Moçambique para todos



BRASIL: Edi??o Especial 1 NORDESTINO SUPER BRASILEIROCarta fechada aos meus caros confrades brasileirosde Jo?o Craveirinha – JC [1] (escrito em P.B.) Cart?o da UnB de JC em 2009Nota Prévia O tema deste texto é dedicado ao grande povo nordestino do Brasil. Povo nobre, trabalhador e inteligente. Dos 27 ESTADOS DO BRASIL, 9 S?O DO NORDESTE [2]. No entanto economicamente per capita é a regi?o geográfica mais “pobre” do país. Neste contexto pretende-se desconstruir o preconceito contra o nordestino fruto dos complexos bestas no Brasil durante o século 19 (1800-1899) e o século 20 (1900-1999) continuando pelo atual século 21. O autor deste texto (JC) que n?o é nordestino, em 2009 percorreu dentro do Brasil em 7 meses, cerca de 8 mil km de estrada em viagens de estudo pelo hinterland no ?mbito da sociologia cultural. Partidas de ónibus de Brasília (DF) e regresso via eixo de Anhanguera - excetuando a Teresina - Piauí (PI) 1.798 km de avi?o aconselhado por raz?es de seguran?a. Pela mesma raz?o e insuficiência financeira desiste da viagem de ónibus ao Pará de Belém (PA) a 2.134 km de Brasília, e daí a Rio Branco no Acre (AC) mais 4.854 km via Manaus no Estado do Amazonas (AM), Amaz?nia No total seriam 6.988 km. No entanto foram efetuados percursos do Distrito Federal (DF) Piauí (PI), no extremo nordeste, e de ónibus ao sudeste no Paraná (PR) das capivaras passando por Goiás (GO), Minas Gerais (MG) e S?o Paulo (SP) através do eixo da “Rodovia Anhanguera” também denominada SP-330 do sistema rodoviário BR-050 que liga Brasília ao porto de Santos. Do nordeste ao sudeste seria ParaDesenhadas uma linha geográfica sinuosa vertical debaixo de intenso calor e chuva tropical do sert?o brasileiro. A dist?ncia percorrida é equivalente de Brasília a Madrid (Espanha) por terra se fosse possível, sem o Oceano Atl?ntico pelo meio. Pelo caminho das 14 viagens entre os 6 Estados do Brasil: DF, PI, GO, MG, SP, PR, conviveu com pessoas de todas as condi??es sociais dos 27 Estados do Brasil. Em Brasília no Campus da UnB (Universidade de Brasília), em Teresina na Universidade de Piauí-PI, na UniCamp (Universidade de Campinas-SP) dialogou com cidad?os brasileiros, e outros n?o brasileiros – latino-americanos, africanos, asiáticos e europeus. Recolheu valiosos depoimentos sociológicos e culturais para sua pesquisa académica de campo em tempo recorde. Esgotante mas gratificante como experiência humana única. O Brasil tem cerca de 8.548.000,00 km?. Ora Mo?ambique tem cerca de 800.000 km?, e 3.000 km por estrada do extremo norte ao sul, fronteira da Tanz?nia (rio Rovuma-Quionga) com a ?frica do Sul (Ponta do Ouro-rio Maputso). Portugal cerca de 92.400 km? de norte a sul por estrada 1.080 km. No Brasil em 7 meses JC percorreu o equivalente a 3 voltas a Mo?ambique, de norte a sul, e 8 voltas a Portugal up and down do Minho ao Algarve. Introdu??o Historicamente o Brasil se fez grande com gente descendo a partir do NORDESTE desertificando-o ainda mais rumo ao centro, Tocantins e Goiás (hoje DF), ao litoral e interior do sudeste, ao sul, subindo de novo, e por aí afora se espalhando à Amaz?nia -AM. Uma nota comum: a m?o-de-obra esfor?ada e sacrificada nordestina “OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PL?CIDAS” [3]... A Brasília do planalto de JotaKá (JK) - Juscelino Kubitschek, os Estados do sudeste e respetivas cidades de S?o Paulo (herdeira de Piratininga) e Rio de Janeiro, em grande parte foram edificadas com nordestinos. No Brasil muita massa crítica cinzenta de mais-valia tem sido dos nordestinos na política, e nas artes e letras. Na cidade de S?o Paulo é só saberem de onde vieram, os que vivem e trabalham no duro já em 2?, 3?, 4?, 5? gera??es de nordestinos em camadas misturadas com outras comunidades mais recentes de louros, morenos, mais escuros, mais claros, de cabelos mais lisos ou bem encaracolados, nariz grosso ou fino etc. Muitos jovens de pais nordestinos em Brasília enchem o peito de orgulho e dizem: “MIM PAULISTA! MIM da CIDADE de S?O PAULO!” Isso porque os seus pais nordestinos – caminhoneiros – sejam do Maranh?o – MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, mas sobretudo do Piauí e do Ceará – os “fizeram” a caminho de S?o Paulo. Outros remigrando de novo de lá para Brasília. O nordeste da caatinga e da lei do canga?o do Lampi?o e da Maria Bonita - dos avós - esquecidos pelas 2? e 3? gera??es. Migra??o Tem sido gra?as à maci?a migra??o do nordestino para o centro e sul do país que se formou o pov?o brasileiro de hoje vindo já mesti?o do guarani com o afro e o português, galego e espanhol, francês, holandês e brit?nico remisturando-se ainda mais com os “recém-chegados” italiano, alem?o, japonês, libanês, sírio, egípcio, chinês, coreano, sueco, polaco, ucraniano, búlgaro e outros mais (modernos) africanos: nigerianos, angolanos, mo?ambicanos, cabo-verdianos, e os que vêm chegando ao Brasil e se fixam no “nosso” país tropical. Por outro lado esque?am os sobrenomes do lado do papai (fruto do machismo institucional e social brasileiro), e procurem os vossos sobrenomes do lado da mam?e, das vovós n?o registrados no cartório e escondidos intencionalmente há mais de 100 anos. Aí descobrir?o de onde vêm a vossa origem mais completa. O Grande Mineirinho JotaKá - Juscelino Kubitschek de Oliveira tinha sangue “ameríndio”, “negro”, português e polaco et cetera e tal, nunca os negou. Nem podia negar - o Sol tropical e a melanina o iriam “trair” escurecendo sua pele apesar da brilhantina no cabelo. Se é verdade que todo o “verdadeiro” brasileiro, moderno, tem um pé na senzala (sangue do neguinho) e outro na chácara perto da floresta (sangue guarani), também é verdade que tem a alma nordestina sertaneja do forró (for all), da sanfona e da briga “braba” de cabra-macho de navalha na m?o, do suco do fruto ou polpa do caju, da boia misturada com arroz e feijoada, castanha de caju assada, e churrasquinho ou carne seca ao sol com pimenta malagueta ou “dedo de mo?a”. Isso sem esquecer que o próprio mineirinho (MG) e o paulista(no) SP, catarinense (SC) gostam por demais de coisas doces s?o heran?as nordestinas do abuso do café com leite e a?úcar, e da rapadura, e do chocolate (cacau), heran?as dos tempos do engenho da cana sacarina, (dês)gra?as ao esfor?o suado dos escravos afros. [Ouvir BATUQUE NA COZINHA por Martinho da Vila]. Com efeito, a “salva??o” do brasileiro estará na alegria herdada do “negro” e ainda mais da “Negra” (e Cunh? guarani) duplamente suportando o machismo dos seus e dos senhores, mesmo assim, na desgra?a da escravatura superando a dor, o vexame, batucava, dan?ava, cantava, cozinhava os seus saborosos quitutes resistindo ao infortúnio da cruel desumanidade do feitor português, espanhol, francês e holandês. ? isso que salvou o Brasil e os brasileiros da frieza europeia de seus genes, sejam latinos ou nórdicos, ou eslavos – foram o gene e o génio africano de sobrevivência, e da grande na??o guarani da vó Cunh? “Iracema”, que salvaram os brasileiros no sangue e no ritmo da dan?a e no desporto. No Rio Grande do Sul é só observarmos o gaúcho, que lá está a marca nordestina do piauiense e do cearense cangaceiro com o seu humor fanfarr?o. Tra?os do maranhense procurem no carioca que se acha que fala bem a língua do português e melhor que ninguém. Aliás carioca nome que provém do povo CAR? da regi?o (RJ) que vivia na ?CA (grande cabana comunitária do dito ameríndio) nos séculos passados. Os Capixabas do Espírito Santo aí ent?o seriam nordestinos mirins na fisionomia.Conclus?o Há uma piada contada por paulista(no), com algum preconceito, que ilustra esse êxodo do nordestino a S?o Paulo: - O pai nordestino, batendo de leve a cabecinha do filhinho bebê diz: “Cresce fio, cresce. Que quando tu f? grande vai pra Sum Paulo! (Daí dizem as más-línguas teria vindo a forma achatada da cabe?a do nordestino). MEU COMENT?RIO: Ué como assim? Esse negócio de forma de cabe?a pela aparência visual, nada significa. Mesmo entre irm?os nordestinos “puro-sangue” do mesmo pai e m?e podem ter cabe?as ovais, redondas ou achatadas como todo mundo. Depende da hereditariedade. Conhe?o muito paulista(no), paranaense de Curitiba, de Porto Alegre (RS) e mesmo de Florianópolis, SC, etc., e tal que têm a cabe?a ligeiramente achatada no topo. Por esse critério ent?o ser?o todos de origem nordestina pois a terra “DOS FILHOS DESTE SOLO ?S M?E GENTIL / P?TRIA AMADA / BRASIL! [4] NOTAS PARENT?TICAS: [1] Jo?o Craveirinha (1947) é autor e pintor luso-mo?ambicano formado em Ciências da Cultura e Comunica??o pela Universidade de Lisboa – FLUL – onde é doutorando em 2011. [2]. A regi?o do NORDESTE é composta por 9 Estados, por ordem geográfica: – 1. MARANH?O - MA (capital S?o Luís) – 2. PIAU? - PI (capital Teresina) – 3. CEAR? - CE (capital Fortaleza) – 4. RIO GRANDE DO NORTE - RN (capital Natal) – 5. PARA?BA - PB (capital Jo?o Pessoa) – 6. PERNAMBUCO - PE (capital Recife) – 7. ALAGOAS - AL (capital Maceió) – 8. SERGIPE - SE (capital Aracaju) – 9. BAHIA - BA (capital Salvador). ?rea total: 1.561.177 km? / Popula??o (no ano 2.000): 47.693.253 habitantes [2]. (Muito milh?o e meio de quil?metros, e muito povo para n?o ser ignorado). [3] Verso inicial do Hino Nacional do Brasil. [4] Verso final do Hino Nacional do BrasilREFER?NCIAS:- Alencar, José (1865-1998). Iracema. Porto Alegre: L&PM Editores. [José de Alencar, 1829-1877].- Brasil - 27 Estados (2008). Mapa político – rodoviário -escolar - regional - informativo - turístico. S?o Paulo: Editora Trieste. - Cascudo, Luiz da C?mara (1964-2002-). Made in Africa (o Brasil). SP: Global Editora. (2? edi??o). [L. C?mara Cascudo, 1898-2009].Dinageca, Direc??o Nacional de Geografia e Cadastro (1997). Mo?ambique, Carta Turística. Fran?a: Institut Géographique National.- Ribeiro, Darcy (1995-2008) O Povo Brasileiro: a forma??o e o sentido do Brasil. S?o Paulo: Editora Companhia das Letras. [Darcy Ribeiro, 1922-1997]. WEBSITES: A regi?o Nordeste: Dist?ncias Geográficas a partir de Brasília: Geografia e demografia: / Ribeiro, Darcy; do autor JC no Brasil em 2009.1 2 3 45 6 7 81. Brasília: parte do staff do lar universitário Darcy Ribeiro do Campus da UnB. 2. Extremo nordeste: Universidade de Piauí em Teresina. 3. Centro de Brasília. 4. Jahú, interior de S?o Paulo: Arquitetura colonial portuguesa de cor azul e branca monárquica. 5. JC no hotel em Teresina numa rede ameríndia. Temperatura no exterior mais de 40? à sombra. 6. A única barbeira do Centro Rodoferroviário de Brasília que liga por terra todos os pontos do país. 7. Campinas, interior de S?o Paulo: UniCamp – Universidade de prestígio. 8. DF: Campus da UnB – exemplar da planta terapêutica “miraculosa” do mastruz ou mastru?o abundante em Brasília e no nordeste (Maranh?o). JCPróxima Edi??o Especial 2 - Brasil – Uma Dupla Sertaneja Imbatível: JotaKá e Lula! Jornal O Autarca – Beira - Mo?ambique: ................
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