Www.encontro2010.rj.anpuh.org



A Corrida espacial na canção brasileira.

Suelen Maria Marques Dias[1]

Resumo:

Este trabalho propõe uma análise dos impactos que a chamada Corrida Espacial produziu na sociedade brasileira. Embora desenvolvida por Estados Unidos e União Soviética, a Corrida Espacial produziu transformações que influenciaram o mundo de uma maneira geral. Tal evento foi responsável por mais que o simples desenvolvimento científico e tecnológico e acabou por povoar a imaginação de toda uma geração. Para compreender melhor o período buscaremos analisar de que forma a Corrida Espacial foi lida pela Música Popular Brasileira no período entre 1957 e 1972, analisando como artistas e compositores entenderam o processo, e como se situaram como contemporâneos do mesmo. Além disso, a partir desse enfoque, procuraremos refletir sobre o potencial da produção artística, principalmente musical, como ferramenta de estudo da história.

Palavras Chave: Guerra Fria, Corrida Espacial, Música Brasileira.

Abstract

Ce travail est une analyse à propos des effets que le phénomène de la Course de l’Espace a produit dans la societé brésilienne. Les sujets de cet evenement ont eté les États-Unis et l'Union Soviétique  mais ses conséquences ont répercuté par tout le monde. La Course de l’Espace n’a pas été solement l’ascension de la pensé cientifique et de la tecnologie, plus que ça, elle a aussi occupé l’imagination de toute une genération. Pour comprendre mieux cette période de l’histoire on va voir de quelle manière elle a influencé la musique populaire bresilienne entre les annés 1957/1972, et analyser ce que les artistes et les compositoires bresiliens ont compris de ce procès. Cette recherche est aussi la tentative de refletir sur le potenciel de la production artistique (surtout musical) comme instrument pour étudier l'histoire.

Mots Clès: Guèrre Froide, Course de l’Espace, Musique Brasilenne

Através desse trabalho propomos uma análise dos impactos que a chamada Corrida Espacial produziu na sociedade brasileira, procurando encontrar algumas pistas que nos permitam analisar de que forma os acontecimentos que marcaram esse período penetraram no Brasil, produzindo esperança, medo, imaginação, ansiedade, povoando os sonhos e angústias de toda uma geração. Para compreender melhor esse período buscaremos analisar de que forma a Corrida Espacial foi lida e reproduzida na Música Popular Brasileira no período compreendido entre 1957 e 1972.[2] Este texto inspira-se nas pesquisas que desenvolvo no mestrado realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, tais pesquisas ainda se encontram em estágio embrionário, portanto, os argumentos aqui apresentados não têm a pretensão de apresentar uma verdade acabada sobre o assunto, e sim buscam abrir as portas para o início de uma discussão que só tende a crescer e gerar bons frutos.

O objeto que pretendemos analisar, algumas músicas brasileiras produzidas no período de 1957 a 1972, introduz a reflexão sobre o potencial da produção artística, principalmente musical, como ferramenta de estudo da história. Este parece ser um terreno promissor aos pesquisadores, uma vez que tal objeto é amplamente difundido em nossa sociedade, além de conter em si a capacidade de despertar sentimentos diversos em seus receptores. Para João P. Furtado,

a música reproduzida e/ou radiofonizada, por exemplo, pode ser considerada um objeto interessante, entre outros fatores, por seu grande alcance junto a largas camadas da população e por sua inerente capacidade de despertar, o que não é prerrogativa exclusiva sua, emoções e sentimentos que agregam, afetiva e momentaneamente, indivíduos que não se conhecem por vinculo direto.(FURTADO, 1997: P.124-5)

Além de seu alcance na sociedade e a capacidade de despertar sentimentos, as canções também se tornam um objeto interessante por carregarem em si a capacidade de difusão de ideologias. De acordo com Celso Favaretto

a canção tornou-se, na sociedade de massas, um dos objetos de consumo mais presentes no cotidiano, submetendo as pessoas a um banho contínuo de sons e mensagens, tornando-se o suporte ideal para a circulação da ideologia, já que esta não se liga tanto ao objeto musical, mas aos lugares e momentos em que circula. (FAVARETTO: 1995, P.138)

Assim, as canções tornam-se um objeto importante para nossa pesquisa, porque são discursos, o que nos permitem tentar descobrir muito do porquê do comportamento de alguns dos membros da sociedade. Ezra Pound (1885-1972), em sua célebre frase, afirma que “Os poetas são antenas da raça” (MENDES, 2007), assim, estar em contato com a arte de uma sociedade, é conhecer sua cultura, sua forma de perceber e se relacionar com o mundo.

Embora sejam um objeto rico, devemos ter cautela ao tratar as músicas como fonte de estudo. Algumas pesquisas que se valem dessa fonte tendem a ater-se simplesmente aos aspectos poéticos das letras, esquecendo-se que sua análise depende de uma série de outros fatores. Como aponta Marcos Napolitano (2002), devemos estar atentos aos parâmetros poéticos da letra (mote, eu - poético, imagens poéticas, léxico, sintaxe, rimas, figuras e gêneros literários, intertextualidades, etc.), mas também aos parâmetros musicais (gênero musical, melodia, arranjo, interpretação, etc.) tudo isso associado aos contextos de criação, o seja, a “colocação social do artista em seu tempo”(NAPOLITANO, 2002, P.100); de produção; de circulação e de recepção/apropriação, uma vez que

o contexto da recepção implica a forma de apropriação, pelos grupos sociais, dos artefatos culturais, a qual pode mudar completamente o sentido inicial, intencionado pelo artista-criador e pelas instituições responsáveis pela produção e circulação. (2002, P. 102).

Portanto, somente através do exame de todos os fatores em conjunto poderemos compreender e aproveitar a canção em todas as suas possibilidades de análise. As relações dos artistas e das canções com o contexto que abrangem nos permitirão inferir sobre esse importante momento histórico que pretendemos estudar.

Embora desenvolvida pelas duas potências, Estados Unidos e União Soviética, a Corrida Espacial produziu transformações que influenciaram o mundo de uma maneira geral. Esse importante evento foi responsável por muito mais que o simples desenvolvimento científico e tecnológico, tornando-se parte do jogo de disputas que envolvia não só as duas potências, mas o imaginário da sociedade como um todo.

A Corrida Espacial iniciou-se, oficialmente, em 1957 com o lançamento do satélite soviético Sputnik I e foi apenas um dos diversos desdobramentos que marcaram o período conhecido como Guerra Fria. Esse foi um momento de disputas travadas em diversos campos: econômico, militar, tecnológico e ideológico entre Estados Unidos e União Soviética, o que, dentre tantos aspectos, levou ao desenvolvimento de uma tecnologia espacial que, nas palavras de Hobsbawn (1994:227-234), teria aproximado a humanidade de um ”universo desconhecido”. Para Hannah Arendt (1983:9-14), esse foi o momento em que a ciência começou a realizar aquilo que o homem a muito sonhava e os jornais passaram a trazer em suas primeiras páginas aquilo que até então era território exclusivo da literatura de ficção científica.

Esse foi também um momento de expansão dos meios de comunicação, dentre ele a televisão. Isso causou uma importante mudança, uma vez que como nos aponta Orivaldo Leme Biagi (2001: 93-94) referindo-se ao contexto norte americano, “problemas aparentemente longínquos eram apresentados continuamente e no cotidiano de milhões de pessoas através da televisão- milhões de jovens eram apresentados aos problemas sociais dos mais variados pontos do mundo e não ficariam indiferentes”. Foi através desses meios que a população brasileira entrou em contato com as primeiras imagens da terra vista do espaço, da lua e de outros planetas, dos astronautas norte-americanos em solo lunar, além de todas as notícias sobre a Corrida Espacial que passaram a fazer parte do cotidiano e povoar a imaginação dos brasileiros. Como nos aponta Caetano Veloso em Alegria Alegria (1968), em sua mirada panorâmica pela banca de revistas “o sol se reparte em crimes, espaçonaves, guerrilhas, em cardinales bonitas(...)” demonstrando como alguns dos principais acontecimentos internacionais penetravam no cotidiano do país.

Uma vez presentes no cotidiano dos brasileiros, os acontecimentos da Corrida Espacial começaram a fazer parte também da canção produzida no país. As canções levantadas até o momento nos permitem perceber pelo menos três tendências de abordagem do assunto. A primeira é a que considera o acontecimento de forma negativa, sendo a lua dos poetas, dos namorados, não deveria ser perturbada, conquistada pelo homem. É o caso da marchinha de carnaval, A lua é dos namorados, de Armando Cavalcanti, Klecius Caldas e Brasinha, gravada por Ângela Maria em 1961. A música é uma típica marchinha de carnaval e explora os instrumentos de sopro e percussão em seus arranjos, além de valorizar a voz empostada da intérprete, característica das cantoras de rádio, o refrão é sempre respondido um coro, o que também caracteriza o gênero. A letra curta revela bem a intenção da canção: “Todos eles estão errados/ A lua é dos namorados/ Lua, oh lua/ Querem te passar pra trás/ Lua, oh lua/ Querem te roubar a paz/ Lua que no céu flutua/ Lua que nos dá luar/ Lua, oh lua/ Não deixa ninguém te pisar.” Assim, a conquista da lua, de acordo com a música, representa uma certa oposição ciência X poesia. A ciência, fria, precisa, não conseguiria compreender a beleza do luar que ilumina a canção e o amor, por isso estaria errada em suas pretensões, a lua não deveria ser pisada, conquistada, deveria sim continuar distante e idealizada, musa dos poetas e namorados. É interessante constatar que em 1961, ano de lançamento de música, a Corrida Espacial apenas ensaiava seus primeiros passos, a chegada do homem à lua só se daria no final da década, mesmo assim, o eu-lírico já mostra sua preocupação com o destino do nosso satélite natural.

Essa tendência também aparece na canção Lunik 9, de Gilberto Gil gravada pelo autor em 1967, principalmente no trecho:

“A mim me resta disso tudo uma tristeza só/ Talvez não tenha mais luar/ Pra clarear minha canção/ O que será do verso sem luar?/ O que será do mar/ Da flor, do violão?/ Tenho pensado tanto, mas nem sei/ Poetas, seresteiros, namorados, correi/ É chegada a hora de escrever e cantar/ Talvez as derradeiras noites de luar”.

A canção Lunik 9 foi lançada por Gilberto Gil antes da eclosão do movimento Tropicalista, mas traz em sua estrutura alguns elementos que mais tarde serão explorados por ele, como por exemplo a alternância de ritmos (bossa nova, batida militar), uma intertextualidade musical que remete ao cinema, além da temática ligada ao presente, ao desenvolvimento. É interessante ressaltar que a canção foi escrita por ocasião da chegada da sonda soviética Lunik 9 à lua, nesse momento o homem ainda não havia aportado em seu solo, mesmo assim, a canção já traz algo de premonitório sobre o que estava por vir. Apesar de mostrar a questão da lua conquistada, que deixa de ser a lua dos poetas, essa canção também traz outros apontamentos que nos permitem refletir sobre uma segunda tendência das canções do período, a que vê com otimismo o progresso da ciência: “Momento histórico/ Simples resultado/ Do desenvolvimento da ciência viva/ Afirmação do homem/ Normal, gradativa/ Sobre o universo natural/ Sei lá que mais.” Apesar do tom nostálgico que o arranjo assume, o poeta acaba por assumir por fim “confesso que estou contente também”. Esses trechos nos permitem perceber que esse também foi um momento de confiança no poder da ciência, e na capacidade do homem de dominar a natureza, isso muito influenciado pelas disputas da Guerra Fria que foram responsáveis por uma evolução tecnológica nunca vista até então.

A canção 2001 de Tom Zé, gravada pela banda Os Mutantes em 1969 também exemplifica essa tendência. Com um arranjo bastante irreverente, que mistura sotaque e violas caipiras com rock n’ roll, aproximando tradição e modernidade, a canção procura mostrar esse mundo em constante movimento, transformação, que evolui com a tecnologia, o mundo dos computadores, da conquista do espaço, da vitória sobre a morte. Uma utopia de futuro que por vezes se confunde com o presente, apontando uma certa ambigüidade entre a paixão pelo progresso, e a dúvida de se estar preparado pra ele, entre o caipira e o roqueiro, o “baiano estrangeiro”.

Uma terceira tendência observada nas canções que abordam a temática da Corrida Espacial é a que percebe o desenvolvimento da tecnologia espacial como possibilidade de fuga da Terra. Em um momento de disputa armamentista, onde armas cada vez mais poderosas eram criadas, fazendo com que o risco da hecatombe mundial parecesse cada vez mais próximo, a idéia de ter uma rota de fuga para o espaço parecia tentadora. É o que nos mostra o ídolo da Jovem Guarda, Roberto Carlos na canção O Astronauta, de 1970:

(...)Bombas que caem, jato que passa/ Gente que olha um céu de fumaça/ Meu amor não sei por onde anda/ Será que os amores já morreram/ Um astronauta eu queria ser/ Pra ficar sempre no espaço/ E desligar os controles da nave espacial/ E pra ficar para sempre no espaço sideral/ Não vou voltar pra terra, não/ Não, não vou voltar pra terra, não(...)

A canção explora uma melodia romântica. Os arranjos, onde sobressaem cordas e metais, remetem a uma idéia de espaço muito difundida pela ficção científica retratada pelo cinema. A letra exemplifica esse desejo de fuga de um mundo que não é mais aprazível de se viver, onde impera a guerra, as bombas, não deixando, assim, espaço para o amor.

Essas são apenas algumas canções que marcaram o período estudado, muitas outras poderiam ser elencadas neste estudo. Da mesma forma, a análise das canções mereceria um olhar mais aprofundado, o que não foi possível pelo pequeno espaço de análise do qual dispomos. Além disso, gostaríamos de deixar claro que a divisão em três tendências de representação é absolutamente esquemática, sendo utilizada apenas como uma forma de tentar deixar mais claro o estudo que propomos, não se trata de uma divisão fechada, que pretende encerrar cada canção em seu modelo, até porque, o que podemos observar pela análise das canções é que o que ocorre na maioria das vezes é que elas costumam misturar estas tendências em sua estrutura.

Contudo, a análise dessas canções permitiu perceber que os acontecimentos ligados à Corrida Espacial não passaram despercebidos pelos músicos que compunham o cenário brasileiro do período. Isso demonstra que a sociedade brasileira não estava alheia aos principais acontecimentos que eclodiam no cenário internacional. A Guerra Fria foi muito mais do que uma simples disputa entre duas potências, ela produziu representações que influenciaram todo o mundo, produzindo sonhos e angústias, receios e esperanças, confiança e temor que marcaram aquele período.

Referências Musicais:

• Músicas citadas no texto:

A lua é dos namorados, de Armando Cavalcanti, Klecius Caldas e Brasinha, gravada por Ângela Maria em 1961 no compacto 78RPM, lançado pela Continental.

Lunik 9, de Gilberto Gil gravada pelo autor em 1967 no Lp Louvação, lançado pela gravadora Universal Music.

Alegria Alegria de Caetano Veloso, lançada pelo autor, no ano de 1968, no Lp Caetano Veloso, lançado pela gravadora Philips.

2001 de Tom Zé, gravada pela banda Os Mutantes em 1969, no Lp Mutantes, lançado pela gravadora Polydor.

O Astronauta, de Roberto Carlos, gravada pelo autor no Lp Roberto Carlos, lançado pela gravadora Sony BMG em 1970.

• Outras músicas relacionadas ao tema:

Marcianita de J.I. Marcone e G.V Alderete, versão de Fernando César, gravada por Sérgio Murilo no compacto 78RPM Sergio Murilo com Lyrio Pinacalli e sua orquestra, lançado pela gravadora Columbia, em 1959.

Astronauta de Vinícius de Moraes e Baden Powell, gravada por Vinícius de Moraes e Odette Lara, em 1963, no LP Vinícius de Moraes e Odette Lara, lançado pela gravadora Polygram.

Marcianita de J.I. Marcone e G.V Alderete, versão de Fernando César, gravada por Caetano Veloso no compacto Caetano Veloso e os Mutantes ao vivo, lançado pela gravadora Philips, em 1968.

Take it easy my brother Charles, de Jorge Ben Jor, gravada pelo autor no Lp Jorge Ben, lançado pela Universal Music em 1969.

A voz do vivo, de Gilberto Gil, gravada pelo autor no Lp Gilberto Gil-1969, lançado pela gravadora Universal, em 1969.

Vitrines , de Gilberto Gil, gravada pelo autor no Lp Gilberto Gil-1969, lançado pela gravadora Universal, em 1969.

Futurível, de Gilberto Gil, gravada pelo autor no Lp Gilberto Gil-1969, lançado pela gravadora Universal, em 1969.

Objeto Semi-identificado, de Gilberto Gil, gravada pelo autor no Lp Gilberto Gil-1969, lançado pela gravadora Universal, em 1969.

Se eu quiser eu compro Flores,de Morais e Galvão gravada pelo grupo Novos Baianos no LP É Ferro na boneca, lançado em 1970 pela gravadora RGE

BR3 de Tony Tornado, gravada pelo autor em 1971 no LP Tony Tornado, lançado pela gravadora Odeon.

Para passear no astral, de Gilberto Gil, gravada pelo autor no Lp Expresso 2222, lançado pela gravadora Polygram, em 1972.

Referências Bibliográficas

ARENDT, H. A condição Humana. Rio de Janeiro: Forense-universitária, 1983.

BARCELOS, E. D. História da Exploração Espacial. Material didático In: ÁVILA, J.; DA ROSA, E. I. (org.) Apostila da Terceira Escola do Espaço. São José dos Campos: Gráfica do INPE, 2001.

BIASI, O. L. O Imaginário da Guerra Fria. In: Revista de História Regional 6(1):61-111, 2001

CALADO, Carlos. Tropicália: a historia de uma revolução musical. São Paulo: Ed. 34, 1997.

DA SILVA, F. C. T. 1968: Memória, Esquinas e canções. In.: Acervo Revista do Arquivo Nacional, vol.11, no1/2, Rio de Janeiro, 1998.

FAVARETTO, Celso. Tropicália – Alegoria, Alegria. São Paulo: Ateliê Editorial, 1995.

FURTADO, João P. A música popular brasileira dos anos 60 aos 90: apontamentos para o estudo das relações entre linguagem e prática social. Pós – História, Assis/ SP, n.5, p. 123-143, 1997.

HOBSBAWM, E. A Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo, Companhia das letras, 1994.

MENDES, Luis Felipe Castro. Entrevista. (acessado em 25 de setembro de 2007).

NAPOLITANO, Marcos. História e música. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

VIZENTINI, Paulo G. Fagundes. Da guerra fria a crise: relações internacionais do século 20. 3.ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1996

-----------------------

[1] Mestranda em História, na linha de Culturas Políticas, pela Universidade Federal de Minas Gerais

[2] Esse marco temporal foi escolhido porque 1957 marca o lançamento do primeiro satélite soviético e 1972 marca o ano em que é desativado o Projeto Apollo dos Estados Unidos.

................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download