Área de dispersão dos criadores ALENTEJANA

ALENTEJANA

?rea de dispers?o dos criadores

No ano de 2019, constam do livro geneal?gico de adultos: 524 machos e 4501 f?meas em linha pura em 352 criadores.

Hist?ria e Evolu??o

O Porco de Ra?a Alentejana ?, na pecu?ria extensiva, o melhor exemplo do animal perfeitamente adaptado ao ecossistema Montado e ao habitat que este lhe proporciona. Re?ne todas as condi??es de explora??o dos recursos naturais do Montado tirando, por um lado, partido e maximiza??o dos seus resultados e rendimentos e, por outro, conseguindo resistir ?s condi??es adversas da natureza, utilizando a gordura acumulada durante a montanheira ao longo do ano.

O Porco Alentejano tem um grande potencial de transformar bolota em carne podendo, assim, ser encarado como um animal que no per?odo de Montanheira acumula gorduras que lhe v?o proporcionar, no resto do ano, reservas que permitem complementar as alimenta??es umas vezes pobres e de deficiente constitui??o e, outras vezes, muito escassas e transform?-las em motor da vida at? ? pr?xima montanheira.

O bin?mio porco/montado que " o porco est? para a bolota e para o montado, como o camelo est? para a ?gua e para o deserto". Foi este bin?mio que, atrav?s dos tempos, o transportou junto dos povos suportando com eles as farturas e as minguas daqueles que a todo o momento ficam dependentes do rigor da natureza.

Durante o Imp?rio Romano j? os produtos obtidos a partir do "porco local" eram prestigiados, em conjunto com os azeites, vinhos e metais preciosos, constitu?am as mat?rias-primas que os romanos levavam para as suas mesas de forma a impressionar os convidados.

Acerca do porco dizia-se: "n?o h? animal de onde se aproveitem tantas coisas que sirvam para satisfazer a gula, porque enquanto o porco tem cerca de cinquenta sabores diferentes os outros animais t?m apenas um". Posteriormente, no s?c. VII, com a chegada dos ?rabes, era de esperar que a popula??o de porcos ib?ricos diminu?sse, em virtude do c?digo religioso por eles adotado, o Cor?o, proibir o consumo de carne de porco. Na verdade, aconteceu precisamente o contr?rio, verificando-se mesmo um aumento do consumo e at? em C?rdova (capital do reino ?rabe da Pen?nsula Ib?rica) a carne de porco era considerada um alimento muito s?o.

J? na idade moderna a carne de Porco Alentejano continuou a ser um prato preferido e pelas melhores mesas, ainda que houvesse dificuldade na aquisi??o dos produtos dele derivados, ciosamente reservados pelos seus produtores. O acabamento e engorda ? por excel?ncia feito no montado, onde as bolotas servem de repasto e originam um tipo de gordura intramuscular saud?vel, que d?o origem a produtos tradicionais qualificados (DOP's e IGP's) com caracter?sticas ?nicas.

Longos anos passaram e, com a difus?o das ra?as precoces, muitos foram os criadores que substitu?ram, nas suas explora??es, os porcos de Ra?a Alentejana por porcos de ra?as muito produtivas. O ?xodo rural, os grandes surtos de Peste Su?na Africana e as diversas situa??es socioecon?micas da popula??o, fizeram com que o n?mero de reprodutores de Ra?a Alentejana descesse a n?veis t?o baixos que, em tempos, foi considerada uma ra?a amea?ada de extin??o. A partir de 1990 esta situa??o come?a a inverter-se e o Porco Alentejano ? em 2020, uma ra?a que passou do limiar da extin??o a um sucesso plenamente conseguido e que se encontra ainda em grande desenvolvimento.

Padr?o da Ra?a

Tipo - Corpul?ncia m?dio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo;

Pele - Preta ard?sia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva;

Cabe?a - Comprida e fina de ?ngulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lan?ada para fora;

Pesco?o - De comprimento m?dio e musculado;

Tronco - Regi?o dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e obl?qua, ventre desca?do, cauda fina de m?dia inser??o e terminada com um tufo de cerdas;

Membros - De comprimento m?dio, delgados e bem aprumados, terminando por p?s pequenos e unha rija.

Andamentos - ?geis e el?sticos;

Carater?sticas sexuais - Machos com test?culos bem salientes e medianamente volumosos. F?meas com mamilos com n?mero n?o inferior a 5 de cada lado;

Variedades: a) Lampinha Caracteriza-se por ter cerdas curtas, finas e escassas na superf?cie do corpo. Pele delgada e de cor negra. Apresenta umas orelhas de tamanho m?dio, dirigidas quase horizontalmente para a frente ou um pouco ca?das, mas sem dificultar a vista no pastoreio;

b) Ervideira Animais de cor ruivos /acastanhados, com cabe?a e orelhas sensivelmente mais pequenas do que a variedade negra, pesco?o largo, n?o apresentando pregas na pele;

c) Caldeira Animais de cor preta, com cabe?a e orelhas de tamanho m?dio, sendo estas ultimas ligeiramente dirigidas para a frente, pesco?o bem unido ? cabe?a, apresentando ou n?o papada pouco desenvolvida;

d) Mamilada Os animais caracterizam-se pela cor da pele cinzenta ard?sia ou ruiva, com cerdas pretas ou ruivas, curtas finas e escassas em toda a superf?cie do corpo, com cabe?a e orelhas de tamanho m?dio, dirigidas para frente e com as pontas triangulares viradas ligeiramente para cima.

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