AIA DO PROJECTO DO OLEODUTO DESDE A UNIDADE CENTRAL DE ANE ATÉ A ... - ERM
Resumo N?o T¨¦cnico
AIA DO PROJECTO DO OLEODUTO DESDE A UNIDADE CENTRAL DE
PROCESSAMENTO EM TEMANE AT? A UNIDADE FLUTUANTE MARINHA
DE ARMAZENAMENTO & ESCOAMENTO NA PROV?NCIA DE INHAMBANE,
MO?AMBIQUE
OBJECTIVO DO PRESENTE DOCUMENTO
Este documento apresenta um resumo do Relat¨®rio
Preliminar de Defini??o do ?mbito para o Projecto
Oleoduto desde a Unidade de Processamento Central
em Temane at¨¦ a Unidade Flutuante Marinha de
Armazenamento & Escoamento na Prov¨ªncia de
Inhambane da Sasol, que inclui uma descri??o do
Projecto proposto e do processo de AIA associado. Este
documento visa auxiliar as partes interessadas a
adquirir um entendimento do Projecto proposto e
providenciar uma orienta??o sobre a forma como as
partes interessadas se podem registar e estar
envolvidas no Processo de AIA.
ANTECEDENTES DO PROJECTO
A Sasol Petroleum Mo?ambique Limitada (Sasol) obteve
a aprova??o do Conselho de Ministros de Mo?ambique
relativamente aos Acordos de Partilha de Produ??o
(APP) do Plano de Desenvolvimento (PD) que ir¨¢
proporcionar o desenvolvimento de recursos adicionais
de hidrocarbonetos com vista a apoiar o crescimento
econ¨®mico de Mo?ambique.
Processamento de L¨ªquidos (LPF) adjacente ¨¤ CPF, para
processar o g¨¢s adicional, condensado e petr¨®leo leve
Figure 1.
O Projecto de Desenvolvimento no ?mbito do APP e de
Produ??o de GPL ir¨¢ incluir uma instala??o para
produzir GPL destinado a substituir a maior parte do
GPL actualmente importado para Mo?ambique a um
custo significativamente menor.
Actualmente, a Unidade Central de Processamento
(CPF) em Temane ¨¦ alimentada por 24 po?os de
produ??o em terra, 12 situados no Campo de Temane e
12 no Campo de Pande. A produ??o actual na CPF situase em cerca de 197 Gigajoules de g¨¢s por ano e 250m3
de condensado por dia (uma mistura de baixa
densidade de hidrocarbonetos l¨ªquidos que est?o
presentes como componentes gasosas).
Dada a incerteza sobre a quantidade de petr¨®leo leve
que ser¨¢ produzida, a Sasol deseja obter a devida
licen?a para duas op??es de transporte a fim de
providenciar flexibilidade no planeamento posterior,
logo que os volumes l¨ªquidos sejam confirmados. As
duas op??es s?o:
1) Transporte rodovi¨¢rio; e
A Sasol est¨¢ empenhada na avalia??o e
desenvolvimento faseado dos recursos adicionais de
petr¨®leo e g¨¢s dentro das suas ¨¢reas de concess?o. Em
2014, teve in¨ªcio um Estudo de Impacto Ambiental
detalhado no ?mbito do APP na Produ??o de G¨¢s de
Petr¨®leo Liquefeito, que envolve a expans?o da CPF e o
desenvolvimento de uma nova Central de
2) Oleoduto Terrestre e Unidade Flutuante Marinha de
Armazenamento & Escoamento.
1
O transporte rodovi¨¢rio ser¨¢ utilizado se os volumes de produ??o de petr¨®leo leve estabilizado forem relativamente
baixos. A segunda op??o de transporte, e mais adequada a volumes maiores, e consiste em bombear o petr¨®leo leve
atrav¨¦s de oleoduto terrestre e marinho para uma Unidade Flutuante Marinha de Armazenamento e Escoamento (FSO),
onde ser¨¢ exportado por navios aliviadores. ? poss¨ªvel que, inicialmente, o transporte seja feito por via rodovi¨¢ria,
seguida pela op??o de transporte por oleoduto / armazenamento marinho ¨¤ medida que os volumes aumentem. Esta
¨²ltima op??o, conhecida como Projecto do Oleoduto e FSO da Sasol para a exporta??o do petr¨®leo leve estabilizado,
constitui a mat¨¦ria do presente Relat¨®rio Preliminar de Defini??o do ?mbito.
Figura 1 Diagrama de Configura??o do Projecto de Desenvolvimento no ?mbito do APP
e Projecto de Produ??o de GPL Incluindo Op??es de Transporte
DESCRI??O DO PROJECTO
ROTA DO OLEODUTO E LOCALIZA??O DA FSO
A Sasol est¨¢ a planear o desenvolvimento de um
oleoduto e uma FSO marinha na Prov¨ªncia de
Inhambane, sujeito ¨¤ obten??o de resultados
satisfat¨®rios da campanha inicial de perfura??o no
?mbito do APP (em 2016).
A rota do oleoduto e a localiza??o da FSO est?o
ilustradas na Figura 2. A rota do oleoduto terrestre
come?ar¨¢ na LPF e seguir¨¢ a rota existente do corredor
da linha-tronco de Pande, por aproximadamente 32km
no sentido norte. A rota do oleoduto virar¨¢ no sentido
nordeste e atravessar¨¢ a estrada nacional EN1 e outras
infra-estruturas (a aproximadamente 8km do ponto
onde o oleoduto vira), antes de atravessar o Rio Govuro
e sua plan¨ªcie de inunda??o associada (a
aproximadamente 10km da EN1). A uma dist?ncia
aproximada de 6km do Rio Govuro, o oleoduto
terrestre terminar¨¢ na central de v¨¢lvulas a ser
localizada na praia a aproximadamente 20km a norte
de Inhassoro. A rota de mar¨ªtima proposta do oleoduto
at¨¦ ¨¤ FSO estender-se-¨¢ -at¨¦ aproximadamente 50km
da costa. A FSO ficar¨¢ instalada num local fixo no
enquadramento de um bloco de 2 x 2km, a
aproximadamente 50 km a nordeste do Parque
Nacional do Arquip¨¦lago de Bazaruto (PNAB), com uma
profundidade de ¨¢gua de aproximadamente 50m.
O objectivo do Projecto ¨¦ exportar petr¨®leo leve
estabilizado atrav¨¦s de um oleoduto a partir da nova
LPF, adjacente ¨¤ CPF de Temane, para uma FSO
marinha localizada a norte do Arquip¨¦lago de Bazaruto.
Esta FSO ter¨¢ uma capacidade para armazenar at¨¦
500 000 bbl de petr¨®leo leve estabilizado a bordo e
fazer a transfer¨ºncia de 300 000 bbl num prazo de 24
horas.
Defini??es ?teis
FSO ¨C uma embarca??o flutuante permanentemente ancorada para o
armazenamento e descarregamento de petr¨®leo leve estabilizado.
Navio aliviador ¨C uma embarca??o para a exporta??o de petr¨®leo.
2
A ?rea do Projecto estar¨¢ localizada nos Postos Administrativos de Inhassoro e Bazaruto, na Prov¨ªncia de Inhambane. Os
povoados mais pr¨®ximos ao oleoduto terrestre s?o Masadge, Catine, Pere, Chinhocane, Temane e Chibo, dos quais estes
dois ¨²ltimos s?o os mais pr¨®ximos.
Figura 2: Localiza??o e Disposi??o do Projecto
3
est?o
(abaixo da linha de ¨¢gua). A FSO ser¨¢ desenhada para
uma vida ¨²til de servi?o cont¨ªnuo de 15 anos sem
atracagem do navio em costa.
Infra-estruturas terrestres
Instala??es para exporta??o de petr¨®leo leve (bombas
e infra-estruturas de manuten??o do oleoduto),
localizadas dentro da LPF.
A FSO ter¨¢ possibilidade de acomodar uma tripula??o
m¨¢xima de at¨¦ 50 elementos, tendo em conta os
per¨ªodos que requerem um n¨ªvel elevado de efectivos,
como ¨¦ o caso da fase de montagem e conex?o inicial e
da fase de comissionamento.
INFRA-ESTRUTURAS, INSTALA??ES E ACTIVIDADES DO PROJECTO
As principais caracter¨ªsticas
resumidas a seguir.
do
Projecto
Um oleoduto terrestre enterrado, entre a LPF e a
esta??o de v¨¢lvulas localizada na praia, com uma
extens?o aproximada de 57 km. O oleoduto inclui
v¨¢lvulas de seguran?a na travessia do Rio Govuro e uma
esta??o de v¨¢lvulas localizada na praia de forma a
isolar, com seguran?a, o oleoduto na eventualidade de
um derrame de petr¨®leo.
A esta??o de v¨¢lvulas localizada na praia ficar¨¢ na costa
a uma dist?ncia aproximada de 20km a norte de
Inhassoro, e no lado interior da encosta costeira e ter¨¢
uma pegada de aproximadamente 30m x 30m. Esta
esta??o ir¨¢ incluir os sistemas de repara??o, testes,
seguran?a e manuten??o.
Figura 3: FSO com Torre de Ancoragem
Beira
A base de apoio ficar¨¢ localizada no Porto da Beira em
Mo?ambique num espa?o industrial existente que n?o
se encontra utilizado. A base de apoio ir¨¢ providenciar
todos os suprimentos, embarca??o de apoio e servi?os
para a FSO.
Infra-estruturas Marinhas
Um oleoduto marinho (enterrado por baixo do leito do
mar em ¨¢guas com uma profundidade de at¨¦ 10m) ser¨¢
constru¨ªdo a partir da esta??o de v¨¢lvulas localizada na
praia at¨¦ uma dist?ncia aproximada de 50km em altomar. O oleoduto marinho ser¨¢ projectado de forma a
permitir a sua inspec??o e limpeza peri¨®dica.
As embarca??es de apoio ir?o incluir embarca??es de
abastecimento de ¨¢gua e fornecimento de alimentos,
remo??o de res¨ªduos e troca de tripula??es e uma
embarca??o para fornecer apoio operacional ¨¤ FSO
incluindo resposta a emerg¨ºncias.
Estruturas de apoio ao oleoduto, tais como a base da
coluna de ascens?o, v¨¢lvula de seguran?a, coluna de
ascens?o e umbilical ser?o localizadas no leito do mar,
a aproximadamente 50km no mar. A base da coluna de
ascens?o e a v¨¢lvula de seguran?a ir?o ligar com o
tro?o do oleoduto entre a praia e a FSO atrav¨¦s de uma
conduta flex¨ªvel, ou coluna de ascens?o, que ter¨¢
instalado um mecanismo de seguran?a para isolar o
fluxo de petr¨®leo para a FSO, na eventualidade de uma
emerg¨ºncia. O umbilical que liga a FSO a base da coluna
de ascens?o ir¨¢ fornecer controlos e energia hidr¨¢ulica
ao sistema.
Figura 4: Embarca??o T¨ªpica para a Coloca??o de
Condutas marinhas
FSO
A FSO ficar¨¢ permanentemente ancorada enquanto
esteja em fase de opera??o a uma profundidade de
50m usando um sistema de torre de ancoragem (uma
estrutura semelhante a uma torre, que est¨¢ fixa ¨¤ FSO).
O sistema de ancoragem da FSO ser¨¢ instalado na proa
do navio enquanto a plataforma de descarregamento
ficar¨¢ instalada na popa do navio. A FSO ter¨¢
aproximadamente 234m de comprimento e 42m de
largura com um calado operacional de entre 7 a 15m
4
considerando tanto o Regulamento sobre o Processo
de Avalia??o do Impacto Ambiental (Decreto N?.
45/2004 conforme altera??es atrav¨¦s do Decreto
N?. 42/2008), como o Regulamento Ambiental para as
Opera??es Petrol¨ªferas (Decreto 56/2010).
Figura 5: Metodologia de Instala??o do Oleoduto
Terrestre
FASES DO PROJECTO E PRAZOS
Os trabalhos de mobiliza??o e as actividades de
constru??o do projecto est?o previstas para come?ar
no terceiro trimestre do ano de 2019 e estar pronto
para entrar em funcionamento no terceiro trimestre do
ano de 2021. As actividades planeadas para o Projecto
s?o resumidas da seguinte forma:
A Sasol efectuou a Instru??o do Processo para este
Projecto junto do MITADER conforme exigido nos
termos do Decreto N?. 45/2004. O Projecto foi
classificado como um Projecto de ¡®Categoria A ¡¯,
N¨²mero de Refer¨ºncia 90/180/DGA/DPTADER/16. O
licenciamento de Projectos de Categoria A deve ser
suportado por um Relat¨®rio de Impacto Ambiental
(REIA), que deve incluir um processo de participa??o
p¨²blica em conformidade com os requisitos de
regulamenta??o ambiental Mo?ambicanos.
A Environmental Resources Management International
Services Ltd (ERM) e a Impacto Lda. foram designadas
pela Sasol para proceder ¨¤ Avalia??o de Impacto
Ambiental (AIA) e ao processo de participa??o p¨²blica
para este Projecto.
A Sasol est¨¢ comprometida em gerir as quest?es
ambientais e sociais em conformidade com os
regulamentos e leis relevantes de Mo?ambique bem
como com as boas pr¨¢ticas internacionais aplic¨¢veis
especificamente com os Padr?es de Desempenho da
Corpora??o Financeira Internacional (IFC PS) e as
Directrizes de Sa¨²de, Seguran?a e Ambiente (SSA).
Figura 6 Actividades planeadas para o Projecto
O PROCESSO DE AVALIA??O DE IMPACTO AMBIENTAL
O Projecto ir¨¢ necessitar de uma Licen?a Ambiental
outorgada pelo Minist¨¦rio da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural (MITADER), em conformidade
com a Lei Nacional do Ambiente (Lei N? 20/1997),
O processo de AIA e as oportunidades de envolvimento
das partes interessadas para este Projecto est?o
ilustrados na Figura 7.
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