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PROVA DE HISTÓRIA 2º ANO

TEMA 1

Controle dos instintos humanos

"A distinção entre o homem e o animal se dá pelo trabalho e pela linguagem, por meio dos quais o homem se realiza como ser cultural, superando o mundo da pura natureza. Para que a civilização pudesse existir, foi necessário o controle da instintividade humana, e a passagem para o mundo humano se deu com a instauração da lei e, consequentemente, com o advento da interdição." (em Filosofando — Introdução à Filosofia, Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins)

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TEMA 2

Os limites da liberdade

Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior.”  Albert Einstein

Nos últimos dias, notícias acerca do confronto entre a Polícia Militar e estudantes da USP tomaram conta dos noticiários. O caso teve  início quando a Polícia Militar deteve 3 estudantes que estavam em posse de maconha dentro do Campus.

O Uol noticiou que estudantes contrários à presença da Polícia Militar no campus da USP continuam no prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Encapuzados, eles defendem a saída da PM do campus Butantã (zona oeste de São Paulo), mas não querem falar com a imprensa.

Vejam o que mais a reportagem dizia:

“Um representante do movimento disse apenas que ‘a ocupação vai até a gente conseguir as nossas demandas’.

Além da saída da PM, os estudantes pedem a saída do reitor João Grandino Rodas. Os manifestantes estão trancados no prédio e, às vezes, aparecem no portão, sempre encapuzados. Há relatos de que alguns deles chegaram a atacar um veículo da TV Record.

Do lado de fora do prédio, estudantes que defendem a permanência da PM no campus falam normalmente com a imprensa.

Rodrigo Souza Neves, aluno do curso de políticas públicas e ex-aluno de história, afirma que os manifestantes que ocupam o prédio da FFLCH não representam a maioria dos estudantes da universidade.

‘Nós fizemos um plebiscito com cerca de 1.100 alunos, e 60% são a favor da presença da PM no campus.’

Lucas Sorrillo, colaborador no grêmio da Poli (Escola Politécnica da USP), diz que, antes da presença da PM, não havia segurança na universidade.

“Antes daquele trágico acontecimento [o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio deste ano], era comum haver tráfico de drogas e assaltos no campus.”

A reitoria da USP não se posicionou oficialmente sobre a ocupação, mas informou que a decisão do convênio com a PM foi tomada pelo Conselho Gestor do Campus, que reúne representantes de todas as unidades da universidade.” [fonte da reportagem]

Sobre este mesmo assunto, em 2009 foi publicada a charge que retrato abaixo. Na época, o governador do Estado de São Paulo era José Serra.

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PROPOSTA DE REDAÇÃO

Nesta semana vamos discutir a legitimidade desse tipo de manifestação. Você concorda com a ação da Polícia? Os estudantes presos com maconha dentro do Campus foram discriminados. O que desejam realmente os manifestantes?

Proposta 1

Desenvolva um texto dissertativo discutindo os limites da liberdade na sociedade moderna. Em seu texto, outras delimitações podem ser dadas desde que o assunto seja este e a fundamentação seja concreta.

Proposta 2

Produza uma resposta argumentativa, em até 15 linhas, à pergunta: “Os estudantes presos com maconha dentro do Campus foram discriminados”.

TEMA 3

Passada a febre provocada pelo ENEM e a certeza de que até aqui caminhamos a passos firmes para a aprovação no vestibular, nesta semana voltaremos a um ponto importante nas discussões que envolvem o futuro da humanidade. Muitos usam uma frase que já é chavão: “A água é o tesouro do futuro”.

Distante de repetir sem critérios esta frase, pensaremos de forma crítica nas implicações do mau uso da água e os problemas que podemos enfrentar num futuro não muito distante.

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Abaixo você encontrará uma coletânea de textos de apoio para o desenvolvimento da proposta de redação da semana.

Os textos foram tirados de fontes diversas e apresentam fatos, dados, opiniões e argumentos relacionados com o tema. Eles não representam minha opinião: são textos como aqueles a que você está exposto na sua vida diária de leitor de jornais, revistas ou livros, e que você deve saber ler e comentar. Consulte a coletânea e utilize-a segundo as instruções específicas dadas para cada tema. Não a copie.

Ao elaborar sua redação, você poderá utilizar-se também de outras informações que julgar relevantes para o desenvolvimento do tema escolhido.

PROPOSTA DE REDAÇÃO SOBRE A ÁGUA

Ao longo da história, por muitas razões, a água — este elemento aparentemente comum — tem levado filósofos, poetas, cientistas, técnicos, políticos, etc, a reflexões que frequentemente se cruzam.

Tendo em mente este cruzamento de reflexões e considerando a coletânea a seguir, escreva uma dissertação sobre o tema.

Água, cultura e civilização

Texto 1

Misteriosa, santificada, purificadora, essencial. Através dos tempos, a água foi perdendo o caráter divino ressaltado na mitologia e na religiosidade dos povos primitivos e assumindo uma face utilitarista na civilização moderna. Cada vez mais desprezada, desperdiçada e poluída, atingiu um nível perigoso para a saúde pública. Divina ou profana, ninguém nega sua importância para a sobrevivência do homem, seu maior predador. Como se ensaiasse um suicídio, a humanidade está matando e extinguindo o elemento responsável pelo fim do mundo da tradição bíblica. E não haverá arca de Noé capaz de salvar aqueles que lutam ou se omitem na defesa do meio ambiente. Escolha a catástrofe: novo dilúvio universal com o derretimento da calota polar; envenenamento da humanidade com as substâncias tóxicas nos mananciais; chuva ácida; ou simplesmente a sede internacional pelo desaparecimento de água potável.

(João Marcos Rainho, "Planeta água", in: Educação, ano 26, nº 221, setembro de 1999, p. 48.)

Texto 2

A água tem sido vital para o desenvolvimento e a sobrevivência da civilização. As primeiras grandes civilizações surgiram nos vales dos grandes rios — vale do Nilo no Egito, vale do Tigre-Eufrates na Mesopotâmia, vale do Indo no Paquistão, vale do rio Amarelo na China. Todas essas civilizações construíram grandes sistemas de irrigação, tomaram o solo produtivo e prosperaram. (Enciclopédia Delta Universal, vol. 1, p. 186.)

Texto 3

Após 229 anos, o mesmo rio que inspirou o povoamento e deu nome à cidade torna-se o principal vetor de desenvolvimento, passando a integrar a Hidro-via Tietê-Paraná, interligando-se ao porto de Santos, por via férrea, e ao polo Petroquímico de Paulínia. Como marco zero da hidrovia, o porto de Artemis será o portal do Mercosul. (...) Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Estado de São Paulo iniciou a construção de barragens no rio Tietê, para gerar energia elétrica, porém dotadas de eclusas, um investimento a longo prazo. (.br/portugues/hidrovia)

Texto 4

No que concerne à concepção mesma de salubridade, é possível notar que se, na primeira metade do século XIX, os médicos continuam a ter um papel importante no desenvolvimento de uma nova sensibilidade em relação ao urbano e às habitações em particular, são os engenheiros, contudo, aqueles que são responsáveis por trazer uma resposta prática aos problemas desencadeados pela falta de higiene. Por isso, é do saber deles que depende essencialmente o novo modo de gestão urbana que se esboça nesta época: “As grandes medidas de prevenção — a drenagem, a viabilização das ruas e das casas graças à água e à melhoria do sistema de esgotos, a adoção de um sistema mais eficaz de coleta do lixo — são operações que recorrem à ciência do engenheiro e não do médico, que tinha cumprido sua tarefa quando assinalou quais as doenças que resultaram de carências neste domínio e quando aliviou o sofrimento das vítimas".

(François Beguin, "As maquinarias inglesas do conforto", in: Políticas do habitat, 1800-1850.)

Texto 5

Os progressos da higiene íntima efetivamente revolucionaram a vida privada. Múltiplos fatores contribuem, desde os primórdios do século [XVIII], para acentuar as antigas exigências de limpeza, que germinaram no interior do espaço dos conventos. Tanto as descobertas dos mecanismos da transpiração como o grande sucesso da teoria infeccionista levam a se acentuar os perigos da obstrução dos poros pela sujeira, portadora de miasmas. (...) A reconhecida influência do físico sobre o moral valoriza e recomenda o limpo. Novas exigências sensíveis rejuvenescem a civilidade; a acentuada delicadeza das elites, o desejo de manter à distância o dejeto orgânico, que lembra a animalidade, o pecado, a morte, em resumo, os cuidados de purificação aceleram o progresso. Este é estimulado igualmente pela vontade de distinguir-se do imundo zé-povinho. (...) Em contrapartida, muitas crenças incitam à prudência. A água, cujos efeitos sobre o físico e o moral são superestimados, reclama precauções. Normas extremamente estritas regulam a prática do banho conforme o sexo, a idade, o temperamento e a profissão. A preocupação de evitar a languidez, a complacência, o olhar para si (...) limita a extensão de tais práticas. A relação na época firmemente estabelecida entre água e esterilidade dificulta o avanço da higiene íntima da mulher.

Entretanto, o progresso esgueira-se aos poucos, das classes superiores para a pequena burguesia. Os empregados domésticos contribuem inclusive para a iniciação de uma pequena parcela do povo; mas ainda não se trata de nada mais que uma higiene fragmentada. Lavam-se com frequência as mãos; todos os dias o rosto e os dentes, ou pelo menos os dentes da frente; os pés uma ou duas vezes por mês; a cabeça, jamais. O ritmo menstrual continua a regular o calendário do banho.

(Alain Corbain, "O segredo do indivíduo", in: História da vida privada (voL 4: Da Revolução Francesa à Primeira Guerra) [1987]. São Paulo, Companhia das letras, p. 443-4.)

Texto 6

A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: "Tudo é um”.

(Friedrich Nietzsche, "Os filósofos trágicos", in: Os pré-socráticos, Col. Os pensadores. São Paulo, Abril Cultural, p. 16.)

Instruções para a proposta

Ao delimitar Água, cultura e civilização como o tema dissertativo, a proposta cita em seu texto introdutório um "cruzamento de reflexões", o ponto de partida para que vocês escrevam suas redações. Dentre concepções filosóficas, poéticas, científicas ou técnicas sobre o elemento água e sua importância para a vida na Terra, cabe a você selecionar algumas das que foram ressaltadas pela coletânea e, evidentemente, acrescentar à discussão as suas ideias.

Além dessas instruções, lembre-se de:

• usar caneta azul escuro ou preta;

• fazer letra legível;

• usar o padrão culto da língua;

• escreva, no máximo, 30 linhas.

Proposta 2

Faça um resumo do texto 5, em até 15 linhas.

TEMA 4

Proposta de redação - Carta do leitor

Alunos terão aulas de felicidade. Dois mil alunos de uma escola pública britânica terão aulas sobre felicidade a partir do início do próximo ano letivo, graças a um programa piloto que poderá ser implementado ao currículo escolar do país, informou o jornal “The Independent”. Estas técnicas buscam proteger as crianças de males atuais, como a depressão e a falta de auto-estima. O projeto foi lançado devido ao aumento de depressões e enfermidades mentais registradas entre as crianças britânicas. Pelo menos 10% das crianças em idade escolar sofrem de depressão severa, segundo as estatísticas oficiais.

• Folha Online, 10 de julho.

Com base no texto acima, redija uma Carta do leitor à redação da Folha Online, em até 15 linhas, desenvolvendo o tema “O que estamos fazendo com as nossas crianças?”. Assine como leitor.

TEMA 5

Nesta proposta de redação vamos discutir um pouco a respeito das doenças modernas. Engana-se quem pensa que as doenças são causadas apenas por vírus e bactérias. Há outras que se instalam de forma sutil e, quando percebemos, pode ser tarde demais. Para refletirmos sobre isso, coloco abaixo a proposta de redação e depois sugiro algumas ideias que serão usadas na sua redação.

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O contato com a natureza é um santo remédio!!

Instruções para a proposta:

Procure atender às seguintes sugestões:

• assuma com convicção um posicionamento;

• assumido o posicionamento, selecione os argumentos favoráveis a ele;

• não descarte os argumentos desfavoráveis, pois eles podem servir para urna possível contra-argumentação;

• elabore uma relação de argumentos e hierarquize-os se possível; isto é, disponha-os na ordem do mais forte para o mais fraco;

• procure manter as relações lógicas estabelecidas pelos próprios argumentos;

• evite a repetição de um mesmo tipo de argumento, assim como as generalizações sem provas concretas ou particularizações indevidas.

• dê um título a seu texto;

• escreva, no máximo, 30 linhas;

• use caneta azul escuro ou preta e faça letra legível para o corretor.

Tema da redação: 

"Ação à distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira doença do século…” (extraído de "Rápida Utopia", Umberto Eco, em Veja — 25 ANOS: Reflexões para o futuro)

Dê continuidade a esse texto, desenvolvendo o tema destacado. Selecione, da enumeração abaixo e de seu universo de informações, os argumentos necessários para a defesa de sua tese.

1. Qual seria a verdadeira doença do século? Existe realmente a doença a que se refere o autor ou se trata de uma figura de linguagem?

2. Há apenas uma doença ou um conjunto de doenças? Quais os sintomas? Quais as causas?

3.  O século XX traz consigo a soma das conquistas humanas e das contradições seculares não resolvidas.

4.  Século das massas - inúmeros direitos conquistados; outros por conquistar. Isso seria uma doença?

5. Século da vertiginosa corrida tecnológica e científica: deixamos para trás o barco a remo, a energia eólica e viajamos no foguete interplanetário ou pela Internet. Daí a hiperespecialização (outra doença?). A ciência e a tecnologia, definitivamente, tornarão o homem um escravo (3ª doença?) ou garantirão a sua sobrevivência no planeta? (A tecnologia que destrói a camada de ozônio será capaz de reparar os danos causados à natureza?   Os homens da ciência nos salvarão do câncer e da Aids, ainda que continuem poluindo os rios, contaminando-nos com produtos tóxicos?).

6. Século da comunicação rápida: já trocamos o carro de boi por cartas e celulares. Um tornado nos Estados Unidos, uma bomba no Oriente Médio, um recorde quebrado na maratona de Sidney, um vírus ebola na África, tudo isso pode ser dividido conosco, em frações de segundo, sem que precisemos sair de casa. A velocidade desse século fez com que a comunicação transformasse a informação em espetáculo (4ª doença?). Assistiremos, confortavelmente no sofá de nossa sala, à descida do homem em Marte e às guerras da fome? Veremos e ouviremos a (in)feliz notícia de que o homem foi finalmente clonado ou apertou o tão temido botão que a tudo e a todos elimina à distância?

7.  Século da montagem em série: o precioso tempo que se gasta para fazer uma carroça já é coisa do passado. Hoje carros "pingam" por minuto; bicicletas, remédios, roupas, também. Bens materiais e espirituais se equivalem na linha de montagem. A palavra também é coisa (5ª doença?).

8.  Século dos limites: estresse, depressão, fragilidade, neurose, enfarte; apogeu da inteligência e da burrice humanas expressas em paradoxos abundantes; exacerbação do poder, do estrelismo realçados pela egolatria e pela busca insana de um brilho fugaz; sucateamento das emoções e aniquilamento das paixões; poderio do medo e da desordem, da conspiração; consagração do golpe, do roubo, do assassinato mesquinho e "politicamente correto" (6ª doença?).

Proposta 2

Produza um artigo de opinião, em até 15 linhas, ao tema: “O século XX traz consigo a soma das conquistas humanas e das contradições seculares não resolvidas.”

TEMA 6

É cedo pra falarmos sobre as eleições de 2012? Talvez, mas os que já estão na política estão planejando suas campanhas e, quem não é ainda, está anunciando que sairá como candidato. Vocês conhecem, por exemplo, Everson Silva? Em nossa proposta de redação dissertativa desta semana, falaremos sobre ele e sobre muitos outros exemplos de pessoas que se aventuraram na política sem ter experiência no assunto. 

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Kiko do KLB, Marcelinho Carioca, Mulher Melão, Mulher Pêra, Reginaldo Rossi, Tati Quebra-Barraco. A lista de candidatos folclóricos não para por aí. Alguns deles conseguiram se eleger nas últimas eleições. Outros, voltaram à carreira artística e, provavelmente, voltarão no ano que vem. Mas isso tudo é apenas para apresentar mais um exemplo de candidato que tem tudo para aparecer nos programas de televisão: Everson Silva. Antes disso, vejam o vídeo abaixo:

 

O texto sobre este jovem é adaptado da reportagem da revista Veja. Everson Silva é filho do deputado federal Tiririca (PR-SP) e pode ser o mais novo humorista a integrar os quadros políticos. Aos 26 anos, o chamado palhaço Tirulipa filiou-se ao PSB e será candidato a vereador em Fortaleza nas eleições de 2012.

Abaixo você encontrará a entrevista que o filho do Tiririca concedeu ao site de VEJA durante o intervalo da gravação do programa "Show do Tom", da TV Record. O palhaço disse que levará o humor “a sério” e que pretende “revolucionar” a política.

Caso o senhor seja eleito, quais projetos pretende apresentar? Vou brigar pela cultura. Tenho o circo do Tirulipa e faço trabalhos culturais e sociais há três anos em Fortaleza. Estou aí para brigar, sou de família circense, nasci e fui criado dentro de uma barraca de circo. Estou entrando nessa briga para revolucionar. 

Acha que será um fenômeno de votos, como seu pai? Não estou pensando nesse sentido, quero poder brigar pela cultura e pelo humor. Quero levar o humor a sério, no bom sentido, entreter as crianças com teatro, com dança. Quero levar a juventude para um caminho legal. Mas vou começar devagarinho.

O que o Tiririca achou da sua decisão? Meu pai falou: “A decisão é sua, você faz o que achar melhor. Quero deixá-lo à vontade para escolher o que achar melhor. Se você quer, beleza, estou aqui e boa sorte. Vou te apoiar independentemente do partido que você escolheu. Vá em frente”.

Por que decidiu se filiar ao PSB, que é oposição do PR, legenda de seu pai, no Ceará? Me identifiquei muito com o partido, com o trabalho do governador Cid Gomes. Recebi proposta de outros partidos, como o PR, mas me identifiquei mais com o PSB.

O Tiririca já lhe passou alguma dica de como se portar como político? Não conversei com ele ainda, porque foi tudo muito rápido. A gente esperou até a última hora para se filiar, porque era para ser uma surpresa.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Nesta proposta de redação pensaremos nos critérios que levam alguém a se candidatar mesmo sem ter nenhuma experiência política. Mais que isso, pensaremos no que leva alguém a votar nesses candidatos. Quais critérios utilizam? O que esperam deles? Estaria a política passando por uma fase sem credibilidade?

Instruções para a proposta

• Escreva, no máximo, 30 linhas;

• Use caneta azul escuro ou preta;

• Fundamente sua discussão de forma concreta.

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Proposta 2

Produza um artigo de opinião, em até 15 linhas, sobre a temática: “A população vota consciente?”.

TEMA 7

QUALIDADE DE VIDA

 

Fala-se tanto de qualidade de vida no mundo atual que médicos e profissionais de outras áreas são convidados a indicar os comportamentos adequados para se ter uma vida mais saudável. Sabemos, entretanto, que ter qualidade de vida implica um conjunto de procedimentos a serem incorporados ao nosso dia-a-dia.

Para auxiliar sua reflexão, leia os trechos a seguir selecionados da reportagem da revista "Superinteressante" e, a seguir, escreva um artigo de opinião, em cerca de 20 linhas, a ser publicado num jornal de circulação interna da Universidade, argumentando sobre o que é ter qualidade de vida para você. Não se esqueça de dar um título adequado ao seu texto.

 

A CIÊNCIA DO BEM VIVER

Pequenas mudanças de atitude podem melhorar sua saúde física, mental e material. Conheça 7 hábitos comprovados cientificamente que você deve adotar para ganhar qualidade de vida.

 

1. OUÇA MÚSICA

Não se culpe se você é daqueles que passam o dia todo com um fone de ouvido cantarolando por aí. A música tem efeitos muito benéficos para a saúde física e mental. Já não é de hoje que os cientistas vêm estudando o fenômeno. Entre outras coisas, a música pode acalmar, estimular a criatividade e a concentração, além de ajudar na cura de uma porção de doenças.

 

2. PREPARE-SE PARA ENVELHECER

Ninguém gosta muito da idéia de vir a ser velho, mas isso é a melhor coisa que pode acontecer (pense na outra possibilidade). É bom reservar um tempo desde já para planejar como você pretende que seja sua velhice. Inclusive porque é bem possível que essa fase da sua vida dure bastante tempo. Graças aos avanços no saneamento básico, à descoberta de novas drogas e a fatores ambientais e de prevenção, estamos vivendo cada vez mais. Em 1900, a expectativa de vida média no Brasil ao nascer era de 33 anos. Hoje, já estamos na marca dos 67. Estudos demográficos apontam que, em 2025, o brasileiro viverá em média 75,3 anos e, por volta do ano 2050, 2 bilhões de pessoas no mundo terão mais de 60 anos. E, graças a esses mesmos motivos, os velhos estão ficando cada vez mais velhos.

 

3. TENHA FÉ

Costuma ser mais feliz quem consegue encontrar um significado para a vida. Esse significado pode estar em qualquer coisa - da filatelia à filantropia. Mas é na religiosidade que a maior parte da população vai buscar essa razão de viver. E encontra. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, em média, mais felizes do que as não religiosas. Elas também têm menos depressão, menos ansiedade e índices menores de suicídio.

 

4. ANDE MAIS A PÉ

Gastar sola de sapato é um dos melhores exercícios que existem, seja para a saúde física, mental, do meio ambiente ou do bolso mesmo. Sim, porque para fazer caminhadas você não precisa gastar rios de dinheiro com academias elaboradas, muito menos com personal trainer. Um par de tênis basta, quando falamos de caminhada, não estamos nos referindo a nada profissional, que exija pista adequada e treinamento. Pode ser no seu bairro, no quarteirão da sua casa, ou até mesmo na escadaria do prédio, na pior das hipóteses.

 

5. TENHA (PELO MENOS) UM AMIGO

Todo mundo quer ser feliz, isso é tão verdadeiro quanto óbvio. O psicólogo Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia (EUA), passou anos pesquisando o assunto e concluiu que, para chegar a tal felicidade, precisamos ter amigos. Os amigos, segundo ele, resumem a soma de 3 coisas que resultam na alegria: prazer, engajamento e significado. Explicando: conversar com um amigo, por exemplo, nos dá prazer.

 

6. COMA DEVAGAR

Parece até falatório de mãe, mas os benefícios de diminuir o ritmo das garfadas são incríveis. Para começar, ninguém ganha tempo comendo um sanduíche na frente de um computador - o máximo que você ganha são quilos a mais, uma vez que, quanto mais rápido come, mais sente fome. Isso quer dizer que, se você comer mais devagar, provavelmente vai comer menos sem ter que fazer nenhuma dieta. O que será um ganho danado à sua saúde. Fora a redução do peso e do risco de doenças aliadas à obesidade, há diversas pesquisas que apontam que devemos diminuir a quantidade de comida se quisermos viver mais.

 

7. DESLIGUE A TV

Ninguém está dizendo aqui para você nunca assistir à televisão. Mas que você poderia diminuir o tempo em frente ao aparelho, isso você poderia. Até porque televisão em excesso não faz bem. Sim, o hábito de se largar no sofá e assistir a qualquer porcaria que esteja no ar pode deixar as pessoas viciadas no relaxamento que a TV produz. O problema é que essa sensação gostosa vai embora assim que o aparelho é desligado - é igualzinho ao vício em substâncias químicas. O estado de passividade e a diminuição no grau de atenção, no entanto, continuam. Quando vista por mais de 20 horas por semana, a televisão pode danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo o desenvolvimento lógico-verbal.

(Adaptado da Revista "Superinteressante", Editora Abril, janeiro de 2006, 49-57)

 

TEMA 8

 Leia o texto a seguir e produza um texto dissertativo, em até 30 linhas, comentando o problema da pirataria de produtos no Brasil.

 

AO GOSTO DO FREGUÊS

 

Veja a que nível de requinte chegou a falsificação de produtos industrializados no Brasil. O badalado tênis Nike Shox, que faz sucesso entre a garotada mais abonada, só é fabricado no original a partir da numeração 34, e, nos tamanhos menores, a maioria das cores se adapta mais ao público feminino, com preço em torno de 400 reais. Já os piratas - que são vendidos até por um quarto desse valor - podem ser encontrados em qualquer tamanho e cor.

 

 

Analise atentamente os dados a seguir. A partir das informações, redija um texto a respeito da relação entre a população brasileira e o acesso à leitura.

 

OS NÚMEROS DAS LETRAS

Na população brasileira: *

- 8% são analfabetos.

- 30% localizam informações simples em uma frase;

- 37% localizam informações em texto curto;

- 25% estabelecem relações entre textos longos.

 

No Brasil:

- 16% da população detém 73% dos livros;

- de 1995 a 2003, a venda de livros caiu 50%, e o número de títulos lançados, 13%.

* Entre 16 e 64 anos;

Fontes: CBI, IBL, BNDES, MEC e I Inaf.:

 

Quantos livros cada pessoa lê por ano:

- 7 na França;

- 5,1 nos EUA;

- 5 na Itália;

- 4,9 na Inglaterra;

- 1,8 no Brasil.

 

Da população adulta alfabetizada do país:

- um terço aprecia a leitura de livros;

- 61% tem muito pouco ou nenhum contato com livro;

- 47% possui no máximo dez livros em casa.

"Folha de São Paulo", (Sinapse), terça-feira, 28 de setembro de 2004.

TEMA 9 

A seguir encontram-se trechos de uma entrevista concedida pelo sociólogo americano Rich Ling. A partir das considerações levantadas pelo entrevistado, produza um texto a respeito da relação dos jovens com o celular.

 

ENTREVISTA

A INDEPENDÊNCIA JUVENIL

 

ÉPOCA - CELULARES FORAM CRIADOS PARA HOMENS DE NEGÓCIOS, MAS HOJE SÃO MAL USADOS POR ADOLESCENTES. POR QUÊ?

Rich Ling - Esse foi um dos aspectos mais inesperados da tecnologia. Mas, olhando agora, parece algo bastante lógico. Os adolescentes estão num período nômade da vida, quando estão muito interessados em interação social. Na Noruega, 100% dos adolescentes entre 15 e 20 anos têm celular. Aos 10 anos, 60% já têm um aparelho. Uma das causas é o divórcio. É comum pais separados darem celular aos filhos para poder entrar em contato com eles sem ter de lidar com o ex-companheiro. Atualmente, o celular é o elemento que mais auxilia na emancipação dos jovens em relação aos pais.

 

ÉPOCA - POR QUÊ?

Rich Ling - O aparelho dá a eles acesso fácil a seu grupo de amigos. A emancipação nada mais é que sair de uma esfera em que seus pais decidem tudo por você para uma esfera em que você é parte do grupo que toma as decisões. O adolescente passa a ter o próprio número de telefone e sua caixa postal. (...)

 

ÉPOCA - O CELULAR AUMENTA O CÍRCULO DE AMIZADES?

Rich Ling - Talvez o telefone móvel esteja fazendo com que as pessoas tenham menos amizades, mas muito mais intensas e integradas. (...)

("Época", 1¡ ago. 2005, adaptado)

 

 

TEMA 10 

 

O costume de assistir a jogos de futebol em estádios começou na Inglaterra, no final do século XIX, primeiro país a praticar esse esporte de forma amadora e também profissional. O crescimento do número de espectadores foi concomitante ao aumento da violência nos estádios e imediações.

Elabore um texto dissertativo procurando responder às questões formuladas pelo Secretário da Justiça e da defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Belisário Souza Santos: "Novas leis. Será necessário? (sic) Mais ousadia? Mais criatividade? O que se quer da polícia? O que se espera da família? Da mídia? Dos clubes? Da federação? Da própria sociedade?" - disponível na internet em .br.

Apóie-se nos fragmentos aqui disponibilizados para fazer seu texto, mas não copie ou parafraseie trechos deles. Crie um título para seu texto.

 

"Para evitar a presença dos chamados "hooligans", já foram proibidas de entrar na Alemanha, durante esta Copa, 2400 pessoas, mas outras 7000 estão sendo investigadas sobre possível participação em atos de violência. A Inglaterra mantém um cadastro organizado de "hooligans". Como eles são velhos conhecidos da polícia a maior preocupação são torcedores poloneses, ucranianos e croatas".

("Veja, 19/04/06") (fig. 1)

 

"(fig. 2) Quebradeira no fim do jogo Corinthians e River Plate terminou com 26 feridos. (Época, 08/05/06) Uma pilha foi a primeira coisa que acertou a cabeça do Major Walter Mota na noite do último dia 4, durante o jogo entre Corinthians e River Plate, no Estádio do Pacaembu. Logo depois vieram um radinho de plástico, cadeiras arrancadas da arquibancada, pedras, banquetas, pias que pertenciam aos banheiros e até pedaços das catracas eletrônicas. "Na hora não pensava em mais nada, apenas em evitar uma tragédia maior no Pacaembu", afirma o major."

 

"Os "hinchas" espanhóis não tiveram uma trajetória distinta dos torcedores organizados brasileiros, porém a reação das autoridades européias foi mais rápida, e o empenho em resolver o problema da violência relacionada a eventos esportivos passou a ser prioritário em termos de segurança social, isso principalmente na Espanha".

Reis, HHB, Revista Paulista de Educação Física, n¡17 (2), 2003.

 

 

TEMA 11

 

Segundo pesquisa realizada com 403 entrevistados de 16 a 23 anos pelo Laboratório Unicarioca de Pesquisas Aplicadas, a pedido da "Megazine" e publicada no jornal "O Globo", em 12/7/2005, "boa parte dos jovens (...) não parece levar ética a sério nos assuntos do dia-a-dia".

 

Dos jovens entrevistados, "34% admitem ter tirado dinheiro da carteira de pais, parentes ou amigos sem avisar, 8,92% nunca fizeram isso, mas não acham nada demais, e outros 22% nunca cometeram esse delito, mas conhecem pessoas que já o fizeram (...) 38% das pessoas ouvidas falsificaram a assinatura dos pais em algum documento ou correspondência da escola (...) e 21% já usaram a internet para difamar alguém".

 

Na opinião da psicóloga Teresa Creusa Negreiro, "Ao menos metade das pessoas que responderam que nunca agiram de tal maneira, mas conhecem gente que já, na verdade, fez aquilo ou está disposta a fazer".

 

De acordo com uma pesquisa do Pró - Saber (21/5/2001 a 8/6/2001), realizada a partir de entrevistas com 1002 alunos de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro, da 7 série do fundamental à 3 série do Ensino Médio, pode-se chegar "à visão de um adolescente que não trabalha (90,3%), que navega na internet se for da escola particular (50,5%), que tem amigos (94,4%) e que valoriza neles principalmente a solidariedade, a sinceridade, a lealdade, a cumplicidade, independentemente da classe social a que pertence".

 

Na fala da pesquisadora Rosiska Darcy de Oliveira, o adolescente "pousa na amizade como no mais sólido chão e faz dela o terreno onde brota o melhor de si: lealdade na adversidade, atenção à felicidade do outro, incondicionalidade em face de terceiros, franqueza na intimidade".

 

Nos trechos selecionados, adultos procuram conhecer o jovem com que convivem hoje em dia. Considerando todas essas visões sem, no entanto, copiar nenhuma, desenvolva, de forma objetiva e bem fundamentada, em um texto escrito em prosa, a sua concepção sobre os valores que orientam a conduta de pessoas jovens. O texto a ser produzido deve ser um artigo de opinião a ser veiculado em um jornal da universidade e deve ter, aproximadamente, 25 linhas. Dê um título criativo ao seu texto.

 

TEMA 12

 "A Amazônia é considerada a área de maior extensão de floresta tropical do mundo, representando 40% do total ainda existente do planeta.

Com a maior floresta tropical úmida do mundo, a mais extensa rede fluvial do planeta e com o maior volume de água doce disponível na Terra, a Amazônia presta valiosos serviços ambientais ao regular a quantidade de gás carbônico na atmosfera e orquestrar a distribuição de chuvas em quase metade da América Latina.(...) A biodiversidade da região é tamanha que não há outro lugar com variedade tão grande de espécies, com características próprias bem marcadas".

(Disponível em ).

 

Informações como esta trazem, de tempos em tempos, o temor diante da possibilidade de que essa área seja dominada por estrangeiros.

 

Proposta:

A internacionalização da Amazônia ou, em outras palavras, as eventuais ameaças à soberania brasileira em relação à Amazônia é o tema desta redação.

Leia com atenção os textos e observe as imagens disponibilizadas.

Construa um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se sobre este assunto tão polêmico.

Relacione as idéias entre os textos, mas não os copie.

Crie um título para o seu texto, adequado ao desenvolvimento que você der ao tema.

 

1. "Em 1982, durante a sua expedição pela Amazônia, o oceanógrafo Jacques Cousteau fez uma declaração com ares de premonição: Hoje, o mundo está preocupado com a guerra nuclear, mas essa ameaça vai desaparecer.

A guerra do futuro será entre os que defendem a natureza e os que a destroem. A Amazônia vai ficar no olho do furacão. Cientistas, políticos e artistas desembarcarão aqui para ver o que está sendo feito com a floresta".

(Bernardino, F.R; Principe, Leonide. "Emoções Amazônicas". Manaus: Photoamazonica. 1998.)

 

2. "Para aqueles que imaginam a internacionalização a partir da perspectiva do território, a invasão e a tomada da Amazônia por outras nações, com a criação de um governo específico para sua gerência, são factíveis e, embora ainda não tenham acontecido, se constituem em perigos iminentes com os quais o Estado brasileiro deve se preocupar. Os defensores dessa hipótese, principalmente os militares brasileiros, argumentam que as reservas de energia e água do planeta estão próximas do esgotamento e que o potencial da floresta amazônica resultará, inevitavelmente, em futuras investidas das grandes potências mundiais sobre o território brasileiro".

Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em

 

 

3. "Já os que analisam sob o ponto de vista do capital denunciam que a internacionalização da Amazônia já está acontecendo, não pela tomada de território físico, que é considerada hipótese remota, mas por mecanismos mais atuais e refinados ligados à exploração econômica: a aposta cada vez mais forte na mercantilização da natureza; a abertura ao mercado externo; o estímulo à participação do capital estrangeiro no país; e a flexibilização das políticas de exploração das florestas. Nessa perspectiva, os inimigos - os interesses transnacionais - já estariam em território amazônico representados pelas indústrias madeireiras, mineradoras, farmacêuticas e de sementes."

Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em

 

4. Segundo Stuart Pimm e Clinton Jenkins todos os países com biodiversidade têm poucas pessoas para cuidar dos problemas que vão desde a perda de espécies, passam por grandes variações na economia local, no sistema político, além de uma variedade de crenças religiosas e culturais. "Não se pode esperar que as áreas naturais permaneçam intocadas a menos que profissionais de conservação locais qualificados estejam a postos para resolver com criatividade as inevitáveis disputas sobre como usar os recursos do país. [...] Para sustentar a biodiversidade, o mundo precisa primeiro identificar, e então imediatamente proteger esses lugares especiais.[...] Decididas quais áreas proteger, como o mundo deve cumprir a tarefa? E quem pagará pela proteção?"

("Scientific American". Edição especial Brasil, nŽ 41, out 2005.p.54)

 

TEMA 13

TRABALHO INFANTIL

 

Leia com atenção os seguintes textos:

"A crueldade do trabalho infantil é um pecado social grave em nosso País. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos fundamentais que não lhes são reconhecidos: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético."

(Xisto T. de Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil. "DIÁRIO DE NATAL". 21/10/2000.)

 

"Submetidas aos constrangimentos da miséria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do trabalho, como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinqüentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas."

(Joel B. Marin. "O trabalho infantil na agricultura moderna". proec.ufg.br.)

 

"Art. 4Ž - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."

("Estatuto da Criança e do Adolescente". Lei nŽ 8.069, de 13 de julho de 1990)

 

Com base nas idéias presentes nos textos anteriores, redija uma dissertação sobre o tema:

O TRABALHO INFANTIL NA REALIDADE BRASILEIRA.

 

 

TEMA 14

OPÇÃO I – Leia o texto transcrito abaixo.

VOLTA AO MUNDO SOCIAL

DUAS JOVENS CORREM O PLANETA EM BUSCA DE PROJETOS BEM SUCEDIDOS DE COMBATE À POBREZA

Uma mochila de 30 quilos nas costas, um laptop, uma filmadora e consciência social. No país da juventude perdida em sinais de trânsito, em unidades de menores superlotadas e nas favelas, duas jovens de 24 anos, a capixaba Renata Brandão e a carioca Alice Freitas, decidiram botar o pé na estrada à caça de idéias e iniciativas de combate à pobreza. Integrantes de um programa de inclusão social criado por elas mesmas há cinco anos, o Realice (fusão dos nomes das duas), Renata e Alice vão percorrer, a partir de agosto, 73 países, do Quênia à Finlândia. Durante 900 dias, vão conhecer e catalogar o que há de melhor – e de pior – em cada nação. "Queremos descobrir projetos de sucesso e ver quais podem ser adaptados à realidade brasileira", diz Renata, estudante de jornalismo e praticante de ioga e trekking. Ela anda afiando o inglês, o alemão e o francês. "Todas essas idéias servirão como um cardápio para empresas que queiram investir no social", explica Alice, estudante de direito e relações internacionais, que adora jogar tênis e velejar. Ela fala inglês, espanhol e – pasmem – tailandês. "Não somos as garotas superpoderosas do terceiro setor. Só queremos fazer a nossa parte", diz Renata.

Com a iniciativa, querem incentivar o engajamento social dos brasileiros. Apenas 7% dos jovens do Brasil estão envolvidos com ações voluntárias, contra, por exemplo, 62% dos jovens americanos. "O único fenômeno que choca tanto quanto a pobreza é a passividade diante dela", recita Alice. (...)

A empreitada custará R$ 476 mil, financiados por empresas. A viagem conta com a chancela do Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e com o apoio de instituições brasileiras e internacionais de combate à pobreza, como a Care Brasil, o Portal do Voluntário e o American Field Service (AFS), um programa de intercâmbio de jovens. Esta última irá hospedá-las em 44 casas de família nos países onde atua. Nos outros, elas ficarão hospedadas em albergues ou acampamentos.

De tudo de ruim que pode cruzar seus caminhos – perda de equipamento, assalto, xenofobia, guerras –, o maior medo, dizem elas, é do forte impacto do que vão testemunhar. "Vamos acordar na Naníbia, comer em Botsuana, dormir no Haiti e na Bósnia. É um mundo maravilhoso, mas muito pobre", antecipa Renata. Outro problema será a inevitável saudade da família, que elas só voltarão a ver em outubro de 2005. Quem fica terá de se contentar com os relatos e as imagens disponibilizadas diariamente por Renata e Alice no site .br. É esperar para ver.

(Artigo de Ricardo Miranda para a revista ISTOÉ, edição de 7/5/2003)

Supondo que as jovens Renata e Alice estejam oferecendo uma vaga para um brasileiro participar desta aventura, escreva uma carta a elas buscando convencê-las de que você possui qualidades necessárias para as acompanhar.

Não coloque o seu nome ao final da carta! Assine-a, simplesmente, como João da Silva ou Maria da Silva.

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TEMA 15

Desenvolva uma resposta argumentativa, em até 15 linhas, a fim de responder à seguinte questão:

Você acha que as escolas públicas devem incorporar o teatro como um instrumento de melhoria da qualidade do ensino, como já ocorre em alguns colégios particulares?

As idéias presentes na coletânea poderão ser questionadas ou confirmadas.

Texto 01

Minha experiência, que vem demais de sete anos lecionando Interpretação e Prática de Montagem na Fafi, no Centro Educacional Leonardo Da Vinci, na Escola de Atores Art Studio, no Senac, em turmas particulares, trabalhos em diversas faculdades e empresas, me dão a certeza de que é possível repensar o indivíduo pelo próprio indivíduo e, confrontando e ativando suas potencialidades corporais e emocionais em grupo, têm-se a visão crítica necessária para corrigir rumos e melhorar pessoas.

O teatro é um conhecimento e não apenas atividade mecânica ou de recreação. Teatro é integrador de diferentes saberes. Nessa perspectiva, surgem múltiplas possibilidades de estruturação de um trabalho, dentro da escola, voltado para o teatro. Se a escola dispuser de recursos materiais adequados, profissionais capacitados e um reconhecimento do teatro como integrante do currículo escolar com espaço e tempo devidamente estipulados, a expressão teatral se desenvolverá de maneira efetiva.

José Luiz Gobbi - Diretor de Teatro com prática de projetos interdisciplinares em escolas

Texto 02

Com certeza todos os alunos deveriam ter a oportunidade de participar de uma atividade que comprovadamente ajuda o processo educacional. As escolas particulares já utilizam o teatro como fonte de motivação para estimular os alunos a se envolverem no processo pedagógico.

As prefeituras já estão participando de projetos teatrais em suas escolas. A de Cariacica desenvolve o projeto Semeart, que visa a levar arte, entre elas o teatro, às escolas municipais. O teatro é uma ferramenta que, quando bem utilizada, ajuda o aluno a desinibir-se, a melhorar a sua concentração, a socialização e, principalmente, estimula a leitura.

Sou organizador do Festival de Teatro Infantil do ES, realizado de agosto a outubro, e durante o primeiro semestre fazemos a Mostra Alfa de Teatro Infantil, levando teatro às escolas ou a escola ao teatro. O envolvimento das escolas particulares é quase 100%, o das escolas municipais, 60%.

Sentimos falta das escolas estaduais, que participam de forma tímida.

Agripino Franklin Mendes - Professor, organiza, dirige e atua no projeto Teatro nas Escolas, pela Alfa Produções e Eventos

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TEMA 16

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Produza um texto com a finalidade de ANALISAR a temática abordada no texto abaixo.

muros e grades

Nas grandes cidades do pequeno dia-a-dia

o medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia

então erguemos muros que nos dão a garantia

de que morreremos cheios de uma vida tão vazia

nas grandes cidades de um país tão violento

os muros e as grades nos protegem de quase tudo

mas o quase tudo quase sempre é quase nada

e nada nos protege de uma vida sem sentido

um dia super

uma noite super

uma vida superficial

entre as sombras

entre as sobras

da nossa escassez um dia super

uma noite super

uma vida superficial

entre as cobras

entre escombros

da nossa solidez

nas grandes cidades de um país tão irreal

os muros e as grades

nos protegem de nosso próprio mal

levamos uma vida que não nos leva a nada

levamos muito tempo prá descobrir

que não é por aí...não é por nada não

não, não pode ser...é claro que não é

?SERÁ?

meninos de rua, delírios de ruína

violência nua e crua, verdade clandestina

delírios de ruína, delitos & delícias

a violência travestida faz seu trottoir

em armas de brinquedo, medo de brincar

em anúncios luminosos, lâminas de barbear

um dia super

uma noite super

uma vida superficial

entre as sombras

entre as sobras

da nossa escassez um dia super

uma noite super

uma vida superficial

entre as cobras

entre escombros

da nossa solidez

viver assim é um absurdo, (como outro qualquer)

como tentar o suicídio (ou amar uma mulher)

viver assim é um absurdo (como outro qualquer)

como lutar pelo poder (lutar como puder)

disponível em:

TEMA 17 UFPR

[pic]

A literatura, entre muitas coisas, é também uma maneira de se pensar o mundo. Nos poemas acima, encontramos visões diferentes que mantêm relações intertextuais. Em um texto de até 10 (dez) linhas, interprete, referindo-se a elementos dos dois textos, a Pasárgada de Millôr Fernandes.

TEMA 18

UFPR

Fazendo referência aos resultados da pesquisa apresentada na Questão 2, escreva um parágrafo, de 4 a 6 linhas, queapresente uma conclusão coerente para o texto abaixo. Ao redigir o parágrafo, dê continuidade à frase que o inicia.

Segundo dados da Anistia Internacional, a cada ano três países, em média, têm abolido a pena de morte. E o ritmo parece estar aumentando. Só em 2004 foram cinco os países a tirar a pena capital de seus códigos penais. Entre eles, estão dois europeus: Grécia e Turquia – fato emblemático, que reforça as campanhas internacionais contra a punição.

Essa tendência, na verdade, vem se confirmando desde o final da década de 1980. Nos últimos 15 anos, nada menos que 40 nações deixaram oficialmente de condenar pessoas à execução. Eram 116 em 1990, e hoje são 76. Ou seja, um terço do total de países adeptos da pena de morte desistiu de aplicá-la nesse período de menos de duas décadas, conforme os dados daAnistia.

A China – com mais de 3 mil execuções em 2004 – é uma exceção no contexto político internacional. As puniçõeschinesas, somadas às penas de morte levadas a cabo no Irã, no Vietnã e nos Estados Unidos, representam 97% do total mundial.

(Terra no 158, jun. 2005.)

Se o Brasil viesse a adotar a pena de morte,

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TEMA 19 UFPR

A IRRELEVÂNCIA DA MÍDIA

A indústria da informação, sobretudo a impressa, está numa encruzilhada. Com a circulação estagnada, os jornais lutam para seduzir novos leitores. O público, porém, emite sinais de que considera o conteúdo dos jornais cada vez mais irrelevante. Na época em que o país estava submetido a três poderes efetivos – Exército, Marinha e Aeronáutica – costumava-se atribuir à imprensa importância capital na cruzada da resistência. Ao ecoar as ruas na campanha das Diretas-já, os jornais ajudaram a empurrar a farda de volta para os quartéis.

Restabelecida a democracia, o Collorgate tonificou a musculatura dos meios de comunicação. Teve-se a impressão de que a imprensa exercia, de fato, o quarto poder. Sob FHC, a imprensa tardou a acordar. Só depois de uma fase de namoro se deu conta de que estava diante de um presidente afeito à maleabilidade ética. A caída em si não foi generalizada. Alcançou apenas parte da mídia. Ainda assim, sobrevieram os escândalos da compra de votos da reeleição, as privatizações trançadas “no limite da irresponsabilidade”, as malversações da Sudam e outras cositas. Graças à exposição negativa, FHC é hoje um dos PSDB cuida de escondê-lo na campanha.

Escalando essa aversão, Lula chegou à presidência em 2002. E com ele veio a má notícia para a imprensa: o brasileiro deu as costas para o noticiário, eis a novidade.

Poucos governos mereceram da mídia exposição tão negativa quanto a administração petista. As perversões atribuídas ao PT e a Lula foram alardeadas à saciedade. A despeito disso, o eleitorado atribui ao presidente um volume de intenções de voto que, por ora, humilha os concorrentes.Humilha também a mídia.

Poder-se-ia argumentar que o eleitor pobre de Lula não lê jornal. Bobagem. A crise ética ganhou espaço também nos meios de comunicação eletrônicos. E não há casebre brasileiro que não disponha de um aparelho de rádio ou de televisão. No segundo semestre de 2005, os analistas políticos tiraram do noticiário que produziram as suas próprias confusões. Onze em cada dez comentaristas difundiu a idéia de que a reeleição de Lula estava ameaçada.

Vítima de si mesma, a mídia está na bica de virar, ela própria, notícia. Sua “desimportância” reclama estudos e análises aprofundadas. Seu propalado poder de influência, seu festejado papel de formador de opinião está em xeque. Como que exausto da reiteração dos escândalos, o (e)leitor emite sinais de que já não vê diferença entre os políticos. Considera-os, indistintamente, corruptos. Priorizam os seus interesses pessoais em detrimento de valores coletivos como a ética.

Se os meios de comunicação fossem levados a sério, Lula deveria estar debatendo agora com os tribunais, não com os eleitores. Acomodados num dos pratos da balança, em contraposição aos escândalos, os feitos de seu governo até poderiam conferir-lhe certa competitividade eleitoral. Mas o favoritismo que ostenta, por ora acachapante, é o sinal mais eloqüente de que os meios de comunicação tornaram-se irrelevantes aos olhos da maioria da sociedade.

(Josias de Souza, Folhaonline, acessado em 23 ago. 2006.)

Produza uma resenha, utilizando 10 linhas no máximo.

TEMA 20 UFPR

AS ETERNAS DÚVIDAS DOS ADOLESCENTES

[pic]

– Você fica se perguntando o que vai ser quando crescer?

– Se liga, mano! Não raciocino sobre hipóteses!

(ANGELI, charges..br, acessado em 3 ago. 2006.)

Em um relato de até 15 linhas, apresente sua interpretação da charge, explicitando os elementos verbais e não-verbais que fundamentam as relações que você estabeleceu.

TEMA 21

1. Confira o número do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial de redação, a qual NÃO deverá ser assinada.

2. Leia e observe atentamente as Propostas 1, 2 e 3.

3. Escolha a Proposta que apresenta o tema sobre o qual você se sente mais bem preparado(a) para discorrer.

4. Evite copiar trechos dos textos apresentados.

5. Não escreva em versos, use linguagem clara e utilize a norma culta da língua portuguesa.

6. Não se esqueça de dar um título à sua redação.

7. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial de redação.

8. Redija um texto que tenha no mínimo 25 (vinte e cinco) e no máximo 30 (trinta) linhas.

9. Escreva com letra legível e ocupe todo o espaço das linhas, respeitando os parágrafos.

10. Não serão corrigidas redações escritas a lápis, nem redações na folha de rascunho.

Um terremoto em nossas consciências! É disso que precisamos, e é isso que, em última instância, o terremoto do Haiti e as outras tragédias recentes acabaram por desencadear.

O filósofo cristão C.S. Lewis chama a dor de Megafone de Deus. Segundo ele, “Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento. A dor é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo” [1].

Que triste é constatar que só após um acontecimento hediondo como este os homens puderam dar as mãos. Foi necessário um terremoto de gigantescas proporções para despertar o mundo do seu sono. Contudo, ao menos deram-se as mãos! E enquanto as destras se estenderem em solidariedade e amor ao próximo, restará alguma esperança para a humanidade. Arnaldo Jabor

PROPOSTA I

A partir da leitura da crônica, escreva uma notícia de jornal.

PROPOSTA II

A partir da leitura da crônica acima, escreva uma carta. O remetente deve ser um sobrevivente.

TEMA 22

Produza um texto instrucional, em até 15 linhas, ensine como confeccionar marcadores de livros. Para a efetivação da atividade, serão necessários os seguintes materiais:

Cartolina encarnada

Cartolina de outras cores (branco, preto, azul, castanho, cor-de-rosa…)

Folha com corações

Tesoura (usa-a com cuidado!)

Cola

Uma régua

Lápis e marcadores

Papel autocolante transparente

Fita-cola

Modo de preparar:

TEMA 23

Leia, cuidadosamente, os argumentos e os fatos apresentados na “carta da mamãe”.

Carta da mamãe (adaptado)

Marcelina, minha filha, quantas vezes eu já te falei que eu não quero mais ver casa zoneada, com tudo fora do lugar? Vai tirar aquelas calcinhas de dentro daquele box, senão vou tacar tudo pela janela. Por que você pendura essas calcinhas no banheiro? Aquilo molha e seca a semana toda que eu não sei como é que não te dá uma bicheira naquele lugar!

Outra coisa é seu irmão, que toma Nescau e é incapaz de passar uma agüinha no copo, depois eu quase perco os dedos pra descolar o açúcar do fundo, porque a vaca da Valdéa só chega às 10h. Ô raça de empregada, viu? Ela calcula o horário do movimento da cozinha e só chega depois! Tava só esperando sua tia ligar pra dizer que o almoço das mães não vai ser aqui em casa este ano. Eu já tô velha e tô enjoada dessa confusão. Todo ano sua tia Iesa entra aqui no almoço das mães, dá meia hora, já tá um dando na cara do outro. Acho um desaforo ela vir falar mal de Brizola aqui dentro da minha casa. Vai falar mal de Brizola na casa dela! Iesa com Brizola e Conceição com espiritismo: “Allan Kardec é isso... Allan Kardec é aquilo.” Eu não quero saber o que que Allan Kardec quer!

Seu pai já ligou hoje cedinho pra me infernizar. Perguntou por que Juliano anda malcriado demais, como se a culpa fosse minha! Seu pai devia levar o Juliano com ele mais vezes, porque de 15 em 15 dias é mole. Quero ver criar que nem eu criei. Quando eu falo, eu sou chata, sou cricri.

É comida, é escola, é empregada, que isso vocês não contam! E sua vó ainda vinha dizer pra mim que eu era nervosa, que eu agia por impulso,sem pensar. Ela que tinha um gênio do cão! Fechava uma cara que ninguém chegava perto. Ganhava rios de dinheiro, aposentada do INSS, e eu nunca vi a cor daquele dinheiro.

É por isso que quando eu morrer não quero ninguém no meu enterro. Me inferniza a vida toda, depois vem chorar na boca do caixão. Se chorar, eu levanto só de raiva!

Eu ando muito nervosa e tô cansada de ser maltratada, de ser esquecida. Vocês só vêm falar comigo quando estão precisando. Eu vou começar a cortar tudo agora. Telefone eu já tranquei, não sei se vocês perceberam. Se quiser telefone, vai trabalhar. Trabalhei a vida toda pro Estado, agora eu quero é curtir. São vocês que vão trabalhar pra me bancar. Você já sabe da lei, né? Que filho tem que sustentar pai e mãe! É lei!

Pode ir tratando de estudar e começar a correr atrás. Vai vender limão no sinal, mas vai trabalhar. Não quer estudar? Vai trabalhar!

Enfim, nem sei por que eu tô falando isso. Vocês me deixam doida! Se a sua tia ligar, pode dizer pra ela que este ano o Dia das Mães não vai ser aqui em casa. É isso. Fui na padaria e já volto.

Beijos, mamãe ama vocês.

Paulo Gustavo, ator, está em cartaz no teatro com “Minha mãe é uma peça”. Revista O Globo, 11/05/2008.

Redija uma carta-resposta à que foi apresentada na seção da revista O Globo “Colunista convidado”, sob o ponto de vista do filho Juliano ou da filha Marcelina.

Características do gênero “carta”:

É uma situação comunicativa em que os parceiros não estão face a face, mas mantêm suas identidades psicológicas e sociais.

A carta tem, geralmente, por finalidade dirigir-se a um interlocutor (ou vários, se pensarmos nos leitores do jornal), para:

• expor pontos de vista;

• criticar fatos, argumentos, opiniões;

• agir sobre os interlocutores, em favor de determinada argumentação;

• realizar vários atos de fala, como criticar, solicitar, parabenizar, agradecer, demonstrar desagrado, concordar, discordar, justificar-se etc.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------TEMA 24

PROPOSTA I

O texto a seguir apresenta a opinião de um especialista em políticas públicas de transportes sobre problemas de trânsito. Leia-o, com atenção, e elabore um texto, registrando seu ponto de vista sobre as ideias defendidas pelo autor.

Cidades fazem obras que pioram os problemas de trânsito, afirma especialista

Agência Brasil

Obras como o alargamento de pistas ou a construção de viadutos, estacionamentos e estradas podem dar uma falsa ilusão de que são as melhores soluções para resolver os problemas de trânsito nas cidades. Para o especialista em políticas públicas de transportes e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Artur Morais, essas medidas acabam piorando a situação, já que estimulam ainda mais o uso de carros. O Brasil ainda paga o preço de um pensamento errôneo do século 20, quando políticos ganhavam votos fazendo estradas e viadutos. Houve casos em que até presidentes falavam que governar é fazer estradas. Em vez de calçadas, cidades foram construídas a partir de pistas. Com o tempo, as ruas ficaram entupidas de automóveis e as pessoas passaram a ter a falsa impressão de que o alargamento de pistas, a construção de viadutos e de estacionamentos seria a solução. Segundo ele, essa é uma premissa falsa porque não leva em consideração que tais obras acabam servindo como um convite para as pessoas usarem cada vez mais os carros. Como solução, Morais aponta a adoção de medidas que dificultem a vida de quem anda de carro. Mas enfatiza que essas medidas precisam vir acompanhadas de alternativas, como a melhoria do sistema de transporte público, com corredores exclusivos para os ônibus coletivos. Imagina um motorista parado no trânsito e vendo os ônibus passarem livremente por essas pistas exclusivas. No dia seguinte ele certamente cogitará deixar o carro na garagem e ir de ônibus para o trabalho. Sou da opinião de que carro é para deslocamentos excepcionais ou para o lazer.

(Adaptado de: , acesso em maio/2011)

PROPOSTA II

São apresentadas, a seguir, três manchetes veiculadas em jornais e sites nacionais.

Escolha apenas uma delas para ser o título de seu texto, relatando, com criatividade, como tudo aconteceu.

Ladrão é assaltado enquanto roubava carro em Porto Alegre

(Adaptado de: , acesso em maio/2011)

Bêbado dirige carro sem uma das rodas e não percebe

(Adaptado de: , acesso em maio/2011)

Homem liga para o 190 e pede para ser preso

(Adaptado de: , acesso em maio/2011) 2

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TEMA 26

PROPOSTA

Após a leitura atenta do fragmento abaixo, produza um texto de opinião, dissertativo argumentativo, sobre o fato de os brasileiros buscarem um modelo de retidão e ética – um norte moral – na ficção, por falta de exemplos de conduta na vida real.

O NORTE MORAL DE GRISELDA

"Griselda, ou Pereirão, interpretada com muito talento pela atriz Lilia Cabral, é chefe de família, como ocorre em 36% dos lares brasileiros. Boa parte dos demais personagens pertence ao que se pode chamar de nova classe média brasileira – um grupamento que, desde 2003, graças à estabilidade econômica e aos bem-sucedidos planos sociais, incorporou 30 milhões de pessoas, e, atualmente, compõe mais da metade da população do país.

Fina Estampa se ancora na popularidade de Griselda, cuja retidão e ética inabaláveis dão voz aos brasileiros que, na falta de exemplos de padrão de conduta na vida real, em especial na esfera pública, foram buscar um modelo na ficção.

O sucesso de Griselda é mais uma evidência de que milhões de brasileiros que trabalham, estudam e progridem querem um norte moral, querem um país em que a meritocracia seja a base do êxito pessoal, mesmo quando bafejam os ares da sorte."

Adaptado de: Carta ao leitor. Revista Veja, Ed. 2243, p.12, Nov/2011

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TEMA 27

PROPOSTA 1

LEIA OS FRAGMENTOS ABAIXO. EM AMBOS HA OPINIOES EXPRESSAS SOBRE O STRESS NO

VESTIBULAR.

Coitadinho, tão estressado

[...] o stress não vem com o numero de horas de estudo ou com a dificuldade do assunto ou sua chatice

– mas com a falta de preparação para lidar com isso. Um coreano pode passar 12 horas estudando, todos os dias, sem stress, pois e seu habito. Um brasileiro que estuda 10 minutos por dia fica estressado se tiver de estudar meia hora. [...] Sofrer com o stress não e uma fatalidade. A solução e aprender a lidar com ele [...]. Achar que os alunos estão estressados porque estudam demais e parte do cacoete que explica nossos péssimos resultados nos testes internacionais. [...] Mesmo as vésperas do vestibular, as horas de preparação são poucas, ate no ensino privado. Os números mostram: nossa educação combina uma jornada escolar curta com míseros minutos estudando em casa. E o pior dos mundos. [...] Coitadinho dos nossos alunos, tão estressados! Mas está errado, se ha stress, não e por excesso de dedicação, por horas demais diante dos livros, mas por falta de habito de estudar. Estressado e quem nunca estudou direito e, de repente, ouve dizer que para passar no vestibular e preciso mudar de vida. A solução não deve ser estudar pouco ou buscar um curso fácil, mas aprender a estudar e aprender a lidar produtivamente com o stress.

Fragmentos do artigo de opinião de Claudio de Moura Castro

Revista Veja, 24 de agosto, 2011.

A escola, com todas as suas expectativas e exigências, pode ser também uma grande fonte de estressores. Para Langston e Cantor (1989), deve-se considerar que a transição na vida acadêmica dos estudantes no inicio de seus estudos universitários pode gerar um aumento de responsabilidade, ansiedade e competitividade, o que facilitaria o stress. Alem das mudanças próprias de ensino, os alunos se deparam com as incertezas naturais da escolha profissional. Fisher (1994), em seus estudos com universitários, também verificou a ocorrência de stress na época de transição para a universidade, decorrente da mudança de planos (novas etapas), tarefas acadêmicas, dificuldades financeiras e, sobretudo, sociais que marcam a vida dos universitários. [...]

Sandra Leal Calais; Livia Marcia Batista de Andrade; Marilda Emmanuel Novaes Lipp. Diferenças de sexo escolaridade na manifestação de stress em adultos jovens. Psicol. Reflex. Crit. Vol.16, n.2, Porto Alegre, 2003.

O vestibular e considerado a fase mais difícil encontrada pelos adolescentes, pois sofrem pressões de todos os lados: família, professores, amigos, sociedade… e de si mesmo. Alem disso, esse e um dos ritos de passagem da adolescência para a fase adulta. “Não e o vestibular que provoca ansiedade, mas sim o que ele significa”. Pesquisas apontam que 92% dos jovens enfrentavam problemas de estresse cognitivo (os famosos

“brancos”) e somático (dor de cabeça, dor de estomago, depressão) diante dos estudos para as provas.

“Qualidade de vida e equilíbrio são as palavras de ordem nessa etapa da vida dos jovens. Pense nisso!”

.

Tomando como base as informações e os argumentos apresentados nos fragmentos de textos, escreva um ARTIGO DE OPINIÃO para ser publicado no JORNAL DE SUA ESCOLA e lido também pelos CORRETORES DE REDAÇÃO DO VESTIBULAR, expondo argumentos que sustentem seu posicionamento sobre o tema: STRESS NO VESTIBULAR.

TEMA 28

PROPOSTA 1

PROPOSTA 2

A presidente Dilma Rousseff vetou, em 18/05/2012, a medida provisória que autorizaria a venda de produtos de saúde que dispensam prescrição medica, em supermercados.

Tomando como base os fragmentos dos artigos de opinião abaixo, escreva uma CARTA DO LEITOR, aos editores da Folha de São Paulo, expondo argumentos que sustentem seu posicionamento em relação à temática:

DEVE SER PERMITIDA, OU NÃO, A VENDA DE REMÉDIOS EM SUPERMERCADOS?

Estado-babá e paternalismo de aspirinas

Não ha sólidos argumentos para sustentar essa reserva de mercado das drogarias. Afinal, será que o governo sabe melhor que os indivíduos como cuidar de si próprios? Será que ha algum problema em comprar junto com os alimentos aquele analgésico para aliviar a dor de cabeça?

Nos Estados Unidos, e perfeitamente normal encontrar remédios nos supermercados, assim como alguns alimentos em farmácias. No Brasil, o governo representa um entrave a esse beneficio, punindo justamente o consumidor que supostamente quer proteger. Como o brasileiro pode se sentir um adulto responsável, quando o governo o encara como um mentecapto incapaz de escolher um simples medicamento para problemas do cotidiano? Quem outorgou tal direito aos burocratas de Brasília?

A tutela estatal e o caminho da servidão. O governo existe para nos proteger de terceiros, não de nos mesmos. Só ha liberdade quando podemos assumir riscos.

Adaptado do artigo de opinião de Rodrigo Constantino, Folha de São Paulo, 15/05/2012.

Automedicação e risco, mesmo de aspirinas

Ao pensar sobre a possibilidade de um cidadão comprar remédios em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniências e correlatos, vejo que não ha porque ser favorável.

Claro que seria bom, em tempos de rotina corrida, a família abastecer sua casa com todo tipo de mercadorias em um só lugar. Mas entendo que isso não compensa o risco para a saúde e a vida das pessoas. A preocupação e que a presença do remédio nas prateleiras das lojas, ao alcance das mãos inclusive de crianças, incentive a automedicação, estimule as pessoas a praticarem, sem orientação, por conta própria, o consumo desses produtos.

Os medicamentos, indiscriminadamente, são a segunda maior causa de óbitos causados por intoxicação humana, segundo dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas (SINITOX), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Permitir que estabelecimentos comerciais, alheios ao serviço farmacêutico, vendam medicamentos, sem se submeterem a exigências técnicas, e desconsiderar os avanços, já alcançados, pela regulamentação sanitária brasileira.

Adaptado do artigo de opinião de Humberto Costa, Folha de São Paulo, 15/05/2012.

ATENÇÃO

Sua carta deve ter, no mínimo, 20 linhas escritas.

Assine sua carta com João ou Maria.

TEMA 29

PROPOSTA 1

Texto 1

A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o bem do homem.

Aristóteles. Adaptado.

Texto 2

O termo “idiota” aparece em comentários indignados, cada vez mais frequentes no Brasil, como “política é coisa de idiota”. O que podemos constatar é que acabou se invertendo o conceito original de idiota, pois a palavra idiótes, em grego, significa aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política.

Talvez devêssemos retomar esse conceito de idiota como aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. Sua expressão generalizada é: “Não me meto em política”.

M. S. Cortella e R. J. Ribeiro,

Política – para não ser idiota. Adaptado.

Texto 3

FILHOS DA ÉPOCA

Somos filhos da época

e a época é política.

Todas as tuas, nossas, vossas coisas

diurnas e noturnas,

são coisas políticas.

Querendo ou não querendo,

teus genes têm um passado político,

tua pele, um matiz político,

teus olhos, um aspecto político.

O que você diz tem ressonância,

o que silencia tem um eco

de um jeito ou de outro, político.

(...)

Wislawa Szymborska, Poemas.

Texto 4

As instituições políticas vigentes (por exemplo, partidos políticos, parlamentos, governos) vivem hoje um processo de abandono ou diminuição do seu papel de criadoras de agenda de questões e opções relevantes e, também, do seu papel de propositoras de doutrinas. O que não significa que se amplia a liberdade de opção individual. Significa apenas que essas funções estão sendo decididamente transferidas das instituições políticas (isto é, eleitas e, em princípio, controladas) para forças essencialmente não políticas _ primordialmente as do mercado financeiro e do consumo. A agenda de opções mais importantes dificilmente pode ser construída politicamente nas atuais condições. Assim esvaziada, a política perde interesse.

Zygmunt Bauman. Em busca da política. Adaptado.

Texto 5

[pic]

Os textos aqui reproduzidos falam de política, seja para enfatizar sua necessidade, seja para indicar suas limitações e impasses no mundo atual. Reflita sobre esses textos e redija uma dissertação em prosa, na qual você discuta as ideias neles apresentadas, argumentando de modo a deixar claro o seu ponto de vista sobre o tema Participação política: indispensável ou superada?

Instruções:

_ A redação deve obedecer à norma padrão da língua portuguesa.

_ Escreva, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas, com letra legível.

_ Dê um título a sua redação.Leia os textos:

TEMA 30

Texto I

A cidade como ambiente construído, como necessidade histórica, é resultado da imaginação e do trabalho coletivo do homem que desafia a natureza. Além de continente das experiências humanas, com as quais está em permanente tensão, “a cidade é também um registro, uma escrita, materialização de sua própria história”*. O seu livro de registro preenche-se do que ela produz e contém: documentos, ordens, inventários, mapas, diagramas, plantas baixas, fotos, caricaturas, crônicas, literatura... que fixam a sua memória.

* ROLNIK, 1988, p.9

GOMES, Renato Cordeiro. Todas as cidades, a cidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p.23.

Texto II

De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.

CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p.44.

Texto III

A CIDADE COMO LOGOMARCA

Embalada pelos projetos bilionários da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro reinventa sua imagem à feição dos sonhos de espectadores, consumidores, turistas. No competitivo mercado global de metrópoles, a cidade anuncia suas vantagens e mascara contradições. (...)

OS PONTOS CEGOS DA IDEALIZAÇÃO

Antigos conflitos em jogo na construção de um novo imaginário sobre o Rio Os projetos bilionários vinculados ao par Copa-Jogos Olímpicos, amplamente divulgados, reconstroem nesta cidade acostumada à crise o imaginário de um futuro melhor. (...)

– Se queremos discutir um novo imaginário sobre o Rio, primeiro temos que nos perguntar quem tem se apropriado do direito de imaginar a cidade – diz o sociólogo Marcelo Burgos, professor da PUC-Rio. – As populações de favelas, bairros populares, loteamentos não têm participado desse debate. O volume de investimentos mobilizados exigiria uma discussão mais ampla.

O Globo, Prosa & Verso, 06 ago 2011, p.1-2.

Texto IV

Viver em comunidade é realidade no interior de São Paulo

TATIANA ACHCAR

Porangaba (169 km a oeste de São Paulo) possui um grupo especial de habitantes: 18 adultos e uma criança vivem em uma comunidade autossustentável batizada de Parque Ecológico Visão Futuro, que ocupa uma área de 70 hectares. Eles fazem as refeições juntos, compartilham as salas de meditação e de TV, moram em casas comunitárias e trabalham na própria comunidade.

O Visão Futuro é uma ecovila, cujo formato é uma herança das comunidades alternativas dos anos 60. O conceito, porém, é diferente daqueles usados pelos hippies*.

“As ecovilas respondem mais ao que as pessoas de hoje querem e precisam, pois inovam constantemente em tecnologia e em forma de governança”, diz a socióloga paulistana May East, que mora há 11 anos em Findhorn, no Reino Unido, a primeira ecovila do mundo. East é consultora da GEN (Global Ecovillages Network ou Rede Global de Ecovilas) e representa o movimento na ONU. “Para as Nações Unidas, as ecovilas são a revolução do habitat”, diz ela.

“A autossustentabilidade vai ao encontro das necessidades do presente sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras.” De acordo com dados da GEN, há cerca de 15 mil ecovilas espalhadas pelo mundo, somando perto de 1 milhão de moradores. No Brasil, existem cerca de 30 comunidades, assessoradas pela Rede de Ecovilas das Américas, que dá suporte e integra as comunidades do continente. Cada ecovila reúne até 2.000 pessoas dispostas a criar estratégias para viver melhor, baseando-se em valores como o respeito à natureza, a importância das relações interpessoais e a diversidade.

*O movimento hippie caracterizava-se por reunir jovens que contestavam a ordem social vigente em comunidades que, sob o lema “Paz e amor”, buscavam modos alternativos de vida, marcados pela comunhão com a natureza, o antimilitarismo e a liberdade de comportamento.

Disponível em: Acessado em 05 ago 2011.

Redação

Cidades em que vivemos, cidades com que sonhamos: como misturar os dados concretos da vida cotidiana com os sonhos dos habitantes de uma cidade?

Os textos apresentados procuram responder a essa questão. A partir deles e de sua vivência da cidade, constituída não só de sua experiência de cidadão, mas também de leituras, conhecimentos, sonhos e imaginação, escreva um texto dissertativo sobre o tema:

CIDADES: COMO HABITÁ-LAS

Desenvolva argumentação consistente e busque coerência na organização e articulação entre as partes, deixando clara a progressão das ideias. Se considerar adequado, sirva-se de exemplos e casos concretos, mas não deixe de lado a argumentação em torno da proposta do tema, inspirada nos textos apresentados. Use adequadamente os recursos de seleção vocabular e confira ao texto estruturação sintático-semântica bem articulada pelos recursos coesivos.

INSTRUÇÕES

O texto será escrito em prosa, na modalidade culta da língua portuguesa, e terá entre 20 e 25 linhas. Desenvolva argumentação consistente e busque coerência na organização e articulação entre as partes, deixando clara a progressão das ideias. Se considerar adequado, sirva-se de exemplos e casos concretos, mas não deixe de lado a argumentação em torno da proposta do tema, inspirada nos textos apresentados. Use adequadamente os recursos de seleção vocabular e confira ao texto estruturação sintático-semântica bem articulada pelos recursos coesivos.

Notícia x Reportagem

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Os gêneros jornalísticos são classificados de acordo com características únicas que os distingam dos outros. Acontece que determinados gêneros, quando comparados, possuem diferenças tão pequenas que acabam sendo confundidos e, é exatamente isso que acontece com a notícia e a reportagem.

Começando com a notícia, que usufrui de imparcialidade, fatos verdadeiros e isentos (tanto quanto a reportagem) e deve publicar informações sem distorções porque nomes e datas veiculados podem ser comprovados pelo público até mesmo comparando com outros jornais que tragam mais ou menos a mesma informação. A notícia é produzida segundo técnicas especificas, como à apuração e seleção dos fatos, escolha do vocabulário, ordenação de informações… De forma simplista, define-se notícia como o anúncio da novidade.

Para Nilson Lage – jornalista e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina desde 1992, doutor em linguística e mestre em comunicação e bacharel em letras -, o que diferencia a notícia dos outros formatos de texto é a forma em que ela é redigida. Notícia, segundo ele, é o fato redigido a partir do dado mais importante ou capaz de gerar maior interesse, seguindo-se as demais informações em ordem decrescente de importância. A notícia deve apresentar ao leitor um relato objetivo e distante dos fatos, isento de avaliações pessoais ou julgamentos tanto explícitos quanto implícitos.

Agora a reportagem – onde se contam e narram as peripécias da atualidade –, um gênero jornalístico privilegiado, é criada a partir de um fato programado, tem maior liberdade no vocabulário, trata de assuntos que não precisam ser novos. Seu objetivo é contar uma história verdadeira, expor uma situação ou interpretar fatos. Preocupa-se em ser atual e mais abrangente, oferecendo maior detalhamento e contextualização àquilo que já foi anunciado.

Diferente da notícia que é imediatista e tem como fator determinante o tempo dependente sempre de um fato novo, a reportagem é produzida a qualquer momento oportuno. Eis aqui um dos principais elementos de distinção entre notícia e reportagem: a questão da atualidade. Outra diferença é quanto à motivação do veículo ao produzir cada gênero. A notícia tem que ser publicada, se não for, implicará na perda de credibilidade do jornal, enquanto a decisão de produzir ou não uma reportagem depende da avaliação dos profissionais de determinado veículo à respeito da pertinência do assunto, levando em conta, inclusive, o relacionamento com o anunciante.

Para nós estudantes, as aulas técnicas da sala de aula facilitam na identificação de diferenças no lead e nas técnicas de utilização da pirâmide invertida, que estão ausentes na reportagem onde o primeiro parágrafo do texto é descritivo ou parte de um aspecto secundário como “gancho” para o assunto principal, características que não são totalmente opostas do gênero notícia.

Ainda tem dúvidas? Confira o exemplo publicado no texto Notícia e Reportagem: Sutis Diferenças de Felipe Franceschini.

No caso da notícia, essas técnicas são identificadas sem dificuldade, como demonstra o texto de O Globo:

PF caça guerrilheiro colombiano em favela

Na primeira ação conjunta entre as forças de segurança dos

governos federal e estadual, 40 agentes da Polícia Federal, com

o auxílio de homens da Coordenadoria de Recursos Especiais

(Core) e de dois helicópteros da Coordenadoria Geral de Operações

Aéreas (Cegoa) da Polícia Civil, ocuparam ontem o

Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, em Inhaúma.

O objetivo era tentar localizar um integrante das Forças Armadas

Revolucionárias da Colômbia (Farc), que estaria escondido

na região, treinando traficantes para o emprego de táticas

de guerrilha. Houve uma rápida troca de tiros com os bandidos

e um agende da Core foi baleado em um dos pés. No

fim da operação, o homem não foi localizado. (…)

(A matéria segue com mais sete parágrafos.)

O lead esclarece, em ordem de importância, que se trata da ocupação de um morro, quem são as pessoas envolvidas – caçadores e caça –, as circunstâncias de tempo e lugar, o modo como se deu a ocupação e o motivo pelo qual o homem era procurado. As informações que constam do lead são as mais importantes e serão detalhadas ao longo do texto.

Já no texto seguinte, do Jornal do Brasil, o primeiro parágrafo também responde às seis perguntas essenciais, mas, como estratégia, elege um personagem de importância secundária no texto, para a partir desse personagem chegar ao assunto principal:

UBERLÂNDIA – Adnan Jobran usa roupas brancas para presenciar

o abate de frangos na processadora de alimentos Sadia,

garantindo que eles morram de acordo com as diretrizes

aceitas pelos muçulmanos, com os pescoços cortados em um

movimento de meia-lua. Na unidade próxima de Uberlândia,

a 550 km de São Paulo, cerca de 10% dos 140 mil frangos e 10

mil perus produzidos diariamente são mortos segundo os rituais

islâmicos e enviados a países como Arábia Saudita e Dubai, afirmou Jobran, que possui um exemplar do Alcorão sobre a mesa e decora o escritório com cartazes de santuários

muçulmanos. (…)

Caso desconheça que a segunda matéria não é uma notícia, e sim uma reportagem, ficará à procura da pirâmide invertida, perguntará a si mesmo se a presença de um livro sobre a mesa e a decoração de um escritório são dados importantes ao ponto de constarem do lead. Ou sentirá a incômoda sensação de que existe um descompasso entre as técnicas apresentadas no curso e aquilo que sai publicado nas páginas

Programa de prova da UEM – 2012

A prova de Redação exige do candidato a produção de dois a quatro textos em determinados gêneros textuais. A lista dos gêneros textuais é divulgada com antecedência e, periodicamente, sofre mudança, mantendo parte dos gêneros textuais solicitados. A prova de redação é o principal instrumento de avaliação da capacidade de pensar, compreender e de expressar-se por escrito sobre um determinado assunto, além de avaliar o  domínio e o conhecimento dos mecanismos da língua culta.

A seguir, apresentamos a lista dos gêneros textuais que poderão ser solicitados para a produção da redação neste vestibular.

1. Artigo de opinião.

2. Carta de reclamação.

3. Carta do leitor

4. Notícia.

5. Relato.

6. Reportagem.

7. Resposta argumentativa.

8. Resposta interpretativa.

9. Resumo.

10. Texto instrucional.

GÊNERO TEXTUAL E TIPOLOGIA TEXTUAL: COLOCAÇÕES SOB DOIS ENFOQUES TEÓRICOS

Sílvio Ribeiro da Silva

A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu entender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na leitura, compreensão e produção de textos [1]. O que pretendemos neste pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Textual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.

Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.

Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero Textual [2] . Marcuschi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças específicas.

Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa. De acordo com as idéias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários.

Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual.

O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. Ele apresenta uma carta pessoal [3] como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argumentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero de heterogeneidade tipológica.

Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descrição, a injunção e a predição [4] . Travaglia afirma que um texto se define como de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocução que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.

Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextualidade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamente híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro.

Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis, na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração.

Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:

a)       intertextualidade intergêneros    =          um gênero com a função de outro

b)       heterogeneidade tipológica        =          um gênero com a presença de vários tipos

Travaglia mostra o seguinte:

a) conjugação tipológica      =          um texto apresenta vários tipos

b) intercâmbio de tipos        =          um tipo usado no lugar de outro

Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gêneros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes [5] . Ele diz, ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele produto.

Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).

Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.

Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apresentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu [6] e não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no tipo dissertação.

Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo.

Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa “qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?

Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.

Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso, comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa função de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de votar que pode ter sido feita a um candidato.

Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colocarei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos rígida, como o bilhete.

Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi [7] é a de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos formais de estrutura e de superfície lingüística e/ou aspectos de conteúdo. Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a correspondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantástico, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espécie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes.

Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Marcuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domínio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discurso jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística, jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários deles.

Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Marcuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipologias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseridos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional (discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita, de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, lingüístico, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discurso autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia do discurso.

Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando falam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcuschi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade produtora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma exterioridade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como

uma unidade lingüística concreta que é tomada pelos usuários da língua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).

Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcuschi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais operacional do que formal.

Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos. Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos (Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os elementos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza.

Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a idéia básica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.

O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem merece maiores discussões.

Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem Schneuwly & Dolz (2004).

Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja considerada a idéia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores, porém dois são mais pertinentes:

a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composição de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível. Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao aluno o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa. Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produzir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de trabalhar com os outros tipos?);

b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida.

 

Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gênero Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessariamente uma ou mais seqüências tipológicas e que todos os tipos inserem-se em algum gênero textual.

Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação, ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste fundamentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras modalidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade) (Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.

O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entrevista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permitem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literários ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.

Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o exercício da interação humana, da participação social dentro de uma sociedade letrada.

 Definições sobre alguns gêneros:

1- Artigo de opinião

“É comum encontrarmos circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião.”

* Permite o uso da primeira pessoa do singular e das vivências e experiências lingüísticas, literárias e filosóficas do articulista;

* Possibilita o uso de emoções e sensações do autor para atingir as sensações e emoções do leitor;

* Costuma conter descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas;

* Exige título.

2- Carta do leitor

* É um instrumento de divulgação de conceitos, ideias e concepções do leitor sobre determinados assuntos;

* É um gênero textual, em que o autor da carta expressa opiniões (favoráveis ou não) a respeito de assuntos publicados em revistas, jornais, ou sobre o tratamento dado a esses assuntos;

* Apresenta formato semelhante ao da carta pessoal, apresentando data, vocativo, corpo do texto, expressão cordial de despedida, assinatura);

* É escrito em linguagem mais pessoal (empregando pronomes e verbos em 1ª pessoa) ou mais impessoal (empregando pronomes e verbos na 3ª pessoa) ou ainda a possibilidade de utilizar os dois tipos de linguagem ao mesmo tempo;

*Contém menor ou maior impessoalidade, de acordo com a intenção do autor (protestar, brincar ou impressionar os leitores, por exemplo).

3- Carta de reclamação

- indicação do objeto alvo de reclamação (ex: “os buracos existentes nas ruas”; “atraso na entrega do imóvel”);

- indicação das causas do objeto alvo da reclamação (Provável causa para o desgaste do calçamento - “(ele) suporta diariamente o peso dos ônibus e carros”);

-justificativa para convencimento de que o objeto pode ser (merece ser) alvo de reclamação;

-indicação de vozes que não consideram que o objeto pode ser alvo de reclamação;

-resposta ao contra-argumento relativo à pertinência da reclamação (Mala que sofreu avarias - “Os objetos que sofreram estragos são relativamente fáceis de serem substituídos” – “Porém o fato que desapontou foi a maneira relapsa com que o diretor foi tratado quando reclamou verbalmente no balcão de informações da companhia”);

-indicação de sugestões de providências a serem tomadas (“Reparar ou substituir o frigorífico no prazo de 10 dias”);

-justificativa para convencimento de que a sugestão é adequada;

-levantamento de vozes que não consideram que as sugestões são boas;

-resposta ao contra-argumento quanto à pertinência da sugestão de providências (Ex:sugestão dada na carta - “Devolver o pagamento da roupa”; contra-argumentação: “A Empresa está em fase de recuperação do software de gestão financeira”; Refutação:“Mesmo com dificuldades, a empresa tem o dever de cumprir com as obrigações legais”);

-saudação (“Esperamos, sinceramente, que nossas reclamações sejam ouvidas com mais atenção desta vez” e “Esperando que esse órgão cumpra com seu papel...”); outras, com agradecimentos à atenção dada (“Desejo, na oportunidade, mostrar minha satisfação com a gentileza e seriedade com que meus apelos e reclamações são recebidos”) e aquelas em que o escritor apenas cumprimentava o destinatário (“Com os melhores cumprimentos”).

-apresenta formato semelhante ao da carta pessoal, apresentando data, vocativo, corpo do texto, expressão cordial de despedida, assinatura - só a inicial do sobrenome);

-apresenta formato semelhante ao da carta pessoal, apresentando data, vocativo, corpo do texto, expressão cordial de despedida, assinatura - só a inicial do sobrenome);

Modelos

1 - Indica e argumenta a respeito do objeto da reclamação;

2 - Indica e argumenta a respeito do objeto da reclamação, indica sugestões;

3 - Indica e argumenta sobre o objeto de reclamação, indica e argumenta sobre as sugestões.

4-Relato

-exposição escrita ou oral sobre um acontecimento;

-tipo de narrativa em que alguém conta um episódio importante de sua vida;

-apresenta os elementos essenciais do texto narrativo (personagens, fatos, tempo e espaço);

-tem como narrador o protagonista, isto é, a personagem mais importante da história.

-convém colocar título (Relato de .......).

5 e 6-Reportagem e notícia

-a reportagem é sempre um gênero informativo acrescido de interpretação e opinião;

-embora ela geralmente se inicie como a notícia - com um lead (o lead é o primeiro parágrafo da notícia; nele o leitor deverá encontrar resposta a seis questões fundamentais: O Quê, Quem, Quando, Onde, Por quê e Como; sendo que as duas últimas questões – Por quê e Como – podem as mais das vezes omitir-se do lead, guardando-se para o parágrafo subseqüente) -, a reportagem amplia o fato principal, acrescentando opiniões e diferentes versões.

-a reportagem não tem uma estrutura rígida. De modo geral, depois do lead, desenvolve-se a narrativa do fato principal, ampliando-a e compondo-a por meio de entrevistas, depoimentos, boxes com estatísticas, pequenos resumos, textos de opinião.

-como todo texto jornalístico, a reportagem é sempre encabeçada por um título, que anuncia o fato em si, podendo ou não apresentar subtítulo ou título auxiliar, que explana o título.

-na reportagem, emprega-se uma linguagem clara, dinâmica e objetiva, de acordo com o padrão culto da língua. Embora a linguagem seja impessoal, quase sempre é possível perceber a opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação. Às vezes, o jornal ou a revista emprega uma linguagem mais informal, dependendo do público a que se destina.

Características da reportagem

1. informa de modo mais aprofundado sobre fatos que interessam ao público a que se destina o jornal ou revista, acrescentando opiniões e diferentes versões, de preferência comprovadas;

2. costuma estabelecer conexões entre o fato central, normalmente enunciado no lead, e fatos paralelos, por meio de citações, trechos de entrevistas, boxes informativos, dados estatísticos, fotografias, etc.;

3. pode ter um caráter opinativo, questionando as causas e os efeitos dos fatos, interpretando-os, orientando os leitores;

4. predomínio da função referencial da linguagem;

5. linguagem impessoal, objetiva, direta, de acordo com o padrão culto da língua.

Diferenças entre reportagem e notícia

Enquanto a notícia nos diz no mesmo dia ou no seguinte se o acontecimento entrou para a história, a reportagem nos mostra como é que isso se deu. Tomada como método de registro, a notícia se esgota no anúncio; a reportagem, porém, só se esgota no desdobramento, na pormenorização, no amplo relato dos fatos.

O salto da notícia para a reportagem se dá no momento em que é preciso ir além da notificação - em que a notícia deixa de ser sinônimo de nota - e se situa no detalhamento, no questionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, adquirindo uma nova dimensão narrativa e ética. Porque com essa ampliação de âmbito a reportagem atribui à notícia um conteúdo que privilegia a versão. Se a nota é geralmente a história de uma só versão, a reportagem é por dever e método a soma das diferentes versões de um mesmo acontecimento. ()

-Segundo Clovis Rossi "reportagem é uma coisa paradoxal, por se tratar, ao mesmo tempo, da mais fácil e da mais difícil maneira de viver a vida. Fácil porque, no fundo, reportagem é apenas a técnica de contar boas histórias. Todos sabem contar histórias. Se bem alfabetizado, pode-se até contá-las em português correto e pronto: está-se fazendo uma reportagem, até sem o saber. Difícil porque o repórter persegue esse ser chamado verdade, quase sempre inatingível ou inexistente ou tão repleto de rostos diferentes que se corre permanentemente o risco de não conseguir captá-los todos e passá-los todos para o leitor".

Rossi cita um exemplo prático para ilustrar sua abordagem: suponha que você está numa ponte sobre uma rodovia qualquer. De repente, um carro passa para a pista contrária e bate de frente num caminhão. Morre o motorista do carro. Qual é a verdade? O motorista atravessou a pista e, logo, foi o culpado. Mas a função do repórter é ir atrás das causas, e estas não ficam visíveis nem mesmo no exemplo simples usado. O motorista pode ter perdido a direção porque dormiu, porque estava bêbado, porque sofreu um colapso e morreu no ato, porque quebrou a barra de direção. Ou seja, mesmo que você seja testemunha ocular de um fato, nem por isso fica seguro de que sabe tudo a respeito dele. Ora, jornalistas quase nunca são testemunhas oculares de fatos menos corriqueiros. Em geral, eles se passam nas sombras dos gabinetes, no escurinho dos palácios, nos fundos dos morros e favelas e assim por diante. Logo, resgatar a 'melhor versão possível da verdade' - como definiu em uma palestra em São Paulo o repórter do "Washington Post", Carl Bernstein, que, com Bob Woodward, desvendou o caso Watergate - é uma tarefa ingrata. Para executá-la, sejamos francos, exige-se muito mais transpiração que inspiração. Mais esforço físico que intelectual. Exige que se gaste a ponta do dedo telefonando para todas as pessoas que possam dar ao menos um fragmento de informação. Exige que se gaste a bunda nos sofás das ante-salas de autoridades ou 'ôtoridades', na espera de que elas atendam o repórter e lhes dêem mais um pedacinho da informação. Exige que se gastem as pernas e as solas dos sapatos andando atrás de passeatas, comícios ou fugindo da polícia. Exige, ainda, gastar a vista lendo livros, revistas, jornais, documentos, relatórios, certidões, o diabo, atrás de detalhes ou confirmações ou, no mínimo, como ponto de partida para se iniciar um trabalho com um mínimo de informações prévias. Gasta-se a vista também no simples exercício de olhar com olhos de ver. Tem muita gente que olha e não vê detalhes que acabam compondo pedaços por vezes vitais de uma reportagem.

7 e 8 - Resposta de questão interpretativa/argumentativa

- os gêneros têm como foco central responder uma pergunta marcada ou não marcada.

Na resposta argumentativa, o candidato deve trazer argumentos extratextuais. Já na resposta interpretativa pode ser exigido o uso de comprovações, ou apenas uma interpretação do texto + o acréscimo de argumentação - como no vestibular de 2010..

9- Resumo

-resumir é identificar as ideias centrais e secundárias de um texto; é apresentar uma síntese (um “enxugamento”) do texto que corresponda à compreensão do que foi lido

-no resumo: interessa apenas o que está no texto lido; é proibido fazer comentários pessoais; não se copia sentenças avulsas do texto original.

-para resumir, deve-se ler o texto, extrair as informações e os argumentos básicos apresentados e os apresentar com suas próprias palavras, limitando-se às informações essenciais;

-deve-se apresentar o nome do autor do texto original (Segundo "fulano de tal".... "Fulano de tal" acredita.... "Fulano de tal" finaliza....). Em algumas situações.;;;;;;;;

10- Texto instrucional

-os textos instrucionais são aqueles cuja função é instruir, ensinar, mostrar como algo deve ser feito.

-eles descrevem etapas que devem ser seguidas. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião.

-existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções de jogos etc.

-referindo-nos especialmente às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato e concertar um objeto, entre outros, distinguimos duas partes, uma, contém listas de elementos a serem utilizados, a outra, desenvolve as instruções.

-as instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a farinha com o açúcar).

-o estudo de textos normativos também pode ser associado ao estudo de sinalizações normalmente utilizadas com a mesma função, por exemplo, os sinais de trânsito e outras placas indicativas como: “proibido fumar”, “reservado a deficientes físicos”, etc.

-todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função apelativa da linguagem, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida.

-em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucionais, que nos ajudam a usar corretamente um processador de alimentos ou um computador; a fazer uma comida saborosa ou a seguir uma dieta para emagrecer.

-é necessário atribuir um título como por ex. "Bolo de cenoura".

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