O PANGOLIM

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PANGOLIM6 Edi??o da Associa??o Progresso -Julho/Agosto 2003 Com financiamento de ACDI/CODE

MANTER PARA DURAR MAIS Se queremos sair da pobreza, se queremos viver melhor e ser mais felizes, temos que come?ar a dar valor ao que j? possu?mos, ao que compramos e tamb?m ao que nos ? oferecido. ? a? que entra a manuten??o, tantas vezes apregoada e t?o pouco levada ? pr?tica. ? tempo de a transformar num princ?pio de vida e de trabalho para que n?o sejamos obrigados a ir pela via da repara??o e, quantas vezes, da substitui??o, sempre muito mais caras e morosas. Fazer manuten??o significa prolongar a vida das coisas, dos bens e equipamentos, tanto pessoais como colectivos. Significa evitar a aquisi??o de novas coisas s? porque n?o cuid?mos bem e atempadamente do que j? temos. Significa, afinal, poupar recursos que poder?o ser canalizados para novos empreendimentos e projectos. E n?o ? dif?cil. Basta olhar ? nossa volta e logo veremos que ? urgente uma mudan?a na nossa maneira de viver e de funcionar. Comecemos por n?s pr?prios. Um pequeno buraquinho na nossa roupa se n?o for cosido de imediato acabar? por se tornar grande e inutiliz?-la. Se n?o fizermos a manuten??o da nossa casa, atrav?s de h?bitos de higiene, as paredes rapidamente ficar?o t?o sujas e estragadas que exigir?o novos gastos com uma nova pintura. O conserto de uma pequena avaria numa fechadura poderia evitar a sua substitui??o, o que sair?, por certo, bastante mais caro. Uma boa condu??o e uma boa manuten??o das viaturas dos nossos servi?os evitam substitui??es prematuras para as quais, em geral, n?o h? verba, o que acaba por prejudicar os programas de trabalho. Mas n?o s?: quantas vezes a simples limpeza de manuten??o das sarjetas das nossas ruas n?o evitaria o seu alagamento e a r?pida deteriora??o do asfalto? Veja-se s? a diferen?a de custo entre essa manuten??o e as chamadas obras de repara??o! E j? pensou que at? as rela??es familiares e afectivas carecem de manuten??o? Se gerir tais rela??es na base do respeito m?tuo e da compreens?o criar? um ambiente saud?vel e de harmonia. E se n?o enfrentar e resolver de imediato e com cuidado as pequenas diverg?ncias que naturalmente aparecem, estas poder?o dar origem a conflitos graves e mesmo irrepar?veis...

J? l? diz o velho ditado que mais vale prevenir do que remediar!

? Feiras agropecu?reas

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? Centro de Promo??o de Auto Emprego 2

? Literatura infantil

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? Ensino Bilingue

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? Cimeira em Maputo

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? O que saber sobre ONU

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? Ainda se pergunta sobre HIV/SIDA 7

? Parques e Reservas

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? Um conto de Luis Bernardo Honwana 15

Not?cias da progresso

Feiras agro-pecu?rias

ram em Julho e Agosto em 3 aldeias de Niassa (Mbandeze, Machomane e Utuculu) e 8 aldeias de Cabo Delgado (Nanjua, Namaua, Miula, Miteda, Muatide, Sal?ue, Litembo e Nampanha.

As feiras decorreram num ambiente de festa, com alegria, m?sica e dan?a mas tamb?m com organiza??o e muitas trocas comerciais.

Nas imagens vemos aspectos da feira de Utuculu

? costume apoiarmos a realiza??o de feiras agropecu?rias em algumas aldeias nas prov?ncias de Cabo Delgado e Niassa. As feiras servem para promo??o da melhor produ??o e divulga??o de t?cnicas e pr?ticas melhoradas. ? uma exposi??o para venda que incentiva a comercializa??o.

As feiras, como locais de concentra??o de muita gente, podem ser aproveitadas para divulga??o e educa??o comunit?ria.

Devem ter uma banca da Educa??o com livros infantis e livros para adultos, tanto em portugu?s como em l?nguas locais.

Uma banca da Sa?de deve promover o Programa Alargado de Vacina??es, PAV e a luta contra a Mal?ria e o HIV/SIDA

Se poss?vel devemos ter uma banca para apoio veterin?rio e venda de vacinas ou medicamentos.

Este ano as feiras decorre-

Centro de Promo??o de AutoEmprego

Est? em constru??o o edif?cio do refeit?rio com cozinha, copa e armaz?m, do CPAE de Utuculo, no Niassa, perto de Lichinga.

Foi realizado um curso de apicultura para instruendos volunt?rios. Al?m da prepara??o dos instruendos para a sua vida futura espera-se ter produ??o de mel no CPAE, para consumo e, se poss?vel, tamb?m para venda.

Considerando a experi?n-

cia anterior e recomenda??es da avalia??o, a creche para os filhos de instruendas e instrutores come?ou a funcionar a 4 de Agosto deste ano.

A creche est? provis?riamente instalada at? se organizar espa?o mais apropriado . Duas senhoras, esposas de instrutores, participaram num curso para educadoras de inf?ncia.

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Not?cias da progresso

Literatura infantil

Concurso Foi publicamente lan?a-

do, no dia 18 de Julho deste ano, o concurso de literatura infantil em l?ngua portuguesa, em Pemba, Cabo Delgado.

O prazo para o envio das obras concorrentes ? comiss?o organizadora ? at? 7 de Setembro. Em 27 do mesmo m?s ser? conhecida a decis?o do J?ri e divulgados os nomes dos vencedores.

Os concursos provinciais

de literatura em l?nguas locais ser?o no fim do ano ap?s o encerramento do primeiro concurso.

O lan?amento dos concursos em Niassa ter? lugar em Setembro de 2003.

Novos t?tulos Foram publicados e enviados para as bibliotecas 4 novos t?tulos e uma reedi??o: As ?rvores Os Solos Dazanana (reedi??o)

O Pelicano velho Contos de Niassa II Os dois primeiros podem apoiar o ensino de ci?ncias pois tratam quest?es do meio ambiente e sua protec??o.

Brochuras sobre a lei de terras.

Estas brochuras divulgam as 6 principais mensagens da Lei de Terras. Preparadas pelo N?cleo Terra, foram agora publicadas em 3 l?nguas de Niassa - Yao, Nyanja e Makuwa.

Em 2001 estas brochuras foram publicadas em 3 l?nguas de Cabo Delgado Makonde, Mwani e Makuwa Metto.

Ensino Bilingue

O trabalho de prepara??o editorial, lingu?stica e metodol?gica dos livros na l?ngua primeira, para a 1? classe, t?m ocupado quase toda a nossa capacidade editorial. As ilustra??es para 5 livros diferentes t?m demorado mais tempo do que esper?vamos.

Actualmente est?o a ser terminadas as unidades 4 e 5 das 5 l?nguas de Niassa e Cabo Delgado - Makonde, Makuwa, Mwani, Nyanja e Yao.

O Livro de Matem?tica em L1 nas 5 l?nguas est? a ser preparado por um editor privado, tal como fiz?mos com o Livro da L2 (l?ngua

portuguesa), para o pr?ximo ano lectivo.

Em 19 de Julho a Progresso recebeu do grupo de educa??o bilingue do INDE os prot?tipos dos livros para a 2? classe. Os 2 semin?rios de elabora??o dos livros de L1 e Matem?tica para a segunda classe tiveram

lugar em Agosto, orientados por t?cnicos do ensino bilingue, linguistas e metod?logos.

Autores de Tete, Nampula e Zamb?zia foram convidados para participar nos grupos de trabalho das suas respectivas l?nguas (Nyanja e Makuwa).

Pol?tica e Democracia Uni?o Africana :

CIMEIRA EM MAPUTO

A Capital mo?ambicana acolheu recentemente a maior Reuni?o de Chefes de Estado em Mo?ambique, desde a sua Independ?ncia. Entre os dias 4 e 12 de Julho, passaram pela cidade de Maputo milhares de visitantes estrangeiros, entre Delegados do Governo dos pa?ses africanos, representantes de ONG's e Sociedade Civil e muitos jornalistas vindos de v?rias partes do mundo.

A Uni?o Africana ? o organismo que substitui e continua a Organiza??o de Unidade Africana, OUA. A Cimeira anterior que formalizou a nova Uni?o Africana teve lugar em Durban, sob a presid?ncia do Chefe de Estado sul-africano, Thabo Mbeki.

Cerca de 30 Chefes de Estado de ?frica, vieram para analizar e assinar as delibera??es da Cimeira.

O Governo de Mo?ambique, com apoio financeiro da Rep?blica Popular da China, mandou construir no antigo Parque de Campismo da cidade, um edif?cio de arquitectura moderna, com anfiteatros e salas de reuni?es, restaurantes e espa?os para confer?ncias de imprensa, preparado para receber milhares de conferencistas n?o apenas

Joaquim Chissano na UA

nesta Cimeira, mas em outras que se venham a realizar no futuro. Nesta Cimeira, o Presidente da Rep?blica de Mo?ambique assumiu a Presid?ncia da Uni?o Africana at? ? pr?xima Cimeira. Thabo Mbeki entregou o mandato ao seu colega de Mo?ambique e este encerrou o evento j? como o seu novo Presidente. Entre os assuntos que que foram debatidos nesta Cimeira, tiveram lugar proeminente as quest?es dos conflitos armados internos e o HIV/SIDA. Um desses conflitos, agora j? em vias de solu??o, foi a situa??o de viol?ncia e guerra na Lib?ria. Com a sa?da do ex-presidente Charles Taylor para o ex?lio na Nig?ria, ficaram criadas as condi??es para um acordo de cessar-fogo e o desembarque da ajuda alimentar no porto de Monr?via.

Outro conflito, surgiu nas v?speras da Cimeira, num pa?s da CPLP, S?o Tom? e Pr?ncipe. O Presidente Chissano, na qualidade de novo chefe da UA, participou com outros dirigentes na solu??o desse conflito iniciado por militares descontentes com o governo. A solu??o surgiu em poucos dias, tendo Fradique de Meneses re-assumido a presid?ncia e nomeado um novo governo de unidade nacional.

O compromisso com o combate ao HIV/ SIDA preencheu algumas das sess?es em que se verificou uma participa??o maior e se ouviram algumas das mais dinamicas interven??es da Cimeira. Houve um grande progresso na tomada de consci?ncia sobre este grande flagelo que se abateu sobre o continente, entre os dirigentes africanos.

A Cimeira da UA assumiu o programa NEPAD como plano de orienta??o para o

lan?amento de novas iniciativas que levem ao investimento estrangeiro em ?frica e ? remodela??o de m?todos de governa??o e ao empenhamento na via democr?tica, como garantias necess?rias para que o continente saia da pobreza e do sub-desenvolvimento em que se encontra.

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Saber n?o ocupa lugar

Raios X - o que s?o?

Raios-X s?o ondas de energia, como as ondas de r?dio ou de luz. Estes raios t?m a capacidade de passar atrav?s de quase todo o tipo de materiais, incluindo os organismos vivos.

Mas o que trouxe enorme progresso ao tratamento de pessoas doentes ou sofrendo de traumatismos e fracturas nos ossos, em resultado de acidentes, foi a propriedade de se produzir a imagem fotogr?fica daquilo que os Raios X permitem ver no interior do corpo humano, isto ?, produzir uma radiografia. Estas imagens do interior do corpo ajudam os m?dicos a fazer o seu diagn?stico, isto ?, a identificar a doen?a ou as partes afectadas no corpo do doente.

Os Raios X foram descobertos em 1895, por um cientista alem?o, Wilhelm Roengton, simplesmente por acaso. O cientista estava a fazer experi?ncias fazendo passar electricidade atrav?s de um g?s, quando descobriu essa propriedade de certas radia??es a que chamou os Raios-X.

Mam?feros do mar: a baleia

As baleias vivem na ?gua do mar mas n?o s?o peixes, s?o animais mam?feros. O corpo da baleia ? coberto por uma espessa camada de gordura para a proteger contra o frio. Por outro lado, tem a forma mais adequada para a nata??o. Os membros da frente t?m uma forma semelhante a barbatanas que elas movimentam com grande rapidez para nadar. Al?m disso, possuem uma grande cauda achatada, colocada na vertical e n?o na horizontal como a dos peixes. A cauda d? direc??o aos seus movimentos, como o leme de um barco.

Uma vez que n?o t?m guelras como os peixes, as baleias t?m de vir ? superf?cie da ?gua para respirarem o ar atmosf?rico. Elas sorvem esse ar atrav?s de duas fendas situadas no topo da cabe?a. As crias das baleias nascem dentro do mar e, logo que nascem, t?m de vir respirar ? superf?cie.

H? baleias nos mares frios do norte mas tamb?m h? baleias nas ?guas temperadas e quentes. Mesmo ao largo das nossas ba?as, em Mo?ambique, ? poss?vel ver baleias. A chamada baleia azul ? o maior mam?fero que existe hoje na Terra, mas ? actualmente uma esp?cie rara, amea?ada de extin??o. A ca?a ? baleia pelo homem faz com que elas sejam cada vez mais raras na natureza.

Saber n?o ocupa lugar

O que sabemos da ONU - Organiza??o das Na??es Unidas?

Sede da ONU em Nova York

A grande maioria das na??es do mundo, incluindo Mo?ambique, ? membro da Organiza??o das Na??es Unidas. As Na??es Unidas surgiram ap?s a 2? Guerra Mundial, em 1945, substituindo o org?o criado ap?s a 1? Grande Guerra chamado Sociedade das Na??es. O estabelecimento da ONU foi precedido pela adop??o da Carta das Na??es

Unidas, por todos os pa?ses que passaram a ser os seus membros.

O objectivo principal da ONU ? trabalhar pela manuten??o de uma paz permanente entre as na??es, garantindo a resolu??o pac?fica dos conflitos que possam surgir entre dois ou mais pa?ses. O outro grande objectivo ? contribir para a coopera??o econ?mica, cutural, social e pol?tica entre todos os pa?ses.

A ONU ? dirigida por um Secret?rio-Geral eleito pelos pa?ses membros. A Assembleia Geral ? o org?o deliberativo e de defini??o de pol?ticas da organiza??o. O Conselho de Seguran?a, formado por um certo n?mero de pa?ses, ? o org?o executivo. O actual Secret?rio-Geral da ONU ? Kofi Anan, que provem do continente africano pois ? natural do Gana.

Atrav?s das suas v?rias ag?ncias especializadas, como a UNESCO para quest?es de cultura e educa??o, a OMS para a sa?de, o UNICEF para a crian?a ou o PNUD para o desenvolvimento, as Na??es Unidas t?m sido um forum de defesa dos interesses dos pa?ses menos desenvolvidos e t?m ajudado milh?es de pessoas no mundo inteiro. Al?m disso, a interven??o das Na??es Unidas j? evitou algumas guerras no mundo.

O prest?gio e poder das Na??es Unidas foi, por?m, abalado recentemente quando uma coliga??o de pa?ses liderados pelos Estados Unidos, invadiram e ocuparam o Iraque passando por cima das decis?es tomadas no Conselho de Seguran?a. Os pa?ses mais pobres v?em com inquieta??o a minimiza??o do papel que durante meio s?culo competiu ? ONU, temendo que iniciativas unilaterais de pa?ses que s?o membros das Na??es Unidas, neutralizem a influ?ncia da organiza??o e comprometam os ideiais de paz e seguran?a internacional que presidiram ? sua cria??o h? mais de 50 anos.

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Saber n?o ocupa lugar

Ainda se pergunta sobre HIV/Sida...

H? quem pergunte se pode apanhar o HIV por picada de mosquito. A resposta ? N?o. O HIV ? um v?rus. O agente que causa a mal?ria ? um protozo?rio, que se d? bem dentro do organismo do mosquito. Mas o HIV s? sobrevive dentro do organismo humano. Quando o mosquito pica algu?m que tem mal?ria, leva consigo o v?rus HIV, mas este morre em 10 segundos porque n?o sobrevive na temperatura do organismo do mosquito.

H? quem diga que se um homem infectado com HIV tiver rela??es sexuais com uma menina virgem, o HIV sai do corpo dele e passa para o dela.

Isto ? uma perigosa mentira. Perigosa porque alimenta falsas ideias sobre o v?rus e a doen?a e p?e em grave risco as raparigas jovens e mesmo crian?as que s?o as nossas filhas, as nossas alunas. N?o ? porque um

homem libertou alguns dos seus v?rus atrav?s dos fluidos sexuais ? que v?o infectar a virgem ? que deixou de ter HIV no seu sangue e nos seus org?os.

Finalmente: a infec??o pelo HIV significa morte certa dentro de poucos anos?

De modo nenhum. H? quem sobreviva vinte anos e mais ? infec??o pelo HIV, com uma vida s?, alimenta??o correcta e medica??o que combate a multiplica??o do v?rus.

Esta medica??o est? em vias de poder ser acess?vel a muito mais pessoas na medida em que os governos de v?rios pa?ses, onde o HIV/Sida ? uma epidemia, come?am a produzir esses medicamentos a baixo pre?o.

Lembre-se: quanto mais cedo souber se est? ou n?o infectado, fazendo o teste, mais cedo se pode preparar para viver com o HIV, com uma vida s? e medicamentos.

SABE O QUE ? O "NEPAD"?

NEPAD ? um acr?nimo (em ingl?s) de NEw Partnership for Africa Development que significa em portugu?s "Nova Parceria para o Desenvolvimento de ?frica".

? uma iniciativa nascida em ?frica, dinamizada por alguns dirigentes africanos no decorrer de 2000 e 2001. Depois de v?rias reuni?es e consultas, foi proposto e aprovado como programa de desenvolvimento para a ?frica, em parceria com os pa?ses mais industrializados do mundo.

Em princ?pio, os pa?ses mais ricos e industrializados do mundo cujos chefes de estado se reunem anualmente o chamado G 8, j? concordaram com o plano e prometeram inscrev?-lo nos seus pr?prios programas de apoio ao desenvolvimento dos pa?ses mais pobres.

Este programa d? um quadro estrat?gico dentro do qual os governos africanos elaboram os seus planos de desenvolvimento econ?mico

para que eles sejam harmoniosos e produzidos em coopera??o.

Objectivos do NEPAD

Os 3 grandes objectivos do NEPAD s?o:

- Crescimento acelerado e sustent?vel; erradica??o da pobreza; fim da marginaliza??o de ?frica no processo de globaliza??o.

Os resultados pretendidos s?o:

- Crescimento econ?mico e desenvolvimento com aumento da oferta de emprego; redu??o da pobreza e da desigualdade social; diversifica??o das actividades produtivas, melhoria da competitividade internacional e aumento das exporta??es; maior integra??o dos pa?ses africanos entre si.

Para obter estes resultados os governos africanos comprometem-se a obedecer a princ?pios de democracia, transpar?ncia e boa governa??o.

Saber n?o ocupa lugar

DICION?RIO DE PORTUGU?S

Margem ? Borda, beira, aquilo que fica junto do limite. Por exemplo: Fiz uma machamba na margem do rio, significando que cultivei um terreno junto da borda do rio, ou ? beira do rio. Tamb?m se chama margem o espa?o em branco ? volta duma p?gina escrita. Em sentido figurado tem muitas acep??es, por exemplo: N?o me deixa margem de manobra, quer dizer que as condi??es s?o apertadas e n?o h? espa?o para as ultrapassar. A express?o "margem de lucro" significa a diferen?a entre o pre?o que o comerciante pagou por determinada mercadoria e o pre?o pelo qual a vende, expressa em percentagem. Uma pessoa que, pelo seu comportamento, n?o respeita as regras e limites que a sociedade exige, diz-se que vive "? margem da sociedade" ou "? margem da lei" e pode chamar-se um, ou uma, marginal.

N? ? Na acep??o mais comum ? um la?o apertado feito numa corda, um fio ou uma fita. Mas tamb?m se chamam "n?s dos dedos" ?s articula??es dos dedos das m?os. Igualmente se chamam n?s aos pontos de inser??o dos ramos no tronco da ?rvore, ou das folhas no caule. Estes n?s deixam marcas na madeira e por isso se pode dizer: Esta t?bua tem muitos n?s. Noutro sentido mais moderno chama-se n? ao cruzamento de vias f?rreas ou estradas, geralmente feitos atrav?s de viadutos ou pontes. Diz-se neste caso "o n? da estrada" ou "o n? da via f?rrea". Mas na r?dio ouvimos com frequ?ncia dizer, na leitura dos avisos ? navega??o, por exemplo, que "O vento ? de 14 n?s". A palavra n? designa a unidade da velocidade do vento e um n? corresponde ? velocidade de 1 852 metros por hora.

Orienta??o e Oriente ? No seu sentido original ? a ac??o de determinar, a partir do lugar onde nos encontramos, a direc??o dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste). Exemplo: No alto mar, os navios orientamse pela b?ssola, sendo a b?ssola um instrumento que usa os pontos magn?ticos da Terra para estabelecer o Norte. Orienta??o ? tamb?m a posi??o de um objecto em rela??o aos pontos cardeais, por exemplo: Constru? a casa orientada para Sul. Em sentido figurado, orienta??o ? o mesmo que direc??o, ou guia. Chama-se por exemplo, Orienta??o Profissional os m?todos e t?cnicas usados para guiar estudantes para certas profiss?es, de acordo com as suas habilidades ou interesses. A palavra orienta??o est? relacionada com o ponto cardeal "leste" que se pode chamar tamb?m oriente, nascente ou levante pois ? o ponto onde o Sol nasce. O ocidente ou poente, ? o ponto onde o Sol se p?e e ambos s?o outros nomes para designar oeste. Assim, os pa?ses orientais, s?o aqueles que se situam a Leste e os ocidentais, os que se situam a Oeste.

Pilha ? ? um conjunto de coisas colocadas umas em cima das outras, por exemplo: Fiz uma pilha de lenha. Neste sentido, existe o verbo empilhar, que significa fazer pilhas. Pilha ? tamb?m um aparelho que transforma a energia produzida por uma reac??o qu?mica, em corrente el?ctrica. Muitos aparelhos de uso dom?stico trabalham com a energia el?ctrica armazenada em pilhas. Por exemplo, diz-se: Tenho de comprar uma pilha nova para o meu rel?gio. N?o se deve confundir com a palavra derivada do verbo pilhar que significa roubar e entra na

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