PROJETO - SAP SP



Cód: 1.4

1 – Identificação do projeto

1. – Título: Crescer

2. – Coordenadoria: região oeste

3. – Unidade: Penitenciária “João Batista de Santana” de Riolândia

4. – Autores:

Ana Paula Botaro Vilas Boas (Assistente Social)

Maria Tereza Moro Sampaio (Psicóloga)

Regina Nunes da Silva (Assistente Social)

5. –Contato:

Tel - (17) 291.1622 – ramal 108

e.mail - jbsriolandia@admpenitenciaria..br

2- Justificativa

O homem é produto do meio em que vive e é, também, produto deste mundo, satisfazendo suas necessidades nas relações de trabalho, de família, nas instituições, ou seja, em sociedade. E, para ser um integrante desse meio social, precisa estar adequado a essas regras e valores sociais. Quando se desviam desses valores, passam a ser excluídos, o que muitas vezes levam-no ao encarceramento.

E foi observando essa falta de valores nos atendimentos individualizados com os sentenciados que surgiu a necessidade de um trabalho em grupo.

3– Objetivos

3.1- Objetivo geral:

Proporcionar aos indivíduos encarcerados subsídios que poderão auxiliá-los a refletir e reconhecer suas dificuldades pessoais e sociais, permitindo assim que modifique sua história pessoal e que se incluam no contexto social vigente.

3.2- Objetivos Específicos

Provocar reflexões que possam desencadear, no indivíduo, uma melhor relação com a vida, consigo próprio e com as demais pessoas;

Auxiliar o indivíduo no desenvolvimento de sua capacidade de se colocar no lugar do outro;

Proporcionar espaço e apoio social / psicológico, para que o mesmo consiga resgatar e/ou fortalecer os vínculos familiares;

Oferecer condições para que o indivíduo reconheça seus sentimentos positivos e negativos.

4– População-alvo

Sentenciados que cumprem pena nesta unidade prisional e que tenham interesse em participar do projeto.

5– Metodologia

O trabalho será realizado através de grupo operativo, com reuniões quinzenais, tendo um conjunto de dezesseis reuniões (reuniões e textos em anexos).

Os sentenciados serão selecionados por raios, dando preferência aos líderes naturais, pois, estes divulgam melhor o objetivo do grupo e a importância do mesmo.

6– Número de presos a serem atendidos em cada edição do projeto

Dez sentenciados por edição.

7– Duração prevista para cada edição do projeto

Cada edição do projeto terá duração de oito meses.

8– Recursos materiais

• Cadeiras;

• Lousa;

• Giz;

• Apagador;

• Textos;

• Televisão;

• Vídeo cassete;

• Fitas de vídeo;

• Papel sulfite;

• Canetas, borrachas, lápis;

• Aparelho de som;

• CD’S

9– Recursos humanos

• um Agente de Segurança Penitenciária;

• duas Assistentes Sociais;

• um Psicólogo

Obs.: Convidar pessoas da comunidade, quando a reunião exigir discussão mais ampla do tema.

Exemplo: Religioso

10– Avaliação

A avaliação será realizada com os participantes através de “feedback”, no final das atividades, e destas será elaborado um relatório mensal sobre a evolução do grupo.

11– Relatos das experiências com o projeto

O projeto vem sendo desenvolvido deste 2002.

Percebemos que, durante a sua execução, os sentenciados atingiram um grau elevado de conscientização da sua postura diante da vida e do cárcere. Muitos amadureceram e mudaram o seu comportamento na unidade, começaram a estudar, trabalhar e isso facilitou o trabalho dos Agentes. Mas, houve outros que atingiram um nível de crítica alta, tornando-se “problema” para a unidade (passaram a ser questionadores, conscientes dos seus direitos e desenvolveram lideranças

ANEXO 1

REUNIÃO 1

Após selecionados os sentenciados, serão agendados e convidados a participarem do grupo.

Objetivos:

▪ Fazer o convite, explicar o objetivo do trabalho;

▪ Estabelecer um vínculo afetivo, com apresentação (nome, estado civil, religião, idade, se tem filhos, origem), todos que estão na sala se apresenta;

▪ Estabelecer o pacto de sigilo, sobre os assuntos que vão ser discutidos;

▪ Estabelecer pacto de cordialidade (o bandido está lá fora, aqui tem homem);

▪ Delimitar tempo e duração do trabalho;

▪ Após o acordo, se for aceito, deve-se escolher o nome do grupo, algo que seja conversado entre todos;

Encerrar a reunião com previsão de novos encontros, (aproximadamente a cada 15 dias), de acordo com o andamento da unidade;

ANEXO 2

REUNIÃO 2

Texto a ser trabalhado: “MÚSICA PARA SURDOS”.

Objetivos:

▪ Levar o indivíduo a refletir sobre sua postura diante da vida em sociedade;

▪ Proporcionar subsídios para que venha, através de uma auto–avaliação ,compartilhar, em grupo, seus cinco sentidos (audição, tato, visão, olfato e paladar).

▪ Estimular os participantes a estabelecer paralelos entre a vida antes da carceragem, com família e os vínculos atuais.

Procedimentos:

• Grupo em círculo, solicita-se que um leia o texto (quantas vezes forem necessárias) até que todos tenham compreendido;

• Cada um expõe o que entendeu;

• profissional, nestas primeiras reuniões, deve direcionar as discussões de acordo com os objetivos traçados.

• Após ampla discussão, estabelece-se que cada um observe-se e procure traçar uma meta pessoal a alcançar.

ANEXO 3

REUNIÃO 3:

Texto a ser trabalhado: “ AMANTE TAGARELA” .

Objetivos:

▪ Proporcionar ao grupo espaço para trazer a tona a saudade de seus familiares;

▪ Oferecer ao indivíduo condições de pensar em seus vínculos familiares;

▪ Estimulá-los a estabelecer contatos através de correspondências.

Procedimentos:

Após leitura do texto, cada um expõe o que entendeu;

- O profissional deve intervir, sempre que necessário, trabalhando para que o grupo cresça e consiga ver seus valores e a vida em sociedade;

- Estimular todos os presentes a utilizarem a fala, focando, sempre que, o centro das discussões deve ser o sentenciado presente;

- Após ampla discussão e de todos terem explanado, faz-se um fechamento ,avaliando o procedimento diário de cada um.

ANEXO 4

REUNIÃO 4:

Texto a ser trabalhado: “A BUSCA EM LUGAR ERRADO”.

Objetivos:

▪ Fornecer, ao grupo, subsídios e local para uma reflexão sobre seus conceitos e valores;

▪ Estabelecer com o grupo a influência das amizades na vida de cada um;

▪ Estimular a comunicação grupal.

Procedimentos:

- Leitura do texto;

- Cada membro expõe o que entendeu;

- O profissional deve interagir no grupo, tendo claro que os objetivos traçados envolvem todos, e que nossos valores e conceitos são frutos da sociedade onde estamos inseridos (família, cidade, religião);

- Levar a discussão para uma alta reflexão;

- Questões:

1. “O que eu estou buscando?”

2. “É este o lugar Certo?”

3. “O que está certo em minha vida?”

- Fecha-se a reunião com questionamentos e proposta de tomada de atitude.

ANEXO 5

REUNIÃO 5:

Texto a ser trabalhado: “BIS”.

Objetivos:

▪ Levar o sentenciado a refletir sobre o seu cotidiano, confrontando dificuldades com superações;

▪ Refletir sobre o “certo” e “errado” para cada um, respeitando as diferenças culturais;

▪ Instigar a construção de um projeto de vida (metas).

Procedimentos:

- Leitura do texto;

- Cada participante expõe o que entendeu;

- Em conjunto, o grupo interpreta a mensagem implícita no texto;

- Os profissionais devem estar atentos, intervindo, sempre, e procurando direcionar a discussão para o indivíduo preso e para a prática de delitos e dificuldades de inserção social;

- Após a explanação de todos os presentes, faz-se o fechamento confrontando o passado com o presente e avaliando os objetivos futuros.

ANEXO 6

REUNIÃO 6

Texto a ser trabalhado: “A CONCHA”.

Objetivos:

▪ Estimular, através de comparações, a elaboração de paralelas entre a segurança interior e o poder aquisitivo;

▪ Proporcionar, ao indivíduo, condições de refletir sobre seus valores relacionados a aquisição de bens de consumo;

▪ Oferecer subsídios para que o mesmo tenha condições de avaliar sua amizades.

Procedimentos:

- Após a leitura do texto, cada um expõe o que entendeu;

- Deve-se buscar relacionar o texto com a ambição pessoal, elaborar paralelo entre o delito cometido e os ganhos e perdas vivenciados;

- Buscar relacionar todo o “sofrimento” existente no cárcere, porém salientar que cada pessoa é única e responsável pela sua história;

- Após ter sido explorada e discutida a visão pessoal do delito cometido, buscar,em conjunto, elaborar as perdas sofridas, bem como o saldo positivo da prisão.

ANEXO7

REUNIÃO 7

Texto a ser trabalhado: “AS TRÊS PENEIRAS”.

Objetivos:

▪ Fortalecer os vínculos afetivos;

▪ Estimular a integração e a interação com os temas trabalhados;

▪ Proporcionar condições e espaço para que o sentenciado expresse sua vivência no cárcere.

Procedimentos:

- Após leitura do texto, exposição individual.

- Deve-se estimular o grupo a relacionar-se, utilizando os acontecidos com visitas, familiares, companheiros de cela.

- Esta é uma reunião que tende a se estender, ponderar dentro do tempo para que todos tenham oportunidades de fala.

- Estabelecer, com o grupo, proposta de retomar e/ou repensar a postura pessoal diante dos outros.

ANEXO 8

REUNIÃO 8

Texto a ser trabalhado: “A RAPOSA”.

Objetivos:

▪ Proporcionar espaço para que o grupo se expresse;

▪ Levar o grupo a refletir sobre a confiança e as amizades;

▪ Estimular a pensar nas influências que o meio exerce sobre a pessoa;

▪ Refletir sobre o meio cultural vivido.

Procedimentos:

- Leitura do texto;

- Exposição individual;

- Estimular o grupo a expor sobre o meio onde vivia, os conceitos de amizades, bem como se cada um atuava por seu próprio interesse, ou se atendia a desejos de terceiros.

- Refletir sobre a influência que recebemos da mídia e dos grupos.

ANEXO 9

REUNIÃO 9

Texto a ser trabalhado: “PARÁBOLA DA ÁGUIA”.

Objetivos:

▪ Proporcionar, ao grupo, espaço para repensar o estilo de vida e o quê cada um deseja para si;

▪ Trabalhar a auto–estima, a auto-confiança, o amor próprio e as potencialidades de cada integrante.

Procedimentos:

- Um dos membros do grupo realiza a leitura e, individualmente, é exposto o que foi entendido;

- Induzir para que todos participem da discussão, expondo suas angústias e expectativas de vida;

- Ao final, avaliar, com o grupo, “o que sou”, ”o que quero ser” e “o que posso ser”, deixando um ponto de interrogação para que, sozinhos, reflitam suas ações.

ANEXO 10

REUNIÃO 10

Texto a ser trabalhado: “O DIABO MANDA DE VOLTA”.

Objetivos:

▪ Estimular a cordialidade entre os indivíduos;

▪ Fortalecer os vínculos de amizades já existentes e as adquiridas no sistema;

▪ Estimular a tomada de decisão perante as dificuldades (crises vividas).

Procedimentos:

- Leitura do texto;

- Exposição do que compreendeu do texto;

- Trabalhar, com o grupo, a postura de cada um diante do convívio social;

- Direcionar, para a convivência, as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia;

- Mensurar os problemas sociais que atingem a todos (saúde, política e economia).

- Deixar claro que o cárcere pode ser positivo, desde que aprendam a redirecionar seus objetivos e atitudes.

ANEXO 11

REUNIÃO 11

Texto a ser trabalhado: “A FLORESTA”.

Objetivos:

▪ Proporcionar espaço para que o indivíduo repense atos e atitudes;

▪ Levar o indivíduo a refletir sobre seu crescimento e sua realização pessoal;

▪ Incentivar que cada um busque sua força interior e que vá atrás de seus ideais de vida, afim de avançar positivamente na vida e atingir a felicidade pessoal e familiar;

▪ Trabalhar sobre coragem para mudar.

Procedimentos:

- Após a leitura do texto, incentivar que cada participante coloque o que entendeu do texto;

- Em conjunto, buscar a mensagem implícita no texto;

- Os profissionais devem interagir com o grupo para que possa direcionar a discussão a fim de atingir os objetivos propostos para a reunião;

- Ao final, avaliar, com o grupo, as metas pessoais de cada um, bem como as dificuldades para alcançá-las.

ANEXO 12

REUNIÃO 12

Texto a ser trabalhado: “ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA”.

Objetivos:

- Estimular a valorização pessoal;

- Demonstrar a importância do trabalho em equipe;

- Destacar as qualidades e pontos positivos dos indivíduos.

Procedimentos:-

- Pedir para um dos participantes ler o texto;

- Após a leitura do texto, incentivar que cada participante coloque o que entendeu, observando suas qualidades e pontos positivos e se conseguem perceber a importância da sua colaboração num trabalho em equipe.

ANEXO 13

REUNIÃO 13

Texto a ser trabalhado: “A RATOEIRA”.

Objetivos:

- Levar o indivíduo a refletir sobre solidariedade entre as pessoas;

- Estimular a afetividade;

- Desenvolver a socialização.

Procedimentos:

- Solicitar a um dos participantes que faça a leitura do texto;

- Discutir sobre a mensagem implícita do texto;

- Estabelecer uma reflexão pessoal, para que cada um se observe como reage aos problemas que surgem no dia-a-dia, referentes a si próprio e a problemas de terceiros.

ANEXO 14

REUNIÃO 14

Texto a ser trabalhado: “A TORNEIRA”.

Objetivos:

- Estimular o indivíduo a estudar, fazer cursos para seu crescimento pessoal;

- Demonstrar, ao indivíduo, que o sucesso só é alcançado por aqueles que se dedicam e têm conhecimento sobre o assunto.

Procedimentos:

- Pedir quem do grupo quer fazer a leitura do texto;

- Discutir sobre a mensagem do texto;

- Depois das discussões, estabelecer que cada um reconheça e pense porque não estudou, não se dedicou a um objetivo de vida.

ANEXO 15

REUNIÃO 15

Músicas a serem trabalhadas:

“O CIDADÃO” (Geraldo Azevedo),

e “ É PRECISO SABER VIVER” (interpretes – Titãs).

Objetivos:

▪ Levar o indivíduo a refletir sobre sua condição de vida;

▪ Valorizar o trabalho de cada um;

▪ Traçar paralelos com lugares que pode e não pode freqüentar.

Procedimentos:

- Grupo em círculo, solicita-se que um leia o texto (quantas vezes forem necessárias), até que todos o tenham compreendido.

- Cada um expõe o que entendeu;

- O profissional apenas direciona as discussões, de acordo com os objetivos traçados.

- Depois das discussões, estabelece-se, que cada um, observe-se e reconheça os lugares que poderia ter freqüentado e que, talvez, teria mudado o rumo de sua vida pessoal.

ANEXO 16

REUNIÃO 16

- Encerrar o trabalho de grupo;

- Fechar todos os temas, enfatizando a importância de ser uma pessoa completa e realizada;

- Integrar o trabalho com a comunidade;

- Convidar uma pessoa da comunidade, de preferência que tenha uma liderança e seja referência positiva;

- (Convidamos o Padre Silvio Roberto) – religioso envolvido com várias obras assistenciais e de grande destaque na região.

ANEXO 2.1

TEXTOS

Texto para ser trabalhado na Reunião 2

MÚSICA PARA SURDOS

Eu era surdo, como uma porta.

Às vezes, observava as pessoas fazendo umas voltas e giros esquisitos que chamavam de dança.

A mim, tudo me parecia muito absurdo,até que, certo dia, enfim, ouvi a música...

aí foi que notei a beleza da dança!

Agora, eu vejo o comportamento tolo das pessoas. Mas sei que o meu espírito está morto. Por isso suspendo o meu julgamento até que ele volte a viver. Talvez, depois disso, eu consiga entender as pessoas.

Vejo, também, a maneira de agir, meio doida, de pessoas que se amam... Mas sei que meu espírito está morto.

Por isso, em vez de julgar as pessoas, comecei a rezar para que meu próprio coração volte a viver, um dia.

(autor desconhecido)

ANEXO 3.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 3

O AMANTE TAGARELA

O amante pleiteava sua causa,

curtindo a dor atroz da rejeição.

Durante muitos meses, finalmente,

cedeu a namorada e, assim, lhe disse:

“venha, a tal hora assim, a tal lugar”.

E, naquele lugar, naquela hora,

o Amante, enfim, se viu bem junto dela.

Metendo a mão no bolso, então, tirou

todo um maço de cartas, que escrevera

durante todo aquele tempo em que sofrera.

Eram cartas de amor apaixonado

e os desejos ansiosos, que curtia,

de com ela poder saborear

toda delícia da união do amor.

Durante horas a fio, o namorado

lia cartas e lia, sem parar.

Cansou-se, enfim, a amada e lhe disse:

“Mas que espécie de tolo você é?

Estas cartas são todas a respeito

do desejo que tem você por mim...

Pois bem, aqui estou eu, bem ao seu lado,

e fica você lendo cartas tolas!”.

(autor desconhecido)

ANEXO 4.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 4

A BUSCA EM LUGAR ERRADO

Um vizinho encontrou Beltrano ajoelhado,

procurando alguma coisa.

“Que coisa está você procurando, Beltrano?”

“Minha chave perdida.”

E puseram-se, os dois, então, de joelhos,

a procurar a chave e, depois de algum tempo:

“Onde foi que perdeu?” disse o vizinho.

“Na minha casa”.

“Mas, Santo Deus, então por que procura aqui?”

“Porque há mais luz aqui”.

(autor desconhecido)

ANEXO 5.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 5

BIS

Havia um cantor americano que fazia muito sucesso em seu país.

Um dia, ele pediu a seu empresário que lhe providenciasse uma apresentação no famoso Scala de Milão.

E, assim, aconteceu. Noite de estréia, casa lotada e o artista cantou a primeira música. Ao final, a platéia, emocionada, gritava:

- Bis! Repete! De novo!

O cantor não entendeu a situação. Primeira música e a platéia pedindo bis.

Ele resolveu satisfazer o público. Fez um sinal ao maestro e repetiu o número.

Ao final, o público repetiu:

- Bis! Repete! De novo!

E, assim, aconteceu mais algumas vezes.

E o público gritando:

- Bis! Repete! De novo!

Enfim, exausto, ele perguntou à platéia:

Até quando vocês querem que eu repita esta peça?

E uma velhinha da primeira fila respondeu:

- Até cantar direito!!!

Até aprender a cantar certo, a vida vai lhe apresentar os mesmos problemas.

Quando as dificuldades se repetem, é a vida nos gritando:

- Bis! Repete! De novo!

E assim a vida diz para:

• a mulher que sempre namora um homem complicado;

• o sujeito que se sente sempre traído;

• o profissional que sempre é preterido;

• o eterno problema da falta de dinheiro.

A “neura” aparece quando nos sentimos pegos na mesma armadilha. Dessa vez parece que tudo vai ser diferente, mas, de repente, as coisas se transformam e, vapt! você caiu na mesma cilada.

É fundamental perceber que o final do filme só vai ser diferente se o “Chapeuzinho Vermelho” não conversar com o “Lobo Mau”. Se ela não resistir à tentação, o final do filme será previsível.

Você já percebeu que todo filme fica interessante quando alguém faz uma trapalhada qualquer e joga por terra tudo o que estava organizado para o final feliz? O protagonista nos conquista nesse momento, quando consegue arrumar a bobagem que fez.

Na vida real, o melhor é evitar cair em tentação, pois consertar a bobagem dá muito mais trabalho.

Até que você faça algo diferente, o final é previsível.

Procure um curso, contrate uma consultoria, leia um livro, converse com um amigo, debata o assunto com seus assessores diretos, faça um estágio em outra organização, mude sua postura. Mas, principalmente, inicie o processo de mudança começando por você. Essa é a maior de todas as revoluções possíveis. Como dizia Mahatma Gandhi:

“Os únicos demônios deste mundo são aqueles estão em nossos próprios corações, e é aí que todas as nossas batalhas devem ser travadas”.

Sua vida muda, quando você muda.

Roberto Shinyashiki

ANEXO 6.1

Texto para ser trabalhado na reunião 06

A CONCHA

Certa vez, um sujeito, milionário, mas muito mesquinho, procurou um mestre espiritual e lhe disse:

_” Mestre, eu me dedicaria a uma vida espiritual depois que me tornasse rico e poderoso. Se você me ajudar a ter muito dinheiro, eu começarei minha busca espiritual.”

O mestre sabia que isso não iria funcionar mas, mesmo assim, pegou uma concha e lhe deu dizendo;

_ “Ela vai realizar todos os seus desejos. Depois venha me procurar.”

O homem não perdeu tempo, esfregou a concha e pediu-lhe uma fazenda. Em poucos segundos, lá estava ela, uma fazenda linda, com cavalos, bois, galinhas, vacas e um maravilhoso pomar.

Agora, ele queria uma loja, uma grande loja, com roupas chiques, que desse um bom lucro. Esfregou a concha novamente e, pronto, num piscar de olhos, a loja estava à sua frente.

Mas, não satisfeito ainda, o sujeito pediu desta vez um palácio. Esfregou a poderosa concha e ganhou um esplendoroso palácio, ornamentado com ouro e prata, repleto de serviçais.

Por mais que realizasse seus desejos, o viajante ainda não estava feliz. Nada daquilo o fazia feliz de verdade. Faltava algo. Foi então que um belo dia viu outro sábio esfregando uma concha. Quando o sábio pediu uma fazenda à concha, esta lhe respondeu:

_ “Não vou lhe dar uma fazenda apenas, vou lhe dar duas”.

Entusiasmado com a descoberta, o homem correu mais que depressa, até o velho mestre e propôs a ele que trocassem, as conchas:

_ “Eu vi sua concha e achei-a sensacional. A minha é simples. Ela só realiza o desejo uma vez. Por favor, vamos trocar.”

O sábio respondeu que sua concha era uma brincadeira, mas, ante a insistência do rapaz, cedeu-a. o sujeito, então, sem esperar nem mais um minuto sequer, pediu uma nova fazenda, e a concha respondeu:

_ “Eu vou lhe dar duas fazendas”’.

Só que não apareceu nenhuma fazenda. Feliz da vida, pediu:

_ Então me dê duas fazendas.”

E a concha respondeu:

_ “Não, agora eu lhe darei quatro fazendas.”

Nenhuma fazenda ele viu. De novo pediu:

_”Então me dê quatro fazendas.”

_ “Eu resolvi lhe dar oito fazendas.”

O sujeito pensou que a concha estava louca e decidiu pedir outra coisa. Tentou um palácio, e a concha respondeu:

_ Te darei dois palácios.

Mas o homem não ganhou nada. Tentou de novo e pediu dois palácios. E a concha respondeu que lhe daria quatro palácios, mas nada apareceu. Decepcionado, o sujeito foi ao mestre e disse:

_ Não entendo esta concha. Ela promete maravilhas e não cumpre.

O mestre, calmamente, explicou:

_ Ela é assim mesmo: só promete. Ela é como o dinheiro, meu amigo, promete muitas coisas, mas não realiza nenhuma. É preciso ir atrás do que ser quer. As pessoas só são felizes quando estão satisfeitas com o que fazem. Você pode até ganhar dinheiro e viver bem, mas não é a riqueza que lhe trará felicidade.

A culpa não é de quem promete, mas de quem se ilude. Dinheiro só traz dinheiro, não traz elegância, cultura e classe. Se você quiser essas coisas, terá de trabalhar para conseguí-las. O dinheiro não traz nem mesmo segurança. Se você for uma pessoa insegura, 1 bilhão de reais não serão suficientes para aplacar sua angústia. Somente uma pessoa confiante na vida será tranqüila. Trabalhe para ter bastante dinheiro para viver, mas trabalhe para ter confiança e ser feliz.

Roberto Shinyashiki

ANEXO 7.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 7

AS TRÊS PENEIRAS

Olavo foi transferido de projeto. Logo, no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:

Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva.

Disseram que ele... Nem chegou a terminar a frase, e o chefe aparteou:

Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? Peneiras? Que peneiras chefe?

- A primeira, Olavo é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

- Não. Não tenho não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram.

Mas eu acho que... E, novamente Olavo é interrompido pelo chefe:

- Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai contar, gostaria que outros também dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Deus me livre, chefe! Diz Olavo assustado.

- Então, continua o chefe – sai história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou passá-lo adiante?

- Não chefe. Pensando dessa forma, vi que não sobrou nada do que iria contar, fala Olavo surpreendido.

- Pois é Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? Diz o chefe sorrindo e continua:

- Da próxima vez que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras: VERDADE, BONDADE E NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

- Pessoas inteligentes falam de idéias.

- Pessoas comuns falam sobre coisas.

- Pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.

Você usa as três peneiras?

(autor desconhecido)

ANEXO 8.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 8

A RAPOSA

Existia um lenhador que acordava às seis horas da manhã, trabalhava o dia inteiro cortando lenha e só parava tarde da noite.

Ele tinha um lindo filho de poucos meses e uma raposa amiga, tratada como animal de estimação, de total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do filho. Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a chegada do lenhador.

Os vizinhos o alertavam, dizendo que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era confiável. O lenhador argumentava com os vizinhos que isso seria uma grande bobagem. Os vizinhos insistiam: “Lenhador, abra os olhos! Quando sentir fome, a raposa comerá o menino” .

Um dia, o lenhador, muito exausto do trabalho e cansado com esses comentários, ao chegar em casa, viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca toda ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente. Ao lado do berço estava uma cobra morta. O lenhador, cheio de tristeza, enterrou o machado e a raposa juntos.

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito. Siga sempre seu caminho e não se deixe influenciar; principalmente, nunca tome decisões precipitadas.

(autor desconhecido)

ANEXO 9.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 9

PARÁBOLA DA ÁGUIA

Era uma vez um certo homem que, enquanto caminhava pela floresta, encontrou uma pequena águia. Levou-a para casa, colocou-a no seu galinheiro, onde logo ela aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar como elas.

Um dia, um naturalista que ia passando por ali perguntou-lhe porque uma águia, a rainha de todos os pássaros, deveria ser condenada a viver no galinheiro com as galinhas.

“- Depois que lhe dei comida de galinha e a eduquei para ser uma galinha, ela nunca aprendeu a voar” – replicou o dono –“ se se comporta como uma galinha, não é mais uma águia.”

“- Mas, insistia o naturalista, ela tem coração de águia e certamente poderá aprender a voar.”

Depois de falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em descobrir se isso seria possível. Cuidadosamente o cientista pegou a águia nos braços e disse;

“- Você pertence aos céus e não à terra. Bata bem as asas e voe.”

A águia, entretanto, estava confusa; não sabia quem era, e vendo as galinhas comendo pulou para ir juntar-se a elas.

Inconformado, o naturalista levou a águia no dia seguinte para o alto do telhado da casa, e insistiu novamente dizendo:

– “Você é uma águia. Bata as asas e voe.”

Mas a águia com medo do seu eu desconhecido e do mundo que ignorava, voltou novamente para a comida das galinhas.

No terceiro dia o naturalista levantou-se bem cedo, tirou a águia do galinheiro e levou-a para uma alta montanha. Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto e encorajou-a de novo, dizendo:

“ – Você é uma águia. Você pertence ao céu e não à terra. Bata bem as asas agora e voe.”

Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na direção do sol e a águia começou a tremer, lentamente abriu as asas. Finalmente, com um grito de triunfo, levantou vôo para o céu.

Pode ser que a águia ainda não se lembre das galinhas com saudades; pode ser que ainda ocasionalmente torne a visitar um galinheiro. Mas até onde foi possível saber, nunca mais voltou a viver como galinha. Ela era uma águia, embora tivesse sido mantida e domesticada como galinha.

Assim como a águia, alguém que aprende a pensar de si mesmo alguma coisa que não era, pode reformular o que pensava em favor do seu real potencial. Pode tornar-se um vencedor.

James Aggrey

ANEXO 10.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 10

Para Refletir

O DIABO MANDA DE VOLTA

Certa vez, perguntei para o Ramesh, um de meus mestres na Índia:

- Por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos, morrem afogados num copo de água?

Ele simplesmente sorriu e me contou uma história.

Era um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.

Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, lhe orientou para ir ao Inferno.

E o Inferno, você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomas satisfações com São Pedro:

- Você é um canalha. Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo!

Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. O demônio, transtornado, desabafou:

- Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça por lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno está insuportável, parece um Paraíso!

E fez um apelo:

- Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e traga-o para cá!

Quando Ramesh terminou de contar essa história, olhou-me carinhosamente e disse:

- Roberto, viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe traga de volta ao Paraíso.

Problemas fazem parte de nossa vida, porém não deixe que eles o transformem numa pessoa amargurada. As crises vão estar sempre se sucedendo e às vezes você não terá escolha. Sua vida está sensacional e de repente você pode descobrir que sua mãe está com câncer; que a política econômica do governo mudou; e que infinitas possibilidades de encrencas aparecem.

As crises você não pode escolher, mas pode escolher a maneira como enfrentá-las. E, no final, quando os problemas forem resolvidos, mais do que sentir orgulho por ter encontrado as soluções, você terá orgulho de si mesmo.

O verdadeiro sucesso é ser feliz!

ROBERTO SHINYASHIKI

ANEXO 11.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 11

A FLORESTA

Um lenhador percorre, há anos, a mesma floresta, diariamente, ele observa ,com cuidado, as árvores e cada detalhe da mata, que fazem com que seu trabalho seja o mais produtivo possível. E, assim, ele vai ganhando seu sustento com determinação e paciência.

Certo dia, o lenhador encontra um sábio meditando na floresta, e os dois começam a conversar. O lenhador resolve contar o quão difícil é seu trabalho diário, sua cansativa rotina de cortar a lenha, carregá-la até a cidade e encontrar algum comprador para conseguir algum dinheiro.

Durante a conversa, o sábio pergunta se ele conhece toda a floresta. O rapaz lhe responde:

_ Mais ou menos...

O sábio, então, lhe diz:

_ Avance, meu filho, existem muitos tesouros esperando por você!

Durante anos, quando os dois se encontram, a saudação do mestre é sempre a mesma:

_ Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!

Certa vez, o lenhador, diferentemente dos dias anteriores, decide seguir os conselhos do sábio e entra na floresta, numa área ainda não explorada.

Ele olha ao redor e fica maravilhado. Tudo o que vê é diferente, os animais, as árvores e as flores. Para sua surpresa, ele encontra uma mina de prata. Apanha um pouco de metal e, com a venda, consegue dinheiro suficiente para viver uma semana.

Todas as semanas ele vai até a floresta, feliz com a mina de prata. Agora tudo de que ele precisava era trabalhar uma vez por semana. Porém, sempre que encontrava o sábio, ele sorria e dizia:

_ Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você.

Até que um dia resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da mina de prata, passando por outras vegetações e, de repente, se deparou com uma mina de ouro. Extraiu o quanto pôde do valoroso minério e depois vendeu no mercado da cidade. Era a maravilha das maravilhas, pois tinha dinheiro para um ano de vida.

Todos os anos, o ex-lenhador ia até a floresta, feliz com a mina de ouro. Agora só precisava trabalhar uma vez por ano. Porém, sempre que encontrava o sábio, este sorria e dizia:

_ Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você.

O ex lenhador mostrava-se muito tranqüilo, pensando que já tinha conseguido tudo que podia imaginar. Até que novamente resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da mina de ouro, chegando até um local de beleza surpreendente, onde encontrou uma mina de diamantes. Pegou a pedra mais linda que encontrou, levou-a até a cidade e conseguiu dinheiro para nunca mais ter de trabalhar.

Muitos anos mais tarde, contando para seu filho a história de sua riqueza, ouviu a seguinte pergunta:

_ Pai, porque você continua indo à floresta todos os dias, mesmo sem precisar mais de dinheiro?

O velho olhou-o com ternura e, sorrindo, disse:

_ Eu gosto de pensar que sempre existe um novo tesouro para encontrar!

O empreendedor sempre tem o senso de procurar um tesouro no próximo movimento. Isso alimenta seu espírito e aquece seu coração.

ROBERTO SHINYASHIKI

ANEXO 12.1

Texto para ser trabalhado na reunião 12

ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA

Contam que, na carpintaria, houve uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas logo os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e além do mais passava o tempo todo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, mas com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media outros segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito.

Nesse momento entro o carpinteiro, juntou seu material e iniciou o seu trabalho. Usou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente a rude madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:

- Senhores, ficou demonstrando que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas e metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidade, isto é para os sábios.”(autor desconhecido)

ANEXO 13.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 13

Para pensar um pouco...

A RATOEIRA

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

“- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!!”.

A galinha disse:

“- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda”.

O rato foi até o porco e lhe disse:

“- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!”.

“- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado em minhas preces”.

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:

“- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não”.

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Toda vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.

autor desconhecido

ANEXO 14.1

Texto para ser trabalhado na Reunião 14

Para Refletir

A TORNEIRA

Havia um homem que nunca havia feito contato com a civilização. Um dia, já adulto, foi até a cidade para assinar uns papéis relativos ao inventário de um parente distante. Quando retornou, os moradores de sua colônia queriam saber quais as novidades da cidade. Ele falou das ruas, dos carros e de muitas outras coisas. Mas o que mais lhe impressionou foi uma torneira. Comentou sobre a torneira com seu pessoal e disse:

- Quando eu puder, vou dar um jeito de comprar uma torneira para nós. Vai ser muito útil.

Alguns dias depois, levou um saco de milho para a cidade, vendeu-o e, com o dinheiro, comprou uma torneira. Quando voltou, reuniu toda a família e disse:

- Agora, todos os nossos problemas de água estão resolvidos. Não precisaremos mais de baldes para armazená-la. Vocês vão ver que maravilha...

Com um gesto grandioso, fez um pequeno buraco na parede e fixou a torneira. Então, girou para abri-la e, para sua surpresa, não saiu nada. Chocado, colocou a torneira em outro lugar na parede, abriu-a e... nada. Com muita raiva gritou:

- Desgraçados! Eles me enganaram! Venderam uma torneira que não funciona!

O problema não está na torneira.

Você fez o que os campeões fazem, mas faltou colocar sua alma. O sucesso não é somente uma questão do que fazer, mas também de como fazer. Sempre que vemos alguém bem-sucedido, devemos ver também a razão de seu êxito. Uns o conseguiram pelo estudo, outros pela dedicação. Mas, na verdade, o sucesso é resultante dessa mistura mágica que acontece no coração da pessoa.

Mais importante que o conhecimento é o uso que se faz dele. É como você se entrega de corpo e alma à sua meta. O sucesso não é somente a torneira, mas o depósito de água que a alimenta. Assim como o êxito não é somente o estudo, mas a maneira como você se entrega a ele.

A felicidade não é apenas encontrar uma empresa melhor para trabalhar, mas como você se entrega ao trabalho. Você pode ser um office-boy, mas tem de ser um office-boy com alma. Se conseguir viver com todas as células de seu corpo, esse emprego pode levá-lo a uma diretoria.

Se você for uma atriz desempregada, acorde todos os dias como se fosse a atriz principal da novela das 8, cuide de seu corpo, faça os exercícios de artista e, quando a oportunidade chegar, você estará preparada. Existem muitos artistas que, quando estão desempregados, tendem a relaxar consigo mesmos e pensam: “Quando a oportunidade aparecer, eu volto a me cuidar”. A oportunidade nunca aparece e eles ficam reclamando do destino. Eles ainda não aprenderam a ajudar o destino. Aliás, sorte é quando a oportunidade encontra você preparado.

Espero que você coloque em prática essa tonelada de idéias e planos que tem em seu coração para ajudar o destino a ajudar você.

Com afeto

ROBERTO SHINYASHIKI

ANEXO 15.1

Música a ser trabalhada na Reunião 15

O CIDADÃO

Tá vendo aquele edifício moço?

Ajudei a levantar.

Foi um tempo de aflição,

eram “quatro condução”,

dois prá ir, dois prá voltar.

Hoje depois dele pronto,

olho prá cima e fico tonto,

mas me chega um cidadão,

e me diz desconfiado:

-“tú tá ai admirando, ou tu tá querendo roubar?

Meu domingo tá perdido,

volto prá casa entristecido da vontade de viver.

E prá aumentar o meu tédio,

eu nem posso olhar pro prédio

que eu ajudei a fazer.

Tá vendo aquele colégio moço?

Eu também trabalhei lá.

Fiz a massa pus cimento,

ajudei a rebocar.

Minha filha inocente,

Vem prá mim todas contente:

_ “pai vou me matricular.”

Mas me chega um cidadão e diz:

_”criança de pé no chão, aqui não pode estudar.”

Essa dor doeu mais forte,

porque é que eu deixei o Norte

e me pus a me dizer:

_ “lá a seca castigava, mas o pouco

que eu plantava,

tinha direito a colher.”

Tá vendo aquela igreja moço?

Onde o padre diz: Amém!

Pus o sino e o badalo

enchi minha mão de calo,

lá eu trabalhei também.

Lá sim valeu a pena,

tem quermesse, tem novena

e o padre me deixa entrar.

Foi lá que o Cristo me disse:

_ “rapaz deixe de tolice,

não se deixe amedrontar.

Fui eu quem criou a terra, enchi o rio

fiz a serra, não deixei nada faltar.

Hoje o homem criou asas

e na maioria das casas,

EU TAMBÉM NÃO POSSO ENTRAR. Geraldo Azevedo

ANEXO 15.2

Música a ser trabalhada na Reunião 15

É PRECISO SABER VIVER

(TITÃS)

Quem espera que a vida seja feita de ilusão

Pode até ficar maluco ou morrer na solidão

É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer

É preciso saber viver

Uma pedra no caminho você pode retirar

Numa flor que tem espinho você pode se arranhar

Se o bem ou mal existem você pode escolher

É preciso saber viver.

É preciso saber viver

É preciso saber viver

É preciso saber viver

Saber viver...

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