HISTÓRIA DO BRASIL

1996

Boris Fausto Edusp

HIST?RIA DO BRASIL

Hist?ria do Brasil cobre um per?odo de mais de quinhentos anos, desde as ra?zes da coloniza??o portuguesa at? nossos dias.

SUM?RIO

Introdu??o

1.

As Causas da Expans?o Mar?tima e a Chegada dos Portugueses ao Brasil

1.1. O gosto pela aventura

1.2. O desenvolvimento das t?cnicas de navega??o. A nova mentalidade

1.3. A atra??o pelo ouro e pelas especiarias

1.4. A ocupa??o da costa africana e as feitorias

1.5. A ocupa??o das ilhas do Atl?ntico

1.6. A chegada ao Brasil

2.

O Brasil Colonial (1500-1822)

2.1. Os ?ndios

2.2. Os per?odos do Brasil colonial

2.3. 2.4. 2.5. 2.6. 2.7. 2.8. 2.9. 2.10. 2.11. 2.12. 2.13. 2.14. 2.15. 2.16. 2.17. 2.18. 2.19. 2.20. 2.21. 2.22. 2.23. 2.24. 2.25. 2.26. 2.27.

Tentativas iniciais de explora??o In?cio de coloniza??o - as capitanias heredit?rias O governo geral A coloniza??o se consolida O trabalho compuls?rio A escravid?o - ?ndios e negros O mercantilismo O "exclusivo" colonial A grande propriedade e a monocultura de exporta??o Estado e Igreja O Estado absolutista e o "bem comum" As institui??es da administra??o colonial As divis?es sociais Estado e Sociedade As primeiras atividades econ?micas As invas?es holandesas A coloniza??o do Norte A coloniza??o do Sudeste e do Centro-Sul Ouro e diamantes A crise do Antigo Regime A crise do sistema colonial Os movimentos de rebeldia A vinda da fam?lia real para o Brasil A Independ?ncia O Brasil no fim do per?odo colonial

3.

O Primeiro Reinado (1822-1831)

3.1. A consolida??o da Independ?ncia

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3.2. Uma transi??o sem abalos 3.3. A Constituinte 3.4. A Constitui??o de 1824 3.5. A Confedera??o do Equador 3.6. A abdica??o de Dom Pedro I

4.

A Reg?ncia (1831-1840)

4.1. As reformas institucionais

4.2. As revoltas provinciais

4.3. A pol?tica no per?odo regencial

5.

O Segundo Reinado (1840-1889)

5.1. O "Regresso"

5.2. A luta contra o Imp?rio centralizado

5.3. O acordo das elites e o "parlamentarismo"

5.4. Os partidos: semelhan?as e diferen?as

5.5. A preserva??o da unidade territorial

5.6. A estrutura s?cio-econ?mica e a escravid?o

5.7. A Guerra do Paraguai

5.8. A crise do Segundo Reinado

5.9. Balan?o econ?mico e populacional

6. 6.1. 6.2. 6.3. 6.4. 6.5. 6.6. 6.7. 6.8. 6.9. 6.10. 6.11. 6.12. 6.13.

A Primeira Rep?blica (1889-1930) A primeira Constitui??o republicana O Encilhamento Deodoro na presid?ncia Floriano Peixoto A Revolu??o Federalista Prudente de Morais Campos Sales Caracter?sticas pol?ticas da Primeira Rep?blica O Estado e a burguesia do caf? Principais mudan?as socioecon?micas - 1890 a 1930 Os movimentos sociais O processo pol?tico nos anos 20 A Revolu??o de 1930

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3 33

7.

O Estado Getulista (1930-1945)

7.1. A colabora??o entre o Estado e a Igreja

7.2. A centraliza??o

7.3. A pol?tica do caf?

7.4. A pol?tica trabalhista

7.5. A educa??o

7.6. O processo pol?tico (1930-1934)

7.7. A gesta??o do Estado Novo

7.8. O Estado Novo 7.9. As mudan?as ocorridas no Brasil entre 1920 e 1940

8. 8.1. 8.2. 8.3. 8.4. 8.5. 8.6. 8.7. 8.8. 8.9. 8.10.

O Per?odo Democr?tico (1945-1964) A elei??o de Dutra A Constitui??o de 1946 O governo Dutra O novo governo Vargas A elei??o de Juscelino Kubitschek O governo JK A sucess?o presidencial O governo J?nio Quadros A sucess?o de J?nio O governo Jo?o Goulart

9.

O Regime Militar (1964-1985)

9.1. O Ato Institucional n? 1 e a repress?o

9.2. O governo Castelo Branco

9.3. O governo Costa e Silva

9.4. A junta militar

9.5. O governo M?dici

9.6. O governo Geisel

9.7. O governo Figueiredo

9.8. Caracteriza??o Geral do Regime Militar

9.9. Morte de Tancredo Neves

10. 10.1. 10.2. 10.3. 10.4. 10.5.

Completa-se a Transi??o: o Governo Sarney (1985-1989) Pol?tica econ?mica O Plano Cruzado As elei??es de 1986 A Assembl?ia Nacional Constituinte A transi??o avaliada

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11. 11.1. 11.2. 11.3. 12.

Principais Mudan?as Ocorridas no Brasil entre 1950 e 1980 Popula??o Economia Indicadores Sociais A Nova Ordem Mundial e o Brasil

Cronologia Hist?rica Gloss?rio Biogr?fico Refer?ncias Bibliogr?ficas Fonte Iconogr?fica

INTRODU??O

Esta Hist?ria do Brasil se dirige aos estudantes do Ensino 2? grau e das universidades e tem a esperan?a de atingir tamb?m o p?blico letrado em geral. A ambi??o de abrang?ncia parte do princ?pio de que, sem ignorar a complexidade do processo hist?rico, a Hist?ria ? uma disciplina acess?vel a pessoas com diferentes graus de conhecimento. Mais do que isso, ? uma disciplina vital para a forma??o da cidadania. N?o chega a ser cidad?o quem n?o consegue se orientar no mundo em que vive, a partir do conhecimento da viv?ncia das gera??es passadas.

Qualquer estudo hist?rico, mesmo uma monografia sobre um assunto bastante delimitado, pressup?e um recorte do passado, feito pelo historiador, a partir de suas concep??es e da interpreta??o de dados que conseguiu reunir. A pr?pria sele??o de dados tem muito a ver com as concep??es do pesquisador. Esse pressuposto revela-se por inteiro quando se trata de dar conta de uma seq??ncia hist?rica de quase quinhentos anos, em algumas centenas de p?ginas. Por isso mesmo, o que o leitor tem em m?o n?o ? a Hist?ria do Brasil tarefa pretensiosa e ali?s imposs?vel - mas uma Hist?ria do Brasil, narrada e interpretada sinteticamente, na ?ptica de quem a escreveu.

O recorte do passado, seja ele qual for, obedece a um crit?rio de relev?ncia e implica o abandono ou o tratamento superficial de muitos processos e epis?dios. Como todo historiador, fa?o tamb?m um recorte, deixando de lado temas que por si s?s mereceriam monografias. Entre tentar "incluir tudo", com o risco da incongru?ncia, e limitar-me a estabelecer algumas conex?es de sentido b?sicas, preferi a segunda op??o. Com esse objetivo, procurei integrar os aspectos econ?micos, pol?tico-sociais e, em certa medida, ideol?gicos da forma??o social brasileira, deixando de lado as manifesta??es da cultura, tomada a express?o em sentido estrito. Essa exclus?o n?o se baseou em um crit?rio de relev?ncia, mas de outra natureza que ? necess?rio esclarecer. Parti da constata??o de que o inter-relacionamento entre a estrutura s?cio-econ?mica e as manifesta??es da cultura ? por si s? um problema espec?fico, que demanda seguir outros e dif?ceis caminhos. Como n?o poderia percorr?-los, preferi deixar de lado os fatos da cultura, em vez de simplesmente enumer?-los, em um esfor?o de mera cataloga??o. Por exemplo: ao falar das Minas Gerais dos ?ltimos dec?nios do s?culo XVIII, deixei de lado o arcadismo liter?rio, a arquitetura e a m?sica barroca; ao lidar com os anos 20 deste s?culo, deliberadamente, n?o cogitei do movimento modernista.

Cabe ainda lembrar uma raz?o adicional para esse procedimento: um outro volume da cole??o versar? sobre a literatura.

O leitor poder? perceber, no correr da leitura, os pressupostos deste trabalho, mas h? alguns que conv?m explicitar. Rejeitei duas tend?ncias opostas, na exposi??o do processo hist?rico brasileiro. De um lado, aquela que v? a Hist?ria do Brasil como uma evolu??o, caracterizada pelo progresso permanente - perspectiva simplista que os anos mais recentes se encarregaram de desmentir. De outro lado, aquela que acentua na Hist?ria do Brasil os tra?os de imobilismo, como, por exemplo, o clientelismo, a corrup??o, a imposi??o do Estado sobre a sociedade, tanto na Col?nia como nos dias de hoje. A ?ltima tend?ncia est? geralmente associada ao pensamento conservador. Por meio dela, ? f?cil introduzir a id?ia da inutilidade dos esfor?os de mudan?a, pois o Brasil ? e ser? sempre o mesmo; conviria assim adaptar-se ?

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