MANUAL DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE AMORA
MANUAL DE PRODU??O INTEGRADA DE AMORA
DIRE??O REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGR?RIO DIRE??O DE SERVI?OS DE AGRICULTURA E PECU?RIA | 2012
MANUAL DE PRODU??O INTEGRADA DE AMORA
Autor Jos? Adriano Mota Edi??O Governo dos A?ores Secretaria Regional da Agricultura e Florestas Dire??o Regional do Desenvolvimento Agr?rio fotografia Banco de imagens da Dire??o de Servi?os de Agricultura e Pecu?ria (Dire??o Regional do Desenvolvimento Agr?rio) Internet Pagina??o e Impress?o Vanessa Branco, Nova Gr?fica, Lda. Tiragem 125 exemplares Dep?sito Legal 343151/12 abril 2012
Laborat?rio Regional de Sanidade Vegetal
?NDICE
1. Introdu??o............................................................................................4 2. Pr?ticas culturais..................................................................................5
2.1. Materiais de propaga??o............................................................5 2.2. Prepara??o do terreno...............................................................5 2.3. Fertiliza??o de fundo e de cobertura.........................................5 2.4. Compasso de planta??o.............................................................6 2.5. Planta??o....................................................................................6 2.6. Poda...........................................................................................6 2.7. Colheita......................................................................................6 3. Prote??o Integrada...............................................................................8 3.1. Produtos fitofarmac?uticos autorizados....................................8 3.2. Efeitos secund?rios dos produtos fitofarmac?uticos
autorizados sobre os auxiliares..................................................9 3.3. N?veis Econ?micos de Ataque..................................................10 4. Caderno de Campo..........................................................................14 5. Bibliografia......................................................................................31 6. Notas...............................................................................................32
1. Introdu??o
A agricultura tem um papel muito importante na defesa e Os n?veis populacionais das pragas e os estragos que provo-
manuten??o da qualidade dos recursos ambientais, assim cam, assim como os n?veis de ataque das doen?as, devem ser
como na melhoria da qualidade e seguran?a dos alimentos estimados periodicamente por amostragem (estimativa do
que produz, pelo que t?m de ser adotados novos modos de risco). As t?cnicas da estimativa do risco podem ser diretas
produ??o, dos quais se destaca a produ??o integrada.
(observa??o visual) e/ou indiretas (essencialmente uso de
armadilhas) e devem ser sempre complementadas pela feno-
Em produ??o integrada pretende-se produzir alimentos de logia da cultura, pela suscetibilidade varietal e pelos fatores
elevada qualidade e utilizar os recursos naturais e mecanismos clim?ticos.
de regula??o natural em substitui??o de fatores de produ??o
prejudiciais ao ambiente, de modo a assegurar, a longo prazo, Perante os resultados da estimativa do risco, recorre-se ent?o
uma agricultura vi?vel. A preserva??o e melhoria da fertilidade aos n?veis econ?micos de ataque ou a modelos de desenvolvi-
do solo e da biodiversidade e a observa??o de crit?rios ?ticos mento de pragas e de doen?as para avaliar a indispensabilida-
e sociais s?o essenciais em produ??o integrada.
de de interven??o com meios diretos de luta (Amaro, 2003).
As culturas s?o vistas e tratadas como ecossistemas agr?rios, cuja perturba??o deve ser, tanto quanto poss?vel, minimizada. A biodiversidade ? o pilar da estabilidade do ecossistema, dos mecanismos de regula??o natural e da qualidade da paisagem. Poder? constituir um importante recurso, com car?ter funcional (biodiversidade funcional), permitindo a redu??o de interven??es com impactos negativos, como a realiza??o de tratamentos fitossanit?rios.
Em prote??o integrada d?-se prioridade ?s medidas indiretas,
que devem ser esgotadas antes da utiliza??o de meios diretos
de luta, no combate aos inimigos das culturas. Os meios diretos
de luta s?o utilizados de forma a manter as popula??es dos Em prote??o integrada ? importante aceitar ou tolerar a
inimigos das culturas abaixo de n?veis que causam preju?zos, presen?a de popula??es de pragas a n?veis que n?o causem
designados n?veis econ?micos de ataque. A tomada de decis?o preju?zos. Nesse sentido foi definido o conceito de N?vel
baseia-se na utiliza??o das melhores t?cnicas dispon?veis, tais Econ?mico de Ataque (NEA), o qual corresponde ? densidade
como m?todos de diagn?stico, estimativa do risco e modelos da popula??o de uma praga a que devem ser tomadas
de previs?o.
medidas de combate para impedir que o aumento dessa
popula??o atinja o n?vel prejudicial de ataque. Por outro
De um modo geral, ? sempre necess?rio recorrer em maior ou lado, o N?vel Prejudicial de Ataque (NPA) ? a mais baixa
menor grau e com maior ou menor frequ?ncia ao emprego de densidade populacional de uma praga que causar? preju?zos,
produtos fitofarmac?uticos para combater pragas e agentes pa- ou seja a redu??o de produ??o com import?ncia econ?mica.
tog?nicos. Pelo menos, ? quase sempre imprescind?vel a aplica- O NPA pode tamb?m ser definido como a densidade
??o de fungicidas. A utiliza??o destes produtos continuar? a ser da popula??o da praga em que o custo das medidas de
uma ferramenta indispens?vel ? prote??o das culturas. Assim combate iguale o preju?zo causado pela praga (Amaro, 2003).
sendo, a escolha criteriosa de produtos de menor toxicidade, que
favore?am, ou pelo menos n?o contrariem, a a??o da limita??o O N?vel Econ?mico de Ataque est? assim associado ? avalia??o
natural devida aos auxiliares, ? um objetivo primordial e requer de popula??es de fit?fagos (pragas) e dos seus efeitos, mas
um melhor conhecimento dos respetivos efeitos secund?rios. deve tamb?m considerar a fauna auxiliar a eles associada.
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