História do Brasil

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Hist?ria do Brasil Afr?nio Peixoto (1876-1947)

Fonte digital Digitaliza??o da 2? edi??o em papel Biblioteca do Esp?rito Moderno - S?rie 3.? - Hist?ria e Biografia

Cia. Editora Nacional - 1944

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? 2008 Afr?nio Peixoto USO N?O COMERCIAL * VEDADO USO COMERCIAL

HIST?RIA DO BRASIL

Suceda o que suceder, o Brasil ser? sempre uma heran?a de Portugal.

ROBERT SOUTHEY -- "Hist?ria do Brasil". Londres, 1819, v. 3.?, c. XLIV, p?gs. 697.

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Afr?nio Peixoto (J?lio A. P.), m?dico legista, pol?tico, professor, cr?tico, ensa?sta, romancista, historiador liter?rio, nasceu em Len??is, nas Lavras Diamantinas, BA, em 14 de dezembro de 1876, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de janeiro de 1947. Eleito em 7 de maio de 1910 para a Cadeira n. 7, na sucess?o de Euclides da Cunha, foi recebido em 14 de agosto de 1911, pelo acad?mico Araripe J?nior.

Foram seus pais o capit?o Francisco Afr?nio Peixoto e Virg?nia de Morais Peixoto. O pai, comerciante e homem de boa cultura, transmitiu ao filho os conhecimentos que auferiu ao longo de sua vida de autodidata. Criado no interior da Bahia, cujos cen?rios constituem a situa??o de muitos dos seus romances, sua forma??o intelectual se fez em Salvador, onde se diplomou em Medicina, em 1897, como aluno laureado. Sua tese inaugural, Epilepsia e crime, despertou grande interesse nos meios cient?ficos do pa?s e do exterior. Em 1902, a chamado de Juliano Moreira, mudou-se para o Rio, onde foi inspetor de Sa?de P?blica (1902) e Diretor do Hospital Nacional de Alienados (1904). Ap?s concurso, foi nomeado professor de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907) e assumiu os cargos de professor extraordin?rio da Faculdade de Medicina (1911); diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro (1915); diretor da Instru??o P?blica do Distrito Federal (1916); deputado federal pela Bahia (1924-1930); professor de Hist?ria da Educa??o do Instituto de Educa??o do Rio de Janeiro (1932). No magist?rio, chegou a reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Ap?s 40 anos de

relevantes servi?os ? forma??o das novas gera??es de seu pa?s, aposentou-se.

A sua estr?ia na literatura se deu dentro da atmosfera do simbolismo, com a publica??o, em 1900, de Rosa m?stica, curioso e original drama em cinco atos, luxuosamente impresso em Leipzig, com uma cor para cada ato. O pr?prio autor renegou essa obra, anotando, no exemplar existente na Biblioteca da Academia, a observa??o: "incorrig?vel. S? o fogo." Entre 1904 e 1906 viajou por v?rios pa?ses da Europa, com o prop?sito de ali aperfei?oar seus conhecimentos no campo de sua especialidade, aliando tamb?m a curiosidade de arte e turismo ao interesse do estudo. Nessa primeira viagem ? Europa travou conhecimento, a bordo, com a fam?lia de Alberto de Faria, da qual viria a fazer parte, sete anos depois, ao casar-se com Francisca de Faria Peixoto. Em 1906, submeteu-se ?s provas do concurso em que ganharia as cadeiras de Medicina Legal e Higiene. Quando da morte de Euclides da Cunha (1909), foi Afr?nio Peixoto quem examinou o corpo do escritor assassinado e assinou o laudo respectivo.

Ao vir ao Rio, seu pensamento era de apenas ser m?dico, tanto que deixara de incursionar pela literatura ap?s a publica??o de Rosa m?stica. Sua obra m?dico-legal-cient?fica avolumava-se. O romance foi uma implica??o a que o autor foi levado em decorr?ncia de sua elei??o para a Academia Brasileira de Letras, para a qual fora eleito ? revelia, quando se achava no Egito, em sua segunda viagem ao exterior. Come?ou a escrever o romance A esfinge, o que fez em tr?s meses. O Egito inspirou-lhe o t?tulo e a trama novelesca, o eterno conflito entre o homem e a mulher que se querem, transposto para o ambiente requintado da sociedade carioca, com o ent?o tradicional veraneio em Petr?polis, as conversas do mundanismo, versando sobre pol?tica, neg?cios da Bolsa, assuntos liter?rios e art?sticos, viagens ao exterior. Em certo momento, no cap?tulo "O Barro Branco", conduz o personagem

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