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Tiragem Certificada pela

verdade.co.mz ? siga-nos no verdademz

Sexta-Feira 03 de Dezembro de 2010 ? Venda Proibida ? Edi??o N? 114 ? Ano 3 ? Director: Erik Charas

2xx Faltam

dias para os

CIDAD?O REPORTER

Denuncie quando vir problemas na sua rua, bairro ou cidade!

VOC? pode ajudar!

Exer?a o seu dever de cidad?o

atrav?s de uma mensagem de sms

84 12 222

82 11 11

com o

formato Local (bairro, localidade, prov?ncia) espa?o

ocorr?ncia.

Por exemplo:

"No bairro xxx o pre?o do p?o ainda n?o baixou"

FALE CONNOSCO n? 82 11 15 / 84 15 152

A 2M andou a fazer publicidade da nova garrafa como se fosse s? para 2M. Eu estava a beber na Alfacinha e vi a mesma nova garrafa de 2M com Laurentina preta. Agora quero saber se foi erro da 2M ou serve para toda cerveja fabricada na 2M? Jalu!

Al? @Verdade, a igreja cat?lica de Namagila j? foi esquecida com os padre ou bispo, isto ? em Lugela, Zamb?zia, desde que morreu Jo?o Baptista. An?nimo

Foram 19 caixas de cervejas retiradas do quarto 7 e n?o 8. Foi no dia 18 e n?o 17 de Novembro. A informa??o n?o ? verdadeira, est? viciada. An?nimo

Protesto contra todas personalidades que preferem serem usadas ou usados do que amadas ou amados. Em?lio

Boa tarde, @Verdade! Na empresa G4S reina um esp?rito de discrimina??o. Nem todos vigilantes tem botas. Sentimos saudades da Alfa. Nandza, Maputo.

@Verdade pedimos ajuda aqui no nosso quarter?o 22, Acordos de Lusaka, na zona da cadeia central. O chefe do quarter?o 22 trabalha muito mal. Proibe os residentes de terem os n?cleos das igrejas e n?o podemos fazer ora??es nas nossas casas. N?s queremos saber se ? a nova lei do Governo ou n?o? An?nimo

@Verdade, pedimos ajuda a quem de direito que iluminem as ruas e os becos do bairro da Polana Cani?o"A", pois, assim, evitaremos os casos de furto,estupro e assassinatos. Mamo

Joni a solo

Rio depois do terror a paz na favela

PLATEIA

26

Vem a? o Rally Dakar

DESTAQUE 16/17

MOTORES 22

Jornal @Verdade Est? em prepara??o, em Mo?ambique, uma campanha nacional de recolha de um determinado tipo de aparelhos de ar-condicionado e extintores de inc?ndio para a sua destrui??o por serem considerados respons?veis pela radia??o ultravioleta nociva ? sa?de p?blica verdade.co.mz

Ontem ?s 9:40

Jose Alexandre Faia, Katia Santos Dias, Ana Gir?o e 2 outras pessoas gostam disto.

Inacia Eliseu Cinha isso tudo para se achar que se preosupam com o meio hambiente, hehehe, e o bypass? isso n?o conta

certamente... s? visto Ontem ?s 14:36

Manuel Da Fonseca Marques Deixa-me rir, como diz a can??o... Ontem ?s 21:30

Ana Puga Ultra violetas o qu^e??? Irradiam dos extintores??? HAhaha! E dos ar condicionados! A noticia

esta' co'mica djimais!!! h?

22 horas

Katia Santos Dias Contrasensos politicos!! Ou como dizia a minha av?, devem estar a querer meter o Rossio na Betesca.. a ver se

nos esquecemos da Mozal... h? 14

horas ? Gosto ? 1 pessoa ?

Jose Alexandre Faia @ Verdade....E alguem vai compensar os donos dos artigos destruidos ?? Quem eh que autorizou em primeiro lugar a Importacao e Venda desses aparelhos ???. Nao seria mais sensato responsabilizar a entidade que autorizou a Importcao e Venda dessses produtos que querem destruir agora. Vamos eh ter juizo.... estao a enganar a

quem ?? h? 13 horas ? Gosto ? 1 pessoa

Jornal @Verdade Infelizmente esta medida ? uma daquelas inevitabilidades resultantes de protocolos internacionacionais que o Governo assinou. O drama ? que o Governo assume compromissos mas n?o informa o povo nem todos os interveni?ntes no processo. Esta medida tem mais de dois anos mas o MICOA n?o divulga, continuam julgar que atrav?s dos canais habituais (jornal not?cias, RM, TVM) a informa??o chega ao povo o que prova-se n?o ser verdade...at? o senhor Presidente disse, na ultimo CC do partido, que as presid?ncia abertas s?o para continuar pois ? forma de ele levar a informa??o ao povo pois os medias n?o

chegam ao Mo?ambique real! h? 12

horas ? Gosto ? 2 pessoas

David Gabriel Nhassengo Mas em todos os casos, se isto for internacionalmente aceite, tudo bem, mas ? tamb?m internacionalmente reprovavel que uma f?brica labute sem filtros, como o da Mozal

h? 12 horas atrav?s de Facebook Mobile

Jose Alexandre Faia @ Verdade , e os lesados , ficam como ?? h? 12 horas ? Gosto ? 1 pessoa

Ana Puga E agora @Verdade tem que ir investigar como e' que a destruicao dos extintores e geleiras e ar condicionadso vai ser feita. Vao guardar os gazes nocivos a' camada de ozono onde? Ou os CFC's desde que estejam na Lixeira Municipal, j'a nao chegam a' atmosfera? Estou com @Alexandre Faia, proibir a importacao de aparelhos que usem gaz nocivo e enterrar bem fundo o passado. E ja' agora proibam o Baygon made in india que me faz uma alergia do caracas!!!! h? 8 horas ? Gosto ? 1 pessoa

Manica

David Gabriel Nhassengo Ana puga com certeza, gostei da dica, quem e onde vao destruir

os aparelhos ?? h? 8 horas

? distribu?do nas Prov?ncias de

Patroc?nio Grupo Mafuia Apoio Conselho Empresarial de Manica (CEP)

Beira Maputo

02 verdade.co.mz 03 ? Dezembro ? 2010

NACIONAL

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Sexta 03

M?xima 32?C M?nima 24?C

S?bado 04

M?xima 32?C M?nima 21?C

Domingo 05

M?xima 26?C M?nima 21?C

Segunda 06

M?xima 24?C M?nima 18?C

Ter?a 07

M?xima 24?C M?nima 17?C

A subsist?ncia ilegal da pol?cia de protec??o

O policiamento clandestino, o qual garante "uma renda mensal exuberante" para as chefias, levou ao surgimento de uma rede de pol?cias de

protec??o que trabalham menos e ganham mais. O efectivo operativo das esquadras reduziu pelo menos um quarto. Esta ? uma das den?ncias

do Centro de Integridade P?blica de Mo?ambique.

Texto: Redac??o ? Foto: Arquivo

"Durante muitos anos, a Pol?cia de Protec??o (PP) foi considerada o ?rg?o mais vulner?vel a extors?es de quantias irris?rias, facto que contribuiu bastante para a m? imagem deste ?rg?o. Mas, com o passar dos anos, as t?cticas de corrup??o desta pol?cia evolu?ram, constituindo hoje o departamento mais lucrativo para as chefias policiais atrav?s dos chamados policiamentos clandestinos", refere o documento do CIP, com o t?tulo "Corpora??o capturada por m?fia de policiamentos clandestinos".

O policiamento clandestino ? uma actividade que existe em

do interesse geral, o que reduz o n?mero de pol?cias na via p?blica.

O funcionamento

Segundo o CIP, em Mo?ambique estes policiamentos funcionam como aut?nticas empresas de seguran?a, exercendo forte concorr?ncia ao mercado da seguran?a privada, e retirando uma boa parte dos pol?cias que deviam garantir a seguran?a de interesses gerais.

Em cada policiamento s?o afectos dois a tr?s agentes e ? facturado um valor que varia entre 14 mil a 16 mil meticais,

redes?

A sobreviv?ncia destas redes est? assegurada, pois granjearam simpatia no topo e na base da PRM, ao inv?s de garantirem a seguran?a p?blica. At? porque aos efectivos da base da PRM os policiamentos permitem robustecer a renda mensal e baixar a carga hor?ria de 24 horas por dia, em que os agentes trabalham sem interrup??o e sem direito a alimenta??o ou subs?dio de transporte, e descansam o dia seguinte. Para o topo, os policiamentos garantem uma renda mensal excessiva, pois as chefias controlam v?rios policiamentos

Anualmente, em Dezembro, a Escola Pr?tica de Matalane gradua cerca de 1000 a 2000 pol?cias para as diversas especialidade, com maior ?nfase para a PP, que s?o afectados nas esquadras, com destaque para a cidade capital do pa?s

que ? a que det?m os ?ndices criminalidade mais altos a n?vel nacional. Refira-se que estes policiamentos ou tamb?m postos fixos clandestinos s?o designados assim porque n?o s?o de dom?nio p?blico ou mesmo institucional dado o facto de trabalharem ile-

galmente, com base em acordos secretos firmados entre particulares e altas patentes da PRM desde o n?vel intermedi?rio (esquadras) at? ao n?vel mais alto (Comandos provinciais e Direc??o da Ordem e Seguran?a Publica do Comando Geral da PRM - DOSP).

Cen?rios actuais dos locais onde se concentra o maior n?mero de efectivos da PRM, na cidade de Maputo

1? Esquadra Possui mais de 10 policiamentos clandestinos, destacando-se os seguintes estabelecimentos:

* Minerva Central (3 pol?cias auferindo 1500 meticais cada); * Restaurante Criador (3 pol?cias, a 1500 cada);

* Delta Trading (3 pol?cias, a 1500 cada);

* Sede do bim (1 pol?cia), bim da Pra?a dos Trabalhadores (1 pol?cia), ambos auferindo 2000,00Mt cada;

* Casas de pasto da Rua de Bagamoyo (v?rios PP que auferem 400 meticais por noite);

* EMOSE (2 pol?cias, a 2000 cada); * Somofer (2 pol?cias, a 2000);

* Porto de Maputo (2 pol?cias, a 1500 cada);

* Maputo Shopping Center (11 pol?cias, a 2500 cada e 4 pol?cias do Comando da Cidade).

3? Esquadra da PRM-Cidade de Maputo

qualquer parte do mundo, mas os moldes em que se pratica difere sobremaneira, pois nalguns pa?ses funciona sem deixar de lado a tarefa de proteger o interesse geral, mas noutros como Mo?ambique n?o.

Por exemplo, enquanto em muitos pa?ses os policiamentos s?o actividades de protec??o de eventos (jogos de futebol, espect?culos) ou estabelecimentos comerciais, devidamente regulados, funcionando como carga hor?ria extra aos agentes de modo a motiv?-los a partir de um pequeno acr?scimo na sua renda mensal, em Mo?ambique este facto n?o se verifica. Os agentes da PRM envolvidos nos policiamentos s?o retirados pelas chefias do trabalho operativo e dedicam-se exclusivamente ? protec??o dos interesses particulares em detrimento

auferindo cada agente entre 1500,00Mt e 2000,00Mt, destacando-se os postos do Grupo MBS ? que paga aos agentes valores compreendidos entre 2500,00 a 11.000.00 Mt, sendo por isso os postos preferidos pelos agentes da PP.

O valor que resta dos postos clandestinos reverte para as chefias das subunidades (esquadras) ou unidade (Comandos provinciais e direc??es) que estabeleceu o acordo. Este valor facturado pela PP acaba por ser atractivo aos donos de resid?ncias particulares, pois trata-se de um posto armado e guarnecido por pessoal altamente treinado, contrariamente aos 21.800.00 Mt cobrados pelas empresas de seguran?a privada em postos armados.

E como sobrevivem tais

que chegam a dar-lhes uma renda mensal cinco vezes superior ao seu sal?rio l?quido. Segundo apurou o CIP, os pagamentos s?o sempre efectuados em numer?rio, pois o valor n?o ? institucional, mas pertence a um punhado de pessoas, apesar de ser arrecadado mediante o uso e aproveitamento de meios humanos pagos a partir de impostos da popula??o mo?ambicana.

No geral, em todo o pa?s, os policiamentos clandestinos diminuem at? um quarto do efectivo operativo das esquadras, conduzindo a uma redu??o significativa da capacidade de resposta policial da PRM e aumentando os n?veis de inseguran?a na popula??o civil a favor de um pequeno conjunto de resid?ncias particulares e estabelecimentos comerciais.

Situa-se na Av. Mao-Tse-Tung no bairro n? 1 da cidade de Maputo, Sommerschield, protegendo a zona residencial dos membros do Governo e corpo diplom?tico. Possui 9 policiamentos clandestinos, destacando-se os seguintes locais:

* Bombas da Total na Av. Vladmir Lenine (2 pol?cias, a 1500 cada); * Bombas da Engen na Av. Vladmir Lenine (2 pol?cias, a 1500 cada); * Farm?cia Cal?ndula (2 pol?cias, a 1500 cada); * Farm?cia Capital (2 pol?cias, a 1500 cada); Almayid C?mbios, Av. Mao-Tse-Tung (3 pol?cias) 2000 cada; * South African Airways, Av. Zimbabwe (1 pol?cia, a 2000); * Parque de venda de viaturas, Av. Agostinho Neto/Av.Tom?s Nduda (2 pol?cias, a 2000 cada); * Bombas OK (3 pol?cias, a 1500 cada). Aqui o pagamento para a esquadra n?o ? em dinheiro, mas sim em combust?vel, sendo 10 litros por semana para uma viatura do Comandante e respectiva manuten??o.

2? Esquadra da PRM-Cidade de Maputo

Encontra-se no 2? bairro residencial de Maputo, bairro da Polana, na Av. Julius Nyerere. Possui um efectivo total de 112, dos quais 96 agentes pertencem ? ?rea operativa da PP.

Det?m 8 policiamentos clandestinos nos diversos estabelecimentos de restaura??o existentes neste nobre bairro, destacando-se o restaurante Piri-piri, o santu?rio, abarcando 20 agentes da PP.

6? Esquadra da PRM-Cidade de Maputo

Encontra-se no bairro da Malhangalene, pr?ximo do Supermercado Shoprite.

Possui um efectivo de 108 agentes dos quais 92 operativos da PP ? destes cerca de 21 agentes encontram-se afectos a 8 policiamentos.

N?o tem pre?o.

JornalVerdade

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03 03 ? Dezembro ? 2010 verdade.co.mz

04 verdade.co.mz 03 ? Dezembro ? 2010

NACIONAL

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Beira

Sexta 03

M?xima 32?C M?nima 25?C

S?bado 04

M?xima 33?C M?nima 25?C

Domingo 05

M?xima 30?C M?nima 23?C

Segunda 06

M?xima 29?C M?nima 22?C

Ter?a 06

M?xima 27?C M?nima 20?C

Quando chove em Maputo

Sempre que chove o sistema de escoamento das ?guas pluviais da cidade de Maputo mostra-se incapaz de conter as descargas da chuva, o que cria inunda??o de ruas e resid?ncias, principalmente nos bairros perif?ricos.

Texto: Redac??o ? Foto: Miguel Mangueze

Numa ronda efectuada pelos bairros perif?ricos, @Verdade constatou que, tal como sempre, esta semana v?rias fam?lias das zonas suburbanas da capital passaram por maus bocados na noite de domingo, devido ?s ?guas que invadiram as suas casas. Algumas estradas abriram buracos dificultando a transitabilidade. Muitas valas de drenagem,

sobretudo as das Avenidas Acordos de Lusaka e Joaquim Chissano, registaram enchentes e as ?guas galgaram as margens. No bairro ferrovi?rio algumas pessoas foram obrigadas a escoar as ?guas do interior das casas com utens?lios de cozinha. Outros abandonaram as resid?ncias para encontrar abrigo junto aos familiares. Desesperadas, muitas outras

fam?lias disseram n?o saber onde iriam passar a noite de segunda-feira, e lamentaram o facto de o cen?rio se repetir sempre que h? chuvas intensas.

Mas n?o foram apenas as resid?ncias que sofreram com a f?ria das ?guas, algumas ruas e avenidas ficaram danificadas. Neste caso, destaque vai para o prolongamen-

to da avenida Julius Nyerere, na Pra?a dos Combatentes, onde foi aberta uma cratera, condicionando o tr?fego rodovi?rio numa das faixas de rodagem. No bairro de khongolote, munic?pio da Matola, onde o acesso se torna bastante complicado em dias de chuva, o transporte semicolectivo foi garantido por viaturas de caixa aberta. Em consequ?ncia

disso ocorreram alguns incidentes com autom?veis que ficarem parcialmente submersos ao tentarem passar por algumas vias.

precipita??o a cima do normal

Apesar de estar dentro das previs?es meteorol?gicas, a forte descarga de ?gua deixou em muito pouco tempo inun-

dadas as tradicionais regi?es da capital do pa?s propensas a este fen?meno. Cen?rio id?ntico em termos de precipita??o registou-se um pouco por algumas regi?es do Sul, desde a noite de domingo at? segunda-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) registou, com efeito, 55.3 mil?metros de chuva na cidade capital e 97.5 mil?metros a n?vel da prov?ncia de Maputo.

Pinga na nova terminal do Aeroporto

Imigrantes ilegais j? entram em Mo?ambique pelo mar

Os imigrantes ilegais de nacionalidade somali j? come?aram a mudar de t?cticas para entrar clandestinamente em Mo?ambique, segundo revelou ? AIM o porta-voz do Comando Geral da Pol?cia da Rep?blica de Mo?ambique (PRM), Pedro Cossa. Nos ?ltimos tempos, os imigrantes ilegais come?aram a intrduzir-se no pa?s via mar e contam com a coopera??o de pescadores mo?ambicanos e tanzanianos, considerados desonestos, para chegar ? terra.

Recentemente inaugurada pelo Presidente Armando Guebuza, a nova terminal do aeroporto internacional de Mavalane esteve inundada na manh? desta segunda-feira, em consequ?ncia das chuvas que sacudiram a cidade capital nos ?ltimos dias.

Texto: Redac??o ? Foto: Miguel Mangueze

Reconhecendo o problema, o director do projecto, Ac?cio Tuendue, afirmou que o facto resulta de algumas falhas, que ser?o corrigidas na segunda fase que arranca em 2011. Para minimizar o problema foram necess?rios baldes e panos de limpeza para retirar a ?gua e permitir que o servi?o de atendimento aos passageiros decorresse normalmente.

Ao princ?pio da manh?, a ?gua atingia a zona do "check-in". Al?m da ?gua que entrou pela porta, havia tamb?m a que penetrou pelo tecto. Ac?cio Tuendue referiu que, enquanto n?o arrancar a segunda fase das obras, as medidas de mitiga??o ser?o realizadas de forma a evitar situa??es desta natureza. Inaugurado h? duas semanas, o novo edif?cio do Aeroporto Internacional de Maputo est? avaliado em cerca de 80 milh?es de d?lares.

Aquando da inaugura??o o Presidente Armando Guebuza conside-

rou o feito como uma vit?ria dos mo?ambicanos nos seus esfor?os de promo??o do bem servir e acrescentou que um dos grandes desafios da Empresa Aeroportos era garantir a manuten??o da infraestrutura. Ostentando padr?es internacionais, o edif?cio possui uma ampla sala de embarque preparada para atender 800 pessoas ao mesmo tempo e est? devidamente equipada, al?m de um outro recinto que vai albergar oito centros comerciais.

Uma das grandes inova??es no Aeroporto ? a introdu??o de escadas rolantes e elevadores, um dos quais reservado a deficientes. A moderniza??o sustentada nas novas tecnologias chegou tamb?m ?s casas de banho, onde tudo funciona com base em sensores, para al?m da disponibilidade dum parque de estacionamento para atender mais de 600 viaturas.

O facto ? que as autoridades mo?ambicanas refor?aram o controlo das fronteiras terrestres em todas as entradas do pa?s para evitar a entrada de imigrantes ilegais e os somalis encontraram no mar uma forma para se imtrduzirem em Mo?ambique. Segundo Cossa, os somalis s?o largados por grandes embarca??es no alto mar e depois s?o transportados por pequenos barcos de pescadores. A situa??o ? considerada cr?tica nas prov?ncias de Cabo Delgado, Nampula, no norte do pa?s, e na Zamb?zia, na regi?o centro. "Agora os somalis est?o a entrar no pa?s via mar. Chegam a Cabo Delgado e depois dali v?o para Nampula e Zamb?zia", disse, acrescentando que "o n?mero de somalis que entra no pa?s ? muito grande e preocupante. As prov?ncias de Cabo Delgado, Nampula e Zamb?zia preocupam-nos muito". S? nas duas ?ltimas semanas foram detidos em Nampula e

Zamb?zia cerca de 300 imigrantes ilegais de nacionalidade somali. Cossa revelou ? AIM que, h? duas semanas, duas embarca??es tanzanianas que transportavam imigrantes ilegais para Mo?ambique, em n?mero n?o especificado, foram apreendidas nos distritos de Moc?mboa da Praia e Palma, em Cabo Delgado. As reais raz?es da entrada dos somalis no pa?s n?o s?o conhecidas. Os mesmos dizem que procuram ref?gio em Mo?ambique devido ? crise na Som?lia e, por causa da pobreza nas suas zonas de origem, buscam melhores oportunidades no pa?s. Para as autoridades policiais mo?ambicanas, estes argumentos n?o s?o muito convincentes porque a maior parte deles chega a pagar cerca de tr?s mil d?lares (106.5 mil meticais) para chegar a Mo?ambique. Uma vez chegados a Mo?ambique, muitos deles estabelecem-se temporariamente numa determinada zona, abrindo empreendimentos co-

merciais e depois partem para a ?frica do Sul sob a capa de empres?rios. "Muitos desses imigrantes dizem que procuram ref?gio e abrigo em Nampula (onde se encontra o maior centro de refugiados de Mo?ambique Centro de Maratane) por causa da guerra na Som?lia. Entretanto, sabe-se que em Joanesburgo h? uma zona de concentra??o de somalis", explicou. "Pode ser que eles estejam a fugir da Som?lia devido a problemas de seguran?a, mas n?o se deixa de lado a possibilidade de eles estarem a usar Mo?ambique para chegarem ? ?frica do Sul. Alguns abrem empreendimentos comerciais, juntam algum dinheiro e depois v?o para a ?frica do Sul", ajuntou. Cossa sublinhou que Mo?ambique paga uma factura alta devido aos imigrantes ilegais, uma vez que tem de acolh?los e depois repatri?-los, o que implica custos. Para Cossa, um dia a rede que sustenta esta pr?tica vai ser desmantelada.

"Um dia vamos encontrar os autores destas pr?ticas. Nas duas deten??es que realiz?mos em Nampula e Zamb?zia, os condutores dos cami?es que transportavam os imigrantes fugiram", disse. Cossa refuta o que se ouve na rua dando conta que a entrada massiva de imigrantes ilegais no pa?s se deve a facilidades que os mesmos t?m de adquirir documenta??o mo?ambicana. "O que realmente acontece, n?o s? com os somalis, mas tamb?m com os congoleses e guineenses (Guin? Conacri), eles junta-se a mulheres em Nampula, fazem filhos e por via disso pedem a nacionalidade mo?ambicana", defendeu. As autoridades policiais est?o preocupadas com este fen?meno, que pode j? ter permitido a entrada de milhares e milhares de somalis ilegais ao pa?s. A PRM, na sua actua??o de controlo, tem estado a trabalhar com as For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM).

NACIONAL

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05 03 ? Dezembro ? 2010 verdade.co.mz

A empresa Transportes P?blicos de Maputo (TPM) introduziu, a t?tulo experimental, na Quarta-feira, o

bilhete electr?nico pr? - pago. Nesta fase, o novo bilhete ser? introduzido em dois autocarros na carreira Baixa ? Pra?a dos Combatentes, na cidade de Maputo, que ser?o equipados com maquinetas id?nticas ?s POS's.

Livro de Reclama??es

d?Verdade

O acto de apresentar as suas inquieta??es no Livro de Reclama??es constitui uma forma de participa??o dos cidad?os na defesa dos seus direitos de cidadania. Em Mo?ambique, assistimos de forma abusiva ? recusa ou omiss?o, em muitos estabelecimentos comerciais e em institui??es p?blicas, da apresenta??o do LIVRO DE RECLAMA??ES aos clientes, mesmo quando solicitado. Na aus?ncia de uma autoridade fiscalizadora dos Direitos dos consumidores, tom?mos a iniciativa de abrir um espa?o para onde o povo possa enviar as suas preocupa??es e n?s, o jornal @Verdade, tom?mos a responsabilidade de acompanhar devidamente o tratamento que ? dado ?s mesmas.

EcposocnrrmceievsaanoearosoubsajefRacectitcvolaas,m.dae?s?coredveenfodromcaomleg?vel, Envie: por carta ? Av. M?rtires da Machava 905 - Maputo; por Email

? averdademz@; por mensagem de texto SMS ? para os n?meros 8415152 ou 821115. Aanassoissdsiu-me?nntqctoiouf?imeceapon?od?tsioadssaacmpdoareorrsecteocestmnaecpdnaeomvtoerielnnvmhtiedae.ratsmenpetelehr,moritoir-

As reclama??es apresentadas neste espa?o s?o publica-

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sem edi??o pr?via, e da exclusiva responsabilidade seus autores. O Jornal @VERDADE n?o controla ou

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tos, provenientes dos leitores, e pr?ticas de privacidade.

incluindo

as

suas

pol?ticas

O drama de Bernardo Panda VfMtdauejrvipuPepvcaodndisnrdLlecuoaeIn?aecceoiggd?ndeiosrnrslaiossmcaaouuoooedaenafdfmamejmmseienirsoocdidctepassgtazsrbar?uroemsaeamia.aepndirardaosnncrrqdgbsirneaIaaedon.eoaotgeueiaail?uoNmcerorbdaszueol?eepisseoorahda-@tucoefaa,nsuvooo(ulaitmtrrmeaCntopio-.rr,fVrla-dqomnagaFinNtrmoaeeomuuoodMorusdsaeqenrsiedea,oprndieasupv)atgaioi?tpNepasmzasea1foezfs,deedololaur?5isiommrleaertsiavamfi.deoC0orstq.uissoeeoeiaCdudqaeNunsnssasqmaemSeulmCnuecaeaatdcudesoseF?rniespcheviefpoeooa1u?MnantuttiaoeEnpoidq9oihdtrvr,qfncd.q?oa,eut6EueoiBoiau?eiavurd,secd9sieiiiaoemposaep,aeps-o.or.ardnd,rutondosemegtiudeetpEorsdeaiimu?istpd-omi?adseraniFnudpoopdedorapechomaareroo.fdoorim1idaeoprar,neiAgse9aoiasapie,ctPajtnundn9psurmrirepadtpmisodcauer0lrbelrneogaaoai?emmloseugoaNduasdblsdfnsdnndparaapdoauldneuteeaoaudr,doorvioor?otemi?lmoaisosaoso?ctd,rapa.aNoPooeatenhasRiqiom?AaneeDnogdsredfudrodEincesshopputueqsacnoaeeehae?schoaruorviudptiguampdooacuferxmrraeaasrrdosoeetcsimaTddaeianqaarsoeieirn,ermatneno?cedummssasqxtaai?eet,hrpsoarenrgbpume?Hffeabsooetarudaauauegatenpostotu,qeeislrilloreonetcdraapmhsnuntamlofoe.rehra?ierauootdehrnadscrasooNvoe-rc.neacnotorseonmutaso,a?i?voclmaoedspmomorrdmiioPeemdseoOaolssCsoud.noioetasemmnnmFautoreifmoeJsr?isua?Ma?sntqtrvrurdaocePcreeennrnserutoiieobuhiCuf,cmeertptccooeaphpeosoeuegnsAiul.ufodelocoigrnraud?sedd1mnmosesndeiu?aaociioisim9aoCbbro?rrvemttascreseooe?latrenoopadoeaiiiormrocthEatosenomma?ilafsoaoooasscuruoomtcslsatanqq??asmprpsngoeaf?dss?uuti,eerouucindcarisaootmoeaNeDmiarmonioatoasonsclmaainecei,enrronqoeratmcviqsMicgCe,?resdu?osatcipeulcbaFsioqoicrerinurmconmtinCMeineoimusv?soloutre?siFm.edmn.?eaoersrsscxioMgoiuotnqnr.Naioiid?aasqtssnuhtmumd?eodr?tdosmidusecaimseeoroseoeo-.oeoea.

Vers?o dos CFM

Acusamos a recep??o do recurso hier?rquico interposto pelo senhor Bernardo Panda, ex-trabalhador dos CFM, afecto na Direc??o Executiva Sul dirigida ao Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administra??o, reclamando a sua reintegra??o no quadro afectivo da empresa com fundamento de que o indeferimento constante do comunicado do despacho, em anexo, exarado pelo Exmo. Senhor Director Executivo CFM-Sul, no dia 10/05/05, n?o evocar motivos claros, sobre o qual passamos tecer as seguintes considera??es:

O cidad?o Bernardo Panda iniciou a sua carreira na empresa como trabalhador eventual no ano de 1969. Em 1974, como contramarca, come?ou a descontar para a aposenta??o. A 30/06/1990, o mesmo foi transferido para a Navique.

Nova descoberta de g?s natural na bacia do Rovuma

Texto: AIM

Ao servi?o da Navique ao trabalhador foi instaurado um processo disciplinar pelo facto de ter estado envolvido num caso de furto de sab?o no dia 12/03/92, tendo sido submetido a julgamento em tribunal e condenado a dois meses de pris?o convertidos em igual tempo de multa. Paralelamente, a Navique instaurou um processo disciplinar o qual culminou com o seu despedimento.

O requerente impugnou em tribunal o despedimento intentando uma ac??o contra os CFM e n?o contra a Navique, entidade que o despediu. De acordo com a certid?o de senten?a de 30/05/94, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, durante a aprecia??o das quest?es de fundo, concluiu que o CFM nada tem a ver com o lit?gio em apre?o tendo envolvido a empresa da inst?ncia.

Atendendo a senten?a do Tribunal Judicial de Maputo, datada de 20/04/96, o requerente intentou outra ac??o contra a Navique na qual foi considerada procedente a pretens?o do autor de ser indemnizado pelos 23 anos de servi?o prestado ao estado no valor de 5.434.850, em virtude da r? n?o se ter feito presente ao julgamento.

Pelo exposto, somos de opini?o que, dado que o assunto foi sabiamente dirimido em foro judicial e, esse facto n?o confere ao peticion?rio nenhum direito a readmiss?o nos CFM, o pedido ? improcedente, pelo que deve ser indeferido.

Departamento dos Recursos Humanos, atrav?s do Gabinete de Comunica??o e Imagem dos CFM.

Empresa Nacional de Hidrocarbonetos com 15, a Mitsui com 23,5 porcento, a BPRL Ventures Mozambique 11,75, a Videocon Mozambique Rovuma 1 Limited com 11,75, e a Cove Energy com 10.

Uma nova descoberta de g?s natural em "offshore" da Bacia do Rovuma acaba de ser confirmada pela Companhia Anadarko Mo?ambique, ap?s a conclus?o do furo "Lagosta", cuja abertura foi iniciada a 26 de Outubro ?ltimo. De acordo com uma fonte do Minist?rio dos Recursos Minerais, a descoberta de g?s foi feita em forma??es arenosas com uma espessura de 167.6 metros.

O furo "Lagosta" est? projectado para atingir a profundidade de 4850 metros. At? ao momento atingiu 4222 metros de profundidade em rela??o ao n?vel m?dio

das ?guas do mar. Os trabalhos de perfura??o prosseguir?o por mais 628 metros. Ap?s a conclus?o do "Lagosta", os trabalhos de perfura??o ir?o prosseguir, estando projectada a abertura de mais um furo de pesquisa.

O furo situa-se a aproximadamente 30 quil?metros a sul do "Barquentine" e a 26 quil?metros a sudoeste do "Windjammer". A descoberta destes furos foi feita em Outubro e Abril deste ano, respectivamente. Os concession?rios da `?rea 1' da bacia sedimentar do Rovuma s?o a Anadarko Mo?ambique com 43 porcento de participa??es, a

Mo?ambique tornou-se um pa?s apetec?vel ao investimento estrangeiro direccionado ? pesquisa e prospec??o de petr?leo, devido ?s suas potencialidades na ?rea de hidrocarbonetos. Actualmente, cerca de uma dezena de multinacionais petrol?feras est? envolvida em actividades de pesquisa e prospec??o de hidrocarbonetos.

As actividades s?o mais intensas ao longo da Bacia do Rovuma, onde operam as companhias Petronas (malaia), Artumas (canadiana), ENI (italiana), Anadarko (norteamericana) e Norsh Hydro (norueguesa).

TPM introduz bilhete electr?nico para evitar fraude

Texto: AIM

A empresa Transportes P?blicos de Maputo (TPM) introduziu, a t?tulo experimental, desde Quartafeira, o bilhete electr?nico pr?-pago. Nesta fase, o novo bilhete foi introduzido em dois autocarros na carreira Baixa ? Pra?a dos Combatentes, na cidade de Maputo, que foram equipados com maquinetas id?nticas ? POS's.

O porta-voz da empresa TPM, Boaventura Lipangue, referiu, em declara??es ? AIM, que estar?o dispon?veis cart?es com cr?dito para uma semana ou mais. Este novo m?todo visa acabar com os casos de fraude perpetrados por alguns cobradores, lesando a empresa em milhares de meticais. Uma das

artimanhas de tais cobradores consiste em transportar dois ou mais passageiros com o mesmo bilhete, bastando para tal recolh?-lo do primeiro quando estiver a descer e voltar a vend?-lo a um outro.

Segundo Lipanga, a empresa j? instaurou 45 processos disciplinares contra cobradores desonestos, de Janeiro a esta parte. Acreditase que existam muitos que continuam com esta pr?tica e que ainda n?o foram descobertos, da? a introdu??o do bilhete electr?nico pr?-pago. Com o bilhete electr?nico, o utente ter? apenas de passar o cart?o pela m?quina que se responsabilizar? pelo respectivo d?bito.

06 verdade.co.mz 03 ? Dezembro ? 2010

RADAR

Comente por SMS 8415152 / 821115

"Sucedeu connosco o que sucedeu com todas as outras na??es. A pol?tica deixou de ser uma consequ?ncia dessa entrega generosa, dessa abdica??o de si mesmo. Passou a ser um trampolim para interesses pessoais. Passou a ser um emprego, um neg?cio, uma fonte de poder e de acesso a mais poder. A pol?tica justifica-se a si mesma, nasce e morre no seu pr?prio ninho." Mia Couto

Editorial

averdademz@

Jo?o Vaz de Almada joao.almada29@

Big Brother

universal

Tal como o sol ao meio-dia, tamb?m o voyeurismo mundial atingiu o z?nite no passado dia 28, quando a p?gina electr?nica do Wikileaks destapou 251 mil documentos confidenciais que as 274 embaixadas dos Estados Unidos da Am?rica espalhadas pelo mundo enviaram ao Departamento de Estado em Washington.

Embora se trate de uma ?nfima parte do que existe e o material posto a nu n?o incluir qualquer documento da intelig?ncia ? estes representam 60 a 70% do que anualmente ? criado ?, os chamados "pap?is do Pent?gono", esta curiosidade ? prefiro chamar-lhe assim ? tem animado, sobremaneira, desde conversas de caf? at? respeit?veis artigos de opini?o na comunica??o social.

? evidente que a curiosidade sobre o que se passa em casa do vizinho sempre nos agu?ou o apetite. ? normal, ? humano. Quem nunca espreitou pelo buraco da fechadura? Quem nunca disse: "s? queria ser mosca para ver o que se est? a passar"? Quem nunca se colocou atr?s da porta para ouvir uma conversa? Poucos, seguramente que muito poucos, ou mesmo nenhuns. N?o foi por acaso que o Big Brother foi o maior sucesso televisivo dos ?ltimos 15 anos em todo o mundo.

Este `p?r a boca no trombone' do Wikileaks mais n?o ? que trazer-nos um Big Brother ? escala mundial. Em vez de estarmos a ver o actor brasileiro sex symbol a beijar uma rapariga na casa do `Grande Irm?o', ficamos a saber que o Presidente franc?s, Nicholas Sarkozy, possui um "estilo autorit?rio" e uma "pele fina"; que na R?ssia o Primeiro-Ministro Putin manda no Presidente Medvedev; que Kim Jong-il, o Querido L?der e ditador da Coreia do Norte, ? um "tipo velho e fl?cido que sofre de um trauma f?sico e ps?quico devido ao ataque de cora??o que sofreu em Agosto de 2008; que o Primeiro-Ministro italiano S?lvio Berlusconi, Il Cavali?re, ? "irrespons?vel e ineficaz, muito d?bil de sa?de" e que as suas "frequentes sa?das nocturnas e a sua inclina??o para a farra n?o lhe permitem descansar adequadamente"; que a Chanceler alem? Angela Merkel "? fraca"; que Hamid Karzai, o Presidente afeg?o, ? algu?m "muito influenci?vel"; o seu hom?logo do I?men, Saleh ? "aborrecido, desdenhoso e impaciente"; que Robert Mugabe ? um "velho louco"; e que Netanyahu de Israel ? "elegante e encantador" mas "nunca cumpre as suas promessas." Em rela??o a Kadhafi o embaixador americano em Tripoli vai ao ponto de referir o tipo de botox que ele injecta para rejuvenescer.

? evidente que h? muito mais revela??es para al?m destas `fofocas' e bem mais importantes, mas, em meu entender, ? muito mais a montanha que pariu um rato do que outra coisa. H? muita gente indignada, e mesmo escandalizada, com o paladino da democracia e dos direitos humanos mundial que, supostamente, s?o os Estados Unidos. Mas ? evidente que, e ? preciso ser-se muito ing?nuo para pensar o contr?rio, que a pol?tica de bastidores de qualquer pa?s, mesmos os mais democr?ticos e respeitados, ? limpa e cristalina, porque se assim o fosse n?o era secreta. Quem ? que esconde coisas quando elas s?o abonat?rias? Seguramente que ningu?m. E isso passa-se tamb?m com os EUA, o que n?o faz com que este pa?s seja melhor ou pior.

Mo?ambique tamb?m n?o escapa a este voyeurismo. Parece que h? 996 documentos no portal da Wikileaks, mas o acesso continua vedado. Quem ? que n?o gostaria de saber o seu conte?do?

Boqueir?o da Verdade

A pol?tica, disse algu?m, ? a arte de nos fazer esquecer daquilo que ? realmente importante. Isso j? ? triste. Mas pode ser ainda mais grave: em nome da pol?tica estarmos a fomentar um monstruoso apetite pelo poder. O poder como um m em si. O poder, no lugar da pol?tica. Mia Couto, O Pa?s ? 30.11.2010

Recordo-me de um momento em que eu e outros fazedores do actual hino nacional discut?amos palavra por palavra o seu conte?do. Os versos nais exaltam o rep?dio contra esse culto do poder: "nenhum tirano nos ir? escravizar". Recordo de que este verso deu pol?mica no momento de ser aprovado nas inst?ncias pr?prias. O argumento dos que se opunham era o seguinte: como seria poss?vel que, alguma vez, uma tirania nos fosse governar? Idem

Felizmente, o verso sobreviveu e o alerta manteve-se para despertar as gera??es vindouras. O futuro n?o ? nunca um cortejo angelical. ? um balan?o entre dem?nios e anjos. Esses dem?nios n?o vivem fora de n?s. E uma na??o prevenida ? o que devemos deixar por heran?a. Idem

O administrador comercial da mCel,

Benjamim Fernandes, cessou fun??es na ?ltima ter?a-feira, 23 de Novembro em curso, por ter criticado, no programa "Caf? da manh?" da R?dio Mo?ambique, a decis?o do Governo de introduzir o registo obrigat?rio dos cart?es pr?-pagos das redes de telefonia m?vel. O Pa?s online - 26.11.2010

Cada vez mais, conven?o-me de que este Governo se perdeu no tempo e no espa?o. Cada pronunciamento de um dos seus membros ? uma contradi??o e uma aberra??o, o que d?, cada vez mais, vontade aos jornalistas de os entrevistar, para terem manchetes nas edi??es seguintes dos seus ?rg?os de informa??o. L?zaro Mabunda, O Pa?s, 26.11.2010

N?o ? nosso h?bito pormo-nos em bico dos p?s, mas quando as circunst?ncias obrigam, fazemo-lo com muito orgulho. O m?sico Ziqo quis fazer-se de menino esperto, ao correr em lan?ar a sua m?sica "Fala Verdade", na tentativa v? de desacreditar o trabalho deste seman?rio. E, agora, onde anda o pomposo Chrysler que dizia que n?o foi roubado? Editorial, P?blico, 29. 11.10

Um s?culo e 76 anos de pris?o para funcion?rios p?blicos envolvidos no

desfalque de 2.8 milh?es de meticais. Dezasseis funcion?rios p?blicos acusados do desfalque de 2.8 milh?es de meticais condenados a um s?culo e setenta e seis anos de pris?o pelo Tribunal Judicial da Prov?ncia do Maputo. TIM, 1.12.10

Nos ?ltimos tempos...o di?logo praticamente acabou, cavalgando uma maioria eleitoral, impera o quero, posso e mando. S? que isso tem os seus limites naturais e, por muito que a Assembleia da Rep?blica vote, por grande maioria, que a chuva deve cair de baixo para cima, n?o creio que ela obede?a. Mas como ? dif?cil explicar estas coisas a quem est? obcecado pelo Poder. Machado da Gra?a, Savana, 26.11.10

O actual presidente da associa??o dos Estudantes Universit?rios da UEM e o seu elenco s?o acusados de orquestrar esquemas fraudulentos para favorecer uma das listas que ? maioritariamente composta por amigos seus, e assim poderem continuar a dirigir a associa??o nem que seja a "controlo remoto", para que n?o seja denunciada a suposta gest?o danosa de que s?o acusados de terem sujeitado a agremia??o at? agora. Matias Guente, Canal de Mo?ambique, 1.12-10

OBITU?RIO: Leslie Nielsen

1926 - 2010 - 84 anos

Morreu no ?ltimo domingo, dia 28, o actor canadiano Leslie Nielsen. De acordo com o seu agente, John S. Kelly, Nielsen estava internado h? cerca de 12 dias num hospital de Fort Lauderdale, na Florida, na sequ?ncia de uma pneumonia. No momento da morte estava acompanhado pela esposa, Barbaree Earl Nielsen, e amigos. Contava 84 anos.

Nascido em Regina em 11 de Fevereiro de 1926, Nielsen participou em mais de 100 filmes e centenas de programas de televis?o ao longo da sua carreira. Chegou a Hollywood em meados da d?cada de 1950 ap?s aparecer em dezenas de dramas para televis?o em Nova York. Devido ? sua elevada estatura e boa apar?ncia, come?ou por fazer pap?is de gal? e entre alguns dos seus trabalhos dram?ticos mais conhecidos encontram-se "O planeta proibido" (1956) e "O destino do Poseidon" (1972).

Anos mais tarde, explodiria a sua veia c?mica com "Apertem os cintos", "O Piloto Sumiu!" (1980), de Jim Abrahams e dos irm?os Jerry e David Zucker. Mas foi j? no final dos anos ?80 que Leslie conheceu a sua maior gl?ria no cinema com a saga "Onde p?ra a Pol?cia", onde deu vida ao tenente Frank Drebin, que alcan?ou estrondosos sucessos de bilheteira. Deste filme houve Um, Dois, Tr?s.

Leslie foi casado quatro vezes tendo tido duas filhas, Maura e Thea Nielsen, com a sua segunda mulher.

SEM?FORO

VERMELHO - Sem?foro na Avenida M?rtires da Machava

N?o h? quem ponha cobro a isto! Aqui, junto ? redac??o d@ Verdade, o ?ltimo m?s parece mentira. O sem?foro da esquina da Av. Eduardo Mondlane com aquela citada art?ria, um dos cruzamentos mais movimentados da cidade, est? com o sinal luminoso avariado h? cerca de um m?s. Conhecendo o civismo que caracteriza o povo mo?ambicano na estrada, imagine-se o tormento que ? passar aquele cruzamento ? hora de ponta. Ser? que tem de morrer aqui algu?m para que as autoridades municipais venham reparar aquele regulador de tr?nsito?

AMARELO - Campanha nacional sobre di?logo social e cultura de trabalho

Nunca as palavras estiveram t?o desfasadas da realidade como neste slogan que o governo introduziu h? dias para um melhor desempenho laboral dos trabalhadores. Num pa?s onde o sal?rio m?nimo n?o chega a dois mil meticais e, grande parte da popula??o tem pouco mais do que isso, onde ? que fica a cultura de trabalho? S? pode ficar na gaveta mesmo e no slogan pouco convicto. Tamb?m me v?o explicar como ? que se faz um di?logo social sem os sindicatos, instrumento que em qualquer pa?s normal ? um dos grandes actores sociais.

VERDE - Equipa Feminina de basquetebol do Desportivo de Maputo Apesar de n?o terem vencido a competi??o as meninas alvi-negras conseguiram um brilhante segundo lugar na Ta?a dos Campe?es Africanos que decorreu na Tun?sia. O Desportivo s? caiu aos p?s do poderoso Inter de Luanda, forma??o com recursos incomparavelmente superiores. Parab?ns.

Ficha T?cnica

Av. M?rtires da Machava, 905 Telefones: +843998624 Geral

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07 03 ? Dezembro ? 2010 verdade.co.mz

VOZES

Escreva-nos para o endere?o Av. M?rtires da Machava 905, Maputo; para o email averdademz@ ou para os n?meros de SMS 821115 ou 8415152. Partilhe as suas opini?es com @Verdade, no jornal.averdade ou atrav?s do verdademz

Aceitamos que nos contactem usando pseud?nimos ou sob anonimato - mediante solicita??o expressa - por?m, indicando o nome completo do remetente e o seu endere?o f?sico. A redac??o reserva-se o direito de publicar ou editar as cartas, sms ou email ou mensagens recebidas.

A M?o d'@Verdade

Turismo d'@Verdade

Lu?s Fernando Ver?ssimo* averdademz@

Os pais do Marquinhos estavam preocupados. Depois de dois lac?nicos cart?es postais ("Tudo bem" e "Je suis OK") mandados de Paris, n?o tinham mais not?cia dele. Semanas, meses, e nenhuma not?cia. Que fim levara o Marquinhos?

A m?e imaginava coisas. Marquinhos preso. Marquinhos acidentado. Marquinhos desmemoriado, vagando pelas ruas de Paris.

Bem que ela dissera, quando Marquinhos anunciara a sua inten??o de ir para Paris:

? Fazer o qu? em Paris, meu filho?

? Me dedicar ? arte.

? E viver de qu??

? Eu me viro.

O pai avisara:

? N?o conte com dinheiro de casa.

Marquinhos repetira:

? Eu me viro.

A preocupa??o da m?e era essa. Como o Marquinhos estaria se virando em Paris? E

A Est?tua

porque n?o mandava not?cia?

A m?e tomou uma decis?o. Iria a Paris procurar o filho. E foi. S? tinha uma pista para come?ar a busca. Num dos seus cart?es postais, Marquinhos inclu?ra um endere?o de remetente. A m?e escrevera para o endere?o v?rias vezes, sem resposta. Marquinhos, provavelmente, n?o estava mais l?. Mas talvez algu?m se lembrasse dele no endere?o. Talvez algu?m tivesse uma ideia de onde encontr?-lo. Ou pelo menos onde procur?-lo.

Nada.

A m?e pediu ajuda ao consulado brasileiro. Fizeram um levantamento nos hospitais da cidade. Nos abrigos de indigentes. Na pol?cia.

Nada.

Nem sinal do Marquinhos.

Um dia, a m?e estava atravessando uma ponte sobre o rio Sena, j? sem esperan?a de encontrar o filho, j? resignada a voltar para casa sem saber que fim levara o Marquinhos, quando ouviu um "pst". Olhou em volta. V?rias pessoas tamb?m atravessavam a ponte e algumas paravam para apreciar uma est?tua dourada colocada sobre um

pedestal na cal?ada. Outras seguiam em frente. Nenhuma parecia ser a origem do "pst". Mas a m?e ouviu outro "pst". E viu que... N?o podia ser. O "pst" vinha da est?tua!

A est?tua n?o era uma est?tua. Era uma pessoa im?vel, envolta numa esp?cie de toga, fingindo de est?tua. Pintada de dourado da cabe?a aos p?s. Uma alegoria de alguma coisa. E a alegoria estava falando. Com o canto da boca, esfor?ando-se para que o movimento dos l?bios n?o fosse percebido.

? Mam?e, sou eu.

? Marquinhos?!

A est?tua fez que "sim" movendo a cabe?a alguns mil?metros.

? Meu filho! O que eu vou dizer pr? seu pai? Todo o dinheiro que ele gastou na sua educa??o pra voc? virar est?tua?!

? Em Paris, mam?e. Em Paris ? disse o Marquinhos, pelo canto da boca.

A m?e voltou para casa. Diria ao marido que o Marquinhos estava bem e se dedicando ? arte. N?o precisaria entrar em detalhes.

SELO D'

averdademz@

CULTURA DE TRABALHO E DIALOGO SOCIAL

SR.Director Este ser? o meu debru?ar desta minha modesta carta , o presidente da Rep?blica lan?ou esta campanha aqui na capital do pa?s no dia 11 de Novembro do corrente ano.

Quando se fala de cultura de trabalho ? como os mo?ambicanos devem ser no trabalho? Ou empenho.Fico sem saber o que se pretende, isto porque desde os anos passados os mo?ambicanos foram os mais procurados e apreciados pelas companhias no mundo, por estes serem a m?o-de-obra barata e trabalhadores mais dedicados e com respeito no trabalho em rela??o a alguns povos africanos.

das zonas urbanas vamos ver muita terra cultivada, vamos apanhar o campon?s com a enxada a ir ou a voltar da machamba. Ser? que o campon?s est? a ser acompanhado pela modernidades da produ??o, o produto deste campon?s ? escoado, tem algum retorno na sua produ??o?

N?o tem fabrica de processamento dos produtos que se cultiva, s? para dar exemplo na prov?ncia de Manica h? muita produ??o de banana e at? chega a apodrecer.

Nas cidades ou nas empresas publicas h? v?rios factos que concorrem para o fraco desempenho dos funcion?rios .

Num passado recente os mineiros mo?ambicanos eram os mas preferidos na Rep?blica da ?frica-do-Sul por estes saberem honrar com o trabalho e serem dedicados.

Que digam os alem?es como foram os antigos trabalhadores da antiga RDA.

Que falem os gestores da fabrica de alum?nio de Mo?ambique Mozal de como s?o os mo?ambicanos no trabalho.

Neste momento muitos mo?ambicanos est?o no Qatar na fabrica de alum?nio, muitos deles saindo da Mozal, pelo que sei esta companhia primeiro contratou nigerianos, mas estes n?o tinham cultura de trabalho e, por via disso, procuram os mo?ambicanos.

1-A falta de promo??o.

2- o sal?rio n?o compat?vel 3-Gestores nomeados por amizades n?o pela compet?ncia.

4-Falta de forma??o no sector , formam em outras ?reas e fazem outras coisaa.

Acho que estas s?o as principais causas do descontentamento dos funcion?rios p?blicos.

Gostaria de interromper aqui esta primeira fase da minha carta volto com mas pormenores segunda fase.

Maputo aos 16 de Novembro 2010

Para dizer que os mo?ambicanos t?m cultura de trabalho, n?s temos que analisar o que esta a acontecer, isto se sairmos fora

Por. Ant?nio Sab?o Monjane Docente

Jos? Gravata averdademz@

O combate destemido contra o HIV/SIDA constitui desde sempre uma prioridade para todos mo?ambicanos, em especial os grupos associados no que concerne ?s ac??es de mitiga??o sobretudo a quest?o preventiva e de apoio aos mo?ambicanos no seu todo.

No turismo, do Rovuma ao Maputo e Zumbo ao ?ndico, em especial os seus operadores tur?sticos, existe a preocupa??o preventiva e de mitiga??o atrav?s de ac??es que parecem n?o apresentar visibilidade e os respectivos detalhes, devido ? complexibilidade no tratamento deste

O turismo e o HIV/SIDA ? Combate destemido

assunto no sector econ?mico. ? verdade que ? vis?vel a preocupa??o da juventude com esta pandemia, uma vez que a promo??o do comportamento respons?vel esta sendo desmistificado at? com dedo acusat?rio quando os jovens se apercebem da irresponsabilidade de um outro jovem. As aventuras aliadas ao amor, ? paix?o, ? corrente da adrenalina que os jovens tem, n?o devem constituir raz?es de falhas que possam levar a morte.

Mas....mas a pobreza teima em fustigar-nos e tornarnos mais vulner?veis, semeando mis?ria, terror e desorienta??o s'ocio-cul-

tural onde, muitas vezes, n?o conseguimos compreender, certos fen?menos sociais que acontecem em algumas fam?lias certamente. Portanto, se o HIV/ SIDA veio para ficar ent?o devemos enfrentar tanto para a mitiga??o, infectado e afectado. Olha, enquanto n?o fizeres o teste ?s considerado Positivo salvo a prova em contr?rio ? ganhemos coragem e assumamos as nossas responsabilidades.

O SIDA mata, mas com HIV podemos viver anos e anos. A escolha ? sua... URRA, urra mano, muzaia eu sou seronegativo, estou bem mas bem mesmo.

SELO D'

averdademz@

ESTE GOVERNO N?O SE EMENDA MESMO

As manifesta??es de 1 e 2 de Setembro passado, vieram por a nu que Mo?ambique ainda continua a violar alguns aspectos b?sicos da democracia, o direito dos cidad?os ? informa??o, o direito a ser informado e estar a par dos programas do Governo. O Governo antes de tomar algumas medidas, principalmente aquelas que ir?o afectar directamente a vida dos cidad?os, deve antes consulta-los, por meio de ausculta??es, Referendos, ou ainda atrav?s dos deputados que s?o os leg?timos representantes do povo. Mas parece que estas praticas n?o se adequam ao Governo de Mo?ambique, o que ? tamb?m caracter?stico das democracias principiantes como a nossa, estando a cometer uma serie erros que segundo a literatura s?o considerados fatais para qualquer regime democr?tico, a falta de di?logo entre o governo e o povo, intoler?ncia pol?tica relativamente ? oposi??o, baixa competi??o pol?tica, aliada a exist?ncia de partidos pol?ticos fracos, nives de pobreza prevalecentes na sociedade e as fortes desigualdades entre os poucos mo?ambicanos que t?m alguns recursos e a maioria que vive abaixo da linha da pobreza, ( Sitoe, 2006; Chaimite, 2010).

Ao que tudo parece aqui os erros n?o est?o para ser evitados, mas sim contidos e repetidos. Este governo n?o se emenda mesmo, vai haver uma trag?dia, sim, mesmo, (trecho duma das m?sicas de Azagaia). Pois apesar da m? experi?ncia dos dias 1 e 2 de Setembro, o governo ainda continua a tomar decis?es de uma forma unilateral e sem se quer consultar os cidad?os, mesmo sabendo que estas ir?o atingir directamente os cidad?os. Falo primeiro do cadastro de n?meros telef?nicos, para os usu?rios do pr?-pago da rede m?vel, foi uma atitude tomada pelo governo para os cidad?os, sem se quer antes ouvir ao opini?o destes, muito menos avisa-los, mas os cidad?os s?o os principais lesados, pois devem abandonar os seus a fazeres, horas e horas numa fila a procura de cadastrar o seu n?mero, as vezes com pouca informa??o sobre o porqu? do cadastro, isto faz me lembrar os regimes autorit?rios, em que os ditadores s?o rudes, agressivos e n?o recuam nas suas decis?es, cabe ao povo apenas acatar as decis?es, tamb?m porque aqui ? Mo?ambique, decis?o tomada, decis?o cumprida.

Segundo, gira por ai na empresa, que nos pr?ximos dias, as operadoras moveis, ( a mcel, que eu saiba ate agora), ser?o obrigadas a retirar do credito dos seus clientes uma quantia de 5 mt para o pr?-pago e 30 mt para os usu?rios do contrato, tudo ser? feito para a compra de mais transportes p?blicos. Mas eu me questiono, em que momento o povo foi consultado sobre tais medidas? Se o governo tomou uma serie de medidas de austeridade porqu? o povo tem que ser sacrificado? N?o se trata de criar medidas de curto e m?dio prazo, congelar o aumento dos sal?rios e subs?dios dos dirigentes superiores do Estado e dos membros dos Conselhos de Administra??o das Empresas P?blicas e das empresas maioritariamente participadas pelo Estado, mas sim de criar medidas para o curto, m?dio e longo prazo, e uma medida concreta (segundo Marcelo Mosse, CIP,2010), ? a revis?o da legisla??o que confere direitos e regalias aos dirigentes superiores do Estado, a qual se mostra desajustada da actual conjuntura da crise, a lei n? 4/90, de 26 de Setembro, a lei n? 21/92, de 31 de Dezembro ( referente ao Presidente da Rep?blica), e a lei 7/98. ? preciso ter vergonha na cara ou um pouco de sensibilidade para com o povo, imaginem senhores, um empregado domestico ao comprar uma recarga de 20mt para ligar para sua fam?lia que se encontra distante e ser lhe retirado 5mt, imaginem a reac??o deste individuo, uma m?e que est? l? no campo, que por um motivo qualquer queira comprar um credito para ligar para o filho Armando que se encontra a residir na cidade, e ser lhe retirada 5mt do seu pobre vintinho. Isto ? roubo, isto ? roubar ? pessoas inocentes. E o Governo parece ser mesmo esperto, pois primeiro optou por ordenar o cadastro dos n?meros telef?nicos, como forma de facilitar a sua actua??o, sendo que qualquer oposi??o ao sistema, as ordens dos chefes, ou qualquer manifesta??o que seja programada por via de SMSs em protesto ao modo de governa??o, facilmente ser? detectada, assim como os seus promotores. Isto ? t?pico de um Governo bandido, um Governo que cria armadilhas para o seu pr?prio povo. Ent?o este Governo deve ser visto como sendo inimigo do Povo.

Idal?ncio Sitoe, Estudante 3? Ano, do curso de Ci?ncia Pol?tica, UEM

08 verdade.co.mz 03 ? Dezembro ? 2010

MUNDO

Comente por SMS 8415152 / 821115

O l?der l?bio, Muhamar Kaddafi, advertiu, segunda-feira, a Europa, afirmando que na falta de uma parceria em p?

de igualdade com ?frica, este continente poder? ponderar outras op??es, particularmente a China, ?ndia, R?ssia ou pa?ses da Am?rica Latina.

"Fuga" faz subir a tens?o entre as pot?ncias do Golfo P?rsico

O saudita Abdullah teme a desestabiliza??o do reino e da regi?o, enquanto Teer?o se v? amea?ado pelos vizinhos ?rabes.

toriais e artigos sobre o WikiLeaks. ? a quest?o central. Cito duas avalia??es europeias.

? poss?vel perseguir criminalmente o WikiLeaks?

Texto: Jorge Almeida Fernandes/ "P?blico" ? Foto: Lusa

A "fuga" de 250 mil documentos diplom?ticos americanos faz-se sentir sobretudo no M?dio Oriente. Na Europa, as refer?ncias cruas a alguns l?deres s?o minimizadas. A quest?o dominante continua a ser o descr?dito diplom?tico americano e os "buracos" na sua seguran?a.

A tens?o silenciosa que se instalou no M?dio Oriente n?o reflecte apenas a quebra do segredo. O analista liban?s Rami Khouri sublinha a "perda do sentido de dignidade nacional", patente nos contactos diplom?ticos dos v?rios Estados ?rabes e que poder? levar a um maior descr?dito. "? triste e chocante o modo como os l?deres ?rabes s?o retratados pelo Departamento de Estado americano nos "telegramas" divulgados pelo site WikiLeaks."

Os documentos p?em em xeque a dupla linguagem dos l?deres ?rabes perante o Ir?o ou a sua "hipocrisia" perante os prisioneiros de Guant?namo. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aproveitou a frase atribu?da ao rei Abdullah, da Ar?bia Saudita, convidando os americanos a "cortar a cabe?a da serpente" [o nuclear iraniano], para refor?ar a sua campanha contra Teer?o.

"As revela??es do WikiLeaks amea?am inverter os equil?brios no Golfo, entre a hostilidade da opini?o p?blica ao envolvimento de seguran?a americano nos assuntos regionais e o reconhecimento de que os EUA constituem a sua ?ltima garantia de seguran?a" perante o Ir?o, declara ? Deutsche Welle um espe-

cialista do M?dio Oriente.

Os sauditas temem a desestabiliza??o regional, a reac??o da sua importante minoria xiita ou o aumento de tens?o na fronteira com o I?men. E, acima de tudo, Riade teme que os seus islamistas radicais dividam a Ar?bia Saudita, ber?o hist?rico da Al-Qaeda.

Se os documentos confirmam a obsess?o saudita perante a ascens?o iraniana, Teer?o tenta desvalorizar as revela??es, atribuindo-as a um "complot americano". Mas a imprensa oficial faz uma leitura pessimista. Assinala "a situa??o inquietante que o Ir?o poder? ter de afrontar no futuro pr?ximo" perante a hostilidade dos vizinhos do Golfo, falando num "clima de guerra n?o-declarada".

Diz ? AFP um diplomata ocidental: "Os documentos WikiLeaks n?o revelam nada e os iranianos conhecem h? muito os sentimentos dos pa?ses ?rabes do Golfo. Mas ver a prova escrita de que os seus vizinhos encorajam o seu inimigo a atac?-los deixar? marcas".

A transpar?ncia

"A pr?xima vez que ouvir o discurso americano sobre a ciberseguran?a, direi alto algumas coisas desagrad?veis", disse ao Washington Post Fran?ois Heisbourg, presidente do Instituto Internacional de Estudos Estrat?gicos, de Londres.

"? um enorme fiasco da nossa comunidade de intelligence e do nosso Departamento da Defesa", afirmou Peter

Hoekstra, republicano da comiss?o de Defesa da C?mara dos Representantes. "Esta base de dados nunca devia ter existido e centenas de milhares de pessoas a ela n?o deveriam ter acesso", declarou ? CBS. A conex?o entre as diversas bases de dados foi imposta pela experi?ncia do 11 de Setembro.

A "fuga" dos 250 mil documentos vai ter um efeito perverso na "transpar?ncia", escreve na Foreign Policy o analista Daniel Drezner. "Penso ser seguro dizer que a compartimenta??o vai estar em voga muito em breve ? o que significa, a longo prazo, n?o s? menos transpar?ncia como uma coordena??o pol?tica menos efectiva. N?o cabe ao WikiLeaks preocupar-se com o segundo problema, mas deveria pensar no primeiro."

Alguns militantes da "transpar?ncia" do Estado, que ganharam importantes batalhas, temem um retrocesso.

As edi??es de ter?a-feira dos jornais que participaram na opera??o WikiLeaks deram particular destaque ? quest?o norte-coreana e ao papel da China, uma quest?o na ordem do dia. No entanto, h? uma estranha disson?ncia editorial. Assim, o El Pa?s titulou: "A China aposta em dominar uma Coreia reunificada." O The Guardian tem um olhar distinto: "Os telegramas WikiLeaks revelam que "a China est? pronta a abandonar a Coreia do Norte"."

A pol?mica mais interessante trava-se nos in?meros edi-

Massimo Razzi, director da edi??o online de La Repubblica, sublinha o momento hist?rico: "O 28 de Novembro de 2010 ficar? como o dia em que tudo ou quase tudo se deslocou, desenrolou e se espalhou na Internet, ou pelo menos a partir da Internet". N?o apenas o dia em que a informa??o passou a ser apan?gio da Internet: "? o dia em que, pela primeira vez, os cidad?os t?m a possibilidade de dissecar numerosos factos recentes e desmascarar as mentiras dos seus respectivos "poderosos"".

"Transpar?ncia, transpar?ncia... seria a lei e os profetas?", interroga-se Laurent Joffrin no editorial de Lib?ration. "Num mundo atravessado por conflitos violentos, o Estado n?o pode agir sob o olhar instant?neo da opini?o. Tem o direito de conservar os segredos de defesa e discutir discretamente com os aliados ou com os advers?rios."

Conclus?o de Joffrin: "Mesmo a democracia mais aberta e preocupada com os direitos humanos tem necessidade de um Estado. ? um paradoxo ver o WikiLeaks s? atacar as democracias, deixando de lado as ditaduras mais opacas e repressivas. E ? reconfortante ver que as conversas secretas das grandes democracias s?o, no fundo, pouco diferentes do seu discurso p?blico."

Texto: Clara Barata/ "P?blico" ? Foto: Lusa

Os Governos dos Estados Unidos e da Austr?lia est?o a estudar formas de proceder criminalmente contra Julian Assange, o fundador e a alma do site WikiLeaks. Mas n?o ser? f?cil. Nos EUA fala-se em processar Assange ? luz da Lei da Espionagem. Mas esta legisla??o data do tempo da Primeira Guerra Mundial, e est? desactualizada para os tempos da informa??o digital. O caso da divulga??o dos telegramas diplom?ticos norte-americanos pelo WikiLeaks, disse ao jornal The Washington Post o ex-procurador federal Baruch Weiss, "? um bom exemplo dos problemas criados pelo choque da Primeira Emenda com a lei criminal, que protege a informa??o de defesa nacional". A Primeira Emenda da Constitui??o Americana garante a liberdade de express?o e a de imprensa. "E sempre que se fala de organiza??es de media, o Departamento de Justi?a ter? muito cuidado para n?o violar garantias da Primeira Emenda", disse ao jornal de Washington Kenneth Wainstein, ex-procurador-geral assistente. Outra dificuldade ser? ter acesso a Assange, que n?o ? cidad?o americano (? australiano, da? a investiga??o lan?ada por Camberra). "Posso imaginar que muitos aliados veriam isto [a divulga??o das notas diplom?ticas] como um acto pol?tico, e n?o como um crime", e que por isso recusassem extraditar Assange, disse Weiss. No entanto, h? um mandado de captura internacional contra o editor do WikiLeaks. Foi pedido pelas autoridades suecas, que o querem interrogar devido a acusa??es de viola??o e viol?ncia sexual apresentadas por duas mulheres. Ele nega as acusa??es, diz que se trata de uma tentativa de o calar, e na ter?a-feira os seus advogados apresentaram um recurso. Dizse que se mant?m escondido em Inglaterra. Claro que h? outras formas de tentar lutar contra a divulga??o dos documentos: domingo, segunda-feira e ter?a-feira outra vez, o Wikileaks anunciou estar a ser alvo de ataques inform?ticos que visam impedir o acesso ao site. Mas o seu sistema blindado, que passa por servidores em v?rios pa?ses, torna virtualmente imposs?vel fazer desaparecer a sua informa??o. Tentativas anteriores de retirar informa??o posta no site ? como a do banco su??o Julius Baer, em 2008, ap?s uma decis?o em tribunal a seu favor ? redundaram em fracasso, devido ? forma como os dados est?o disseminados pelo mundo.

Vaticano, Israel e Coreia do Norte alvo da organiza??o

Pr?ximo megaleak revelar? "viola??es flagrantes" de banco norteamericano

O Pent?gono foi apenas o tiro de partida do WikiLeaks. Os pr?ximos alvos est?o definidos e, no in?cio de 2011, um grande banco norteamericano vai ser a primeira de uma s?rie de empresas privadas que poder?o ver-se embara?adas com a revela??o de "viola??es flagrantes" e "pr?ticas anti?ticas" em "dezenas e centenas de milhares de documentos". O an?ncio foi dado pelo fundador da organiza??o, Julian Assange, numa rara e extensa entrevista realizada antes ? mas s? agora publicada na edi??o electr?nica da revista Forbes ? de v?rios jornais ocidentais terem revelado informa??es sobre 250 mil documentos diplom?ticos fornecidos pelo WikiLeaks. Para j?, Assange s? levanta uma ponta do v?u: s?o milhares de documentos internos de um banco cujo nome se escusa a revelar e que s?o parte dos cerca de 50% de documentos relativos ao sector privado norte-americano que o site tem em m?os para disponibilizar. A divulga??o, garante, "dar? uma percep??o

verdadeira e representativa de como os bancos actuam a n?vel executivo, de uma forma que vai levar a investiga??es e reformas". Se ? o maior banco dos Estados Unidos [Bank of America]? Assange n?o nega, mas tamb?m n?o diz que sim ? "N?o comento". O que garante s?o dados em larga escala, embora menor do que a do material do Iraque, em que foram conhecidos 392 mil ficheiros relacionados com a guerra. Trata-se daquilo a que, em conversa com o jornalista Andy Greenberg, concorda ser um megaleak, ou seja, informa??es conhecidas ao mesmo tempo, num pacote de documentos confidenciais. Ainda na ter?a-feira, um jornalista que trabalha com Assange assumiu, em entrevista ao brit?nico Daily Telegraph, que jornais de todo o mundo v?o estar ocupados nos pr?ximos meses com revela??es sobre o Vaticano, Israel e a Coreia do Norte, e o que o site ir? divulgar uma s?rie de documentos confidenciais sobre v?rios locais do globo. P.C. e M.J.G.

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