que, no trecho lido, nem todas as personagens aparece- ram ainda. Considere a indica??o do autor: Nicolau, Fabiana, Olaia, Sabino, Anselmo, Eduardo, Pauli- na, dois meninos e um homem; d. Fabiana: a m?e; pois o conflito que será desenvolvido na história gira em tono dela. Mesmo a pe?a de te- atro estando em seu início, é pos- sível perceber a for?a da persona- gem principal, assim como o papel do seu antagonista, Eduardo; e. a m?e e a nora querem mandar na casa; f. a disputa entre duas mu- lheres faz parte do cotidiano. Cha- me a aten??o para o fato de que sogra e nora n?o se darem bem é algo histórico em várias socieda- des do mundo.N?o vês que a mam?e se aflige? Larga o arco. (Pega na m?o do arco e forceja para o tirar.)Fabiana – Larga a rabeca! Larga a rabeca! (Pegando na rabeca e forcejando.)Eduardo (resistindo e tocando entusiasmado) – Deixem-me, deixem-me acabar, mulheres, que a inspira??o me arrebata... Ah... ah... (Dá com o bra?o do arco nos peitos de Olaia e com o da rabeca nos queixos de Fabiana, isto tocando com furor.)Olaia – Ai, meu est?mago!Fabiana (ao mesmo tempo) – Ai, meus queixos!Eduardo (tocando sempre com entusiasmo) – Sublime! Sublime! Bravo! Bravo!Fabiana (batendo o pé, raivosa) – Irra!Eduardo (deixando de tocar) – Acabou-se. Agora pode falar.Fabiana – Pois agora ouvirá, que estou cheia até aqui... Decididamente já n?o o posso nem quero aturar.Olaia – Minha m?e!Eduardo – N?o?Fabiana – N?o e n?o, senhor. Há um ano que o senhor casou-se com minha filha e ainda está às minhas costas. A carga já pesa! Em vez de gastar as horas tocando rabeca, procure um emprego, alugue uma casa e fora daqui com sua mulher! Já n?o posso com as intrigas e desaven?as em que vivo, depois que moramos juntos. ? um inferno! Procure casa, procure casa... Procure casa![...]Disponível em: <;. Acesso em: 1o set. 2015.O texto teatral que você leu é uma comédia de costumes. Responda:Que informa??es sobre o texto s?o dadas ao leitor?Quando e onde se passa a história?108Língua Portuguesa ? Movimento do aprender132Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderQue personagens est?o em cena?Quem é a personagem principal? Por que chegou a essa conclus?o?A partir de que fato o enredo come?a a se desenrolar?Por que a a??o inicial já nos faz perceber que esse texto é uma comédia de costumes?Aten??o!Cada parte de uma pe?a teatral é chamada de Ato. Ele contém um ciclo completo de a??es e se separa do outro por meio de um intervalo. Ato, por sua vez, é dividido em Quadro – quando o cenário muda – e Cena, com tempo de dura??o menor que os dois anteriores.A palavra rabeca, repetida no texto mais de uma vez, refere-se a um instrumento mu- sical medieval que foi o precursor do violino.O desconhecimento do significado dessa palavra prejudicou a compreens?o do texto? Explique.Que pista o texto nos dá para supormos que esse instrumento é de corda?Aten??o!Comente com os estudantes que as características apresentadas s?o de um texto dramático e, se julgar conveniente, ilustre os conceitos com a própria pe?a de Martins Pena ou com um trecho de um filme.Atividade 5Solicite aos estudantes que reto- mem o trecho do texto no qual a palavra aparece, a fim de respon- derem às quest?es. Em seguida, diga que comparem as respostas em duplas. No item a, espera-se que respondam negativamente; no item b, eles devem se remeter ao trecho “Larga o arco” no diálo- go e “arco”, de forma repetida, na rubrica. Somente instrumentos de corda utilizam esse elemento paraA arte nos palcos ? Unidade 6109produzir o som.A arte nos palcos ? Língua Portuguesa133Orienta??es didáticasLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender134Atividade 6Verifique se os estudantes com- preendem que os pontilhados indicam que a personagem está pensando no que vai dizer ou he- sitando, pois ainda n?o sabe ao certo se deve ou n?o dizê-lo. As in- dica??es entre parênteses no meio das falas das personagens orien- tam os atores e o diretor.Atividade 7Os estudantes devem responder que os fatos s?o apresentados por meio das rubricas e das falas e que sabemos quem é quem nos diálo- gos porque o nome das persona- gens aparece antes de toda fala.Aten??o!Seria interessante exemplificar “diálogo”, “monólogo” e “apar- te” com trechos de pe?as tea- trais em vídeo, assim os estu- dantes poder?o entender melhor a constru??o do enredo. Você encontra um exemplo de diálo- go em <. com/watch?v=GOTNpP3W8H8>, com trecho da pe?a Eles n?o usam black tie; de monólogo em < watch?v=kJjNNzVRmkM>, com trecho da pe?a O menino mais rico do mundo; e de aparte em< watch?v=UDpP10UoxW4> (aces- sos em: 9 nov. 2015), com trecho da pe?a O mentiroso, de Goldoni. Apresente os trechos até ficar claro o modo como as persona- gens expressam a fala. Apro- veite para explorar as variantes linguísticas utilizadas por elas, comparando-as à norma-padr?o da língua portuguesa.Explique o significado dos pontilhados em: “Ai, que estalo! Isto assim n?o vai longe.”e dos parênteses em: “(Fazendo o movimento com os bra?os.)”.Ao ler o texto, mesmo n?o havendo narrador, temos a impress?o de que a história se passa na nossa o os fatos s?o apresentados na história?Como sabemos quem s?o as personagens dos diálogos?Aten??o!N?o há narrador no texto dramático (hoje em dia isso já está mudando, pois há autores que introduzem uma narra??o em off – quando apenas a voz é ouvida). Dessa forma, o enredo é construído pela fala das personagens, que podem se expressar por meio de um:diálogo: conversa entre duas ou mais pessoas;monólogo: apenas uma pessoa fala, n?o há interlocutor no texto;aparte: quando a personagem se dirige diretamente ao público.110Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderEditora Martin ClaretLeia o texto sobre Martins Pena e responda à quest?o.Ivan Navarro/Globaltec“Além de fundador da comédia de costumes no Brasil, escreveu outros gêneros como farsas e dramas e contribuiu no Jornal do Commercio como crítico teatral”. (...)Suas pe?as brincavam com os costumes na época do rei, com personagens populares, como que tiradas das ruas do Rio de Janeiro e colocadas no papel: malandros, mo?as com ?nsias em casar, juízes, estrangeiros, jovens pomposos, velhas solteiras, funcionários pú- blicos, meirinhos, contrabandistas, etc. O ?mbito social e os enredos escolhidos por Mar- tins Pena também refletiam os da época, casamentos, festas na ro?a, festas da cidade, de- cis?o de heran?a, pagamento de dotes, e assim por diante.”Disponível em: <;. Acesso em: 15 jun. 2014.Que influência essa afirma??o sobre a vida e a obra de Martins Pena tem sobre o leitor no que diz respeito ao entendimento e à aprecia??o do texto?Leia agora dois textos: uma pequena crítica sobre a pe?a de teatro infantil Pluft, o fan- tasminha, e o prólogo dela. Durante a leitura, observe a estrutura dos dois textos: que diferen?as você consegue perceber?Atividade 8Chame um voluntário para ler o texto em voz alta e diga aos ou- tros que fiquem atentos. Solicite que respondam à quest?o, que pretende despertar no estudante o olhar para a import?ncia da con- textualiza??o no momento da re- cep??o da obra. Fa?a a socializa??o das ideias levantadas pela turma. Espera-se que percebam que todo produtor de texto trabalha com as ideias de seu tempo e da socieda- de em que vive.anota??esA arte nos palcos ? Unidade 6111A arte nos palcos ? Língua Portuguesa1351 ATOPERSONAGENSSebasti?o Juli?o Jo?oM?e FantasmaPluft, o fantasminhaGerúndio, tio do PluftPerna de Pau, marinheiro pirataMaribel, meninaOrienta??es didáticasAtividade 9Leve os estudantes a perceberem o significado do prólogo de Pluft,o fantasminha e a explica??o que se segue no início do ato único, bem como a import?ncia das in- forma??es contidas nele. Reforce com eles que uma pe?a pode ser dividida em atos que, por sua vez, podem ser divididos em cenas; e, no caso dessa pe?a, há somente um ato. Solicite que eles compar- tilhem as diferen?as percebidas na estrutura dos dois textos.Pluft, o fantasminha136Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender“Mam?e, gente existe?” – quando Pluft, o fantasminha, fez essa pergunta pela pri- meira vez, em 1955, no palco do Tablado, no Rio de Janeiro, o teatro para crian?as no Bra- sil ganhou o seu grande clássico. A pe?a, que o tempo consagraria como a obra-prima de Maria Clara Machado, alcan?ou sucesso imediato de público e crítica e recebeu os prêmios de melhor espetáculo amador e de melhor autor, concedidos pela Associa??o Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1956.[...]Acervo Memória O TabladoTexto 1ACPT. Pluft, o fantasminha: um clássico do teatro infantil brasileiro. Associa??o Centro de Pesquisa Teatral. Disponível em: <;. Acesso em: 30 dez. 2014.Texto 2anota??es112Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderPR?LOGOO prólogo se passa à frente da cortina. Pela esquerda surgem os 3 marinheiros ami- gos, meio bêbados, cantando. O da frente é Sebasti?o, o mais corajoso. Leva um toco de vela aceso ou um lampi?o. Segue-se Juli?o, segurando um mapa. Deve-se ouvir a can??o antes de avistá-los.Ainda era uma crian?a, Quando saiu para o mar A aprender a navegarO Capit?o Bonan?a! Depois morreu no mar, Deixou de navegar.Onde está a heran?a Do Capit?o Bonan?a!?Quando aparecem no palco, devem estar acabando o canto.Sebasti?o – Deve ser aqui! Veja o mapa, Juli?o!Juli?o – Veja você, Sebasti?o. (Troca o mapa pela vela do Sebasti?o.)Sebasti?o – ? melhor o Jo?o ver; Jo?o é o encarregado do mapa. (Troca a garrafa com Jo?o e bebe um traguinho. Fazem várias vezes este jogo de trocar.)Jo?o (Com o mapa) – Uma casa perdida na areia branca perto do mar verde... Deve estar por perto... Pega na luneta, Juli?o.Juli?o (Olhando pelo gargalo da garrafa) – Estou vendo um mar calmo com algu- mas ondinhas brancas.Sebasti?o – Ent?o vamos!Jo?o (Desanimado) – Já andamos muito! Pobre Maribel!Juli?o – Pobre Maribel!Sebasti?o – Pobre Maribel!(Os três se abra?am e sentam-se no ch?o.)Sebasti?o (Levantando-se) – Precisamos salvar a neta do nosso grande capit?o Bonan?a!Jo?o – (Mesmo) Precisamos achar o tesouro da neta do grande Capit?o Bonan?a! Juli?o – Precisamos pegar o ladr?o do tesouro da neta do grande capit?o Bonan?a! Sebasti?o – Viva o grande capit?o Bonan?a!A arte nos palcos ? Unidade 6113A arte nos palcos ? Língua Portuguesa137Orienta??es didáticasAtividade 10Segundo o dicionário Aurélio, pró- logo é: “[...] 2. Teat. A primeira parte, dialogada, da tragédia, no antigo teatro grego. 3. Teat. Cena introdutória, onde, em geral, se oferecem dados elucidativos do enredo da pe?a. [...]”. Há um vo- cabulário que pode ser trabalhado com os estudantes no que se re- fere ao teatro. Segue uma lista de palavras para ser usada aos pou- cos e, ao final, pode-se elaborar um glossário.Ato: parte de uma pe?a teatral que corresponde a um ciclo de a??o completo; separa-se dos demais por um intervalo e é, por sua vez, subdividido em quadros e cenas. Cena: na dramaturgia clássica, a menor divis?o de uma pe?a; toda vez que entra ou sai uma perso- nagem, a cena passa a ser outra. Cenário: conjunto de elementos plásticos que decoram e delimi- tam o espa?o cênico. Espa?o: em um texto de uma pe?a teatral, há dois tipos de espa?o: o cênico e o dramático. O espa?o cênico é constituído por elementos presen- tes no palco durante a encena??o, podendo ser bastante simples ou mais elaborado. O espa?o dramá- tico é o local onde se passa a his- tória. O autor costuma fornecer informa??es sobre esses cenários nas rubricas ou mesmo nos diálo- gos. Muta??o: transforma??o total ou parcial do cenário, no desenro- lar de uma cena ou no final de um quadro ou de um ato. Pe?a: texto escrito para ser encenado; a ence-Todos – Vivaaaa!Sebasti?o (Para Juli?o) – Vamos!Juli?o (Para Jo?o) – Vamos!Jo?o (Para alguém imaginário que o segue) – Vamos!(Os três recome?am a cantar e saem pela direita, descendo o proscênio.) Fim do prólogoAto únicoCenárioUm sót?o. ? direita, uma janela dando para fora de onde se avista o céu. No meio, encostado à parede do fundo, um baú. Uma cadeira de balan?o. Cabides onde se veem, pendurados, velhas roupas e chapéus. Coisas de marinha. Cordas, redes. O retrato vela- do do capit?o Bonan?a. ? esquerda, a entrada do sót?o.Ao abrir o pano, a Senhora Fantasma faz tric?, balan?ando-se na cadeira, que range compassadamente. Pluft, o fantasminha, brinca com um barco. Depois larga o barco e pega uma velha boneca de pano. Observa-a por algum tempo.[...]MACHADO, Maria Clara. Pluft, o fantasminha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1955. p. 1-34.Assinale a alternativa correta.Prólogo é:cena ou monólogo inicial em que se exp?e o tema da obra teatral para orientar o espectador.monólogo feito pela primeira personagem a entrar em cena para agradecer ao público.cena final, em que se concluem as a??es das personagens principal e secundária.cena ou diálogo que aparecem na rubrica do texto teatral para orientar os atores.a parte principal do palco; o espa?o utilizado para representa??o.Que import?ncia o texto 1 da atividade 9 tem para o espectador de teatro?114Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderna??o desse texto pode se dividir em atos, quadros e cenas.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender138Quadro: uma das divis?es do ato, havendo mudan?a de qua- dro toda vez que há modifica??o no cenário. A subdivis?o do quadro é a cena. Tempo: o tempo em uma pe?a teatral também se divide em cênico e dramático. O tempo cênico é a dura??o da encena??o. Um mesmo texto pode ter diferen- tes tempos cênicos, variando de acordo com a montagem, que depende das escolhas do diretor e dos atores. O tempo dramático é o intervalo de tempo no qual se d?o os aconte- cimentos da pe?a. Pode ser um dia, um mês ou mesmo váriosanos. (Adaptado de: CAMPOS, Geir. Glossário de termos téc-nicos do espetáculo. Niterói: EDUFF, 1989. p. 1-159.)Atividade 11Fa?a a socializa??o oral das respostas dos estudantes e veri- fique se eles mencionam que o texto 1 orienta o leitor sobre a import?ncia social da pe?a, atraindo sua simpatia para o que ele vai assistir. Utilize as respostas mais bem elaboradas pelos estudantes como base para adequar as que n?o esti- verem de acordo com o contexto.Assinale as op??es que apresentam dados obtidos apenas com a leitura desse trecho da pe?a teatral Pluft, o fantasminha.Os responsáveis pela apresenta??o desse texto para o público. O número de personagens presentes na história.As personagens protagonistas. Como é o cenário.O conflito principal da pe?a. O desfecho do texto.O epílogo (fim) da história.Agora você lerá o texto completo da pe?a teatral Pluft, o fantasminha. Depois, respon- da às quest?es.Na pe?a, a autora Maria Clara Machado aborda um sentimento que apavora a maioria das crian?as sob dois aspectos: o medo de crescer e o medo do outro. Comprove essa afirma??o na história.O que torna Pluft diferente dos outros fantasmas?Você sabia?beyhes/iStock/ThinkstockEstas máscaras foram criadas na época do teatro clás- sico grego e s?o utilizadas até hoje como símbolo dos dois primeiros gêneros do texto dramático: a tragédia e a comédia.Atividade 12Solicite que os estudantes reali- zem a atividade individualmente. Em seguida, organize a turma em duplas e compare as op??es es- colhidas por eles. Fa?a a corre??o pedindo que justifiquem a escolha dos itens.Atividade 13Disponibilize aos estudantes o texto integral da pe?a teatral, en- contrado em <. vrc.puc-rio.br/pilha6/pdf/pluft. pdf> (acesso em: 9 nov. 2015), ou utilize o laboratório de informáti- ca, a fim de que tenham acesso ao texto. Espera-se que nas quest?es os estudantes percebam que Pluft seria a personifica??o dos medos– medo de gente, medo de escola, medo de ler, medo de se expressar etc. Maria Clara Machado trabalha o medo em Pluft n?o como um ato de covardia que impediria o desenvolvimento do homem, mas com um grande respeito ao medo verdadeiro da crian?a em seu pro- cesso de crescimento e entendi- mento do mundo, fazendo com que os jovens o encarem como possibilidade de mudan?a.A arte nos palcos ? Unidade 6115Você sabia?139A arte nos palcos ? Língua PortuguesaComente com os estudantes que, hoje em dia, o texto dra- mático se organiza nos seguintes estilos: tragédia, em que se representa um fato trágico; comédia, que causa riso; tragico- média, que intercala os dois elementos: o trágico e o c?mico; e farsa, que faz uma crítica da sociedade de forma caricatural.Orienta??es didáticasLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender140Atividade 14Quando as duplas completarem a atividade de localiza??o e compa- ra??o dos elementos constitutivos do texto teatral, solicite a alguns estudantes que leiam para a clas- se suas conclus?es. Verifique se todas as duplas responderam que prevalece o uso do presente do in- dicativo nos textos dramáticos e que esse tempo verbal tem o ob- jetivo de trazer a a??o teatral para a realidade atual. Levante outras quest?es sobre o núcleo temático dos dois textos e leve as duplas a discutirem sobre as perguntas que você propuser. Este momento, em que discutem as percep??es do texto, é fundamental para a cons- tru??o e a amplia??o do conheci- mento e para promover a intera- ??o entre eles, uma vez que ter?o que ouvir o outro e se dar conta de como a compreens?o de um mes- mo texto pode ser diferente e ao mesmo tempo fazer sentido.Para debateranota??esPor se tratar de uma atividade de oralidade, durante a discuss?o, oriente os estudantes a manterem a organiza??o, respeitando os tur- nos da fala e a atitude esperada de quem ouve. Se julgar necessário, anote na lousa as informa??es que considerar mais importantes dos comentários e depois acrescente outras que achar necessárias, con- firmando ou refutando as informa- ??es dos estudantes. ? importante a contribui??o da maioria deles.Em dupla, responda às perguntas do quadro comparando as duas pe?as teatrais.A que gênero textual pertence?Quem é o autor?Quais s?o as personagens?Onde e quando se passa a história?Qual é o tema?Há rubrica para orienta??o dos atores?Que tempo verbal é mais utilizado? Qual o seu efeito de sentido?Quem casa, quer casaPluft, o fantasminhaPara debaterDiscuta oralmente com seus colegas:Que outros meios sociais fazem crítica aos costumes da sociedade?O autor escolhe o estilo de sua escrita e que gênero textual utilizará para produzir sua obra a partir do modo como vê o mundo?O que significa o título desta unidade: A arte nos palcos?Deixe claro o seu ponto de vista. Se perceber que n?o foi compreendido, reformule o que disse, a fim de resolver as dificuldades.116Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAfinal, o que é uma pe?a teatral ou texto dramático? Quais características esse texto possui?Dos textos teatrais que leu nesta unidade, de qual mais gostou? Exponha sua opini?o.Conecte-seLL LibraryWilliam C. CarrollNo livro Muitos textos... Tantas palavras há dois clássicos do teatro universal: A mandrágora, de Maquiavel, e Macbeth, de Shakespeare. Leia os textos e pesquise mais informa??es sobre esses autores t?o importantes para a dramaturgia.Atividade 15Retome com os estudantes as ca- racterísticas de pe?a teatral ou texto dramático, conforme es- tudado ao longo das atividades. Organize grupos para escreverem com as próprias palavras as infor- ma??es dadas nos quadros apre- sentados na unidade, construindo assim o conceito do gênero. En- quanto trabalham, caminhe pela sala e, caso seja necessário, ofere- ?a orienta??o. Pe?a que um estu- dante leia a defini??o de seu gru- po e escreva-a na lousa; os grupos seguintes ter?o de complementá--la. ? importante ressaltar que atemática do teatro é muito vasta– há comédia, tragédia, histórias de aventura etc. Ao final, todos devem registrar a defini??o que construíram conjuntamente.Atividade 16Sugira como tarefa de casa a leitu- ra dos textos indicados no Conec- te-se para que os estudantes for- mulem as opini?es deles a respeito de mais essas leituras. Oriente-os sobre a import?ncia de argumen- tos que comprovem a opini?o.A arte nos palcos ? Unidade 6117Conecte-seQuestione os estudantes sobre ou- tros autores de teatro que eles co- nhecem e também sobre pe?as te- atrais que leram, a que assistiram ou de que ouviram falar. Proponha uma pesquisa sobre famosos es- critores de textos dramáticos e suas obras mais difundidas.A arte nos palcos ? Língua Portuguesa141Avan?arLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender142Orienta??es didáticasRetome o texto que você escreveu com seus colegas na atividade 2. Fa?a uma autoava- lia??o do texto com base nos seguintes critérios:Apresenta claramente o conflito?As personagens possuem características diferentes umas das outras?? possível o leitor se identificar com a história ou com as personagens?Apresenta rubricas claras e suficientes?O texto está em discurso direto?O texto está em tempo verbal adequado à situa??o comunicativa?Agora, reúnam-se para decidir se é necessário reelaborar o início da pe?a teatral que produziram na atividade 2. Terminem de escrever a história. Com o texto pronto, en- saiem o teatro. Vocês escolhem se ir?o apresentá-lo em forma de leitura dramática ou fazendo uma encena??o da pe?a.Saiba maisSONHO DE UMA NOITE DE VER?OAutor: William Shakespeare Editora: L&PMO livro é uma comédia que aborda a mitologia e o teatro. Oberon e Tit?nia disputam o poder, por amor. Ninfas, centauros e fadas, num bosque, acompanham outra história de amor, enquanto artes?os encenam a história de Píramo e Tisbe. A??o e movimenta??o, paix?es e casamentos, brigas e reconcilia??es, equívocos e finais felizes. ? um texto de Shakespeare muito divertido e nada trágico, um sonho, originalmente escrito para uma festa de casamento na vida real.O DOENTE IMAGIN?RIOAutor: Molière Editora: GlobalPe?a em três atos e ambientada na sociedade francesa do século XVII, O doente imaginário conta a história de um velho hipocondríaco que pensa estar doente e acata toda e qualquer ordem do médico que, por sua vez, se aproveita da situa??o. Texto bem-humorado que até hoje faz sucesso quando encenado nos teatros mundo afora.118Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 17Pe?a que os estudantes fa?am in- dividualmente a análise da cena inicial produzida na atividade 2. Em seguida, eles devem se reunir com o mesmo grupo que escre- veu o texto para compararem as observa??es apontadas por eles e discutirem sobre as diferen?as na análise.Atividade 18Global Editora[S.I.]/Editora L&PMApós a adequa??o e o término do texto, de acordo com o que foi estudado sobre o gênero textu- al teatro, os estudantes poder?o encenar para a turma a pe?a que escreveram. Observe se, nas pro- du??es, eles utilizaram os recursos textuais estudados nesta unida- de. Caso contrário, proponha que revisem novamente o texto, re- correndo às atividades anteriores. Proponha também um trabalho integrado com o professor de Arte para repertoriá-los a respeito dos recursos utilizados no teatro. Para a encena??o, oriente-os a distribu- írem as fun??es de cada pessoa do grupo, considerando o diretor, os auxiliares e os atores. Além disso, é preciso organizar cenário, figuri- nos, som etc.Para que os estudantes expandam o conhecimento adquirido nesta unidade, pe?a que comparem o teatro grego ao contempor?neo, pesquisando a respeito do tema para produzir um texto que resuma sua investiga??o. As informa??es encontradas dever?o ser socializadas com a turma.Outra sugest?o, para desenvolver em parceria com o professor de Arte, é transformar uma história da literatura clássica em uma pe?a teatral e encená-la para a escola. Nes- se caso, precisar?o selecionar a história e escrever o texto dramático, ensaiar (fora do horário de aula) com a supervis?o de um professor, compor figurino e cenário, planejar os recursos de áudio etc.O que aprendi sobre...Pesquise em jornais e revistas as pe?as teatrais que est?o em cartaz na sua ou em outras cidades. Selecione duas pe?as a que você gostaria de assistir e leia as sinopses ou críticas referentes a elas. Considere os seguintes critérios para sua escolha:tema;diretor;atores;teatro em que está sendo apresentada.Escreva em seu caderno um parágrafo explicando os motivos da sua escolha para cada pe?a.O que aprendi sobre...Promova a socializa??o da ativi- dade e, se for possível, leve-os ao teatro: enumere na lousa as atra- ??es disponíveis mais próximas da escola e fa?a uma vota??o para escolherem à qual assistir?o. Veri- fique a classifica??o indicativa e a possibilidade de horários antes de realizar a vota??o.Aprendendo com a comunidadeProponha aos estudantes que in- vestiguem se na cidade e/ou bair- ro onde vivem há alguma escola/ grupo de teatro e como funciona. Sugira que a frequentem um dia e observem como s?o os ensaios, buscando, assim, despertar nos es- tudantes o gosto pela dramaturgia.A arte nos palcos ? Unidade 6anota??es119A arte nos palcos ? Língua Portuguesa143Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender144Para saber mais...Unidade 6Livros:[S.I.]/Editora PaulinasO ATO DE FAZER TEATROAutores: Marcus Almeida, Vlademir do Carmo e Denise Kluge Editora: PaulinasNesta linguagem expressiva, a fantasia faz com que todos os símbolos ganhem vida e, a partir de uma gostosa brincadeira, a espontaneidade e a verdade com a qual a crian?a brinca tornam o corpo ilimitado. Descobre-se em cada experimento do ato do fazer que n?o existe o feio nem o bonito, o grande nem o pequeno, o gordo nem o magro. Cada corpo tem sua forma, seu jeito e seus limites de se expressar por meio do ato de fazer teatro.[S.I.]/Editora EduspJ. GUINSBURG: DI?LOGOS SOBRE TEATROAutor: Armando Sérgio da Silva (org.) Editora: EduspEsta obra reúne importantes contribui??es ao estudo da estética, ensino, crítica e história do teatro moderno, ao mesmo tempo em que constitui uma homenagem de seus autores aJ. Guinsburg, que esquematizou e orientou essas pesquisas como professor de Artes Cênicas da Escola de Comunica??es e Artes da Universidade de S?o Paulo (USP). Os 14 ensaios abordam desde o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone até a quest?o da aprecia??o estética, possibilitando inúmeras conex?es entre o teatro e as outras áreas de conhecimento.145Entre perguntas e respostas ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 7Entre perguntas e respostasArgumentar, com base em suposi??es, fatos e conceitos, a respeito de um ponto de vista oralmente e/ou por escrito.Distinguir causa/consequência, fato/opini?o e defini??o/exemplo, na oralidade e na escrita.4. Expor conhecimentos por meio da oralidade, observando os contextos de produ??o, considerando o grau de formalidade requerido pelo gênero textual e utilizando recur- sos extralinguísticos em favor do discurso (gestos, express?es faciais, postura etc.).8. Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.11. Inferir o sentido literal ou figurado das palavras ou express?es com base em ele- mentos do texto e do contexto de produ??o.13. Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.Posicionar-se oralmente com autonomia, respeito e criticidade, obedecendo aos turnos de fala.Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??preender e distinguir as marcas das variantes linguísticas orais e escritas (de espa?o físico, grupo social, faixa etária, grupos profissionais etc.), comparando-as à variante-padr?o da língua portuguesa.Reconhecer, compreender e aplicar as regras-padr?o de concord?ncia verbal e no- minal apropriadas às diversas possibilidades de produ??o oral e escrita.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.23. Formular hipóteses e fazer predi??es sobre o texto.Orienta??es didáticasRoda de conversaentrevista é um texto jornalístico com estrutura de diálogo, colóquio,primeiro apresenta seu entrevista- do em um pequeno texto e coletaPeter Kramer/NBC/NBC NewsWire via Getty Imagesdivulga??o na imprensa falada ou escrita, televisiva ou pela internet. Outra modalidade de entrevista é a pingue-pongue, em forma de pergunta e resposta apenas. Dei- xe claro que o entrevistador n?o é necessariamente o único na cons- tru??o da situa??o comunicativa. Os interlocutores podem construir a enuncia??o em conjunto. A en- trevista pode ser individual ou coletiva e apresentar característi- cas específicas do discurso oral ou escrito. Promova uma discuss?o que os fa?a observar os elementos constitutivos gerais das entrevis- tas retratadas nas imagens, como o espa?o em que acontecem, o ce- nário, a ilumina??o, o clima de des- contra??o ou de seriedade. Diga que as imagens mostram dois mo- mentos de diferentes programas de entrevista: um com uma pessoa famosa, o ator americano Matt Da- mon e outro com uma pessoa co- mum, mas que tem algo a contar, respectivamente. Aproveite para discutir com os estudantes a or- ganiza??o e as características de uma entrevista, assim como suaUNIDADE7Entre perguntas e respostas120Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorNesta unidade, será trabalhado o gênero entrevista, tanto em sua forma escrita quanto oral. Vale ressaltar que ambos os textos (oral e escrito) podem sofrer edi??o, com exce??o da en? trevista ao vivo; nem sempre o que é lido foi transcrito exata? mente como dito pelo entrevistado; há casos em que o entrevis? tado discorda da publica??o do texto escrito ou se aborrece ao ver a entrevista oral com trechos de sua fala cortados.Para o gênero entrevista, podem?se destacar alguns ele? mentos essenciais, entre eles: a altern?ncia de perguntas e res?postas, o fato de que é assistida ou lida por pessoas que est?o interessadas na informa??o produzida, e a linguagem utilizada, que está relacionada diretamente com a forma??o científica ou cultural do entrevistado.Além disso, esse gênero textual apresenta, geralmente, a se? guinte estrutura: introdu??o, na qual se estabelece a temática do texto, bem como se oferecem informa??es sobre quem será entrevistado; corpo da entrevista, com as perguntas e as respos? tas; encerramento da entrevista.? importante observar que se trata de um gênero predo? minantemente oral e é possível ampliar o trabalho da unidade,146Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderTV Globo/Foto divulga??oRoda de conversaQue similaridades você encontra entre as duas imagens?Que diferen?as há entre as entrevistas?Como um entrevistador coleta as declara??es de seu entrevistado?Em sua opini?o, é necessário utilizar linguagem formal ou informal em uma entrevista? Por quê?Em que outros meios de comunica??o as entrevistas dessas duas imagens poderiam ser publicadas?Como você acha que uma entrevista deve ser organizada?fun??o social como formadora de opini?o e meio para desenvolver o senso crítico.Você pode passar um trecho do Jornal Sensacionalista, programa fictício do canal Multishow que satiriza notícias como forma de crítica a jornais desse tipo. Diga que agora n?o v?o assistir a um programa de entrevista, mas sim de “reportagem”, no qual tam- bém há esse tipo de diálogo. Exi- ba a “matéria”, encontrada em< watch?v=5vWdOivqb-A> (acesso em: 9 nov. 2015), na qual há en- trevista com um ladr?o que aca- bou sendo roubado. Com base no vídeo, discuta com os estudantes por que eles acham que progra- mas sensacionalistas (os reais) fa- zem sucesso e o que têm a contri- buir para a forma??o das pessoas. Além disso, aproveite para iniciar uma discuss?o sobre as gírias que o entrevistado usa, como forma de comparar a variante linguística utilizada por ele à variante-padr?o da nossa língua. Há outro vídeo do mesmo programa, disponível em< watch?v=lVc62-7GlH0> (acesso em: 9 nov. 2015), que pode ser utilizado para ampliar a discus- s?o sobre notícias sensacionalis- tas e a compara??o de variantes linguísticas.Entre perguntas e respostas ? Unidade 7121destacando linguagem formal; marcas de oralidade; paráfrase; marcadores de causa e consequência; contra?argumenta??o; express?o temporal e organizacional do discurso; tempos ver? bais; sinais de pontua??o; coes?o e coerência; concord?ncia ver? bal e nominal.147Entre perguntas e respostas ? Língua PortuguesaAntes de iniciar os estudos da unidade, você pode enume? rar, na lousa, os programas de entrevista mais assistidos pelos estudantes. Depois, registre quais elementos eles acreditam ser constituintes desse gênero e qual estrutura prevalece. ? impor?tante orientá?los para que copiem as conclus?es elaboradas pela ente com os estudantes que o programa televisivo de entrevistas permite uma intera??o n?o apenas entre entrevista? dor e entrevistado, mas também entre o entrevistador e o seu público. Por meio da imagem e do som, o espectador recebe, além das declara??es feitas pelos interlocutores, suas emo??es captadas pela imagem.Orienta??es didáticasAtividade 1Comece a atividade explorando as imagens que a acompanham. Converse com os estudantes, por exemplo, sobre a import?ncia das mídias digitais na veicula??o de informa??es. Selecione duas entrevistas e forne?a à turma (o ideal seria que uma fosse escrita e a outra falada: entrevistas de rádio ou TV, filmadas, transcritas, adaptadas etc.). Solicite que leiam e assistam às entrevistas para responderem às perguntas. Fa?a a corre??o na lousa, tomando-se por base as conclus?es da sala. ? importante que os estudantes percebam que a entrevista va- ria de acordo com a temática, o entrevistado, o local onde ocorre e o suporte; dessa forma, ter?o uma no??o geral do gênero para a produ??o inicial que v?o realizar. O importante é que, por meio das respostas a essas perguntas, eles construam uma imagem geral so- bre o gênero textual entrevista, incluindo a argumenta??o, o pon- to de vista, o respeito à opini?o dos outros e ao portador do texto. Pode-se, também, trabalhar em parceria com professores de va- riados componentes curriculares, combinando antecipadamente com eles para que escolham uma entrevista televisiva de acordo com os conteúdos desenvolvidos em suas aulas recentes. Uma su- gest?o seria trabalhar com Geo- grafia, utilizando uma entrevista que trate de imigra??o, como a en- contrada em < RF/Thinkstockgorica/iStock/Thinkstock1 Após a leitura das entrevistas indicadas pelo professor, respondam em duplas às perguntas.Tieataopoon/iStock/ThinkstockWavebreakmedia Ltd/ThinkstockQual é o possível público-alvo?Em que meio de comunica??o a entrevista circulou?Onde a entrevista ocorreu?Transcreva uma declara??o do entrevistado que considere interessante e expli- que o porquê de sua escolha.122Língua Portuguesa ? Movimento do watch?v=eJqHcRheTe0> (acesso em: 9 nov. 2015),1971164578363Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender148que apresenta também um trecho de reportagem, cujas ca- racterísticas podem ser retomadas, caso já tenham estuda- do o gênero.Qual era o objetivo do entrevistador ao fazer as perguntas que fez?Você considera que o entrevistador fez apenas perguntas que interessavam a ele? Explique sua resposta.Encarte 7Você agora produzirá uma entrevista. Escolha alguém da co- munidade escolar (professor, funcionário, diretor, coordena- dor etc.), de sua família ou um de seus amigos. O objetivo da entrevista é apresentar aos leitores alguém que tenha algode importante a dizer sobre a escola, ou seu trabalho, ou ainda sobre suas expectativas para o futuro. Por isso, escolha com cuidado quem irá entrevistar. Antes de a entrevista acontecer, prepare-a com aten??o, seguindo estes passos:Informe a quem você convidou como entrevistado o motivo do seu trabalho e de sua escolha.Explique-lhe o que espera que ele conte durante a bine um horário e um lugar que seja conveniente para ambos.Prepare suas perguntas com antecedência.Dê prioridade a perguntas cujas respostas evidenciem uma opini?o pessoal e a argu- menta??o do entrevistado.Crie um clima de conversa e descontra??o, para n?o cair na formalidade ou na mecani- za??o de perguntas lidas e respostas curtas.Se achar necessário, grave a entrevista para depois transcrever os trechos que consi- derar mais esse roteiro preparado, fa?a a entrevista.Leia agora a transcri??o de um trecho de uma entrevista veiculada no programa Es- pelho, do Canal Brasil, entre o ator e apresentador Lázaro Ramos e o cantor Criolo. Ela reproduz fielmente o diálogo original. Observe principalmente as repeti??es, as reto- madas e os desvios, marcas próprias da linguagem oral.Atividade 2Leia para os estudantes cada pas- so para planejar a entrevista, es- clarecendo as dúvidas. ? preciso ficar claro que a escolha do en- trevistado e a das perguntas s?o muito importantes para o sucesso da entrevista. ? necessário que se estabele?a uma situa??o comuni- cativa de entrevista. Explique aos estudantes que o roteiro de per- guntas é essencial, entretanto, n?o há necessidade de se ater a ele, a improvisa??o também faz parte da interlocu??o entre entrevista- dor e entrevistado. Outro fator a ser observado é a maneira como será feito o registro das respos- tas do entrevistado (grava??o, fil- magem, registro por escrito etc.). Essa produ??o inicial fornecerá in- forma??es sobre os conhecimen- tos prévios dos estudantes acerca do gênero entrevista. Sendo as- sim, é essencial pedir-lhes que, ao término da atividade, fa?am uma cópia do texto para entregar.Atividade 3Toda entrevista publicada é o re- sultado de uma retextualiza??o. A fala é transformada em texto es- crito. Na reprodu??o apresentada no livro, foram mantidos vários aspectos da fala; além disso, os marcadores conversacionais tam- bém est?o presentes no texto. Comente com os estudantes que,Entre perguntas e respostas ? Unidade 7123para o leitor ler com maior clareza, a ordem das informa??es pode ser alterada ou pode haver cortes nos diálogos. Isso tudo a favor do ob- jetivo do entrevistador.149Entre perguntas e respostas ? Língua PortuguesaO item a foi pensado para susci- tar um breve debate sobre o tema abordado na entrevista. Seria in- teressante que os estudantes re- alizassem primeiramente a leitura do texto e depois assistissem ao trecho da entrevista, que está dis- ponível em < watch?v=eP86LuPwUYk>Orienta??es didáticas(acesso em: 9 nov. 2015), a partir de 9min10s.No item b, pode-se explorar a lin- guagem metafórica presente na entrevista. Trata-se de algo pou- co comum no gênero em quest?o, mas pelo fato de o entrevistado ser um poeta e compositor, sua fala é cheia de metáforas e expres- s?es artísticas.Na época em que a entrevista foi exibida, a declara??o de Criolo sobre a classe C causou grande repercuss?o na mídia, pois mui- tos n?o entenderam a mensagem presente em seu discurso e inter- pretaram que ele havia ficado con- fuso com a pergunta. Você pode explorar esse acontecimento e ve- rificar se para os estudantes essa informa??o ficou clara ou n?o. Na can??o “Cart?o de Visitas”, do ál- bum Convoque seu Buda, o rapper responde poeticamente à reper- cuss?o da comentada entrevista.No item c, quando os estudantes terminarem de reescrever os tre- chos da entrevista, retirando as marcas de oralidade, você poderá colocar o novo texto coletivamen- te na lousa.Lázaro: ?, mas, você falando aqui, eu tava pensando, todo mundo tem falado muito da ascens?o da classe C.. que tem...Criolo: O que que é a ascens?o da classe C? ? tipo leite que a gente comprava, leite tipo C, aí tinha um tipo A, da fazenda… A gente já ficou num... numa caixinha de novo, entendeu?Lázaro: hum, humCriolo: ? dinheiro, a Ascens?o da classe C é dinheiro? Classe C de quê? De nota C? Por que você n?o tirou nem A, nem B? Tem que dar um ou dois passinhos atrás pra… A alma flutua. O corpo precisa de alimento. Se n?o tem leite, a crian?a chora. Dependendo do livro... uma arma você compra pelo décimo do pre?o desse livro e que ascens?o é essa? Alguém nos ajude, Lázaro, a entender, por que se n?o a gente só vai reproduzir o que andam dizendo por aí. Mas a gente vê o rosto do nosso povo e o nosso povo é nota A [pausa] A+.Lázaro: Ao longo da sua vida, o que é que te guiou pra fazer as suas escolhas?Criolo: Olha, eu amo D. Vilani e seu Cleon, sem eles, né, n?o haveria concep??o, né? Mas tem um lance também cara, que o que nos salvou, do que a gente viveu, nas ruas, e você sabe do que eu estou falando, foi a nossa completa ignor?ncia e falta de habilidade em se adequar ao que tá posto. O que nos salvou, foi a gente ser um ninguém, durante bom tempo de nossa vida. Ou nós éramos ignorados, ou nós éramos chicoteados, ou nós éra- mos um encosto de porta em alguma pousada, e nisso a gente fez a nossa história, a gente sofreu, a gente vomitou, a gente voltou e aceitou que a gente n?o consegue fazer nada do que o pessoal fala do que é pra gente fazer, pra gente ficar boneco na foto. Aí me sobrou o quê? A beleza das artes, que pra muitos, a fraqueza da alma, porque a gente n?o consegue se esconder, aí a gente vai pro palco e mostra a cara.Disponível em: <;. Acesso em: 1o set. 2015.Você concorda com a opini?o do rapper Criolo sobre o tema tratado? Exponha sua opini?o aos demais colegas.150Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es124Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderCriolo é considerado um poeta da nova gera??o. Suas can??es aliam poesia a uma mensagem crítica sobre a nossa sociedade. A linguagem poética é metafórica. Identi- fique e transcreva um trecho que exemplifique esse elemento.Ao falar, as pessoas planejam seus textos instantaneamente. Por isso, nem sempre as respostas s?o completas ou v?o diretamente ao assunto, como foi possível perceber. Reescreva alguns trechos da entrevista, de forma que as marcas da linguagem oral desapare?am.Leia agora a seguinte notícia sobre o lan?amento do disco “Convoque seu Buda”, dorapper Criolo. Após a leitura, responda às perguntas.Em busca do equilíbrio, Criolo lan?a single e se diz feliz por estar vivo Leonardo RodriguesS?o PauloAos 39 anos, Criolo é um sujeito que prima pela gratid?o. Dá gra?as ao rap, por ter lhe ensinado tudo na música, aos f?s, que abarrotam e d?o ares messi?nicos a suas apresenta- ??es, à chance de ter virado parceiro de ícones da MPB, como Milton Nascimento, Caetano e Tom Zé, e, principalmente, por estar vivo, em plena atividade.Entre perguntas e respostas ? Unidade 7125Atividade 4Solicite aos estudantes o levanta- mento de algumas hipóteses sobre a notícia que ler?o, perguntando quais questionamentos eles fariam ao entrevistado ou quais poderiam ter sido feitos para a escrita da ma- téria, tendo por referência o con- texto apresentado no enunciado. Discuta com eles o fato de que uma entrevista n?o precisa ser apenas de perguntas e respostas (pingue--pongue), mas pode fazer parte de uma reportagem ou notícia de jor- nal. Uma entrevista também pode conter características narrativas, com apenas as respostas do entre- vistado. Oriente-os também sobre o contexto de produ??o, por que essa matéria foi produzida e qual é o público leitor. Como resposta do item a, eles podem retirar do tex- to “? essa a mensagem otimista por trás da faixa. Mas experimente dizer isso a Criolo – ‘Isso aí é vo- cês que v?o avaliar. A gente nunca sabe. ?s vezes uma coisa que eu acredito que seja de um jeito você vai ouvir e enxergar de outro’”. No item b, espera-se que identifiquem a fun??o da introdu??o no texto, respondendo que as informa??es importantes s?o que tratam da juventude e come?o da carreira do rapper. No item c, espera-se que percebam a fun??o das aspas nes- se tipo de texto. Você pode pedir que procurem também esse sinal de pontua??o, com a mesma fun- ??o, nos textos que forneceu para a atividade 1.Entre perguntas e respostas ? Língua Portuguesa151152Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderOrienta??es didáticasJack Vartoogian/Getty Images“Segundo os noticiários do final da década de 1980, início da década de 1990, eu, um jovem que nasci onde nasci, com os pais que tinha, n?o pas- saria dos 13, por subnutri??o, ou dos 17, por violên- cia urbana. Isso para termos um pouco de poesia, para n?o falarmos de outra forma”, afirma o músi- co, que recebeu a reportagem do UOL no escritório de seu selo, Oloko Records, em uma pacata casa na Vila Ipojuca, bairro da zona oeste de S?o Paulo.Voz da renova??o do rap, Criolo lan?a na quar- ta (29) a primeira faixa de seu novo álbum, a in- cisiva “Convoque Seu Buda”. Tal como insinua na música, ele vive uma espécie de momento “zen”, de busca constante pelo equilíbrio e pela comu- nh?o de for?as positivas. ? essa a mensagem oti- mista por trás da faixa. Mas experimente dizer isso a Criolo.“Isso aí é vocês que v?o avaliar. A gente nunca sabe. ?s vezes uma coisa que eu acredito que seja de um jeito você vai ouvir e enxergar de outro. Mas a ideia é de que todos nós te- mos uma for?a interna para gerar coisas boas”, entende o mestre das rinhas de MCs e das relativiza??es.Gravado logo após a Copa do Mundo, o terceiro álbum do rapper dará continuidade às ideias do predecessor, “Nó na Orelha” (2011), que expandiu as fronteiras do gênero e fez da antibalada “N?o Existe Amor em SP” um hino contempor?neo. Os parceiros Daniel Ganja- man e Marcelo Cabral (“sem eles, o disco n?o existiria”) est?o novamente no comando da mesa de som – e também dos ensinamentos de vida.A responsabilidade de repetir o êxito do passado é algo que simplesmente n?o pesa nos ombros do músico. “? natural”, como costuma frisar sobre quase tudo. Com maior partici- pa??o dos músicos no processo de composi??o, revela ele, o novo trabalho cederá espa?o às rimas, ao reggae, ao samba, ao afrobeat e a tudo mais que caiba em seu intrincado – e por vezes indecifrável – fluxo de consciência.Estar frente a frente com a esfinge Criolo é um grande desafio cognitivo. Alguém que parece musicar a realidade até na hora de comentar sobre o tempo ou sobre si. “? muito louco. Porque cria-se a expectativa de que eu fale ‘como eu estou bem’ hoje. Mas, de dez anos para cá, o número de pessoas falando que eu sou extremamente estranho, errado, maluco, e tanta coisa que eu jamais imaginei de que eu seria taxado, aumentou. Ent?o deixe que elas digam.”Disponível em: < em-busca-do-equilibrio-criolo-lanca-single-e-se-diz-feliz-por-estar-vivo.htm>. Acesso em: 1o set. 2015.anota??es126Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderComo você pode perceber, nessa matéria jornalística as perguntas do entrevistador n?o aparecem, mas apenas a narra??o entremeada com as respostas do entrevistado. Identifique no texto duas passagens que comprovem essa afirma??o.Que informa??es importantes sobre o entrevistado s?o divulgadas na introdu??o do texto?Qual é o sinal de pontua??o que limita as falas do entrevistado?Após a leitura da próxima entrevista, responda às quest?es.“A dualidade é uma constante na arte e na vida.” Esta frase de Gustavo Dourado de- monstra o poeta que transita em um espa?o sem limites, onde a certeza está na multipli- cidade de temas que ele aborda e pela carga de experiência trazida para os dias atuais. Baiano de Ibititá, com 48 anos, ele já publicou 11 livros, mas diz que n?o busca lucro com a literatura. Em entrevista, ele revela fatos importantes sobre sua op??o literária preferida: o cordel.Ana Jacqueline – O senhor é escritor, poeta, cordelista, jornalista, pesquisador, mem- bro da Academia Virtual Brasileira de Letras. Enfim, tem uma vasta carreira e em áreas diferentes. Para quem o senhor escreve? Qual é o seu público?Gustavo Dourado – Eu n?o penso num público específico, escrevo à vontade funda- mentado em minhas pesquisas e em meu conhecimento, para que as pessoas conhe?am, gostem, critiquem e leiam. Eu diria que escrevo para qualquer pessoa, para quem gos- tar de cordel e de poesia. Tudo está disponível na internet gratuitamente (gustavo .br) para todo mundo usar, pesquisar e divulgar. Parece, de certa forma, umaEntre perguntas e respostas ? Unidade 7127Atividade 5Inicie lendo a introdu??o do tex- to aos estudantes e pergunte por que eles acham que as entrevistas geralmente come?am assim, para que serve esse tipo de informa??o apresentada antes da entrevista propriamente dita. Espera-se que percebam que o recurso de con- textualizar inicialmente a vida do entrevistado e a temática aborda- da ao longo da entrevista é fun- damental para a constru??o desse gênero e da compreens?o. Isso possibilitará ao estudante com- preender que a parte introdutória da entrevista contextualiza o leitor em rela??o ao entrevistado (ou aos fatos que o envolvem), pois pode acontecer de ele n?o ser conhecido pelos leitores, por exemplo. Após a leitura, que pode ser feita com um estudante representando o entre- vistador e o outro o entrevistado, discuta os seguintes aspectos: contexto de produ??o, suporte e intencionalidade comunicativa. Questione se há marcas de orali- dade no texto e por quê. Verifique com eles o fato de o entrevistador ter ou n?o conhecimentos especí- ficos sobre o entrevistado e a im- port?ncia disso. Pe?a que prestem aten??o ao registro da língua, se é mais formal ou n?o, e os motivos, considerando o gênero textual e o suporte de publica??o do texto. Ao final, fa?a uma avalia??o geral sobre a utilidade das informa??es divulgadas. Para o item a, oriente-Entre perguntas e respostas ? Língua Portuguesa153Orienta??es didáticas-os sobre o fato de o entrevistador mostrar um objetivo ao selecionar as perguntas apresentadas no texto. Estabele?a alguns critérios de compara??o: introdu??o, obje- tivo, perguntas argumentativas, opini?o etc. No item c, pe?a que retirem informa??es também das primeiras perguntas, nas quais se pode identificar que o entrevista- do atua em várias áreas profissio- nais, é escritor, poeta, cordelista, jornalista e pesquisador. Ele n?o se preocupa com um público específi- co, mas com todos que o queiram ler. Sobre o item d, verifique se os estudantes compreenderam que os textos de Gustavo n?o s?o o re- sultado de um estilo único, mas de vários e, principalmente, o popular; procura ter uma linguagem que atinja a todos e considera a litera- tura de cordel um exemplo disso. No item e, solicite aos estudantes que compartilhem os conhecimen- tos deles sobre literatura de cor- del, cuja característica vem do tro- vadorismo, é a poesia produzida e publicada pelo próprio autor e tem linguagem regionalista e informal. Se julgar conveniente, traga para a sala alguns exemplos. O site Mun- do do Cordel traz informa??es in- teressantes sobre o assunto e está disponível em: < tag/ablc/> (acesso em: 13 nov. 2015).contradi??o ao capitalismo, mas foi a op??o que eu tive. N?o tenho inten??o em ganhar dinheiro com literatura. Meu objetivo é divulgar ao máximo para os jovens estudantes e fomentar a leitura, desenvolvendo a cultura e a arte popular.AJ – Das várias dimens?es artísticas sobre as quais o senhor escreve, qual é a preferida?GD – Eu bebo em várias fontes experimentais, mas minha grande paix?o é a literatura popular, o cordel, que é a linguagem do povo do interior, do sert?o, diria até que é uma linguagem universal. Vários escritores, como Guimar?es Rosa, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Mário de Andrade, Jo?o Cabral de Melo Neto, Ma- nuel Bandeira, Graciliano Ramos, Cora Coralina etc. Muitos dos nossos grandes escritores têm a influência do cordel. Eu aprendi a ler e fazer cordel aos três anos de idade, com o apoio do meu pai, Ulisses Marques Dourado, e da minha m?e, Edelzuíta de Castro Doura- do, lá nos rinc?es de Recife dos Cardosos de Ibititá, na Chapada Diamantina Setentrional. O cordel tornou-se uma linguagem peculiar para nosso povo. Por muito tempo foi o jornal do povo sertanejo nordestino.AJ – No lugar onde você nasceu e foi criado, culturas como a de saberes populares (o cordel, por exemplo) sempre foram vistas como uma tradi??o. Atualmente, na Bahia, esta cultura ainda é vista com bons olhos ou o espa?o já foi ocupado pela mídia?GD – Em geral o Nordeste resiste um pouco. Luta pela sobrevivência da poesia popular. Entretanto, os meios de produ??o s?o difíceis, justamente por falta de apoio e de divulga- ??o. Hoje o cordelista tem que se adaptar, tem que criar seus próprios meios. Tudo depende da economia e de recursos disponíveis. A grande mídia global praticamente ocupa todos os espa?os e dificulta a divulga??o das ditas culturas regionais. Há uma imposi??o cultural do eixo Rio-S?o Paulo sobre as outras cidades e regi?es brasileiras. A resistência ainda existe. A internet é uma realidade.AJ – Com tanto tempo em Brasília, o modo como o senhor escreve o cordel mudou?GD – Eu n?o diria que mudei, dei uma “calangueada”, que é essa coisa do Cerrado, por- que peguei as influências de Brasília, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e de outros estados do país. N?o se perde a essência, até porque escrevo sempre em sextilhas tradicionais, a mesma forma praticada pelos cordelistas do Sert?o. O que tem a mais é mesmo a quest?o do conhecimento, da cultura que eu n?o tinha até aquele momento que eu era menino, aprendiz. Afirmo que “a sua obra é representa??o do seu aprendizado no dia a dia”, logo, Brasília me trouxe essa coisa da modernidade. Você tem que se adaptar à realidade. Fa?o uma espécie de cordel “rurbano”. “Cidadeio” a ruralidade poética da literatura de cordel com temas urbanos e atuais.AJ – Quais s?o os obstáculos que você encontra para difundir a literatura de cordel tan- to na internet quanto fora dela?154Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es128Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderGD – As condi??es para se publicar um livro s?o muito caras e difíceis. Você tem que pagar tudo e n?o tem distribui??o do livro. Brasília é uma cidade que tem muitas gráficas, mas n?o tem divulga??o, n?o tem editoras, distribui??o zero, as livrarias n?o adquirem os seus livros, as pessoas n?o compram. Aqui, apesar de ser considerada uma cidade com vasto índice de leitura, as pessoas n?o valorizam a cultura brasileira, caso do cordel. Ent?o, a internet “salvou a lavoura”. A mídia nos ignora, tudo o que eu fiz foi por conta própria. N?o se tem apoio para esse tipo de cultura popular.AJ – O escritor brasiliense tem tido espa?o para a publica??o de suas obras?GD – Eu n?o digo o escritor brasiliense, porque tem alguns que conseguem, aqueles que falam a linguagem da mídia, que n?o questionam nada, que n?o criticam, sempre têm espa?o. Agora aqueles que têm uma posi??o crítica sobre o sistema s?o sempre jogados pra escanteio. Ent?o o que falta é uma democratiza??o do espa?o e da cultura. Eu diria que há um apartheid cultural, tudo está concentrado no Plano Piloto, enquanto que nas cidades--satélites n?o se tem quase nada. Há carência de cinemas, teatros, livrarias e bibliotecas. N?o querem que o povo leia, se informe ou tenha uma educa??o de qualidade. Promovem uma “midiocridade” que dá dó, fomentam a banaliza??o do indivíduo. ? tudo muito repe- titivo, tv, novelas, big brothers e eventos de baixo nível.Disponível em: <;. Acesso em: 1o set. pare as perguntas que você fez na atividade 2 com as dessa entrevista. Que se- melhan?as e diferen?as encontra?Quem é a entrevistadora e quem é o entrevistado?No início da entrevista, que informa??es temos sobre o entrevistado?Entre perguntas e respostas ? Unidade 7129Aprendendo com a comunidade155Entre perguntas e respostas ? Língua PortuguesaProponha aos estudantes que realizem uma entrevista com um membro da comunidade onde vivem. A pessoa pode ser escolhida pelo seu destaque no local, por algum feito que tenha realizado ou por sua atua??o em prol da comunida- de. Discuta novamente com eles quais aspectos precisam ser considerados no planejamento da entrevista: o que motivoua escolha do entrevistado? As perguntas elaboradas s?o gerais ou direcionadas ao entrevistado? Como será feito o registro das respostas? Marcar?o um lugar e hora para a en- trevista? A entrevista deve ser transcrita e organizada para ser exposta no mural ou publicada com as outras produ??es.Orienta??es didáticasO que Marcelo Dourado quis dizer com a frase: “Eu bebo em várias fontes experimen- tais, mas a minha paix?o é a literatura popular, o cordel, que é a linguagem do povo do interior, do sert?o, diria até que é uma linguagem universal.”?O que você sabe sobre literatura de cordel?Você sabia?Leia o quadro para os estudantes, pois ele orientará a resposta da ati- vidade seguinte. Se julgar oportu- no, apresente as características or- ganizacionais do gênero estudado.Atividade 6Pe?a que os estudantes divulguem seus títulos para os colegas, que podem votar por um que seja mais adequado. Em seguida, informe-os de que o título original da entre- vista é: “Literatura de cordel ainda é cultivada em Brasília”.Aten??o!anota??esReforce o que é informado no qua- dro com perguntas que estimulem os estudantes a argumentar e apresentar opini?es.Você sabia?Chamamos de título uma palavra, express?o ou frase que atraia a aten??o do leitor, para que ele se interesse em ler o texto inteiro. O título pode ser até uma fala do próprio entrevistado.Crie um título para a entrevista de Gustavo Dourado. Certifique-se de que ele apresente algum aspecto importante do texto.Aten??o!Argumentar é apresentar motivos para convencer alguém sobre o que você disse. Opinar é mostrar para alguém o modo como você vê as coisas, que ideias tem sobre o mundo.130Língua Portuguesa ? Movimento do aprender156Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender157Entre perguntas e respostas ? Língua PortuguesaMarcelo Dourado afirma que o Nordeste ainda resiste na tradi??o popular, apesar da ocupa??o da mídia. Transcreva os argumentos que ele utiliza para apoiar essa afirma??o.No trecho: “Em geral o Nordeste resiste um pouco. Luta pela sobrevivência da poesia popular. Entretanto, os meios de produ??o s?o difíceis, justamente por falta de apoio e de divulga??o”, o entrevistado faz uma afirma??o e, em seguida, apresenta uma ideia que vai na dire??o contrária. Identifique a palavra que inicia essa ideia contrária.Leia com aten??o as frases a seguir, retiradas da entrevista da atividade 5. Copie as palavras em destaque nas colunas adequadas, de acordo com a fun??o que desempe- nham em cada frase.Introduz argumentoAcresce argumentoIntroduz conclus?oIntroduz uma ideia contrária ao que é afirmado antes“Meu objetivo é divulgar ao máximo para os jovens estudantes e fomentar a leitura.”“Eu bebo em várias fontes experimentais, mas minha grande paix?o é a literatura popular.”“Eu n?o digo o escritor brasiliense, porque tem alguns que conseguem, aqueles que falam a linguagem da mídia, que n?o questionam nada, que n?o criticam, sempre têm espa?o.”“Agora aqueles que têm uma posi??o crítica sobre o sistema s?o sempre jogados pra escanteio. Ent?o o que falta é uma democratiza??o do espa?o e da cultura.”Entre perguntas e respostas ? Unidade 7131Atividade 7A parte mais importante da argu- menta??o do entrevistado é: “Hoje o cordelista tem que se adaptar, tem que criar seus próprios meios. Tudo depende da economia e dos recursos disponíveis”. Espera-se que os estudantes a reconhe?am, mas também pode-se abrir uma discuss?o detalhada com base na resposta inteira do entrevistado.Atividade 8A palavra que devem identificar é “entretanto”. Para ampliar, discu- ta com eles que outras palavras ou locu??es podem substituir a utili- zada por Gustavo sem prejudicar o sentido da frase, como, por exem- plo: mas, porém, contudo, todavia, n?o obstante.Atividade 9Prepare o estudante para perce- ber as rela??es existentes entre as ora??es em um enunciado. N?o há necessidade, neste momento, de conceituar os conectivos. Leia as frases em voz alta, fazendo as entona??es exigidas pelas rela??es de adi??o, oposi??o, explica??o e conclus?o, criando oralmente ou- tros enunciados a fim de compa- ra??o. Isso os ajudará a responder com maior aten??o à quest?o. Pe?a que, ao terminarem, comparem as respostas em duplas e, em seguida, verifique se preencheram o quadro adequadamente, com as palavras: porque – e – ent?o – mas.Orienta??es didáticasAtividade 10Verifique se os estudantes respon- deram que o público-alvo s?o pes- soas interessadas pelos assuntos que o entrevistado divulga em seu site, principalmente quem gosta de ler poesia e cordel.Atividade 11Os estudantes devem compreen- der que o entrevistado critica o mundo editorial pelo fato de serem onerosas e difíceis as condi??es para a publica??o de um livro no Brasil, principalmente em Brasília, que n?o tem editoras nem divul- ga??o de seus livros, e que o leitor n?o valoriza a cultura brasileira.Atividade 12Com esta atividade, leve o estu- dante a estabelecer rela??es entre significado e significante, assim como inferir a palavra no sentido metafórico, retomando o conceito dessa figura de linguagem. Pe?a que respondam individualmente e comparem as respostas com os co- legas, até que todos cheguem ao consenso de que a acep??o apre- sentada em “I” é a que está ligada à frase do entrevistado.Atividade 13Para esta atividade de inferência na constru??o de palavras e seus significados, caso seja necessário, coloque na lousa a raiz das pala- vras para facilitar o entendimento. Verifique se os estudantes esco- lheram a alternativa (C). Você ain- da pode pedir a eles que tentem inferir os sentidos de outras pa-A entrevista com Marcelo Dourado foi encontrada em um site que leva seu nome. Qual é o público leitor dessa entrevista?Qual é a crítica que o entrevistado faz a respeito do mundo editorial?Leia as acep??es da palavra calango, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa:Dan?a popular, próxima do coco nordestino, executada por pares que d?o passos, vol- teios e requebros que lembram o samba urbano original.Lagarto da fam. dos teiídeos (Ameiva ameiva), encontrado do Panamá ao Norte da Argentina, com cerca de 18 cm de comprimento e colora??o verde.Nome comumente dado a certas espécies de iguanídeos pequenos.Qual delas está ligada à frase de Gustavo: “Eu n?o diria que mudei, dei uma ‘calangueada’(...)“?O que Gustavo quis dizer com “Fa?o uma espécie de cordel ‘rurbano’. ‘Cidadeio’ a rura- lidade poética da literatura de cordel (...)“? Escolha a op??o correta:Rurbano e cidadeio s?o palavras que n?o existem no vocabulário da língua portu- guesa e ele quis mostrar que a cultura popular n?o precisa utilizar uma linguagem formal.Gustavo mistura intencionalmente as palavras rural e urbano para explicar que n?o produz seus textos com base nas características de cidade grande.Ele faz um trocadilho com as palavras urbano e cidade, dizendo que transforma seu poema de tradi??o popular em um estilo rural-urbano, traz características de cidade para sua poesia.132Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 14Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender158lavras e express?es apresentadas no texto, como: “Ent?o, a internet salvou a lavoura”; “Agora aqueles que têm uma posi??o crítica sobre o sistema s?o sempre jogados pra escanteio”. Questione-os se há di- feren?a entre o uso das palavras e express?es em sentido metafórico e literal.Solicite aos estudantes que comparti- lhem as explica??es que escreveram para formular, coletivamente, uma resposta na lousa. Espera-se que cheguem a algo como: os meios de comunica??o s?o sem express?o, promovem o que n?o é ori- ginal. ? importante orientá-los para que n?o apaguem a resposta dada, mas que a avaliem de modo a compará-la com aconclus?o da sala, registrada na lousa, e a complementem, caso seja necessário; apagar a resposta somente será necessá- rio se o estudante perceber que realmen- te n?o conseguiu se aproximar de forma alguma do que está registrado na lousa. Nesse caso, é importante que ele tire as dúvidas e pergunte a você por que sua compreens?o n?o p?de ser contemplada.O entrevistado quer afirmar sua raiz brasiliense, e usa essas palavras porque s?o utilizadas em Brasília pela mídia, que sempre critica a cultura popular produzida em cidades grandes.Considere os significados das palavras:Mídia: suporte (meios de comunica??o) que difunde informa??es.Medíocre: sem express?o ou originalidade.Explique a frase de Gustavo: “N?o querem que o povo leia, se informe ou tenha uma educa??o de qualidade. Promovem uma ‘midiocridade’ que dá dó”.Dos escritores que Gustavo menciona em sua entrevista, quais você conhece e o que sabe sobre eles?Escolha um desses escritores (de quem você menos sabe a respeito) e pesquise sobre ele.Socialize suas descobertas com a classe.Escolha uma das palavras destacadas para completar o texto que traz o conceito do gênero textual entrevista.Uma entrevista é produzida a partir de uma conversa / leitura entre o produtor do texto e uma ou mais pessoas / equipes. O silêncio / diálogo é, portanto, sua característica principal. O entrevistador organiza a conversa, propondo os fatos / assuntos e dá voz ao entrevistado / chefe para que ele exponha os seus pontos de vista, suas experiências e seus pensamentos sobre os temas abordados.A notícia / entrevista, geralmente, vem acompanhada por um texto introdutó- rio contendo a informa??o mais importante: o perfil / endere?o do entrevistado.A transcri??o da entrevista de linguagem gestual / oral para escrita / televisiva deve ser fiel, mas n?o precisa ser completa. Basta que sejam selecionados os melho- res trechos / capítulos e corrigidos os problemas de linguagem formal / informal.Atividade 15Desenvolva a atividade na biblio- teca ou no laboratório de informá- tica, ou, ainda, pe?a aos estudantes que fa?am como li??o de casa. A socializa??o pode ser desenvolvida como uma atividade oral. Oriente os estudantes a manter a organi- za??o durante a discuss?o. Combi- ne com eles os turnos da fala e a atitude esperada de quem ouve.Atividade 16Diga aos estudantes que esco- lham individualmente as palavras que completam o sentido do tex- to. Quando terminarem, solicite que comparem as respostas em duplas. Corrija oralmente para ve- rificar se fizeram as escolhas ade- quadas com as palavras: conversapessoas – diálogo – assuntos – entrevistado – entrevista – perfiloral – escrita – trechos – formal.Atividade 17Para que os estudantes reflitam sobre os marcadores conversa- cionais na entrevista oral, pas- se um trecho de uma entrevista televisiva e coloque o áudio de uma de rádio, feitas com o pró- prio Gustavo Dourado. A entre- vista televisiva pode ser encon- trada em <. com/watch?v=8aLqe6EOhS4> e a de rádio em <. gustavodourado. com. br/GD_Entre perguntas e respostas ? Unidade 7133entrevista_Senado_Federal_ Autores_e_Livros.mp3> (acessos em: 9 nov. 2015).Compare também a apresenta??o de entrevistas nessas duas mídias, além de refor?ar que mesmo no texto oral há uma introdu??o que contextualiza o entrevistado. Pause os trechos quan- tas vezes forem necessárias para que consigam captar toda a mensagem. Converse com eles sobre a import?ncia de reticências, vírgulas e pontos finais e como percebê-los na linguagem oral para que sejam transcritos. ? provávelque, ao ouvir as entrevistas, percebam alguns elementos comuns na oralidade, mas evitados na escrita, como: marca- dores de hesita??o – ah, eh, ahn; pausas e alongamentos; marcadores de teste de participa??o ou busca do apoio – sabe, né, certo; marcadores de atenua- ??o da atitude do falante – eu acho que; marcadores de apoio ou monitoramen- to do ouvinte – ahn, ahn, uhn, sei. Após a transcri??o de um trecho selecionadopreviamente, socialize e elabore um texto coletivo, destacando o uso dos marcadores conversacionais. Na ques- t?o seguinte, o objetivo é fazer o estu- dante perceber novamente as marcas de oralidade, que devem desaparecer na edi??o de um texto. Na retextuali- za??o, eles reproduziram as marcas de oralidade da entrevista. Amplie, pedin- do que editem o trecho transcrito, reti- rando as marcas de oralidade.Entre perguntas e respostas ? Língua Portuguesa159Orienta??es didáticasPara debaterReveja com os estudantes o con- ceito dado sobre opini?o e argu- menta??o no quadro Você sabia? e, antes de lerem a resposta do en- trevistado, solicite que respondam à quest?o feita pela entrevistado- ra. Após a leitura da fala do entre- vistado, eles poder?o comparar com suas próprias respostas. Du- rante a discuss?o proposta, orien- te os estudantes para manterem a organiza??o, respeitando os tur- nos da fala. Se julgar necessário, anote na lousa as informa??es que considerar mais importantes dos comentários e depois acrescente outras que achar necessárias.Para que os estudantes co- nhe?am mais sobre o trabalho do autor e possam ler alguns de seus cordéis, leve-os ao la- boratório de informática para explorar o site <gusta .br/cordel.htm> (acesso em: 9 nov. 2015). Pe?a que exponham suas opini?es so- bre os cordéis lidos.Atividade 18Oriente os estudantes para que, como tarefa de casa, busquem textos de opini?o em diferentes suportes e gêneros textuais com o intuito de verificar como se dá a constru??o da rela??o entre causa e consequência. Eles devem sele- cionar alguns trechos dos textos e identificar as causas e as conse- quências. Pe?a ainda que selecio-Assista a uma entrevista que o seu professor irá apresentar. Preste aten??o nas marcas de oralidade que aparecem nela.Após assisti-la, transcreva um trecho.Que diferen?as você encontra entre o texto da atividade 3 e este?Para debaterLeia uma pergunta que foi feita a Gustavo Dourado em outra entrevista:Entrevista de Gustavo Dourado à jornalista Mayara TraneblutMayara Traneblut – O senhor acredita que o artista popular em geral, seja ele ligado à literatura, ao artesanato, à dan?a ou à música, pode sobreviver da arte que desenvolve?GD – ? possível, sim. Entretanto demanda muita luta e sacrifício. Tem que suar bastante e ganhar proje??o para ser aceito pela elite e pelos intelectuais. A mídia é muito centrada na cultura de massa: no rock, na novela e nos enlatados. O espa?o para a literatura e a arte popular de qualidade é muito pequeno e geralmente é voltado para a indústria cultural e para o marketing editorial. Os editores s?o muito preconceituosos com a poesia. Eles preferem investir em best-sellers, livros didáticos, de autoajuda e biográficos e em nomes já conhecidos. Dificultam o acesso dos novos à publica??o. Quando publicados, n?o s?o distribuídos e s?o excluídos das livrarias. O governo é omisso. Só dá verba para quem n?o precisa. Só os grandes conseguem. N?o tem política para o livro e para a literatura. Nenhum apoio para o cordel. ? muito difícil ser escritor no Brasil. Ser poeta é uma luta constante contra o preconceito e as barreiras impostas pelo mercado e pela mídia centrada na publicidade paga pelas grandes editoras e distribuidoras do livro. Ser cordelista ent?o é um verdadeiro pandem?nio. Ser cordelista é estar na ponta-de-lan?a para enfrentar os canh?es e os mísseis da globaliza??o e do neoliberalismo. Ser cordelista crítico é resistir contra tudo e contra todos. ? subviver e sobreviver na árdua luta de Davi contra Golias. A luta cotidiária de nossa existência. Tem que resistir e sobreviver. Sem perder a for?a de vontade e o entusiasmo pela vida.Disponível em: <;. Acesso em: 1o set. 2015.134Língua Portuguesa ? Movimento do aprendernem trechos que exercem a fun??o de introduzir um argu- mento, uma causa para justificar um ponto de vista, e de estruturar e antecipar um contra-argumento. Todos devem registrar suas descobertas no caderno. Na sala, eles apresen- tar?o o que conseguiram elaborar.Conecte-seLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender160Utilize a entrevista apresentada no quadro e outras duas também do Muitos textos... Tantas palavras para que os estudantes as comparem: uma se chama “A m?e natureza é cruel” e a outra, “Como nos tornamos gordos?”. Pe?a que se reportem às três entrevistas para elaborar um quadro com- parativo, seguindo os critérios: formato narrativo ou per- guntas e respostas; tema; entrevistado; suporte.A resposta apresenta apenas uma opini?o do entrevistado ou bases argumentativas consistentes? Dê exemplos.Você concorda com o que Gustavo diz? Explique com base em argumentos.Em grupos, procurem em reportagens, artigos e colunas outros trechos nos quais os autores justificam um ponto de vista. Identifiquem causas e consequências nesses tre- chos, analisando como essas rela??es s?o estabelecidas.Veja agora a se??o “Vintage” da revista mensal Serafina da Folha de S.Paulo, que apre- senta a consultora de moda Costanza Pascolato em dois momentos de sua vida. Com- pare esse modelo de entrevista com a de Gustavo Dourado. Considerando o formato e o assunto das duas entrevistas, que diferen?as e similaridades encontra?Atividade 19Patricia StavisEsclare?a o título da se??o da re- vista: “Vintage”, palavra que re- presenta a recupera??o do que é antigo ou passado pela sua im- port?ncia ou qualidade. Depois, informe aos estudantes que a entrevistada é uma consultora de moda com certa idade, que quando jovem herdou uma gran- de confec??o, e já escreveu livros. Antes da leitura, pergunte quais questionamentos eles fariam à entrevistada ou quais acham que foram feitos, tendo por referência o contexto apresentado. Ao térmi- no da leitura, compare a previs?o dos estudantes sobre a temáti- ca e as perguntas da entrevista com o conteúdo de fato do texto. Após, questione se acham que as perguntas foram planejadas; se houve reelabora??o durante a interlocu??o; como acham que o entrevistador se preparou para entrevistar a mulher; o que é ne- cessário para que uma entrevista atinja os seus objetivos: elaborar os questionamentos previamente ou estar preparado para elaborá--los ao longo dela? ? importanteque os estudantes justifiquem suas respostas. Essa discuss?o sobre a prepara??o prévia da en- trevista é fundamental para que percebam que se trata de um gê- nero primordialmente oral, elabo- rado na intera??o entre os inter-Entre perguntas e respostas ? Unidade 7135locutores, e que o preparo prevê um rol de bons questionamentos. Além disso, é preciso conhecer o161Entre perguntas e respostas ? Língua Portuguesaentrevistado e ter, com clareza, quais informa??es se pre- tende obter com a entrevista. Neste momento, você poderá retomar a produ??o inicial dos estudantes e pedir que veri- fiquem se a entrevista que planejaram é apenas um ques- tionário. Aborde com a turma uma das diferen?as entre es- ses gêneros: a entrevista é um gênero oral por excelência e, portanto, precisa da intera??o entre os interlocutores para acontecer; já o questionário é um texto que pode ser ape- nas escrito e que n?o necessariamente prevê essa intera??o. Depois, trabalhe os aspectos comparativos tanto entre osdois momentos apresentados da consultora de moda (prin- cipalmente a quest?o da maturidade e a mudan?a de ponto de vista como consequência) quanto os diferentes formatos desta entrevista e a de Gustavo Dourado. Similaridade: as duas entrevistas s?o em estilo pingue-pongue. Diferen?as: na entrevista de Costanza, o entrevistador n?o aparece e n?o há texto introdutório. As respostas n?o foram editadas, mas apresentadas com sua caligrafia. Aparentemente, essa entrevista n?o é o resultado de uma conversa, mas de um questionário para ser respondido.Avan?arLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender162Orienta??es didáticasConecte-seNo livro Muitos textos... Tantas palavras há outras entrevistas para você ler e se entreter com os pontos de vista das pessoas entrevistadas.No texto “Legionário da ética”, o cantor e compositor Renato Russo exp?e suas opini?es sobre temas referentes ao seu trabalho e à nossa sociedade. Curioso para saber o que pensava um dos maiores ídolos da música brasileira? Ent?o, leia a entrevista, que foi retirada do livro Conversa??es com Renato Russo.Agora troque com seu colega o texto que você produziu na atividade 2. Avalie a entre- vista que ele escreveu com base nos seguintes critérios:Há marcas de oralidade?O assunto da entrevista está claro no texto?A sequência dos assuntos relatados está bem organizada?O assunto tratado na entrevista é interessante?O texto apresenta o entrevistado e as pessoas citadas com respeito?Há trechos chatos ou informa??es desnecessárias ao tema?Retome seu texto e, de acordo com a análise feita por seu colega, decida se é necessário reescrevê-lo.Saiba maisENTREVISTAS CONTEMPOR?NEASOrganizadores: Erivelto Busto Garcia e Miguel de Almeida Editora: LazuliO livro é um conjunto de entrevistas com alguns dos formadores de opini?o mais influentes no Brasil. Os assuntos tratados passam por sociedade, país, cidades, os brasileiros e até mesmo assuntos relacionados ao mundo em geral.136Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAtividade 20Oriente os estudantes a fazerem apontamentos no texto do cole- ga, atentando-se à pontua??o e à ortografia. Acompanhe a análise. Além disso, discuta com eles os conceitos de “pergunta aberta” e “pergunta fechada”. A pergunta aberta permite ao entrevistado decidir o que e como dizer, portan- to, realiza-se com algum marcador do tipo: quem, qual, o que, como etc. Na pergunta fechada, uma sé- rie de possíveis respostas é deter- minada pelo pesquisador, restrin- gindo as alternativas de réplica do entrevistado. Ademais, há outros tipos de perguntas:perguntas conducentes: tendem a fazer a pessoa responder de uma certa forma – geralmente sim ou n?o – e que podem limitar as informa??es recebidas;Lazuli Editoraperguntas ambíguas: s?o va- gas e confusas, de forma que a pessoa n?o consegue realmente entender o que está sendo per- guntado;perguntas inquisitivas: procuram descobrir mais sobre o que está por trás das respostas iniciais.A maneira de perguntar depende do propósito da entrevista. Entretanto, geralmente s?o necessárias pergun- tas abertas e inquisitivas para des- cobrir informa??es interessantes.Solicite aos estudantes que pesquisem os tipos de entrevista e, em seguida, montem um painel na sala de aula. A tipologia pode incluir:Entrevista noticiosa: a que procura extrair do entrevistado informa??es sobre fatos que resultar?o em notícias.Entrevista de opini?o: a que levanta a opini?o do entrevistado sobre o assunto pes- quisado; pode fazer parte de uma reportagem.Entrevista de ilustra??o: aquela que levanta aspectos biográficos do entrevistado, que registra suas ideias, gostos, trajes, seu modo de falar, o ambiente em que vive.Atividade 21ENTREVISTAS TELEVISIVASOs programas de entrevista s?o famosos na TV nacional e também na internacional. Entre os brasilei- ros, destacam-se: Programa do J?, apresentado por J? Soares; Altas horas, com Serginho Groisman; e Marília Gabriela entrevista.Esses entrevistadores trabalham com o gênero entrevista há muito tempo e se especializaram em programas televisivos que utilizam esse formato.Pe?a aos estudantes que destro- quem os textos e analisem se será necessário reescrevê-lo para a en- trega da vers?o final. Por fim, reco- lha o texto para analisar o processo de aprendizagem do gênero, a coe- s?o e a coerência, e o uso da norma-TV Globo/Divulga??oMárcia Alves/Divulga??o-padr?o e as regras de concord?ncia nominal e verbal. Entregue a produ- ??o comentada para os estudantes e informe que, caso seja necessário, eles podem fazer outra reelabora- ??o, que será colocada no mural ou publicada no jornal da escola ou no blog da classe.O que aprendi sobre...O que aprendi sobre...Em duplas, pensem no que vocês estudaram sobre o gênero textual entrevista e organizem um programa de TV no qual um fará o papel de entrevistado e o outro de entrevistador.Nesta atividade, os estudantes preparar?o a entrevista oral em duplas, dividindo entre eles os papéis de entrevistado e entrevis- tador. Eles dever?o elaborar um roteiro para a entrevista, que pode ser fictícia, ou seja, pode represen- tar personagens inventadas ou da vida real. Escolha com eles a forma de apresenta??o da entrevista: ao vivo ou gravada. Oriente-os para utilizarem a norma-padr?o da lín- gua para realizar o diálogo.Entre perguntas e respostas ? Unidade 7137163Entre perguntas e respostas ? Língua Portuguesa– Entrevista coletiva: aquela em que o entrevistado res- ponde a perguntas de diversos repórteres de diferentes veículos de comunica??o. Esse tipo de entrevista pode ser iniciado com um rápido depoimento do entrevistado.Outra sugest?o é convidar um jornalista para falar sobre sua profiss?o à turma e, especialmente, sobre o gênero en- trevista e seus tipos, retomando também os gêneros tex- tuais reportagem e notícia.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender164Para saber mais...Unidade 7Livro:[S.I.]/Editora ?ticaENTREVISTA: O DI?LOGO POSS?VELAutora: Cremilda de Araújo Medina Editora: ?ticaA técnica da entrevista pode apenas preencher os requisitos imediatos da notícia ou pode servir como importante meio de comunica??o social. No primeiro caso, basta o aprendizado prático. Já no segundo, estudo, pesquisa, exercício permanente. Neste livro, a autora apresenta os postulados da entrevista n?o autoritária. Defende a intera??o a servi?o do homem n?o como utopia, mas como imperativo da convivência democrática.Site:1582358187877LAEL – LINGU?STICA APLICADA E ESTUDOS DA LINGUAGEMDisponível em: < em: 9 nov. 2015.Neste site, mantido pela Pontifícia Universidade Católica de S?o Paulo (PUC-SP), na parte de teses e disserta??es, há uma disserta??o com o seguinte título: Entrevista escolar: uma possibilidade de constru??o de metaconhecimento?, de Angélica Miyuki Farias – orientadora Profa. Dra. Maria Cecília Camargo Magalh?es. No capítulo 1, item 2.3, você encontra informa??es sobre o gênero entrevista.165As regras do jogo ? Língua PortuguesaExpectativas de ensino e aprendizagemUNIDADE 8As regras do jogo3. Relacionar textos verbais e/ou textos n?o verbais, comparando informa??es explí- citas e implícitas.Identificar e analisar a flex?o das palavras, verificando sua aplicabilidade relaciona- da ao gênero textual.Identificar, distinguir e relacionar os recursos que estruturam diferentes gêneros textuais, tanto na oralidade quanto na escrita, analisando a organiza??o, o contex- to de produ??o, o uso e os aspectos linguístico-discursivos dos textos.Identificar, compreender e utilizar nas produ??es textuais as conven??es do siste- ma de representa??o da língua escrita.13. Identificar e aplicar as marcas linguísticas que comp?em o gênero textual em estudo.15. Pesquisar e comparar informa??es, obras, autores e temas obtidos em diferentes fontes.17. Produzir textos orais e escritos considerando o gênero textual em estudo, de acor- do com sua fun??o, organiza??o e aspectos linguístico-discursivos, pressupondo o enunciador, o interlocutor, o suporte e os contextos de produ??o e circula??o.Reconhecer, compreender e aplicar as regras-padr?o de concord?ncia verbal e no- minal apropriadas às diversas possibilidades de produ??o oral e escrita.Reelaborar os próprios textos, adequando-os ao gênero textual solicitado, conside- rando a situa??o comunicativa e o contexto de produ??o, atentando-se à coes?o e coerência textual.Socializar experiências/vivências significativas de leitura, por meio da escrita ou da oralidade.Orienta??es didáticasRoda de conversaleitura que relacionem o texto ima- gético e sua interface com o textoleiam o texto introdutório e obser- vem as imagens apresentadas. As pinturas feitas por C?ndido Porti- nari mostram crian?as brincando e jogando, situa??o bastante co- mum antigamente, mas que vem perdendo espa?o para as novas tecnologias. Chame aten??o para a característica atemporal da ima- gem, já que Portinari pintava o seu tempo, mas o que ele retratou per- manece, de certa forma, atual. Per- gunte aos estudantes que jogos ou brincadeiras eles conhecem, de tabuleiro, cartas, e onde costu- mam jogar futebol e brincar de es- conde-esconde, por exemplo. Veja também quais deles costumam jogar e se conhecem as regras de algum jogo. Comente com eles que para um jogo constituir-se como tal, as regras s?o características básicas. Valorize o conhecimento prévio dos estudantes (nível de desenvolvimento real) para, com base nele, construir conhecimen- tos mais elaborados, transforman- do o que era desenvolvimento po- tencial (aquelas capacidades que est?o em vias de ser construídas) em conhecimento real.UNIDADE8Direito de reprodu??o gentilmente cedido por Jo?o Candido Portinarido jogoDireito de reprodu??o gentilmente cedido por Jo?o Candido PortinariPORTINARI, Candido. Futebol. 1935. ?leo sobre tela, 97 cm x 130 cm. Cole??o particular, Rio de Janeiro, RJ.PORTINARI, Candido. Crian?as brincando. 1938. ?leo sobre tela, 38 cm x 46 cm.138Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderDiálogo com o professorO enfoque desta unidade é o gênero textual regra de jogo. Espera-se que o estudante compreenda o conceito desse gêne- ro, sua finalidade e características básicas, e tome conhecimento de algumas indica??es práticas que possam ajudá-lo a enten- der sua forma composicional. Os aspectos linguísticos a serem destacados intercalam: utiliza??o de verbos no modo impera- tivo e no modo infinitivo com valor imperativo para indicar o “como jogar”; utiliza??o dos marcadores “primeiro”, “depois”, entre outros, como sinaliza??o da coes?o textual; presen?a de exemplifica??o para indicar a??es que podem ou n?o ser realiza-das pelos jogadores; utiliza??o de linguagem matemática para indica??o da quantidade de componentes, da faixa etária dos jogadores etc.O gênero regra de jogo apresenta três características princi- pais que o definem: conteúdo temático, estilo e forma composi- cional. O conteúdo temático gira em torno do tema: o jogo em si, a indu??o das a??es dos participantes, a competi??o ou o lazer. A forma composicional apresenta-se por meio da presen?a do nome do jogo, da descri??o do que é o jogo, do material utilizado e das regras propriamente ditas. Estas apresentam a maneira166Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderDireito de reprodu??o gentilmente cedido por Jo?o Candido PortinariComente com eles que desenvol- vemos hábitos de convívio social diariamente, respeitando regras e limites estabelecidos nos diver- sos grupos da sociedade em que vivemos. Na escola, em casa, no trabalho, conquistamos direitos e temos deveres, realizamos ta- refas, obedecemos ao que pode/ deve ou n?o ser feito. O mesmo acontece quando jogamos, seja em atividades profissionais, seja nos momentos de divers?o e lazer; o jogo está muito presente na vida das pessoas.PORTINARI, Candido. Meninos soltando pipas. 1947. ?leo sobre tela, 60 cm x 74 cm.As imagens, do artista Candido Portinari, um dos principais nomes da pintura brasileira, nos remetem a brincadeiras da inf?ncia. Quando crian?as, aprendemos a brincar de várias formas e muitas vezes nos apropriamos naturalmente das regras de um jogo, ou criamos nossas próprias regras.Roda de conversaQuem s?o as pessoas retratadas nas pinturas?Você se identificou com as imagens? Explique.Que sensa??es essas obras despertam em você?As pinturas retratam algo de um tempo passado ou ainda presente? Por quê?De que jogos ou brincadeiras você gosta?As regras do jogo ? Unidade 8139de jogar, o número de participantes e as variedades existentes. O estilo está ligado à situa??o de produ??o e à autoria do jogo. ? importante lembrar que nem sempre é possível uma distin??o pontual dessas características, pois elas também podem apre- sentar-se interligadas.167As regras do jogo ? Língua PortuguesaTrabalhar com esse gênero motiva os estudantes a compre- ender melhor os gêneros prescritivos, já que jogar é uma ativi- dade apreciada por pessoas de todas as idades. Além disso, é um texto, cuja finalidade e uso social s?o reais no dia a dia. Podeparecer simples, mas a escrita desse tipo de texto exige muita aten??o e conhecimento.? importante que os estudantes aprendam efetivamente carac- terísticas que s?o próprias de textos injuntivos/prescritivos, com- parando os gêneros receita culinária, receita médica e regra de jogo. Vale ressaltar que as regras sempre foram e s?o imprescin- díveis para a realiza??o de jogos, e registros documentais com- provam que desde a Antiguidade os homens praticavam lutas e combates, bem como realizavam jogos dos mais diferentes tipos.Orienta??es didáticasAtividade 1Neste momento, pretende-se en- trar na esfera da fun??o do texto instrucional de forma mais abran- gente. Para tanto, oriente os estu- dantes para a fun??o de manuais de instru??o, receitas culinárias, bulas de remédio e regras de jogos. Eles devem fazer uma lista das ati- vidades com regras mais simples de seguir – como tomar um re- médio – até as mais difíceis, como montar um jogo de Lego. Quando os grupos terminarem suas listas, promova a socializa??o da ativida- de, para que eles, por meio da troca de experiências, possam construir conhecimento juntos. Antes de sis- tematizar análises textuais, é im- portante valorizar a experiência de leitura do estudante.Atividade 2Em aula anterior, pe?a aos estu- dantes que tragam um ou dois jogos para a classe e os folhetos que os acompanham, contendo as regras do jogo. Fa?a um levanta- mento sobre que jogos eles têm em casa, para que n?o haja muitos iguais. Solicite que escolham uma pessoa do grupo para fazer a lei- tura para os colegas, enquanto os outros v?o tomando notas no ca- derno sobre o que é pedido nesta atividade. Pode-se pedir também que eles indiquem que aspectos das regras eles costumam seguir e quais n?o e por quê, caso o grupo já seja familiarizado com o jogo com que est?o trabalhando. Ques- tione-os sobre o que puderamDesafioForme grupos e converse com os colegas:Vocês acham que para desenvolver algumas atividades (jogar, montar um que- bra-cabe?a, tomar um remédio etc.) sem cometer equívocos é preciso seguir cer- tas regras ou instru??es?Após chegarem a uma conclus?o, fa?am uma lista dessas atividades, come?ando por aquelas que possuem instru??es mais simples e seguindo para as mais difí- ceis. Explique a seus colegas o porquê de suas escolhas.Em grupos, escolha um jogo e leia suas regras. ? medida que a leitura avan?a, selecione e comente com seu grupo que aspectos das regras s?o fáceis de seguir e quais s?o mais complicados, se houver. Fa?a anota??es sobre as conclus?es a que chegarem.Encarte 8A partir das anota??es feitas, reescrevam as regras do jogo que foram discutidas por vocês, de forma a deixá-lo mais interessante para jogar. Para isso, considerem es- tes aspectos:A organiza??o coerente das etapas do jogo.Os cuidados necessários para n?o haver desentendimentos entre os jogadores.O que é proibido ou eliminatório.O uso dos verbos sempre indicando uma ordem a ser seguida.Você sabia?Bridgeman/Easypix BrasilO xadrez é um dos jogos mais po- pulares do mundo e é praticado por milh?es de pessoas. Trata-se de um jogo de tabuleiro recreativo e competitivo que envolve estra- tégias e táticas, desconsiderando, portanto, o elemento sorte. O jo- gador de xadrez é conhecido como enxadrista.Seguidor de Caravaggio. Século XVII. ?leo sobre tela. Gallerie dell'Accademia, Veneza.140Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderperceber de comum em todas as regras e o que consideramser importante constar em todos os jogos. Observe se eles ressaltam: número de participantes, objetivo e como jogar, por exemplo.Atividade 3O ponto de partida para a escrita inicial das regras de jogo foi a leitura da atividade anterior, mas agora os estudantes n?o dever?o consultar os folhetos que trouxeram com os jogos. Eles dever?o reescrever as regras com base no que anotaram e discutiram, com as próprias palavras, e atentando-se aofato de que devem estimular o interesse pelo jogo com essasnovas regras.Coloque na lousa um quadro orientador sobre a situa??o co- municativa em que se insere esta atividade:Gênero textual: regra de jogo.Objetivo: reescrever as regras do jogo selecionado para orientar os leitores a participar de forma justa e prazerosa.Leitores: os estudantes da classe ou da escola (caso quei- ram divulgar o texto produzido publicamente).Produ??o: em grupo.168Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderPara debaterA partir das orienta??es de seu professor, discuta oralmente as quest?es:Conhece alguém que saiba jogar xadrez?Você já jogou xadrez?Você conhece corretamente as regras desse jogo?O que acha do jogo de xadrez?Leia as regras de xadrez para responder às quest?es.As regras do xadrez ou Leis do xadrez s?o um conjunto de regras que regem a prática do jogo de xadrez em todo o mundo. Enquanto as origens do xadrez n?o s?o claras, as regras modernas do xadrez foram modeladas primeiramente na Itália, durante o século XVI. As regras do xadrez foram sendo alteradas lentamente até o início do século XIX, quando obtiveram a forma atual. Elas também podem variar de um lugar para outro. Atualmente, a Federa??o Internacional de Xadrez (Fide) determina as regras-padr?o, com pequenas modifica??es feitas por algumas federa??es nacionais para peculiaridades. Existem va- ria??es das regras para o xadrez, tais como: postal, xadrez rápido, xadrez on-line e varian- tes para o jogo de xadrez. As regras atualmente vigentes foram aprovadas durante o 77o Congresso da Fide realizado na cidade de Dresden, na Alemanha, em novembro de 2008, tendo entrado em vigor no dia 1o de julho de 2009.O jogo de xadrez é disputado por duas pessoas em um tabuleiro de xadrez, com 32 pe?as (16 para cada jogador) de seis tipos diferentes. Cada tipo de pe?a move-se de forma distinta. O objetivo do jogo é dar o xeque-mate ao Rei adversário, isto é, amea?ar o Rei do oponente com a captura inevitável. Os jogos n?o precisam terminar necessariamente com o xeque-mate, pois os jogadores podem desistir a qualquer momento se acreditarem que perder?o a partida. Além disso, existem várias formas de um jogo terminar empatado.As regras n?o só gerem o movimento básico das pe?as como também determinam o equipamento usado, o controle de tempo, a conduta e ética dos jogadores, acomoda??es para jogadores com necessidades especiais, o registro dos lances usando nota??o de xa- drez, bem como procedimentos com as penalidades em caso de irregularidades que por- ventura possam ocorrer durante uma partida de xadrez.Objetivo do xadrezO objetivo do jogo de xadrez é dar xeque-mate ao Rei adversário, ou seja, colocá-lo sob amea?a de captura (xeque), sem que ele tenha como escapar dele. Para isso, cada jogador disp?e de 16 pe?as, sendo:Você sabia?Pergunte aos estudantes o que eles sabem a respeito do jogo de xadrez e diga que podem encon- trar diversas informa??es sobre ele no site da Confedera??o Brasi- leira de Xadrez: <. org.br/Home.aspx> (acesso em: 10 nov. 2015).Para debaterOrganize a turma em dois grupos: um dos estudantes que conhecem as regras do jogo de xadrez e ou- tro dos que n?o sabem jogar nem conhecem suas regras. Incentive os mais pessimistas quanto ao jogo sobre a import?ncia de se praticar jogos de estratégia. Du- rante a discuss?o, é importante que a maioria contribua. Oriente--os para manterem a organiza??o, respeitando os turnos da fala e a atitude esperada de quem ouve.169As regras do jogo ? Língua Portuguesaanota??esAs regras do jogo ? Unidade 8141Orienta??es didáticasAtividade 4Para haver maior compreens?o do texto que será lido, divida-o em quatro ou cinco partes, ou em itens, e pe?a que os estudantes fa?am uma pergunta – com suas próprias palavras – cuja respos- ta esteja dentro dos parágrafos indicados, bastando sublinhá-la. Trata-se de uma atividade em que a metodologia vai ao encontro do conteúdo. Além disso, o livro Es- tratégias de leitura (SOL?, Isabel.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998) apresenta estratégias interessan- tes que podem ser muito úteis tanto para o desenvolvimento das atividades de leitura quanto para a avalia??o. A leitura de cada parte das regras precisa ser comentada de modo a assegurar a compreen- s?o do texto.1 Rei1 Dama2 Bispos2 Cavalos2 Torres8 Pe?esOs movimentos s?o alternados, sendo que o enxadrista que detém as pe?as brancas sempre faz o primeiro lance. Nunca o enxadrista pode “passar a vez” ou deixar de realizar uma jogada.O objetivo secundário do jogo é proteger o seu próprio Rei, evitando que ele leve o xe- que-mate. ? proibido no xadrez colocar o próprio Rei em xeque, ou, quando em xeque, fazer outra jogada que n?o seja tirá-lo do xeque.Movimento e captura das pe?asTodas as pe?as (com exce??o do Cavalo), independentemente de quantas casas andem, têm seu raio de a??o limitado pelas outras pe?as, amigas ou inimigas, ou seja, caso uma pe?a amiga esteja em seu caminho, ela n?o poderá parar nesta casa, ou em qualquer outra que, para chegar até ela, deva passar pela casa ocupada. No caso de uma pe?a inimiga, ainda n?o é permitido chegar a uma casa passando pela casa ocupada, porém, é possível capturar (tomar) a pe?a adversária, removendo-a do jogo e posicionando a pe?a captora na casa que a pe?a inimiga ocupava no tabuleiro.TorreA torre se movimenta em dire??es ortogonais, isto é, pelas linhas (hori- zontais) e colunas (verticais), n?o podendo se mover pelas diagonais. Ela pode mover quantas casas desejar, se estiverem desocupadas pelas colunas e linhas, porém, apenas em um sentido em cada jogada.BispoO bispo se movimenta nas dire??es diagonais, n?o podendo se mover pe- las ortogonais, como as torres. Ele pode mover quantas casas quiser pelas diagonais, porém, apenas em um sentido em cada jogada e desde que as mesmas estejam desobstruídas.Dama (Rainha)A Dama (também chamada de Rainha) pode movimentar-se quantas ca- sas queira, tanto na diagonal como na vertical ou na horizontal, porém, ape- nas em um sentido em cada jogada.170Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderanota??es142Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderReiPode mover-se em todas as dire??es, mas limitado somente à sua casa vizinha. O Rei pode fazer um movimento especial chamado de roque com a torre, desde que:nenhuma das duas pe?as tenha sido ainda movimentada durante a partida;n?o haja nenhuma pe?a amiga entre o Rei e a Torre;nenhuma das casas pelas quais o Rei irá passar ou ficar esteja sob ataque de pe?a inimiga.Só sob essas condi??es pode ser feito o roque, que pode ser o roque pequeno ou o grande.O Rei pode capturar, também, qualquer pe?a adversária, com exce??o do Rei adver- sário. Um Rei deverá manter dist?ncia mínima de duas casas do outro Rei, se n?o será considerado um lance irregular.Pe?oO Pe?o é a única pe?a do xadrez que nunca retrocede no tabuleiro. Portan- to, quando se encontra na segunda fila [a2-h2 das brancas, a7-h7 das pretas], sempre estará disponível para fazer o seu primeiro movimento. Nesse caso, ele pode “optar” entre “andar” uma ou duas casas sempre na mesma coluna.Passando da segunda fila, n?o pode mais se deslocar duas casas, mesmo que n?o o tenha feito em seu primeiro movimento. Ao contrário das demais pe?as do xadrez, quando vai capturar uma pe?a seu movimento é diferente: ele se desloca na diagonal, andando ape- nas uma casa, sempre para frente. O Pe?o n?o pode capturar para trás e n?o captura pe?as que obstruam o seu caminho. Assim, qualquer pe?a (inclusive outro Pe?o) pode parar a marcha de um Pe?o.Uma vez que um Pe?o n?o anda para trás, caso ele alcance a última fileira do tabuleiro (fileira 8 para as brancas ou 1 para as pretas) o jogador deve promover seu Pe?o, transfor- mando-o em qualquer outra pe?a menos o Rei e o Pe?o (Dama, Torre, Bispo ou Cavalo). O Pe?o pode se transformar em qualquer das quatro pe?as, mesmo que haja outras em jogo. ? possível, ent?o, possuir duas ou mais damas, três ou mais torres, ou situa??es semelhantes.CavaloO movimento do Cavalo corresponde ao movimento em “L”. Ele pode an- dar em “forma de L”, ou seja, anda duas casas em linha reta e depois uma casa para o lado. Ao colocar uma pe?a em cada posi??o disponível do movi- mento do Cavalo, você verá que elas formam um círculo no tabuleiro, círculoeste que corresponde ao movimento octogonal permitido pelo quadriculado do tabuleiro. O Cavalo goza de uma liberdade especial em seu movimento, podendo pular qualquer pe?a, inclusive as do adversário. Captura as pe?as adversárias que estejam em sua casa de chega- da, mas n?o pode ir para uma casa ocupada por uma pe?a amiga.As regras do jogo ? Unidade 8143As regras do jogo ? Língua Portuguesa171172Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderOrienta??es didáticasMovimentos extraordináriosRoqueO roque é um lance do Rei com qualquer das suas duas Torres situada na mesma fileira e é considerado um lance de Rei apenas. O roque coloca o Rei em seguran?a e permite co- locar a sua Torre em uma posi??o mais centralizada no tabuleiro. O roque tem suas varian- tes: o roque longo, também chamado de roque do lado da dama, e o roque curto, também chamado de roque do lado do rei. Para se executar ambos, move-se o Rei duas casas para qualquer lado na horizontal e move-se a Torre para a casa imediatamente anterior.Para que o roque seja executado, é preciso observar certas condi??es que devem ser seguidas a fim de que o movimento seja válido. S?o elas:nem o Rei nem a Torre usada no roque podem ter sido mexidos alguma vez antes no jogo;o Rei n?o pode estar em xeque antes de o roque ser feito e nem pode ficar em xeque após a realiza??o do mesmo;nenhuma casa por que o Rei irá passar para realizar o roque pode estar amea?ada por uma pe?a adversária;o caminho da Torre e o do Rei devem estar totalmente desobstruídos, seja por pe?as amigas ou adversárias.Obs.: como o Roque é um lance do Rei, o mesmo deve ser movido primeiro. Caso o jogador toque primeiro em sua Torre, deverá fazer um movimento com a mesma, n?o po- dendo mais fazer o roque nesse lance e nem mais com essa torre (pois a mesma já terá sido mexida).Captura en passantEn passant, termo francês que significa “na passagem”, é um movimento especial de captura de um Pe?o por outro Pe?o. Este, como descrito, pode andar duas casas na pri- meira vez que se move. Entretanto, os pe?es adversários podem capturar o Pe?o que anda duas casas, como se este tivesse andado apenas uma casa, caracterizando uma captura en passant. Neste caso, a captura deve ser feita imediatamente após o emparelhamento dos pe?es, n?o podendo ser feita depois. Como todas as outras capturas, a tomada en passant é facultativa.Tirando o Rei de xequePara retirar o Rei de xeque, o jogador deve tentar os três passos:movimentar o Rei para uma casa em que ele n?o esteja em xeque;colocar uma pe?a entre o Rei e a pe?a que está dando o xeque; oucapturar a pe?a que está dando xeque ao Rei.anota??es144Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderQuando n?o há possibilidade de se fazer nenhum desses três passos, fica caracterizado o xeque-mate e a partida acaba imediatamente.VitóriaExistem dois modos de se obter a vitória durante uma partida de xadrez:o adversário desistir ou abandonar o jogo;dar um xeque-mate ao Rei adversário.Embora seja costume de muitos jogadores, o aviso do xeque, diferente de como alguns pensam, n?o é de forma alguma obrigatório, sendo, em algumas partidas blitz (rel?mpago) de campeonato, inclusive, desaconselhado.EmpateUma partida é considerada empatada quando:o jogador que tiver a vez de jogar n?o puder realizar nenhuma jogada legal. Esse empate é conhecido como pat, pelos franceses, ahogado, em espanhol, ou simples- mente empate por afogamento, rei afogado.um dos jogadores propuser e o outro aceitar o empate.em campeonatos, a regra é um pouco mais restrita: um jogador deve propor o em- pate enquanto seu tempo estiver correndo, e acionar o relógio. O outro jogador deve anunciar que aceita o empate, recusar, ou simplesmente fazer a sua jogada, sinal que recusou o pedido, e n?o poderá, mais tarde (se a situa??o do tabuleiro mudar), “acei- tar” o empate. Após essa recusa, apenas o jogador que recusou o empate pode fazer outra proposta, para evitar que um jogador fique constantemente pedindo empate, incomodando o adversário.esse modo de propor o empate é o correto e n?o o visto no filme Lances inocentes, onde o protagonista estende a m?o declarando empate, aguardando o seu oponente apertá-la como sinal de que aceita.nenhum dos jogadores contar com material suficiente para dar xeque-mate no ad- versário. ? considerado material insuficiente o Rei e um Bispo, o Rei e um Cavalo ou o Rei e dois Cavalos contra um Rei sozinho. Isso n?o significa, portanto, que n?o é possível dar um mate apenas com um Cavalo. Mas só é possível se houver outras pe?as inimigas impedindo o caminho do rei inimigo. O mate com dois Cavalos e Rei contra Rei só ocorre se o oponente errar ao fugir com o Rei, portanto dois Cavalos s?o considerados como material insuficiente para dar mate.por causa da promo??o, um Pe?o sempre é considerado “material” suficiente para mate, embora ele como Pe?o n?o possa sozinho (ou com ajuda do rei) dar xeque-mate.ocorrer um xeque-perpétuo, em que um jogador pode ficar permanentemente colo- cando o Rei do outro em xeque, n?o importa o que o outro fa?a, sem que o jogador manifeste inten??o de jogar diferentemente.Solicite aos estudantes que reali- zem os itens a e b individualmen- te e, em seguida, comparem as respostas em duplas. No momento da corre??o, coloque a resposta da segunda quest?o na lousa, a fim de perceberem que as informa- ??es trazidas pelos textos s?o so- bre a história e regulamenta??o do jogo, as fun??es das pe?as, os mo- vimentos permitidos ou n?o e as formas de vencer. Comente tam- bém que a alternativa (C) da pri- meira quest?o é a correta e pode fazer referência a todos os textos de tipologia injuntiva.As regras do jogo ? Unidade 8145As regras do jogo ? Língua Portuguesa173174Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderOrienta??es didáticassejam efetuados 50 lances sem captura de pe?as e sem movimento de pe?es.uma dada posi??o ocorrer três vezes durante uma partida. Note que se um simples Pe?o for avan?ado uma casa, a posi??o já n?o é mais a mesma e a contagem recome?a.Lances irregularesMover uma pe?a de forma que n?o siga os movimentos válidos para a mesma. Por exemplo, um Bispo só pode mover-se na diagonal. Se o Bispo for movido na vertical, será um lance irregular, devendo o mesmo retornar ao seu lugar e o jogador fazer uma jogada legal com o Bispo, caso haja essa possibilidade, sen?o poderá mover outra pe?a.O Rei estando em xeque, o jogador faz um movimento cujo resultado ainda mantenha em xeque o Rei. Nesse caso, o lance deverá voltar e o jogador deverá movimentar a mesma pe?a para uma posi??o que tire o Rei do xeque, caso possível, sen?o poderá fazer qualquer outro lance que tire o Rei do xeque.Fazer um lance que coloque o seu Rei em xeque. Novamente, o lance deverá ser des- feito e ser feito outro lance com a mesma pe?a, desde que haja algum lance válido para a mesma.Leis do xadrez na FideAs Leis do xadrez da Fide regulamentam o jogo no tabuleiro. O texto em inglês é a ver- s?o autêntica da Lei do xadrez adotada no 77o Congresso da Fide realizado em Dresden (Alemanha) em novembro de 2008, em vigor a partir de 1o de julho de 2009.Adaptado de: <;. Acesso em: 2 set. 2015.A regra de jogo é um texto instrucional. Isso significa que esse texto:ensina as regras, para que o jogador saiba perder com respeito.apresenta as regras de forma que o jogador sempre ganhe.orienta o leitor para a realiza??o de determinadas a??es.instrui o leitor para preparar a??es n?o planejadas.mostra apenas o que n?o pode ser feito no jogo.De modo geral, que informa??es esse texto nos traz?anota??es146Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderOnde s?o encontradas as regras de um jogo?Quem é o público-alvo do gênero textual regra de jogo?O texto sobre as regras do xadrez é composto de várias partes. Identifique-as, transcre- vendo a primeira frase de cada uma das partes:Introdu??oFun??o das pe?as e movimentosCasos especiaisAs regras do jogo ? Unidade 8147Atividade 5Verifique o que os estudantes afir- maram sobre o suporte do gênero textual regras de jogo e comple- mente, caso seja necessário. Geral- mente, vêm em um folheto dentro da caixa do jogo ou escritas na própria caixa; podem também ser encontradas na internet.Atividade 6? importante ressaltar que o públi- co leitor desse gênero é formado por pessoas que se interessam em praticar os jogos, independente- mente de idade ou sexo.Atividade 7Solicite que os estudantes identi- fiquem a estrutura do texto. Eles dever?o realizar a atividade indi- vidualmente e depois se juntarem em trios para comparar se identi- ficaram as partes da mesma ma- neira. Circule pela sala enquanto eles fazem a compara??o para ter uma ideia se todos compreende- ram a estrutura do gênero em es- tudo. Depois, verifique oralmente se todos os trios encontraram as partes corretamente: introdu??o175As regras do jogo ? Língua Portuguesa– “As regras do xadrez ou Leis do xadrez s?o um conjunto de regras que regem a prática do jogo de xadrez em todo o mundo”; fun??o das pe?as e movimentos – “Todas as pe?as (com exce??o do Cavalo), independente de quantas casas andem, têm seu raio de a??o limi- tado pelas outras pe?as, amigas ou inimigas”; casos especiais – “O roque é um lance do rei com qual- quer das suas duas Torres situada na mesma fileira e é considerado como um lance de Rei apenas”.Orienta??es didáticasAtividade 8Esta atividade pretende reativar o conhecimento de mundo do es- tudante, para que a compreens?o leitora seja construída em um nível proficiente. No momento da corre- ??o, pergunte aos estudantes se eles conhecem outras formas de uso da palavra e se sabem a orto- grafia nesses casos. Forne?a exem- plos de todos os outros sentidos, ressaltando as diferentes grafias.Atividade 9anota??esCom esta atividade, fa?a o estu- dante perceber a fun??o do modo imperativo do verbo como carac- terística do gênero textual estu- dado. Como eles já têm conheci- mentos prévios sobre esse modo verbal, pois já foi estudado no gê- nero receita, no 6o ano, fa?a uma breve revis?o sobre ele, inclusive salientando quando a “ordem” ex- pressa indica ou n?o uma sugest?o nesses textos. Verifique se todos retiraram os verbos corretamen- te: pegue, posicione, coloque, dis- ponha, preencha, distribua. Para ampliar, passe um vídeo com dicas para o jogo de xadrez, encontrado em < watch?v=LKoE9xIMu0s> (acesso em: 10 nov. 2015), no qual tam- bém há o uso do modo imperativo. Além disso, para que comparem uma explica??o de regras de jogo dada oralmente de forma direta com a escrita, existe outro vídeo que pode ser utilizado, disponívelConsidere o trecho retirado do texto da atividade 4:Para retirar o Rei de xeque, o jogador deve tentar os três passos:movimentar o Rei para uma casa em que ele n?o esteja em xeque;colocar uma pe?a entre o Rei e a pe?a que está dando o xeque; oucapturar a pe?a que está dando xeque ao Rei.Escolha a op??o que melhor explica o que significa a palavra destacada dentro do contexto:Acontecimento político que representa amea?a.Alguém respeitado pela sua idade avan?ada.Chefe mu?ulmano de um território.Situa??o perigosa ou arriscada.A??o realizada para ganhar dinheiro.Ricardo Paonessa/GlobaltecLeia agora como preparar o tabuleiro de xadrez. Anote os verbos utilizados no texto.148Língua Portuguesa ? Movimento do aprender176Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderPara montar as pe?as no tabuleiro, fa?a o seguinte:Pegue as duas Torres de mesma cor e posicione uma em cada canto do tabuleiro.Coloque os dois Cavalos no tabuleiro, um do lado de uma Torre e o outro do lado da outra.Disponha os dois Bispos de mesma cor ao lado de cada um dos Cavalos.Preencha as duas casas que sobraram: se a Dama for de cor branca, ficará na casa branca, e se for de cor preta, ficará na casa da mesma cor.Coloque o Rei na casa dessa fileira que sobrar.Os pe?es visam à defesa das pe?as maiores, portanto distribua cada um na frente de cada pe?a, completando a segunda fileira do tabuleiro.Adaptado de: <;. Acesso em: 2 set. 2015.Assinale a alternativa correta.O modo como os verbos est?o apresentados na atividade 9 expressa uma:ordem afirmativa ao leitor.situa??o de escolha ao leitor.forma de convencer o leitor a praticar uma a??o.sequência de a??es que pode ou n?o ser seguida.a??o que ocorre enquanto se joga.Conecte-seNo livro Muitos textos... Tantas palavras você poderá ler “O problema do xadrez”, uma história do escritor Malba Tahan que lhe trará mais conhecimentos sobre essa importante atividade de estratégias mentais.Leia atentamente os textos a seguir para apontar as semelhan?as, de acordo com os seguintes critérios:Assunto.Objetivo.Público leitor.em < watch?v=t2bcmJ6RH7w> (aces- so em: 10 nov. 2015), no qual se pode observar a grava??o que explica as regras do jogo Uno on--line, colocando especial aten??o aos verbos utilizados.Atividade 10Como os estudantes já viram o verbo no modo imperativo, tal- vez n?o haja a necessidade de entrar nesse assunto, mas é im- portante discutir os distratores desta quest?o: n?o se trata de escolha ou convencimento, por- que quem lê regras está disposto a segui-las. O momento também é oportuno para relacionar outros modos verbais e explicar o senti- do dentro do texto em quest?o. Questione, por exemplo, como fi- caria a regra do jogo se fosse es- crita no modo subjuntivo?A sequência é de a??es que devem ser seguidas, n?o há possibilidade contrária. Portanto, eles dever?o escolher a alternativa (A).Conecte-seAntes de realizar a leitura do texto indicado, converse com o professor de Matemática, pois ele também vai utilizar ou já utilizou esse contoAs regras do jogo ? Unidade 8149em suas aulas. Dependendo do mo- mento em que os dois componen- tes estiverem quando da sugest?o do texto, estabele?a as melhores estratégias para desenvolver o trabalho com o conto em parceria esse componente curricular.177As regras do jogo ? Língua PortuguesaOrienta??es didáticasAtividade 11Esta atividade deve ser realizada em duplas ou grupos com, no má- ximo, quatro componentes. Leve os estudantes a perceberem que os três textos possuem caracterís- ticas comuns, pois pertencem ao agrupamento instruir/prescrever. Comente as diferen?as. Retome o gênero receita culinária, estudado no 6o ano, e fale sobre a import?n- cia da receita médica e os perigos da automedica??o. Comente tam- bém que a receita médica apre- sentada é um texto fictício.No momento da corre??o, é im- portante escrever as respostas na lousa ou fazer a discuss?o de cadaTexto 1Bolo de casca de bananaNemet83/iStock/ThinkstockRendimento: 20 por??es Tempo de preparo: 1 h 10 min Valor calórico: 224,68 kcalitem; espera-se que os estudantes percebam a compara??o adequada.IngredientesMassa:4 unidades de casca de banana 2 ovos2 xícaras (chá) de leitecolheres (sopa) de margarina 3 xícaras (chá) de a?úcarxícaras (chá) de farinha de rosca1 colher (sopa) de fermento em póCobertura:? xícara (chá) de a?úcar 1? xícara (chá) de água 4 unidades de banana? unidade de lim?oModo de preparoLave as bananas e descasque-as. Separe as cascas para fazer a massa. Bata as claras em neve e reserve na geladeira. Bata noliquidificador as gemas, o leite, a margarina, o a?úcar e as cascas de banana. Despeje essa mistura em uma vasilha e acrescentea farinha de rosca. Mexa bem. Por último, misture delicadamente às claras em neve o fermento. Despeje em uma assadeira untada com margarina e enfarinhada. Leve ao forno médio preaquecido por aproximadamente 40 minutos. Para a cobertura, queime oa?úcar em uma panela e junte a água, fazendo um caramelo. Acrescente as bananas cortadas em rodelas e o suco de lim?o. Cozinhe. Cubra o bolo ainda quente.Curiosidade: banana é rica em potássio.178Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderDisponível em: < em: 2 set. 2015.anota??es150Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderLetícia Alvarez/GlobaltecTexto 2Portal educacionalComo complemento da ativida- de, você pode fazer seu login em<. br/publico/> e acessar uma pro- posta que apresenta e concei- tua o tipo textual injuntivo, suas características e utiliza??o em produ??es de texto. Utilize o link<. br/texto.php?id=28463> (acessos em: 13 nov. 2015) ou busque por TEXTO o jogar o dominóCada jogador recebe 7 pedras quando come?a a rodada. Se na partida houver menos de 4 jogadores, as pedras restantes ficam no dorme para serem compradas. O jogo come?a pelo jogador que tenha a pedra dobrada mais alta (se jogam4 pessoas, sempre come?ará quem tem o seis dobre ou carrilh?o). Caso nenhum jogador tenha dobradas, come?ará o que tem a pedra mais alta. A partir desse momento, os jogadores realizam suas jogadas, por turnos e no sentido anti-horário. O jogador que come?a a partida leva vantagem. Este é um conceito importante para a estratégia do dominó, pois o jogador ou dupla que come?a, normalmente, é o que levará a vantagem durante a partida.Desenvolvimento do jogoCada jogador, no seu turno, deve colocar uma das suas pedras em uma das 2 (duas) extremidades abertas, de forma que os pontos de um dos lados coincida com os pontos da extremidade onde está sendo colocada. As dobradas s?o colocadas de maneira transversal para facilitar sua localiza??o.Quando o jogador coloca sua pedra sobre a mesa, seu turno se acaba e passa-se ao seguinte jogador.Texto 3As regras do jogo ? Unidade 8151As regras do jogo ? Língua Portuguesa179180Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderBridgeman/Easypix BrasilOrienta??es didáticasDAINTREY, Adrian. The Domino Players. 1940. ?leo sobre tela, 64 cm x 76 cm.Cole??o particular.Se um jogador n?o puder jogar, deverá “comprar” do dorme tantas pedras quantas forem necessárias. Se n?o houver pedras no dorme, passará o turno ao seguinte jogador.Final de uma rodadaA partida continua com os jogadores colocando suas pedras sobre a mesa até que se apresente alguma das seguintes situa??es:DominóQuando um jogador coloca sua última pedra na mesa, essa a??o é chamada de bater.Quando se joga sozinho, o jogador que ganhou a partida soma os pontos de todos os seus adversários. Jogando em dupla, somam-se os pontos de todos os jogadores, incluindo os do seu companheiro.FechaExistem casos em que nenhum dos jogadores pode continuar a partida. Isto ocorre quando o número das extremidades saiu 7 vezes antes. Nesse momento, se diz que a partida está fechada. Os jogadores contar?o os pontos das pedras que ficaram;o jogador ou dupla com menos pontos vence e somam-se os pontos da maneira habitual.Pode acontecer de você ter os mesmos pontos que o jogador ou a dupla que contém a vantagem, nesse caso, ganha esse jogador.Seguinte rodadaNas próximas rodadas, o jogador que come?a o jogo é o seguinte da vez. Este pode come?ar com a pedra que quiser, mesmo se n?o for uma dobrada.Fim de jogoO jogo terminará quando um jogador ou dupla conseguir a quantidade de pontos necessária para ganhar.Disponível em: <;. Acesso em: 2 set. 2015.anota??es152Língua Portuguesa ? Movimento do aprender181As regras do jogo ? Língua PortuguesaTexto 1Texto 2Texto 3Qual é o gênero textual?Em que suporte podemos encontrar textos como esse?Que tipo de linguagem é utilizada?Que partes comp?em o texto?Faz uso predominante de que tempo verbal?Por quê?Somente esse tempo verbal pode ser usado nesse gênero textual?pare os três textos da atividade 11 e complete o quadro.Atividade 12No preenchimento do quadro, mo- tive os estudantes a refletirem so- bre os elementos que constituem os três gêneros textuais apresen- tados na atividade anterior. Pe?a que justifiquem as respostas de- les (as que forem possíveis) com trechos dos textos. ? importante destacar todos os elementos es- senciais dos gêneros, aludindo ao que já foi visto. Os estudantes devem comparar os quadros com os dos colegas e depois proceder à corre??o coletivamente, com vo- luntários que escrever?o a respos- ta para os itens na lousa.Orienta??es didáticasAtividade 13Pe?a aos estudantes que expo- nham o que sabem sobre o jogo de damas e as regras dele. Fa?a um texto coletivo, anotando na lou- sa as regras levantadas por eles. Deixe-as no quadro para comparar com o texto, cuja leitura será feita na próxima atividade, quando eles poder?o confirmar se as regras lis- tadas estavam corretas e se eles contemplaram as essenciais.Atividade 14Pe?a aos estudantes que fa?am a leitura individual das regras para depois discutir e realizar a ativi- dade em dupla. Durante a cor- re??o, você deve se reportar ao texto escrito com os estudantes, comparando as regras apresen- tadas no livro com as que eles levantaram, dando especial aten- ??o aos modos verbais utilizados em cada um dos textos. Caso haja algum item de regra que n?o te- nha sido contemplado por eles, escreva-o na lousa para comple- mentar o texto e solicite que to- dos o registrem no caderno.anota??esAgora que as características do gênero já foram estudadas, se possível, combine com o profes- sor de Educa??o Física um jogo de dama, xadrez ou dominó em uma aula dele, de forma que apliquem e entendam melhor as regras des- ses jogos.Você conhece o jogo que aparece na imagem? Escreva o que sabe sobre suas regras.Bridgeman/Easypix BrasilGARANER, Wells. Illustration for characterbox annual. Século XX.As regras a seguir s?o do jogo de damas. Nelas existem algumas palavras que n?o fa- zem parte desse jogo. Localize-as para excluí-las.Coloca-se o tabuleiro de forma que a casa escura do canto do tabuleiro amarelo fique à esquerda do jogador.No início da partida, as pedras s?o colocadas nas casas escuras, nas três primeiras linhas do trem.154Língua Portuguesa ? Movimento do aprender182Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprenderO primeiro lance é sempre das plumas brancas.A pedra anda para frente e em diagonal, uma casa de cada vez.A dama de vermelho desloca-se em todas as dire??es.A pedra “come” para frente ou na diagonal.Para “comer”, a pedra pode passar o ferro mais de uma vez pela mesma casa vazia.A pedra que chegar à última linha do lado oposto do tabuleiro será coroada dama. A coroa??o é feita colocando-se, sobre a pedra coroada, outra pedra da mesma cor.As pedras que s?o “comidas” pelo adversário ser?o retiradas da roleta.Ganha o jogo quem “comer” mais pedras.Em grupos, de acordo com a orienta??o do professor, fa?am uma pesquisa mais deta- lhada sobre a história dos seguintes jogos:damas;dominó;xadrez.Anotem as informa??es mais importantes que encontrarem e elaborem um pequeno texto, escrito com suas próprias palavras. Apresentem suas descobertas para a classe.Atividade 15Separe a classe em seis grupos, de modo que os jogos sejam divi- didos entre eles para a pesquisa. Sendo assim, dois grupos pesqui- sar?o sobre o mesmo jogo. Orien- te os estudantes a pensarem nas seguintes proposi??es: 1. Quais s?o as possíveis origens dos jo- gos? 2. Que aspectos históricos do jogo é importante divulgar? 3. Por que esse jogo é considerado de estratégia ou de tática? 4. O meu texto está em linguagem clara e coerente? Solicite que organizem a pesquisa em um pequeno texto para que seja colocado no mural da classe. Sugira algumas fontes de pesquisa. Há informa??es so- bre esses jogos em: <. soxadrez. com. br/conteudos/ historia_xadrez/>, <. xadrezamazonense.>,< do-domino>, <. antigos.nom.br/domino.asp>,<. br/damas_hist.html>, <http:// jogos. antigos. nom. br/ damas.asp> (acessos em: 10 nov. 2015).As regras do jogo ? Unidade 8155As regras do jogo ? Língua Portuguesa183Orienta??es didáticasConecte-seLeve o estudante a perceber que qualquer tipo de jogo possui re- gras e que elas devem ser segui- das. Os jogos profissionais contêm regras fixas que nunca podem ser alteradas ou burladas nos jogos oficiais, mas podem sofrer adapta- ??es quando jogados como lazer. Ainda assim, para que se consiga jogar, certas regras têm sempre de existir. Diga aos estudantes que imaginem o futebol sem regras: como seriam cobradas as faltas, de que dist?ncia seria a cobran?a de pênaltis, quando teria escanteio, quanto tempo de jogo... quantos jogadores em campo? Comente também que o juiz de um jogo deve ser conhecedor de todas as regras em detalhes; ele n?o pode colocar suas próprias regras, mas sim, deve seguir à risca as estabe- lecidas para os jogos em que atua.Atividade 16Como a atividade de produ??o textual e revis?o desta unidade é em grupo, cada componente deve avaliar o texto e depois compa- rar com os outros do grupo. Após análise, pe?a que o estudante pas- se sua avalia??o aos outros com- ponentes para ver se aprovam ou n?o suas conclus?es.Atividade 17? importante recolher a reescrita e discutir a avalia??o com eles. Explore a flex?o das palavras noConecte-seO Portal Brasil disponibiliza gratuitamente as regras de jogo do futebol, conforme constam do livro oficial da Fifa distribuído aos juízes brasileiros. Visite o site<; (acesso em: 2 set. 2015) e conhe?a todas as regras desse esporte que é t?o famoso em nosso país.Avalie agora as regras de jogo que seu grupo escreveu na atividade 3, respondendo às seguintes quest?es:Que partes comp?em o texto?As a??es est?o coerentemente ordenadas?Que modo ou tempo verbal predomina?Qual é a finalidade? Ela foi atingida?Como as regras tornaram o jogo mais atrativo?Com base em sua avalia??o, decida se é necessário fazer corre??es no texto produzido pelo grupo. Cada um entregará sua vers?o final ao professor. Ao reescrever as regras do jogo, produza também uma ilustra??o para complementar as orienta??es. Ela pode ser desenhada por você ou elaborada por meio de colagem.156Língua Portuguesa ? Movimento do aprenderAvan?arLíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender184Converse com o professor de Matemática para estabelecer parceria no trabalho com o site <; (acesso em: 10 nov. 2015). Nele, há regras de alguns jogos para você oferecer como desafio de leitura e compreens?o de texto aos estudantes, além de bons jogos matemáticos que o professor do outro componente pode desenvolver em sala de aula.As regras do jogo ? Unidade 8O que aprendi sobre...A partir dos conhecimentos adquiridos nesta unidade, diga qual é a import?ncia de seguirmos regras em nossas vidas, sejam elas de comportamento, de etiqueta ou simplesmente para um jogo. Conte suas conclus?es ao professor, para que ele fa?a um registro coletivo na lousa.157texto produzido pelos estudantes da seguinte maneira: escreva to- das as senten?as com problemas de flex?o na lousa, oriente-os a analisar e corrigir as senten?as e, finalmente, repasse as regras cor- retamente para os casos identifi- cados. Em seguida, para ilustrar as regras de jogo, caso os estudantes n?o saibam desenhar, incentive-os a fazer uma colagem. Oriente-os na confec??o desta atividade, a fim de que possam expor os traba- lhos no mural da escola. Ao final, você pode escolher, com a turma, uma produ??o de cada jogo dife- rente que surgiu e montar uma revistinha de regras de jogos para publicar e fornecer aos estudantes de outras classes.Saiba maisLivros:O HER?I DOS TABULEIROSAutor: Ricardo Criez Editora: FTD? a história de um enxadrista brasileiro que disputa um cam- peonato mundial. O texto é ficcional, mas tem ingredientes reais, como cita??o da política internacional e de persona-gens do mundo do xadrez. José Carlos, Zeca, prepara-se para disputar o título mundial contra o russo Oleg Storvov. Ser?o 24 partidas, realizadas em três cidades: Moscou, Buenos Aires e Barcelona. Certo dia, Zeca recebe um telefonema: um espi?o america- no oferece-lhe ajuda para derrotar o russo; em troca, Zeca deveria fazer uma declara- ??o de apoio aos Estados Unidos. O clima de tens?o aumenta a cada partida. O ven- cedor levará um prêmio de 5 milh?es de dólares. O livro tem os principais lances do jogo ilustrados. O jovem leitor n?o precisa saber jogar para acompanhar a trama; ao contrário, com a leitura, poderá se sentir estimulado a aprender a jogar xadrez.AS REGRAS DO JOGOAutor: Lannoy Dorin Editora: Editora do BrasilEsta é a história de Mateus, filho adotivo, pobre, mulato e com irm?os brancos. Ele queria vencer, precisava ser um vitorioso na vida. Depois que chegam a Campinas, vindos de uma pequena cidade chamada Tambaú, o pai morre. Os irm?os se desencaminham. O tio, um agregado à família, só fala na Bíblia. A m?e chora, num sofrimento calado, mas Mateus quer e precisa aprender as regras do jogo da vida... conseguirá? Será alguém honesto e realizado ou será mais um garoto sem oportunidades? Leia e confira.Editora do BrasilEditora FTDO que aprendi sobre...Desenvolva com os estudantes uma atividade do tipo “tempes- tade de ideias”. Anote na lousa as palavras ou frases que os es- tudantes disserem relacionadas ao contexto apresentado. Depois, selecione com eles os itens mais relevantes e escreva, com a ajuda deles, um texto expositivo sobre o assunto. Além da atividade so- licitada, pergunte oralmente: que conteúdos eu compreendi, a fim de poder explicar para um colega? Com base na resposta deles mon- te, coletivamente, uma defini??o que deve se aproximar de: a fina- lidade do texto instrucional é ins- truir, orientar sobre algo. Esta é a inten??o: ensinar àqueles que n?o sabem jogar; ensinar àqueles quen?o sabem preparar um prato diferente; ensinar às pessoas como tomar remédios adequadamente. Fazem parte desse tipo de gênero: receitas, regras de jogos, manuais de como utilizar aparelhos eletr?nicos, bulas de remédio, folhetos ex- plicativos etc.Os verbos utilizados s?o geralmente no modo imperativo (coloque, divida, distribua as cartas) ou no modo infinitivo (embaralhar, colocar, organizar).Linguagem clara e objetiva.Texto separado em blocos, geralmente composto de título, objetivo, número de participantes e como jogar.Aprendendo com a comunidadeOriente os estudantes a conversarem com uma pessoa de gera??o diferente da deles e questioná-la sobre os tipos de jogos e brincadeiras presentes na inf?ncia dela. Eles deve- r?o anotar os dados obtidos, inclusive as regras do jogo ou brincadeira que o entrevistado mencionou. Caso a pessoa com quem falarem n?o saiba as regras, o estudante deverá buscá-las em outras fontes para apresentar aos colegas em aulas futuras. Se for possível, realize alguns desses jogos ou brincadeiras, para que os estudantes coloquem as re- gras em prática.As regras do jogo ? Língua Portuguesa185Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender186Para saber mais...Unidade 8Livros:Divulga??oA AVALIA??O, REGRAS DO JOGO: DAS INTEN??ES AOS INTRUMENTOSAutora: Charles hadji Editora: PortoA avalia??o está na moda e é objeto de um entusiasmo excepcional. Conta-se com ela para permitir que a escola exer?a melhor as suas fun??es, mas também para apreciar a eficácia das políticas sociais, para uma melhor gest?o das despesas etc. Devemos saber quais s?o os fatores em jogo quando pretendemos avaliar. Será possível descortiná-los com clareza na diversidade das práticas e definir algumas regras que permitam dar-lhes credibilidade?Nesta obra, Charles Hadji prop?e uma abordagem original do problema. O autor empenha-se em analisar as práticas para fazer surgir as inten??es que as estimulam e para conseguir descobrir jogos coerentes em rela??o a essas mesmas inten??es. Assim, uma teoria que parta da prática permite definir as regras de uma aplica??o mais segura e assinalar as principais armadilhas que espreitam o avaliador.Divulga??oDIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA ESCRITA – UMA INTERVEN??O PSICOPEDAG?GICA VIA JOGOS DE REGRASAutor: Valéria Queiroz Furtado Editora: VozesEsta obra tem como objetivo oferecer subsídios teóricos e práticos aos profissionais que trabalham com estudantes que apresentam dificuldades na escrita. Para tanto, ela aborda a import?ncia da express?o corporal e da ludicidade no processo ensino-aprendizagem, para mobilizar simultaneamente o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade e possibilitar, assim, a constru??o das estruturas fundamentais do pensamento abstrato.6. Referências bibliográficasABREU-TARDELLI, L. S. Elabora??o de sequências didáticas: ensino e aprendizagem de gêne- ros em língua inglesa. Material didático de Língua Inglesa: elabora??o e avalia??o, no II Con- gresso Internacional Todas as Letras: Linguagens, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, realizado de 6 a 9 de outubro de 2003.BAGNO, Marcos. A norma culta: língua & poder na sociedade brasileira. S?o Paulo: Parábola, 2003. . Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 51. ed. S?o Paulo: Loyola, 2009.BAKHTIN, Mikhail. Estética da cria??o verbal. Tradu??o: Paulo Bezerra. S?o Paulo: WMF Mar- tins Fontes, 2003.BALTAR, Marcos. Competência discursiva e gêneros textuais: uma experiência com o jornal de sala de aula. Caxias do Sul: Educs, 2004.BELINKY, Tatiana. A promessa dos reis magos. S?o Paulo: Editora Elementar, 2002, v. 5. p. 5-46. (Literatura em minha Casa).BENDER, Flora Christina; LAURITO, Ilka Brunhilde. Cr?nica: história, teoria e prática. S?o Paulo: Scipione, 1993.BONINI, Adair; MEURER, José Luiz; MOTTA-ROTH, Desiree. Gêneros: teorias, métodos, debates. S?o Paulo: Parábola, 2005.BRASIL. Par?metros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1998.BRONCKART, J. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-dis- cursivo. S?o Paulo: Educ, 1999.CAMPOS, Geir. Glossário de termos técnicos do espetáculo. Niterói: EdUFF, 1989.COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. p. 164.DELORY-MOMBERGER, C. Biografia e Educa??o: figuras do indivíduo-projeto. Natal: EDFRN; S?o Paulo: Paulus, 2008.DOYLE, Arthur Conan. Sherlock Holmes: casos extraordinários. Tradu??o e adapta??o: Marcia Kupstas. S?o Paulo: FTD, 2006.FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Plat?o. Para entender o texto: leitura e reda??o. 10. ed. S?o Paulo: ?tica, 1995. p. 193-196.KOCH, I. V.; ELIAS, M. E. Ler e compreender: os sentidos do texto. S?o Paulo: Contexto, 2006.187Referências bibliográficas ? Língua PortuguesaMACHADO, Maria Clara. Pluft, o fantasminha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1955. Disponível em: <puc-rio.br/pilha/pilha6/pdf/pluft.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2010.KOCH, Ingedore Grunfeld Villa?a. O texto e a constru??o dos sentidos. S?o Paulo: Contexto, 1998.Língua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender188MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualiza??o. 6. ed. S?o Paulo: Cortez, 2005. . Produ??o textual, análise de gêneros e compreens?o. S?o Paulo: Parábola Editorial, 2008.PAIVA, A.; DION?SIO, A.; MACHADO, R.; BEZENA, M. C. Gêneros textuais gemino. 2. ed. 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Língua PortuguesaEncarte 1Unidade 1 ? A vida em um livroObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender192anota??esOrienta??es didáticasEncarte 2Unidade 2 ? Por dentro do que acontece no mundoNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialEm duplas, escrevam um texto organizando as informa??es encontradas na pesquisa sobre o assunto da matéria que escolheram, como se fossem publicá-lo em um jornal ou uma revista.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA193Encarte 2 ? Língua PortuguesaEncarte 2Unidade 2 ? Por dentro do que acontece no mundoObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender194anota??esOrienta??es didáticasEncarte 3Unidade 3 ? Qualquer can??o de bem alguma poesia temNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialFormem duplas. O professor entregará algumas palavras que ser?o usadas como mensagem principal para compor a letra de uma can??o. Antes de iniciar o processo de composi??o, estabele?am o público-alvo: crian?as, adolescentes ou adultos? Após, decidam qual mensagem a letra terá: amor, felicidade, protesto ou injusti?a social.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA195Encarte 3 ? Língua PortuguesaEncarte 3Unidade 3 ? Qualquer can??o de bem alguma poesia temObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender196anota??esOrienta??es didáticasEncarte 4Unidade 4 ? Se??o dos leitoresNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialUtilize o artigo apresentado pelo seu professor para escrever sua opini?o ao jornal ou revista que o publicou.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA197Encarte 4 ? Língua PortuguesaEncarte 4Unidade 4 ? Se??o dos leitoresObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender198anota??esOrienta??es didáticasEncarte 5Unidade 5 ? Um caso elementarNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialEm dupla, escrevam um conto de enigma a partir das informa??es que o professor entregar a vocês.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA199Encarte 5 ? Língua PortuguesaEncarte 5Unidade 5 ? Um caso elementarObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender200anota??esOrienta??es didáticasEncarte 6Unidade 6 ? A arte nos palcosNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialConversem sobre as histórias que já leram até hoje, dentro ou fora da escola, e escolham uma para escreverem a vers?o teatral do seu início.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA201Encarte 6 ? Língua PortuguesaEncarte 6Unidade 6 ? A arte nos palcosObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender202anota??esOrienta??es didáticasEncarte 7Unidade 7 ? Entre perguntas e respostasNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialVocê produzirá uma entrevista. Escolha alguém da comunidade escolar (professor, funcionário, diretor, coordenador etc.), de sua família ou um de seus amigos. O objetivo da entrevista será apresentar aos leitores alguém que tenha algo de importante a dizer sobre a escola, ou seu trabalho, ou, ainda, sobre suas expectativas para o futuro.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA203Encarte 7 ? Língua PortuguesaEncarte 7Unidade 7 ? Entre perguntas e respostasObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESALíngua Portuguesa ? Orienta??es didáticas do Movimento do aprender204anota??esOrienta??es didáticasEncarte 8Unidade 8 ? As regras do jogoNome: no: Professor (a): Data: / / Gênero textual: Produ??o inicialReescreva as regras do jogo que foram discutidas por seu grupo, de forma a deixá-lo mais interessantepara jogar.Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA205Encarte 8 ? Língua PortuguesaEncarte 8Unidade 8 ? As regras do jogoObserva??es/anota??es: Movimento do aprender – 7o anoL?NGUA PORTUGUESA.br9 788582 053867Orienta??es didáticas do Movimento do aprender Língua PortuguesaEsta cole??o proporciona ferramentas para auxiliar o docente na forma??o de cidad?os capazes de interpretar o mundo de diversas maneiras. As orienta??es aqui contidas têm o objetivo de subsidiar o trabalho com as propostas que figuram no Movimento do aprender. Com diferentes formas, possibilidades, recursos e instrumentos, buscamos atender às necessidades da atual era da informa??o e relacionar as áreas do conhecimento, favorecendo a combina??o dos diferentes componentes curriculares.4 volumesA cole??o é composta de 4 volumes, um para cada ano da segunda etapa do Ensino Fundamental.Muitos textos... Tantas palavras Contém textos que poder?o serselecionados conforme as expectativas e os conteúdos trabalhados. ................
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