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RESENHA Esta resenha tem como objetivo discutir o debate sobre a crise econ?mica contempor?nea, ocorrido no dia 21 de julho de 2020 através da plataforma google meet. O debate foi conduzido pelos professores Gil Bracarense e Ligia Silva da Universidade Federal Fluminense e teve como tema principal a crise econ?mica gerada pelo novo coronavírus. Em todo mundo a pandemia da covid-19 provocou uma crise sanitária e econ?mica que for?ou a todos a terem que rever suas políticas públicas e atuarem a fim de minimizar os impactos provocados à popula??o. No Brasil n?o foi diferente, desde mar?o, quando a pandemia foi decretada, diversas medidas de distanciamento social foram tomadas, tais como, fechamento de escolas, comércio n?o essencial, shoppings, parques, entre outros, com o objetivo de reduzir o contágio da doen?a. Contudo, essas medidas agravaram ainda mais à crise econ?mica vivida pelo país. ? de conhecimento que o Brasil vinha enfrentando uma crise econ?mica desde de 2015, com baixo crescimento econ?mico e taxas elevadas de desemprego. Para combater tal situa??o o atual governo vinha utilizando políticas de cunho neoliberais, através, principalmente, dos cortes de gastos públicos, preconizou a ideia de estado mínimo. Porém, a pandemia da covid -19 fez retomar o antigo debate dos economistas, no que tange a import?ncia da atua??o do governo na economia, a fim de promover o bem-estar social. Esse debate é protagonizado, especialmente, pelos economistas neoclássicos e pelos keynesianos. Os neoclássicos tem como pressuposto a economia de livre mercado, onde as a??es do estado só devem ocorrer para corrigir as falhas de mercado. Os neoliberais seguem essa teoria para sustentar a ideia de estado mínimo, e n?o interven??o do governo na economia. Já a teoria keynesiana, tem como principal autor o economista Jonh Maynard Keynes, que se op?s à ortodoxia liberal, mostrando os limites das reflex?es neoclássicas, sobretudo na quest?o do subemprego. (DROUIN, 2008)Keynes foi o precursor da teoria macroeconomia, tal como é hoje, de acordo com Brue (2005), as principais características da teoria keynesiana s?o: ênfase macroecon?mica, orienta??o pela demanda, e instabilidade na economia. Keynes e seus seguidores estavam preocupados com os determinantes das quantias totais ou agregadas de consumo, poupan?a, renda, produ??o, e emprego, diferente da economia neoclássica que voltava sua aten??o para as decis?es individuais. Ademais, Keynes refor?ou a import?ncia da demanda efetiva como determinante da renda nacional, do produto e do emprego. Outra grande contribui??o de Keynes para a economia era a import?ncia do papel do governo para promover aumento no nível de emprego e estabilidade econ?mica. Diferente dos neoclássicos, Keynes prop?s que o governo deveria agir para estabilizar a economia em um nível de emprego e renda nacional. Com isso, o governo deveria estimular o investimento privado, que consequentemente geraria empregos, o que estimularia o consumo e por conseguinte aumentaria a demanda agregada e o produto. Assim, diante de uma crise mundial provoca por um vírus desconhecido, n?o foi mais possível manter a lógica de um modelo econ?mico neoliberal, baseado na austeridade fiscal. Foi necessário a interven??o do estado para promover assistência à saúde da popula??o e disponibilizar recursos financeiro para que a popula??o pudesse manter o consumo mínimo para a subsistência, já que foi necessário paralisar diversas atividades econ?micas. Essas mudan?as foram observadas em todo mundo, inclusive no Brasil. No que se refere ao Brasil, a crise econ?mica provocada pelo novo coronavírus causou impacto nas principais variáveis macroecon?micas: aumento do desemprego, queda do Produto Interno Bruto (PIB), queda da demanda agregada, e agravamento das desigualdades sociais.De acordo com a O primeiro semestre teve 1,2 milh?o de postos de trabalho eliminados. A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, atingindo 12,7 milh?es de pessoas, com um fechamento de 7,8 milh?es de postos de trabalho em rela??o ao trimestre anterior.O PIB, que corresponde a soma de todos bens finais produzidos no país, o qual já vinha nos últimos anos com baixo crescimento, em 2019 o crescimento foi de 0,9%, tem proje??es negativas para o ano de 2020 de -5,77%, segundo o Valor Econ?mico. Essa proje??o confirma o aumento da taxa de desemprego verificado no parágrafo anterior, e a redu??o do consumo e da demanda agregada nesse período. Quanto ao mercado monetário, a taxa de juros básica, a SELIC, encontra-se nos mais baixos patamares da história da economia brasileira, com valor de 2,25% ao ano. O governo vem atuando com uma política monetária expansionista, com o objetivo de estimular de aumentar a oferta de moeda e estimular o consumo. Outro indicador que mostra a desacelera??o da economia é a queda constante do ?ndice de Pre?o ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado para medir a infla??o no Brasil, atualmente a infla??o se encontra em 2,13%, o que para a popula??o pode indicar um bom sinal, porém baixos índices de infla??o, ou uma defla??o, reflete a desacelera??o da economia. No que tange o mercado cambial, desde o come?o da pandemia o dólar se encontra acima de 5 reais. A taxa c?mbio elevada pode favorecer as exporta??es, mas também prejudica o consumidor brasileiro, pois encarece bens de valor agregado, como computadores, celulares, e até mesmo equipamentos de saúde, necessários ao combate da covi-19, já que somos um país que produz muito pouca tecnologia. Percebe-se que o país se depara com um péssimo panorama macroecon?mica sendo que ainda nem superamos a pandemia, o número de mortos e infectados continua crescendo. ? importante salientar que os números negativos das variáveis macroecon?micas refletem em aprofundamento das desigualdades sociais. O Brasil já é um país de grandes desigualdades sociais, e a crise provocada pelo novo coronavírus tem aprofundado essas desigualdade, pois temos acompanhado nos jornais como o vírus tem se propagado mais nas regi?es periféricas, e a maior parte dos desempregados s?o daqueles que possuem até o ensino médio completo. Ademais, o acesso à educa??o nesse período é outro fator que provocará o aprofundamento das desigualdades. De acordo com o economista Naércio Menezes Filho, este ano, será o ano de salto de desigualdade de longo prazo, pois teremos uma parte da popula??o que manteve o acesso à educa??o através de aulas online, que tem acesso às tecnologias, como internet e computador, e por outro lado temos uma grande parte da popula??o que está sem aulas, por falta de acesso a internet e recursos tecnológicos. Além desse contexto caótico para a popula??o, a necessidade de alocar recursos para área da saúde, fez com que setores n?o essenciais perdessem recursos, o que agravou ainda mais as condi??es de sobrevivência de muitas empresas. O que estamos vendo s?o o fechamento de muitas empresas, principalmente do setor de turismo, entretenimento, educa??o, entre outros. Apesar da demora da a??o do estado brasileiro em socorrer a popula??o com auxílios financeiros, foi aprovado o auxílio emergencial, que embora tendo dificuldades de alcan?ar todos que precisam, tem sido de grande import?ncia para n?o aprofundar ainda mais a pobreza no país. No que se refere à ajuda a sobrevivência das empresas, houve uma demora ainda maior para aprova??o do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), e poucos recursos foram destinados. O governo ainda realizou a??es para evitar demiss?es, permitindo redu??o da carga horária de trabalho e redu??o de salários, bem como suspens?o dos contratos de trabalho. Para além das medidas de socorro emergenciais, é necessário um empenho do governo em elaborar a??es de políticas para pós pandemia. Será necessário um grande estímulo para produ??o de empregos, investimentos na iniciativa privada e pública, para que haja um aquecimento da demanda agregada e consequente crescimento do PIB. Percebe-se, portanto, que a defesa por um governo neoliberal n?o se sustenta por um longo período, principalmente, em momentos de crise, que é necessário a a??o do estado para minimizar os impactos. REFER?NCIASBANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponível em: . Acesso em 30/07/2020.BRUE, Stanley L. História do Pensamento Econ?mico. Editora Thompson, S?o Paulo, 2005. DROUIN, Jean-Claude. Os Grandes Economistas. Editora Martins Fontes, S?o Paulo, 2008. Gerbelli, Luiz Guilherme; MARTINS, Raphael. Dados mostram emprego melhor que o esperado, mas economistas veem riscos com fim de programas de auxílio. . S?o Paulo, 28 de julho de 2020. Disponível em: . Acesso em 28/07/2020Valor. S?o Paulo, 27 de julho de 2020. Mercado Diminui Proje??o para tombo do PIB do Brasil em 2020. Valor Econ?mico. Disponível em: . Acesso em 30/07/2020ROSAS, Rafael. S?o Paulo 29 de julho de 2020. Pandemia agravou desigualdade de oportunidade no Brasil, diz Naercio Menezes Filho. Valor Econ?mico. Disponível em:. Acesso em 30/07/2020 ................
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