Médicos federais terão reajuste de 15,8%
n? 15
Set / Out
2012
Boletim da Comiss?o Nacional
Pr¨®-SUS
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Associa??o M¨¦dica Brasileira (AMB)
Federa??o Nacional dos M¨¦dicos (FENAM)
M¨¦dicos federais ter?o
reajuste de 15,8%
O secret¨¢rio de Rela??es
do Trabalho do Minist¨¦rio do
Planejamento, S¨¦rgio Mendon?a, garantiu que os m¨¦dicos federais ter?o o reajuste de
15,8% oferecido pelo governo,
divididos em tr¨ºs anos, a partir
de 2013. ¡°Os m¨¦dicos est?o inclu¨ªdos e ter?o o mesmo valor
de reajuste que as outras categorias. R$ 1.000 para 40 horas
semanais e proporcionalmente
para 20 horas¡±, afirmou Mendon?a, durante encontro com
representantes das entidades
nacionais, em Bras¨ªlia.
A pedido das entidades, o
secret¨¢rio do Minist¨¦rio do
Planejamento prop?s a articula??o de uma agenda com
o Governo para atender ¨¤s
reivindica??es da categoria
m¨¦dica. Enquanto isso, segue
em tramita??o na C?mara dos
Deputados o Projeto de Lei
4369/2012, que reajusta a remunera??o dos servidores p¨²blicos federais.
A medida tenta retirar o preju¨ªzo aos m¨¦dicos ocasionado
pela aprova??o do PL de convers?o da MP 568. Desde 12
de setembro o projeto est¨¢
na Comiss?o de Trabalho, de
Administra??o e Servi?o P¨²blico (CTASP), sob a relatoria do
deputado Sebasti?o Bala Rocha (PDT-AP), que, em 19 de
setembro, recebeu representantes das entidades m¨¦dicas
para debater o tema.
HIST?RICO ¨C Nos ¨²ltimos
anos, a categoria mostrou
for?a com grandes mobiliza??es em todo o pa¨ªs. Unidos,
os m¨¦dicos buscam melhorias
nas condi??es de trabalho,
financiamento adequado
para o setor e qualifica??o
da assist¨ºncia ¨C pautas
que motivaram a campanha deste ano para o
Dia do M¨¦dico (confira o
banner ao lado).
As entidades que integram
a Comiss?o Nacional Pr¨®-SUS
seguir?o engajadas em a??es
que visem compensar as perdas
que somente os m¨¦dicos tiveram. Somente uma nova mobiliza??o nacional poder¨¢ fazer o
governo compreender a justi?a
da reivindica??o dos m¨¦dicos federais.
Em junho, uma hist¨®rica
mobiliza??o dos m¨¦dicos,
seguida de uma s¨¦rie de
protestos em todo o pa¨ªs,
fizeram o governo recuar
no texto original da MP
568, que reduzia em 50%
os sal¨¢rios da cate-goria.
Contudo, ao regulamentar a MP o governo excluiu os m¨¦dicos das diversas carreiras, como a
PST (Previd¨ºncia, Sa¨²de
e Trabalho), quanto ¨¤s
gratifica??es
e
criou
tabelas espec¨ªficas para
os profissionais de medicina.
AGENDA: a pr¨®xima reuni?o da Comiss?o Nacional Pr¨®-SUS
est¨¢ prevista para o ¨²ltimo bimestre deste ano.
Na oportunidade, ser¨¢ realizado um balan?o das atividades
de 2012, e ser?o tra?adas as estrat¨¦gias para 2013.
1
Sa¨²de+10 ter¨¢ primeira contagem
de assinaturas
A coordena??o nacional do Movimento Nacional em Defesa da
Sa¨²de P¨²blica, o Sa¨²de+10, vai
realizar em 30 de outubro a primeira contagem de assinaturas
coletadas em todo o pa¨ªs. O objetivo da a??o ¨¦ arrecadar 1,5 milh?o
de assinatu-ras necess¨¢rias para
a aprova??o do Projeto de Lei de
iniciativa Popular que define percentual m¨ªnimo de 10% da Renda
Bruta da Uni?o para aplica??o em
a??es e servi?os p¨²blicos de sa¨²de.
da defini??o do cronograma do
Movimento (veja abaixo), foram
tra?adas novas estrat¨¦gias de
divulga??o e fortalecimento da
campanha.
A partir deste m¨ºs, membros da
coordena??o nacional visitar?o as
27 unidades da federa??o, para
realizarem Atos de fortalecimento da Sa¨²de P¨²blica Brasileira. O
objetivo ¨¦ apresentar a campanha
para autoridades, organiza??es
da sociedade civil e popula??o
de modo geral. Saiba mais em:
.br.
No ¨²ltimo encontro da coordena??o nacional (03/10), al¨¦m
Confira as cidades que receber?o a
visita de membros do Movimento:
Cronograma do Sa¨²de+10:
30 de outubro: 1? contagem do n¨²mero de assinaturas
15 de dezembro: 2? Contagem do n¨²mero de assinaturas
07 de Abril: Entrega das assinaturas ao Congresso Nacional
Bel¨¦m ¨C 30 de outubro
Porto Alegre ¨C 16 de novembro
Goi?nia ¨C 29 de novembro
Belo Horizonte ¨C 21 de novembro
Nordeste: Recife ¨C 12 de novembro
CAE aprova vincula??o de
10% da receita da Uni?o
Desvio de verba p¨²blica pode
se tornar crime hediondo
A Comiss?o de Assuntos Econ?micos (CAE) do Senado aprovou a vincula??o de 10% das receitas correntes
brutas da Uni?o a a??es e servi?os de sa¨²de p¨²blica. A
decis?o rejeita o projeto da C?mara e aprova o do Senado, na forma de substitutivo. O PLS 156/2007, que ser¨¢
agora votado pelo Plen¨¢rio do Senado, obriga a Uni?o a
elevar gradualmente os gastos com sa¨²de p¨²blica at¨¦
atingir o percentual m¨ªnimo, no prazo de quatro anos.
Os desvios de recursos nas ¨¢reas de educa??o e
sa¨²de poder?o se tornar crimes hediondos. ? o que
estabelece o PL 676/2011, aprovado na Comiss?o de
Educa??o, Cultura e Esporte do Senado Federal. O texto
ser¨¢ analisado, em decis?o terminativa, pela Comiss?o
de Constitui??o, Justi?a e Cidadania, mas antes ser¨¢
analisada pela comiss?o especial que discute a reforma
Eventos pelo Brasil
Ebserh em debate
Aconteceu no Rio de Janeiro, em 10 de setembro, o I F¨®rum de Discuss?o sobre a Ebserh ¨C Empresa Brasileira de Servi?os Hospitalares.
A autonomia universit¨¢ria, a constitucionalidade da empresa, a preocupa??o com a gradua??o e com a administra??o indireta dos hospitais
universit¨¢rios foram os principais pontos debatidos por aproximadamente 100 m¨¦dicos e professores que se reuniram durante o encontro.
Vinculada ao Minist¨¦rio da Educa??o e sediada em Bras¨ªlia (DF), a
Ebserh ¨¦ uma empresa p¨²blica de personalidade jur¨ªdica de direito
privado e patrim?nio pr¨®prio. A empresa foi criada para administrar
os recursos financeiros e humanos dos hospitais universit¨¢rios das
Institui??es Federais de Ensino Superior. Sancionada em 2010, a lei
12.550, que criou a Ebserh, n?o ¨¦ clara nas obriga??es da Empresa e
n?o descreve o que ela pode ou n?o fazer.
A pol¨ºmica em torno da empresa surgiu quando a Medida Provis¨®ria
520 foi sancionada, em 31 de dezembro de 2010, em resposta ao TCU
sobre a cobran?a por concursos p¨²blicos e solu??o para os 27 mil terceirizados nos hospitais universit¨¢rios. Na ¨¦poca, 70 entidades foram
contra a MP, por ser o capital 100% da Uni?o.
F¨®runs discutem Urg¨ºncia e
Emerg¨ºncia
A exemplo das edi??es anteriores, o III F¨®rum Nacional de Urg¨ºncia e Emerg¨ºncia reuniu especialistas
para debater os in¨²meros aspectos que envolvem
o trabalho m¨¦dico na ¨¢rea. Realizado entre os dias
15 e 16 de outubro, em Porto Alegre (RS), o encontro abordou temas como: atendimento m¨¦dico de
emerg¨ºncia no Brasil tem o m¨¦dico exposto e a popula??o insatisfeita; dimensionamento e gerenciamento
de fluxo; forma??o para o trabalho m¨¦dico na ¨¢rea;
capacita??o dos m¨¦dicos das emerg¨ºncias e urg¨ºncias; como valorizar o m¨¦dico dessa ¨¢rea; e ¨¦tica nas
emerg¨ºncias.
J¨¢ no Estado do Amazonas, o Conselho Regional de
Medicina realizou, tamb¨¦m em setembro, o F¨®rum
das Regi?es Norte, Nordeste e Centro-Oeste de
Urg¨ºncia e Emerg¨ºncia. Entre os temas a abordados
no encontro, est?o: situa??o atual da implanta??o da
classifica??o de risco nos hospitais; o papel do
2
SUS perde 42 mil leitos em sete anos
An¨¢lise do Conselho Federal de Medicina aponta queda de leitos e falta de investimentos na
sa¨²de p¨²blica como obst¨¢culos para o exerc¨ªcio da medicina
Na rede p¨²blica de sa¨²de, quase 42 mil leitos foram desativados nos ¨²ltimos sete anos. Dentre as especialidades
mais atingidas com o corte est?o psiquiatria (-9.297 leitos), pediatria (-8.979), obstetr¨ªcia (-5.862), cirurgia geral
(-5.033) e cl¨ªnica geral (-4.912). As informa??es integram an¨¢lise do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre os
aspectos que dificultam o trabalho do m¨¦dico, como a falta de investimento e de infraestrutura. Confira ao lado a
queda de leitos dispon¨ªveis no Sistema ?nico de Sa¨²de (SUS) em cada estado.
Na avalia??o da entidade m¨¦dica, grande parte dos problemas do Sistema ?nico de Sa¨²de (SUS) passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma pol¨ªtica eficaz de presen?a do Estado. Para o Minist¨¦rio da Sa¨²de, a queda de
leitos representa uma tend¨ºncia mundial devido aos avan?os em equipamentos e medicamentos que possibilitam
o tratamento sem necessidade de interna??o do paciente. Mas apesar da nova tend¨ºncia, o governo alega que tem
investido na cria??o de novos leitos hospitalares, como a meta de criar 1.783 novos leitos para o SUS em 2012 ante
1.296 habilitados em 2011.
O levantamento teve como base os dados apurados junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sa¨²de
(CNES), do Minist¨¦rio da Sa¨²de, nos meses de outubro de 2005 e junho de 2012. A pesquisa, realizada no endere?o
eletr?nico , considerou ainda os chamados leitos complementares (Unidades de Terapia Intensiva e Unidades Intermedi¨¢rias).
Conselho
o defende obrigatoriedade
do exame Revalida
Fontes: Cadastr
Cadastro
ro Nacional de Estabelecimentos de Sa¨²de (CNES/MS)
(CNES/MS).
Proposta fixa
prazo no sus
3
Acontece nos estados
CRM cobra solu??o para
emerg¨ºncia que funciona
em conteiners no RJ
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de
Janeiro (Cremerj) pediu que os pacientes da emerg¨ºncia
do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte da capital fluminense, sejam realocados em outras unidades em.
O pedido foi feito no dia 10 de outubro, ap¨®s o Conselho
fiscalizar o hospital. Foram encaminhados of¨ªcios para o
Tribunal de Justi?a do Rio de Janeiro, Minist¨¦rio da Sa¨²de
e secretarias Estadual e Municipal de Sa¨²de.
H¨¢ mais de um ano, a emerg¨ºncia do hospital funciona
de forma provis¨®ria em cont¨ºineres. O antigo espa?o foi
fechado para uma reforma, mas as obras est?o paradas.
H¨¢ uma grande dificuldade para encontrar leitos de retaguarda, ou seja, destina??o para pacientes que n?o est?o mais na fase emergencial e necessitam de tratamento
prolongado. O Hospital Federal de Bonsucesso ¨¦ refer¨ºncia
para a Zona Norte da cidade, e recebe tamb¨¦m muitos pacientes da Baixada Fluminense.
Comiss?o retoma visitas a
hospitais de emerg¨ºncia
Com o retorno das atividades legislativas, ap¨®s o per¨ªodo
de elei??es, a Comiss?o de Direitos Humanos e Minorias
da C?mara dos Deputados retomou o trabalho de vistoria
nos hospitais de emerg¨ºncia brasileiros. Para finalizar o
cronograma deste ano, as pr¨®ximas cidades a serem visitadas foram decididas em reuni?o dos membros, que conta
com representantes das entidades m¨¦dicas. Cuiab¨¢ (MT)
receber¨¢ a Comiss?o em novembro e Porto Alegre (RS) em
dezembro.
Desde julho do ano passado o grupo, composto por
parlamentares e membros da Comiss?o Pr¨®-SUS, j¨¢ realizou diversas visitas, cujos relatos integrar?o um dossi¨º preliminar que ser¨¢ elaborado at¨¦ o in¨ªcio do recesso
parlamentar (20 de dezembro). O objetivo ¨¦ tra?ar um diagn¨®stico, reconhecer a situa??o em loco e depois tomar
as medidas necess¨¢rias, apelando ao Minist¨¦rio da Sa¨²de
e governos estadual e municipal.
SP faz projeto de Lei para
plano de cargos e sal¨¢rios
e de carreira
No Dia do M¨¦dico (18), o governador de S?o Paulo,
Geraldo Alckmin, assinou projeto de lei que institui plano
de cargos e sal¨¢rios e de carreira m¨¦dica. O projeto est¨¢
sendo encaminhado ¨¤ Assembleia Legislativa e, se aprovado, ir¨¢ abranger todos os m¨¦dicos do Estado de S?o
Paulo, incluindo pensionistas e aposentados.
O plano incluir¨¢ tr¨ºs classes de m¨¦dicos (I, II e III).
Um profissional da classe III, por exemplo, receber¨¢,
com teto de produtividade, at¨¦ R$ 7,5 mil por jornada
de 24 horas semanais, R$ 6,3 mil por 20 horas e R$ 3,8
mil por 12 horas. Aos profissionais iniciantes enquadrados na classe III, com carga hor¨¢ria de 40 horas e que
receba o teto do Pr¨ºmio de Produtividade M¨¦dica, al¨¦m
da Gratifica??o Executiva, por exemplo, est?o previstos
sal¨¢rios de R$ 14,5 mil. Os m¨¦dicos com cargos de chefia ter?o remunera??o diferenciada. A remunera??o m¨¦dia atual de um profissional m¨¦dico da rede estadual ¨¦
de R$ 3,7 mil.
Entidades m¨¦dicas pedem
interven??o federal no RN
O CFM, o CRM-RN e a Fenam pediram ao Minist¨¦rio
da Sa¨²de que seja feita interven??o federal no Sistema
?nico de Sa¨²de (SUS) do estado. Em vistoria ao maior
hospital p¨²blico potiguar, Hospital Walfredo Gurgel, em
agosto, uma comiss?o formada por representantes de
entidades nacionais identificou problemas que ferem os
princ¨ªpios da ¨¦tica e da dignidade humana.
A reivindica??o foi apresentada no m¨ºs seguinte ¨¤
visita dos m¨¦dicos ao estado, durante audi¨ºncia com o
assessor especial do ministro, Jos¨¦ Evaldo Gon?alo. Um
dos argumentos ¨¦ que o pr¨®prio governo do RN declarou estado de calamidade p¨²blica na sa¨²de h¨¢ mais
de dois meses, sendo que desde ent?o o quadro de
caos n?o apresentou mudan?as. O caso tam-b¨¦m foi
alvo de outras a??es por parte das entidades m¨¦dicas
que apresentaram den¨²ncias ¨¤ Organiza??o dos Estados Americanos (OEA), com foco nos direitos humanos.
COMISS?O NACIONAL PR?-SUS
Coordenador: Alo¨ªsio Tibiri?¨¢. Membros: Abdon Jos¨¦ Murad Neto, Alceu Jos¨¦ Pimentel,
Ceuci de Lima Xavier, Cid C¨¦lio Jayme Carvalhaes, Cl¨¢udio Baldu¨ªno Couto Franzen,
Darley Rugeri Wollmann J¨²nior, Jo?o Ladislau Rosa, Jos¨¦ Maria Pontes, Hermann Tiesenhausen,
Jos¨¦ Fernando Vinagre, Makhoul Moussalem, M¨¢rcio Bichara, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, Modesto Jacobino,
Roberto Queiroz Gurgel, Roberto Ten¨®rio de Carvalho, Wilton Mendes e Wirlande Santos da Luz.
Conselho Federal de Medicina - Tel: (61) 3445-5900 Fax: (61) 3246-0231
e-mail comissoes@.br
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